O Terço rezado pelos Bispos na Assembleia da CNBB
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- Terça, 07 Maio 2019 16:47
No dia 4 de maio passado, primeiro sábado do Mês de Maria, o Terço de Nossa Senhora foi, pela primeira vez, recitado em comunidade na Assembleia da CNBB. Daí para frente, será rezado todos os dias, às 7h, no Santuário de Aparecida, em preparação para a Missa diária celebrada às 7h30, durante os dez dias das assembleias anuais da CNBB.
A decisão da Presidência atende ao nosso pedido, feito no ano passado e repetido este ano, a partir da experiência do Terço dos Homens, do qual somos o Bispo Referencial no Brasil. Associado ao nosso pedido, veio a feliz iniciativa de um grupo de Bispos, entre os quais Dom Mário Spak, de Paranavaí, que solicitou que fosse o Terço oferecido pelas Vocações.
A récita do Terço vem crescendo em toda a Igreja, sobretudo depois da Exortação Apostólica do Papa São João Paulo II, Rosarium Virginis Mariae, publicado em outubro de 2002, um texto importante para se compreender o sentido cristológico desta oração milenar na Igreja. Bento XVI incentivou a mencionada prática oracional e Francisco tem dado testemunhos pessoais, inclusive nas redes sociais, sobre sua especial predileção pelo Terço e de sua prática diária.
De tudo o que se tem falado sobre esta oração, podemos deduzir que rezar o Terço é contemplar o rosto de Cristo com os olhos de Maria, a primeira e mais fiel discípula do Senhor, seu divino Filho.
Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora
A Ressurreição do Senhor
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- Sexta, 26 Abril 2019 18:19
A nossa fé cristã tem sua base na ressurreição que Jesus havia anunciado e que os Apóstolos verificaram. A Palavra de Deus fundamenta nossa fé. O testemunho dos Apóstolos justifica nossa adesão.
Não basta, porém, dizer creio, é preciso ver na ressurreição o início de uma nova criação. Isto requer uma luta contínua para fazer morrer em nós tudo aquilo que é fruto e consequência do “homem velho”. Significa, ao mesmo tempo, esforço para viver segundo o Espírito, dom de Cristo Pascal.
O sepulcro vazio não é apenas uma recordação saudosa. É o ponto de partida de uma nova caminhada pelas estradas da vida, para levar aos vacilantes a certeza de que Cristo venceu e, Nele e por Ele, tudo se renova.
Celebrar a Páscoa é fazer morrer em nós o pecado e abrir para a vida nova que o Cristo Ressuscitado, o Eterno vencedor nos oferece. É dessa atitude que nasce o cristão autêntico voltado para Deus e para os irmãos e irmãs, comprometido em defender a vida, dom de Deus para todos nós.
Mons. Luiz Carlos de Paula
Pároco da Catedral
Semana Santa ainda serve para o Século XXI?
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- Sexta, 12 Abril 2019 10:16
A Semana Santa é a semana mais importante para o mundo cristão. É quando celebramos a Páscoa da Ressurreição e, para isso, meditamos sobre a forma com que isto aconteceu na vida de Jesus Cristo. Ele é o Filho de Deus. Não é somente um homem, não é apenas um mestre, mas é homem e Deus verdadeiros. Como homem, assumiu todas as dores e sofrimentos da humanidade. Como Deus, foi capaz de vencer a morte e ressuscitar. E esta grande graça é transmitida a todos nós, todos aqueles que n’Ele acreditam. Nós também vamos morrer, mas vamos ressuscitar com Ele, pela força d’Ele.
A Semana Santa celebra esses mistérios e, por isso, passa pela reflexão da dor, dos sofrimentos, das injustiças. Cristo sofreu em três aspectos. O aspecto físico – torturas, crucifixão e morte; o aspecto moral – humilhação e desprezo; e o aspecto espiritual – mesmo na cruz sentiu o abandono espiritual. ‘Meu Pai, meu Pai, por que me abandonaste?’ (cf. Mc 15,34). Mas, na verdade, não era o abandono do Pai, era assumir, em sua vida, aquilo que pode acontecer com muitas pessoas, o estado de abandono.
O homem atual precisa olhar para Cristo, cuja mensagem principal é o amor. ‘Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelo seu irmão’ (cf. Jo 15,13). Muitas vezes vivemos uma cultura de ódio, de vingança, de disputa. A cultura de Cristo é a cultura do amor. Por isso, saber sofrer, morrer e viver com amor é uma das mensagens mais importantes que o homem do século XXI deve aprender. A dor e o sofrimento são realidades da vida, ninguém pode delas escapar. E, por isso, quando nós vemos Cristo sofrer da forma que sofreu, e da maneira com que assumiu o sofrimento e a morte, nós aprendemos com Ele a lição mais importante para a vida.
Celebrar a Semana Santa tem um grande significado para a humanidade no século XXI ou em qualquer outro tempo em que possamos viver: a humanidade tem fases, e em todas essas fases históricas a mensagem de Cristo tem um sentido não só importante, mas indispensável. Se o homem não aprender a lição de Cristo, nunca será homem verdadeiro. O homem que exclui a Deus não é homem inteiro. Por isso, celebrar esses mistérios, os mais importantes da nossa fé, tem uma grande importância, de fato, para todos nós que vivemos nessa época de progressos tão significativos e às vezes de lacunas tão dolorosas na nossa vida humana, na nossa relação com o próximo e com Deus.
A Páscoa é a passagem. Passagem da morte para a vida, passagem de uma situação negativa para uma situação positiva, passagem de uma vida de pecado para uma vida na graça de Deus.
Celebrar os mistérios da Semana Santa, da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, significa apresentar Jesus como Deus que continua nos salvando. O ato salvador de Cristo não está preso a um determinado momento da história. Ele é perpétuo, por isso ele vai tendo efeitos nos vários momentos históricos da vida da humanidade.
Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora
*Imagem: Cleófas
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