Educação Católica diante de desafios
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- Terça, 19 Novembro 2019 13:03
A Igreja tem sido respeitada como perita em Educação. Há, no mundo de hoje, milhares de escolas católicas com milhões de alunos. Estão presentes inclusive em países não cristãos. Não há muito tempo, a Congregação para a Educação Católica da Santa Sé romana foi procurada por alguns chefes muçulmanos de comunidades cruelmente destruídas pelo Estado Islâmico. Tendo sido todos os prédios escolares arrasados ao solo, tais chefes informaram que a parte física de tais escolas seriam reconstruídas por eles, mas que a parte acadêmica gostariam que fosse assumida pela Igreja Católica, pois estavam convencidos da excelência de seu ensino.
O fato foi contado pelo Secretário da referida Congregação, Dom Vincenzo Zani, no Congresso Internacional de Educação Católica, realizado em Juiz de Fora nos primeiros dias deste mês de novembro. Contudo, como vimos no mencionado Congresso, a Educação Católica enfrenta sempre riscos a serem superados.
Na época atual, três desafios podem ser resumidos da seguinte forma: em primeiro lugar, o risco antropológico presente na chamada ideologia de gênero, que põe em perigo a dignidade da pessoa humana, comprometendo até mesmo os dados da biologia. Quanto a isso, a Congregação para a Educação Católica publicou, em maio passado, um documento orientativo com o título “Homem e Mulher, Deus os Criou”.
Em segundo lugar, vem a tendência de certas correntes antirreligiosas da atualidade que desejam negar a dimensão transmental da pessoa humana. A terceira seria a questão política com teorias plurais, às vezes com emprego de lutas de classe que não descartam o uso da violência e da massificação de ideias.
A Igreja não tem partidos. Ela tem princípios cuja base são os ensinamentos e a própria pessoa de Cristo. Em análise proposta pelo Convênio da Congregação para a Educação Católica, realizado em Roma no ano de 2015, quatro pilares foram definidos: reforço da identidade católica de suas escolas; a formação excelente dos educadores; a consciência da escola como comunidade educadora; a família como primeiro lugar da educação.
Todos estes pontos e vários outros foram tratados no Congresso Internacional de Educação Católica de Juiz de Fora. Pela avaliação altamente positiva de educadores e pais de alunos, temos esperança que tal evento tenha representado excelente contribuição para a educação em geral em nossa região.
Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora
São Pedro de Alcântara, padroeiro do Brasil
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- Segunda, 28 Outubro 2019 11:26
São Pedro de Alcântara, cuja festa se celebrava antigamente no dia 12 de outubro, foi um importante e santo Frade Franciscano que fez a reforma da Ordem no século XVI, nascendo a Ordem dos Frades M. Capuchinhos. Era espanhol, mas muito venerado em Portugal, inclusive por ser espanhola a Rainha, Dona Carlota Joaquina, esposa de Dom João VI, pais de Dom Pedro, que libertou o Brasil do jugo português em 7 de setembro de 1822, se tornando seu primeiro Imperador com o nome de Dom Pedro I.
Eis a razão pela qual São Pedro de Alcântara foi proclamado Padroeiro Secundário do Brasil. Dom Pedro I nasceu no dia 12 de outubro de 1798 e tinha entre seus numerosos sobrenomes também o de Alcântara.
A Padroeira Principal do Brasil foi sempre Nossa Senhora da Conceição. Depois da proclamação da República, sua pequena imagem encontrada no Rio Paraíba do Sul, em 1717, foi solenemente coroada e, em 1931, proclamada Rainha e Padroeira do Brasil, com o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida ou, simplesmente, Nossa Senhora Aparecida. Sua festa, depois de várias experiências em outros dias, foi determinada para o dia 12 de outubro, pelas razões históricas acima mencionadas.
Por outro lado, a festa de São Pedro de Alcântara foi, posteriormente, transferida para o dia 19 de outubro. O santo Frade faleceu no dia 18 de outubro, porém, sendo festa do Evangelista São Lucas, a celebração foi deslocada para o dia seguinte.
Após a proclamação da República, por razões políticas que desejavam minimizar tudo o que recordasse a Monarquia, o título de Padroeiro Secundário dado a São Pedro de Alcântara ficou meio esquecido, porém nunca foi oficialmente eliminado, sendo sempre festejado liturgicamente pela Igreja.
São Pedro de Alcântara, rogai pelo Brasil e por cada um dos brasileiros!
Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora
Nota do Arcebispo Metropolitano sobre evento supostamente ligado a arquidiocese
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- Sexta, 25 Outubro 2019 14:30
Aviso que está havendo uma divulgação de um encontro de “Fé e Política”, a ser realizado amanhã, dia 26, no Sindicato dos bancários.
Quero avisar que esta promoção não é da Arquidiocese, que tem sua Comissão Arquidiocesana de Fé e Política que não é a promotora de tal evento. A propaganda feita de forma enganosa, sem nenhum conhecimento do Arcebispo, é um ato antieclesial.
Peço a tais grupos paralelos que não perturbem nosso ideal de ter uma Igreja que pretende caminhar em espírito sinodal, em sintonia com o Papa Francisco, e com a CNBB. O paralelismo eclesial e a forma enganosa de divulgar eventos não tratados com a Igreja Local, sob a autoridade legítima de seu Pastor, não contribui com a paz, nem com a justiça e nem com a comunhão da Igreja Particular.
Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora
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