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Mensagem do Arcebispo Dom Gil Antônio ao final da JMJ

jmjNo domingo, dia 27, chegou ao fim mais uma Jornada Mundial da Juventude, milhares de jovens de todas as nações estiveram juntos por 5 dias no Panamá em prol da mesma causa. Eles vivenciaram muitas coisas e viram o anúncio do Cardeal Kevin Farrell, sobre próxima cidade que irá receber a JMJ: Lisboa, em Portugal.

Porém, durante estes dias de graça uma tragédia aqui no Brasil comoveu a todos, o acontecido em Brumadinho (MG). Nosso arcebispo mandou seu relato a respeito desses fatos. Confira abaixo na íntegra:


"Mais uma vez constato que as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) são um sopro do Espírito Santo para o mundo de hoje. São milhões de jovens que a Igreja consegue reunir, de todas as partes do globo terrestre, para viverem dias de intenso encontro com Cristo, verdadeiro Retiro Espiritual!

Aqui no Panamá, um pequeno país da América Central, com apenas 4 milhões de habitantes, um país jovem de apenas 105 anos de independência, acontece este megaevento da fé católica que só pode ser obra de Deus.

A Via Sacra celebrada na sexta-feira, dia 25, foi muito intensa e profunda. Meditando com o Papa Francisco e jovens de todas as partes do mundo, nós brasileiros uníamos aos sofrimentos de Cristo os de todos os que direta ou indiretamente estão padecendo por causa do crime ecológico acontecido em Brumadinho naquele mesmo dia.

Por graça de Deus, nesta JMJ, me foram confiadas duas catequeses, uma homilia e uma mensagem ao final de uma das missas para os jovens de língua portuguesa vindos do Brasil, Portugal e países africanos lusófonos.

Esta é a 34ª versão das JMJ, criadas por São Paulo II, no ano de 1984. Visível inspiração do alto!

Deus abençoe sempre esta iniciativa católica que faz dos jovens os grandes missionários do mundo de hoje.

O tema Mariano, por desejo do Papa Francisco, foi muito inspirador: “Eis aqui a serva do Senhor, faça -se em segundo a tua palavra!"


Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

Olhar para além dos nossos limites

WhatsApp-Image-2019-01-14-at-23.19.46Movidos pela Palavra de Cristo, não podemos medir esforços para ajudar aqueles que necessitam. Nós, na Arquidiocese de Juiz de Fora, temos um empenho, uma decisão de ser “Uma Igreja sempre em Missão”. Olhar para além de seus limites. Além de ser missionária Ad intra, ou seja, dentro do território que lhe compete administrar, não podemos ficar limitados a estas estreitas fronteiras geográficas. O nosso olhar deve se estender para aqueles que necessitam ainda mais do que os nossos. Por isso, somos felizes de manter o compromisso de fazer alguma coisa pelos irmãos que vivem no Haiti.

Temos também um grande trabalho na Diocese de Óbidos, no estado do Pará. Há vários anos estamos trabalhando lá com uma paróquia, para onde enviamos dois padres e eles fazem o trabalho religioso e social que podem fazer. No Haiti, a nossa missão está iniciando, mas já com passos largos. No ano passado, foi nomeado o novo Arcebispo Metropolitano de Porto Príncipe, Dom Max Leroy Mesidor, que visitamos no dia 17 de janeiro deste ano de 2019. Ficamos muito contentes com sua simpática recepção e suas expressões de gratidão pelos nossos trabalhos missionários.

Na vez passada em que estivemos no Haiti, em julho de 2017, o Arcebispo à época era Dom Guido Poullard, que, na ocasião, estava gravemente doente, em tratamento fora do país e que veio a falecer em dezembro de 2018. Fomos atendidos pelo Vigário Geral que nos atendeu muito fraternalmente, mas não tinha como tomar decisões mais definidas pela limitação de seu cargo.

Desta vez, durante nosso encontro com o novo Arcebispo e com seu Bispo Auxiliar, Dom Sylvain Ducange, salesiano, pudemos definir avanços importantes, sobretudo no campo da cooperação pastoral. Há, inclusive, a possibilidade de enviarmos um sacerdote voluntário para passar algum tempo no Haiti e de receber, em Juiz de Fora, um sacerdote haitiano que nos ajude no intercâmbio missionário.

Estivemos no Haiti entre os dias 12 e 19 de janeiro, hospedados na casa dos nossos estimados Freis Franciscanos na Providência de Deus, onde convivemos felizes com Frei Gabriel Martins Alves e Frei Pedro Caetano da Silva. Comigo, estavam o Padre Leonardo Loures e o jovem missionário Yago Motta, membro do nosso grupo JMC (Jovens Missionários Continentais).

Em Juiz de Fora, já temos um trabalho iniciado, fazendo uma corrente de padrinhos para crianças que não têm condições de pagar escola, de comprar material escolar ou o necessário para sua higiene pessoal, para vestir ou para comer. Vários padrinhos já contribuem com a quantia de R$50,00 (cinquenta reais) por mês, que são enviados para a Congregação dos Franciscanos na Providência de Deus. Os frades, por sua vez, administram esse dinheiro com bastante lisura para atender aos irmãos pequeninos do Haiti.

Juntamente com isso, fazemos também um trabalho pastoral. As celebrações de missas, organização de catequese, e tantas outras coisas que podemos fazer no sentido da evangelização destes nossos irmãos, ensinando-lhes a Bíblia Sagrada e o catecismo da Igreja. Tudo o que nós podemos fazer, para o corpo e para a alma, para o espírito e para a mente, haveremos de fazer.

O compromisso com o Haiti é inalienável. Somos uma Igreja sempre missionária e queremos assim viver. Quem quiser e puder ajudar, procure a nossa Cúria Metropolitana de Juiz de Fora, para ver como isso pode ser feito.

Dia 19 de janeiro, partimos para o Panamá, país vizinho do Haiti, para a Jornada Mundial da Juventude, onde nos reuniremos aos quase 70 jovens que vieram de nossa Arquidiocese de Juiz de Fora. A todos, envio um grande abraço em nome da equipe que lá esteve e uma grande bênção de Deus, para que possamos viver sempre unidos no amor e na caridade.


Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

Juiz de Fora novamente no Haiti

Missão-HaitiProsseguindo a nossa missão de compromisso entre a Arquidiocese de Juiz de Fora e a de Porto Príncipe, no Haiti, seguimos, para este país, três pessoas. Além de mim, estão Padre Leonardo Loures que é o Coordenador da Pastoral Missionária e da Comissão Missionaria Diocesana (COMIDI), e o jovem Yago, do Projeto Jovens Missionários Continentais. Viemos para o Haiti em nome de todo o povo de nossa Igreja Particular, que é composta por Juiz de Fora e mais 36 municípios.

No mês de julho do ano de 2017, estive também no Haiti durante alguns dias com vários jovens e um casal missionário. À ocasião, fizemos os primeiros contatos e, sobretudo, um compromisso pessoal e informal de interajuda com os frades da Congregação dos Franciscanos da Providencia de Deus. Vimos a pobreza extrema que permanece no Haiti. Vimos o resultado terrível dos terremotos e de outros acidentes climáticos que têm assolado este país. O Haiti é o país mais pobre das Américas. Aqui vive um povo amigo, de bom coração, um povo que tem fé e que se relaciona bem com todos aqueles que querem ajuda-los. Quase toda a população não tem nada, nem o mínimo necessário para viver, para morar e até para vestir. Se não fossem as obras de caridade e as organizações da Igreja neste país, o sofrimento seria muito maior.

É claro que há outras organizações internacionais e também outras igrejas que atuam aqui, mas, sem nenhuma dúvida, o maior número de organizações de assistência social, para a escola, para a medicina, para a alimentação, entre outras coisas, são as obras católicas. Nós não falamos isso por orgulho, nem por desprezo a qualquer outra instituição, mas para comunicar uma realidade que nos envolve . E sendo nós católicos, queremos ampliar cada vez mais a ajuda a estas iniciativas, para que o povo possa ter, ao menos, alguma saída para suas grandes dificuldades. Nós estamos, portanto, procurando fazer aquilo que a Arquidiocese de Juiz de Fora, dentro de seus limites, pode oferecer. Para cá já vieram outros grupos organizados por nós para atender às necessidades de saúde e ajudar os frades franciscanos nesta obra maravilhosa.

A última delegação foi composta pelo Padre Pierre Maurício Cantarino, com um casal de médicos, e outro casal que se dedica à Pastoral Familiar. Uma das obras mais importantes aqui é uma padaria comunitária, organizada e mantida pelos frades, onde as pessoas podem produzir e vender os pães, ajudando assim no orçamento familiar, que é sempre pequeno. Nós pudemos ajudar na doação de farinha de trigo e também outros materiais. O Padre Pierre organizou uma campanha para a compra de uma nova máquina panificadora que está sendo de grande serventia.

Muitas obras são feitas pela Igreja no Haiti, para ajudar esse povo a sair dessa situação. A Igreja faz isso porque ela vive pela Palavra de Cristo que diz: “Tudo que fizerdes ao menor dos meus irmãos, é a mim que estareis fazendo” (Mt 25,40). Ainda no Evangelho de São Mateus, está escrito que vão se salvar aqueles que, tendo fé em Jesus Cristo, olham as necessidades e fazem as obras de caridade. “Tive fome e me destes de comer. Tive sede e me destes de beber. Estava nu e me vestistes. Estava na prisão e fostes me visitar. Era doente e me socorrestes. Era forasteiro e me acolhestes” (Cf Mt 25, 31-46). Assim é ação da Palavra do Senhor para aqueles que querem ser seus discípulos.


Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

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