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O outro lado da moeda: a vida!

Fé“No dia dos bens não te esqueças dos males e no dia dos males não te esqueças dos bens” (Eclesiástico 11,27). Esta passagem bíblica nos convida a reconhecer o valor da vida diante das provações e das adversidades. Por causa da ameaça invisível de uma enfermidade, vivemos momentos incertos e difíceis, mas a fé nos dá a certeza de que Deus não permitiria o mal se do próprio mal não tirasse o bem, por caminhos que só conheceremos plenamente na vida eterna. Contudo, “a eternidade já alegra o tempo” (dizia um antigo teólogo) e assim a fé nos faz degustar como por antecipação a felicidade plena e eterna para a qual fomos criados. Portanto, nos momentos difíceis devemos lembrar de tudo o que há de bom e de verdadeiro neste mundo criado por Deus em estado de caminhada.

Agora que estamos mais caseiros, surgem novas e interessantes oportunidades para ampliarmos o diálogo com os mais frágeis. Podemos agora estar mais próximos dos idosos que oferecem sabedoria e serenidade, das crianças que oferecem alegria e inocência. Podemos também contemplar por mais tempo uma flor que desabrocha, um pássaro que canta, uma bela joaninha e tantas outras maravilhas que a mãe natureza nos oferece. A vida mede-se pelo amor: amor a Deus, amor ao próximo. Neste momento, o comodismo pode aparecer como uma tentação que nos arrasta para a inércia. Mas isolamento social não é sinônimo de imobilidade e, portanto, precisamos buscar criatividade para agirmos em favor dos mais carentes através de apoio espiritual, psicológico e material. Afinal, quem não vive para servir, não serve para viver.

Obedecer às diretrizes médicas e seguir as conclusões científicas é sinal de civilidade e de responsabilidade diante do bem comum. Mas o medo não é salutar. Percebo que muitas pessoas permanecem escravas dos dramas, das notícias catastróficas, às vezes sensacionalistas, das intrigas políticas em torno do problema do vírus e de outros desequilíbrios. Creio que podemos tomar conhecimento das notícias boas ou más com a devida serenidade e com o cuidado para não cairmos na hipocondria que é um medo mórbido de doença.

Vejamos também as notícias positivas, tantas vezes escondidas. Exemplos: neste momento em que escrevo, a importante universidade americana Johns Hopkins afirma que no mundo 692 mil pessoas se recuperaram do coronavírus. Este número é cerca de quatro vezes maior que o número atual de mortes. Na atingida Itália, todos os dias nascem mais de mil crianças, segundo estimativa feita há dois anos. São informações interessantes porque revelam que apesar das ameaças concretas deste vírus, a vida continua brilhando como inestimável dom de Deus.

O que dizer então para tantas pessoas que perderam amigos e familiares por causa desta pandemia? A resposta é que não somos proprietários, mas apenas administradores da vida que Deus nos oferece dentro de um espaço de tempo que Ele mesmo determina contando com nossa colaboração. “Ninguém pode escolher arbitrariamente viver ou morrer; efetivamente, senhor absoluto de tal decisão é apenas o Criador, aquele em quem vivemos, nos movemos e existimos (Atos dos Apóstolos 17, 28)” (Papa São João Paulo II).

“Eu não morro, entro na vida”! Estas são palavras de Santa Teresinha de Lisieux que permanecem oportunas para lembrarmos da perpetuidade de pessoas boas que edificaram nossas vidas e cujo destino eterno é assegurado por Jesus ao dizer que os justos alcançarão a vida eterna (Mateus 25,46; João 11,25).

Por fim, lembremo-nos que é fonte de felicidade e paz ter confiança em Deus, em todas as circunstâncias, mesmo na adversidade. Uma oração de Santa Teresa de Ávila exprime admiravelmente tal atitude:


«Nada te perturbe / Nada te espante
Tudo passa / Deus não muda
A paciência tudo alcança / Quem a Deus tem
nada lhe falta / Só Deus basta» .


*Por Luís Eugênio Sanábio e Souza – Escritor

A Páscoa no ano em que o mundo parou

DSC 0347Nesta situação tão especial do mundo hodierno, marcado pela pandemia do novo coronavírus, a celebração da Páscoa representa um hálito de esperança, uma força que anima, sentimento que traz paz, no meio das lutas e apreensões dos médicos, das autoridades públicas e de toda a população.

Depois da paixão e morte de Jesus, sobre as quais meditamos e celebramos nos 40 dias da Quaresma e na Semana Santa, de forma on-line, ao chegar a Vigília Pascal pudemos proclamar jubilosos, com as palavras de São Paulo aos Romanos: “Cristo Ressuscitou dos mortos e não morre mais; a morte já não tem poder sobre ele” (Rom 6, 3-11).

O Senhor apareceu ressuscitado várias vezes a seus discípulos e discípulas: comeu com eles, na reunião daquele primeiro domingo, no cenáculo (Lc 24, 36-49; Jo 20, 19-23), se alimentou de peixe, à beira do lago de Genesaré (Jo 21, 1- 13), partiu o pão aos discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35) e foi visto em outras ocasiões. É o próprio Mateus, autor do evangelho lido no Sábado Santo, que, por fim, traduzirá a última palavra de Jesus Ressuscitado aos discípulos, após todas as aparições: “Eis que estarei convosco até o fim dos tempos” (Mt 28, 20).

Nós cremos e podemos nos alegrar com a ressurreição do Senhor, pois nela estamos inseridos pelo nosso Batismo, como ouvimos de São Paulo na Carta aos Romanos: “Pelo Batismo, na sua morte, fomos sepultados com Ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova” (Rom 6,4). Isto nos dá a certeza de que, pelo Batismo, não somos apenas purificados de nossos pecados, nem apenas passamos a pertencer à Igreja, mas também, por ele, nos tornamos coparticipantes de Seus sofrimentos e de Sua ressurreição. As três imersões, e três emersões, simbolizadas também no Batismo por intenção, representam esta realidade correspondente à escuridão dos sofrimentos e à invencível luz da vida que ressuscita, pela força de Deus que nos criou e por Seu Filho, que nos salvou.

Alimentados pela Eucaristia e pela Palavra, somos sempre renovados e recobramos nova vida, até que um dia sejamos acolhidos por Ele no banquete da eternidade, onde o perigo, a incerteza, a dor, a tristeza e todas as preocupações desaparecerão para dar lugar à alegria de viver, livres e felizes, para sempre.

Os fiéis que participaram da Semana Santa em suas casas, neste ano de isolamento social, puderam apenas fazer sua comunhão espiritual e foram privados, pelas circunstâncias, de receberem a Sagrada Eucaristia de forma sacramental. Aguardando, avidamente, o momento de irem à igreja para Comungar o Corpo de Cristo, conviverem com os irmãos na comunidade e fazerem a sua Páscoa de forma completa, os cristãos rezaram, dos santuários de seus lares, pedindo o fim da pandemia, a volta à normalidade das relações humanas, porém purificada, renovada, convertida.

Imerso nos sentimentos do Senhor, desejei ardentemente celebrar esta Páscoa em união espiritual, sobretudo com os médicos e médicas, enfermeiros e enfermeiras, e ainda com todos os demais profissionais da saúde. Penso nos funcionários dos laboratórios, nos que fazem a limpeza dos hospitais, nos que cuidam do lixo, nos que transportam enfermos e tantos outros que estão se desdobrando, se dedicando para salvar vidas neste momento pandêmico e, muitas vezes, arriscando as suas próprias em favor da subsistência dos demais. Eles participam, de alguma forma, da força renovadora que vem de Jesus Ressuscitado, para vencer o mal e a morte.

Que de Cristo venham a luz e as graças para que logo se descubra o medicamento certo para o tratamento e a vacina própria para a prevenção. Páscoa é passagem para uma vida nova.

Aos médicos e demais servidores da saúde, dou meu abraço virtual, dizendo-lhes: força e confiança. Também a você, leitor, desejo, de coração, uma feliz e santa Páscoa com os seus familiares. Tenhamos todos saúde, força para o trabalho e paz. Podemos, por ora, juntos proclamar: tudo passará e então nos abraçaremos e, plenamente juntos, celebraremos as alegrias pascais. Aí repetiremos, com mais ardor e cheios de festa: Jesus Ressuscitou! A vida venceu a morte! Fomos salvos para sempre!


Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

Prezado Dizimista, que a Paz do Cristo Ressuscitado esteja com você!

arte dizimoEm nome da equipe de padres e diáconos da Catedral, do Conselho Pastoral e Administrativo, te desejo muita saúde e alegria que vem de Deus Pai!

Agradeço de coração, pois com sua atitude de generosidade do gesto de partilha do seu Dízimo, muito tem favorecido o caminho de Evangelização da Catedral. Sei que vivemos um momento difícil para todos nós, mas confiamos que essa tempestade vai passar. Diante das necessidades urgentes, que começaram a surgir, venho com humildade te pedir que mantenha a sua fidelidade mensal de colaboração ao Dízimo Paroquial.

Recordo que São Paulo, em 2Cor 8, 1-6, diante das necessidades da Comunidade-Mãe de Jerusalém, promoveu uma coleta em todas as comunidades por ele evangelizadas. Paulo ficou muito emocionado pela generosidade vinda da Macedônia, que, dada a sua pobreza, colaboraram, segundo suas pequenas possibilidades, para alívio e manutenção da Igreja de Jerusalém num período de grande dificuldade para ambas.

Ressalto que mesmo assim, procuramos dar continuidade à vida evangelizadora, litúrgica e missionária. Concluímos a restauração artística que ficou belíssima em seu interior, e o projeto de prevenção e proteção contra incêndio e pânico, exigências do Ministério Público e Corpo de Bombeiros e outras pequenas obras.

Nós padres, temos esforçado para dar testemunho de sobriedade e simplicidade, diminuindo as despesas pessoais e da casa paroquial. Reze também pela nossa equipe da pastoral do Dizimo que tem buscado caminhos de solução. Neste dia 12 de abril domingo da Páscoa do Senhor, com a Catedral fechada, estaremos unidos em orações por você e sua família. Durante a semana você poderá vir pessoalmente à recepção, entregar o seu Dízimo, caso não possa, sugerimos, que faça o depósito ou transferência para nossa conta:

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
MITRA ARQUIDIOCESANA DE JUIZ DE FORA
AGÊNCIA: 3065
CONTA CORRENTE: 121
OPERAÇÃO: 003

Ao Celebrar a Eucaristia, levamos Jesus ao seu lar pela WebTV A Voz Católica, Rádio Catedral FM 102.3, Facebook da Catedral às 12 e 19h. Nesta ocasião, incluímos as suas intenções pela situação de isolamento social necessário, em que todos nós nos encontramos, diante de um grande surto de pandemia viral. Que o Bom Deus te retribua imensamente o seu gesto de carinho e de cuidado para com nossa Paróquia Santo Antônio da Catedral de Juiz de Fora. Receba a minha benção, por intercessão de Santo Antônio nosso querido padroeiro para os seus familiares! Feliz e Santa Páscoa para você e sua família!


Pela Equipe Paroquial:
Pe. Jose de Anchieta Moura Lima
Administrador Paroquial

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