Mês da Bíblia
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- Terça, 11 Setembro 2018 09:19
Em setembro celebramos o mês da Bíblia, porque no dia trinta ocorre a memória de São Jerônimo que dedicou a vida ao estudo e tradução da Sagrada Escritura.
Neste mês, nossas comunidades procuram aprofundar mais o conhecimento da Bíblia, o modo como Deus nos fala e perceber melhor o seu amor infinito pelo ser humano, criado à sua imagem e semelhança.
A Bíblia é o livro que venceu e vence os tempos sem envelhecer. A Sagrada Escritura fala a todas as pessoas e a todas as situações. Milhões já beberam e continuam a beber dessa fonte inesgotável que comunica a verdade e a paz.
A revelação divina é destinada a todos os homens e mulheres, porque Deus quer que todos cheguem ao conhecimento da verdade, “a Palavra de Deus é a verdade, sua lei, liberdade”, por isso, é necessário que a Igreja a anuncie a todos, segundo o mandamento de Jesus: “Ide, pois, e fazei discípulos” (Mt 28,19).
O Concílio Vaticano II, no seu documento Dei Verbum, “Palavra de Deus”, nº 11, diz que: “na redação dos livros sagrados, Deus escolheu homens dos quais se serviu, fazendo-os usar suas próprias faculdades e capacidades, a fim de que, agindo Ele próprio neles e por eles, escrevessem, como verdadeiros autores, tudo e só aquilo que Ele próprio quisesse.” A segunda carta a Timóteo afirma: “Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, refutar, corrigir, educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra” (2Tm 3,16.17).
O Espírito Santo nos inspira quando lemos a Bíblia. Ele nos ajuda a acolher e a praticar a Palavra de Deus. Sem Ele não é possível descobrir o sentido que Ela tem para nós. É necessário sabedoria e discernimento para que a Palavra possa produzir frutos em nossa vida.
A Bíblia é luz para o nosso caminhar. A sua leitura quer nos ajudar em nossos dias a perceber a presença viva de Deus, do seu sonho de vida e esperança, de paz e solidariedade para o mundo, portanto, a Palavra de Deus é como um farol que indica o caminho por onde andar, mas não só ilumina como também aquece nossa esperança e nosso amor para que possamos nos converter a cada dia.
Celebrando o mês da Bíblia, peçamos a Deus que nos abençoe e ilumine para que, acolhendo, praticando e anunciando a Palavra que é viva e eficaz, caminhemos sempre na estrada de Jesus, caminho, verdade e vida.
Mons. Luiz Carlos de Paula
Pároco da Catedral
Vocações
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- Segunda, 27 Agosto 2018 10:16
No mês de agosto, a Igreja Católica reflete a variedade de vocações. São vocações de leigos e leigas engajados nos mais variados ministérios e serviços, que sentem que vale a pena trabalhar para realizar o projeto de Deus nos espaços da sociedade humana. Os religiosos e religiosas são homens e mulheres que buscam dar uma resposta radical ao chamado de Deus na vida religiosa, para concretizar alguma característica marcante do evangelho.
Há também os que, sentindo em seu coração a voz suave de Jesus, respondem generosamente a seus apelos e seguem
a vocação sacerdotal para, dessa forma, colocar toda a sua vida a serviço da comunidade para evangelizá-la, santificá-la e servi-la no exercício do múnus sacerdotal, como participação do único sacerdócio de Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote, o grande Evangelizador e carinhoso Pastor de todo o rebanho.
O Senhor continua chamando e ainda hoje Cristo caminha pelas nossas cidades e ruas, pelas nossas famílias e escolas,
pelos nossos bairros e campos e pelas comunidades. Os novos mares da Galileia e as novas bancas de Mateus são as atitudes da vida moderna e os desafios da sociedade contemporânea. Os pescadores de então, que se chamavam Pedro, Tiago, João e outros, são os jovens de hoje inseridos em novos empregos, afazeres e mentalidades. Porém uma coisa é certa: todos os de ontem e os de hoje recebem um apelo, que sai do coração palpitante do Deus Amor que
convida, chama e faz propostas.
Realizar-se é buscar felicidade e esta só se encontra no acerto da própria vocação, de tonalidades diferentes, é verdade, mas sempre algo a marcar a vida em sua profundidade existencial.
É importante que neste mês, de modo especial, possamos nos comprometer com a vivência da nossa vocação e rezarmos intensamente pelas vocações, seguindo o pedido de Jesus: “Enviai, Senhor, operários para a messe, pois a messe é grande e os operários são poucos.” (Mt 9, 38)
Monsenhor Luiz Carlos de Paula
Pároco da Catedral
Rezar pelo Brasil, vale?
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- Segunda, 20 Agosto 2018 11:57
Não subestimemos a fé. Ela tem força. Diante de um Brasil com sua história de problemas, mas também de superações, cremos no poder da oração, na graça divina que vem em auxílio daquele que crê.
Ao se aproximarem as eleições, celebrando a Semana da Pátria, a Igreja Católica em Juiz de Fora, através de sua Pastoral de Fé e Política, promove Grande Vigília de Oração na Catedral, a ser celebrada dia 5 de setembro, de 19h às 21h30, iniciando com a Celebração Eucarística.
Será um momento de súplica fervorosa a Deus em favor da vida ameaçada pela cultura da morte, e para que o Espírito Santo ilumine os eleitores, na hora de votar, a fim de que as paixões políticas ou os fanatismos partidários não perturbem as consciências na busca do bem comum. Não haverá espaço para propagandas políticas, nem para citação de nomes de candidatos, nem de referências a partidos. Será momento de estar respeitosamente diante de Deus, com confiança e com gratidão, pois Deus não falha quando o procuramos com fé.
A Bíblia, seja no Antigo Testamento seja no Novo, está cheia de referências ao poder da oração. As palavras de Cristo, registradas pelos evangelistas, bastam para uma consistente confiança no diálogo com Deus. No Evangelho de João, Jesus afirma: “Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vos será concedido” (Jo 16, 23). Em Mateus, assegura: “Pedi e recebereis, procurai e achareis, batei e a porta vos será aberta” (Mt 7, 7). Jesus tem tanta confiança na oração que, após amaldiçoar uma figueira inútil, chegou a proclamar: “Se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que fiz com a figueira, mas também se disserdes a uma montanha: ‘arranca-te e joga-te no mar, acontecerá’. Tudo o que, na oração, pedirdes com fé, vós o recebereis” (Mt 21, 21-22). Em Marcos, ele afirma: “Tudo o que pedirdes na oração, crede que já o recebestes e vos será concedido” (Mc 11, 24). Para ensinar a perseverança na oração, em Lucas, Jesus, comparando ao pedido insistente de um amigo que vai, fora de hora, pedir pão, diz: “Se não se levantar por ser seu amigo, ao menos vai levantar-se por causa da insistência do pedido e lhe dará o que for necessário” (Lc 11, 8).
No correr da história da Igreja, encontramos abundantes ensinamentos, páginas belas e testemunhos eloquentes de oração. Na Patrística, na Teologia, na Tradição e no Magistério da Igreja há milhares de referências ao ato de rezar em suas diversas formas. Para resumi-las em um só exemplo, recordemos o que diz o Papa Francisco em sua Exortação Apostólica Gaudete et Exultate (19.03.2018): “A súplica é expressão do coração que confia em Deus, pois sabe que sozinho não consegue. Na vida do povo fiel de Deus, encontramos muitas súplicas cheias de ternura crente e de profunda confiança. Não desvalorizemos a oração de petição que tantas vezes nos tranquiliza o coração e ajuda a continuar a lutar com esperança” (GE 154).
É a esperança que nos move a nos unirmos nesta hora desafiadora de nosso país, para estar livremente diante de Deus e pedir proteção à vida, pois é sagrada, e não haja leis abortistas a macular nossa Constituição, mas que os seres humanos que ainda se encontram no ventre das mães sejam respeitados integralmente. A ninguém cabe o direito de tirar a vida do outro, como ensinou o Papa Francisco há poucos dias, eliminando do Catecismo da Igreja Católica toda e qualquer concessão à pena de morte.
Rezaremos pelo Brasil para que, no próximo pleito, sejam eleitos os melhores para conduzir nosso País, a fim de que as questões mais sérias sejam resolvidas em favor do Povo Brasileiro, sobretudo dos mais sofridos ou mais humilhados.
Rezaremos para que prevaleçam a paz, a concórdia, a honestidade, a digna moralidade nas famílias, nas escolas e na sociedade, tudo colocando sob o olhar maternal de Nossa Senhora Aparecida, a quem o Brasil venera como sua Rainha e Padroeira, a Mãe de Jesus que, nas Bodas de Caná, fez súplica em favor de uma família em apuros e foi imediatamente atendida.
Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora
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