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DEUS UNO E TRINO

5094ff c2932c8cf22741d49ba99da8f5f87102 mv1Apoiados numa rica e extensa fundamentação contida na Sagrada Escritura, podemos dizer que em Deus existe uma perfeita unidade, constituída pela natureza divina, porque Ele se manifesta de forma trinitária, no Pai, no Filho e no Espírito Santo. Isso significa unidade na diversidade de pessoas, realidade de comunhão, que é proclamada na solenidade da Santíssima Trindade.

A verdadeira unidade comunitária é fruto maduro da prática do amor, da gratuidade, da valorização das coisas boas que o outro faz, da superação de toda forma de inimizade, contenda, rivalidade, competição, críticas destrutivas etc. A desunião enfrenta um grande desafio, o desencanto por convivência mais fraterna e sadia. Essa prática pode ser consequência de negação da fé trinitária.

No gesto de manifestação, Deus constrói laços de profundo amor, porque vai ao encontro das pessoas e chega aos corações sensíveis. É o laço da antiga Aliança, de encontro com o ser humano com proposta que conduz ao caminho de vida e de benção para o povo. Esse caminho depende também da identidade da fé no único Deus, construída pela prática e fidelidade aos mandamentos.

O Deus, que é uno e trino, não é um ser divino totalmente sem compromisso, insensível e indiferente em relação ao sofrimento das pessoas mais desprezadas. Elas são seres humanos e têm direito à paternidade divina e a uma vida digna e plena. Na condição de Pai, Deus realiza um profundo gesto divino-humano, acolhe os seus filhos com carinho e amor, e os integra na sua grande família.

A identidade do cristão vem da Santíssima Trindade, isto é, do Batismo realizado no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Daí surge o que chamamos de “pertença” à Igreja, formando corpo com os demais cristãos. A Trindade Santa é uma comunidade divina, a fonte da comunidade cristã formada pelas pessoas batizadas. São formados laços de convivência, onde a responsabilidade é de todos.

Na Igreja, como comunidade de cristãos, neste tempo forte de pandemia, o que mais se evidencia é o belo gesto da solidariedade e da partilha fraterna. Não há preocupação em dar publicidade, mas em todas as inúmeras paróquias espalhadas por todos os cantos do Brasil, os cristãos têm demostrado seu compromisso com a vida das pessoas mais necessitadas devido ao tempo pandêmico.


Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba (MG)

Missa da Unidade Arquidiocesana

Santos-Oleos-3Celebramos, na Catedral de Juiz de Fora, em 8 de maio, em data extraordinária, a Missa dos Santos Óleos, que chamamos também de Missa da Unidade. Tal liturgia ganha ainda mais força por estarmos no contexto do II Sínodo da Arquidiocese, uma vez que a palavra Sínodo significa “caminhar juntos”. Naquele dia, nosso clero inteiro, comigo que sou seu Pastor, se reuniu para celebrar a alegria de servir a Deus, à Igreja e ao próximo.

Somos atualmente na Arquidiocese 105 padres diocesanos e 15 religiosos em serviços paroquiais, além de cerca de 30 religiosos residentes com funções acadêmicas ou outras ou idosos, somando-se 150 presbíteros e 48 Diáconos Permanentes. Ao todo, nosso clero residente é formado, atualmente, por 205 ministros ordenados, incluídos dois bispos eméritos, o Exmo. Sr. Eparca Melquita e três sacerdotes afastados das funções sacerdotais. Também celebramos a alegria de receber, em nosso Corpus Presbiterorum, já no mês que vem, os atuais diáconos Alex Francisco da Silva, que será ordenado dia 5 de junho, em Matias Barbosa, e Ronny Moreira de Oliveira, cuja ordenação será dia 12 daquele mesmo mês, na Catedral Metropolitana.

Naquele momento pascal os presbíteros renovaram os compromissos sacerdotais assumidos na ordenação, quando tiveram as mãos ungidas com o Santo Crisma, pelo Bispo Ordenante. Nosso coração se encheu de gratidão a Deus que nos escolheu, nos chamou, nos ungiu e nos enviou. Também os diáconos puderam, neste dia, renovar seus compromissos, pois também eles foram chamados e enviados a imitar o Cristo Senhor, eterno Diácono do Pai, que veio “para servir e não para ser servido” (cf. Mt 20, 28).

Neste ano alguns temas se destacaram no nosso tão esperado encontro arquidiocesano que é a Missa dos Santos Óleos. Em primeiro lugar, vivenciamos ainda a situação da pandemia com os sofrimentos que tem causado, tanto pela doença em si, quanto por milhares de mortes inesperadas. Lembramos ainda das tantas pessoas e famílias empobrecidas, muitas agora dependentes do socorro, da caridade, da solidariedade dos parentes, amigos e dos irmãos de fé. Não menos preocupante é a situação financeira da maioria de nossas paróquias, comunidades, seminário e Mitra Arquidiocesana, com tantos problemas financeiros a resolver, sem os recursos que possuíamos antes.

Neste sentido, recordamos que o Ano de São José nos impulsiona também a verificar a simplicidade em que viveu o Pai Nutrício de Jesus, na humilde casa de Nazaré e no ideal de oferenda de si mesmo. O Papa Francisco, em sua Exortação Apostólica Patris Corde, comenta que “a felicidade de José não se situa na lógica do sacrifício de si mesmo, mas na lógica do dom de si mesmo”. Interessante reflexão, pois recorda nossa própria realidade de ministros ordenados, uma vez que quando nos apresentamos para a vida sacerdotal ou diaconal, respondendo ao chamado de Deus, não o fazemos por sacrifício, mas por alegre oferta de nós mesmos, na lógica de Jesus que afirmou: “ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos” (Jo 15, 12). Ele mesmo, Jesus, assim viveu, tendo nascido em uma estrebaria, vivido sem posses ao ponto de dizer: “as raposas têm suas tocas, os pássaros têm seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mt 8, 20). Morreu numa cruz que não era sua, como oferta suprema de si mesmo, e foi sepultado num túmulo emprestado.

Além disso, contemplamos a nossa realidade Pastoral, na forte caminhada sinodal que estamos vivendo, num enorme esforço de nos adaptarmos à realidade da pandemia. Temos a alegria de constatar que o Sínodo Arquidiocesano não parou, pelo contrário, está vivo e eficaz, sobretudo graças aos meios de comunicação que temos. Tantos e tantos esforços temos feito para manter viva a chama do nosso ideal missionário, proclamando o evangelho pelas ruas e sobre os telhados e garantido nosso ideal: Arquidiocese de Juiz de Fora, uma Igreja sempre em missão.


Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

Arcebispo envia carta aos dizimistas por ocasião do 2º domingo do mês

dizimoTradicionalmente, na Arquidiocese de Juiz de Fora, o segundo domingo de cada mês é dedicado ao Dízimo, um compromisso de fé com a comunidade em se vive o espírito da partilha e da doação, fundamentados no mandamento do amor, centro do Evangelho.

Como o próximo domingo será o dedicado ao dízimo, o Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, divulgou uma carta aos fiéis dizimistas para agradecer a todos pela “responsabilidade, generosidade e amor à Igreja” e para recordar a importância de tal gesto.

O Arcebispo contou que tem rezado incessantemente pelos atuais tempos de tribulação. “Da mesma forma, tenho rezado pelos que sofrem as consequências sociais da pandemia, com menor poder aquisitivo que antes e alguns que estão dependendo da caridade e da solidariedade de todos. Também a Igreja, as paróquias, as comunidades têm sofrido com estes problemas que atingem a todos nós.

Ele relembrou o contexto vivido, o II Sínodo Arquidiocesano e, também, estamos celebrando o primeiro ano de um tríduo em preparação ao centenário de nossa Igreja Diocesana. Segundo o pastor, momentos especiais mantidos pela fidelidade dos dizimistas.

Antecipando o tema do evangelho desse VI Domingo Pascal, “Amai-vos uns aos outros, como eu vos tenho amado. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá sua vida pelos seus amigos” (Jo 15, 12-13), ele destaca que a oferta de jesus foi a maior de todas e que “através do Dízimo Sagrado, oferecemos um pouco de nossa vida”.

Ciente do desânimo que assola muitos em momentos de grandes dificuldades, Dom Gil também deixou uma mensagem. “Sobretudo nestes tempos de tribulação, creia que Deus não deixa nada sem abundantes recompensas, nem mesmo um simples copo de água dado em nome d’Ele (cf. Mt 10,42). Creia na riqueza infinita do nosso Pai providente. Contamos com sua constante fidelidade ao dom de participarmos da obra divina por meio do Dízimo”.

O próximo domingo, dia 9 de maio, é dedicado ao Dízimo. É possível devolver o dízimo nas missas de sua paróquia. Em algumas comunidades é possível realizar transferência bancária ou depósito, para isso basta solicitar os dados e combinar a melhor forma possível.

Clique aqui e confira a carta na íntegra.

Fonte: site da Arquidiocese de Juiz de Fora

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