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Agosto: mês das vocações

agosto

O mês vocacional, em seus domingos, nos coloca diante de quadros bem concretos:
No primeiro domingo celebramos a vocação aos ministérios ordenados. Na Igreja, desde dos seus primórdios, temos os três ministérios: o bispo, o presbítero e o diácono. Celebrar este dia é viver o jeito de Jesus, que convoca os apóstolos e depois os discípulos para viverem com ele e assumirem a tarefa de evangelizar e de construir comunidades através dos três serviços: o anúncio da Palavra, a celebração litúrgica e a caridade.

A vocação matrimonial é celebrada no segundo domingo. Destacar o dia dos pais é enfocar a vocação e a missão matrimonial e familiar. A paternidade é o jeito de constituir a base da família, como experiência de vida e de fé. Os pais devem ser os primeiros educadores e principais catequistas, que lançam os valores da vida e do Evangelho no coração dos filhos e, consequentemente, no coração da sociedade e do mundo.

O terceiro domingo é dedicado à vida consagrada. É a vocação dos religiosos e religiosas, aqueles que aceitam o desafio de viver os valores radicais do Evangelho, dentro do carisma que o Fundador ou Fundadora descobriu, como modo de transformação espiritual do mundo. A vida religiosa faz parte integrante da santidade da Igreja. Basta pensar no grande número de fundadores e fundadoras que souberam dar respostas concretas e exigentes às necessidades do seu tempo e que, hoje, com a permanente atualização, seus seguidores aceitam o desafio de viver o mesmo espírito nas condições diferentes da época atual.

No quarto domingo, celebramos a vocação dos leigos e leigas e, por extensão, o dia do catequista. A Igreja insiste hoje no protagonismo dos leigos, seja nos âmbitos da fé e da comunidade eclesial, mas preferencialmente na esfera do mundo. O leigo cristão tem a missão de ser o fermento de transformação profunda das realidades temporais, vivendo na comunhão da Igreja.

É importante que neste mês, de modo especial, possamos nos comprometer com a vivência da nossa vocação e rezarmos intensamente pelas vocações seguindo o pedido de Jesus: Enviai, Senhor, operários para a messe, pois a messe é grande e os operários são poucos!

                                                           Monsenhor Luiz Carlos de Paula
                                                                   Pároco da Catedral

 

Santo Antônio: Doutor do Evangelho

antonioA celebração da festa litúrgica de Santo Antônio tem lugar especial no coração dos juiz-foranos. Ele é nosso padroeiro, exemplo de fidelidade a Cristo e intercessor no céu. Na pessoa de Antônio vê-se o exemplo eloquente de santidade, reflexo da luz de Cristo, modelo a ser seguido em toda ação pastoral e na vivência pessoal de cada dia. Sendo Cristo a luz dos povos, Senhor de todas as cidades, indubitavelmente vê-se em Antônio a modelar figura humana que se deixou iluminar pela luz que vem do Salvador, passando inevitavelmente a iluminar os irmãos na fé, reflexos estes que perduram no caminhar da história, chegando a nossos tempos de forma tão evidente.

Ao destacarmos o senhorio e a centralidade de Cristo nestes momentos litúrgicos, recordemos alguns acenos da vida de Santo Antônio, Padroeiro da cidade, orago da Catedral Metropolitana e Patrono do Seminário Arquidiocesano. Antônio nasceu em Portugal no ano 1195, recebendo na pia batismal o nome de Fernando. Já quando criança e na adolescência manifestava um extraordinário amor a Deus e a tudo que se relacionasse aos céus. Na juventude, entra para o convento da Ordem de Santo Agostinho. Quando já havia vestido o hábito dos agostinianos, resolveu abraçar os ideais de São Francisco, marcadamente pobre, depois de saber da notícia do martírio de oito jovens missionários na África, cujos corpos foram transladados a Lisboa para os funerais sagrados.

Tais fatos revolveram a mente de Fernando que resolveu deixar a ordem de Santo Agostinho para assumir o hábito de São Francisco, recebendo aí o nome de Frei Antônio de Lisboa. Oferecendo-se para ir para o Marrocos, onde foram torturados, assassinados e estraçalhados os mencionados oito frades, descobriu sua verdadeira vocação: ser missionário e pregar com destemor a Palavra de Deus até ao martírio, se fosse preciso. Deixou tudo e partiu para o continente africano. Porém, de retorno a Portugal para tratar da saúde, a embarcação, por causa de problemas climáticos, não lhe permitiu chegar ao destino, tendo que aportar na ilha da Sicilia, ao sul da Itália, de onde partiu para Assis e depois para Pádua. Aí viveu intensamente o evangelho, estudou e ensinou a Sagrada Escritura com rara maestria e luminosa santidade. Foi grande estudioso da Bíblia Sagrada, primeiro teólogo e mestre das Sagradas Escrituras na Ordem dos Frades Franciscanos, e desempenhou com sabedoria as funções do ensino.

Foi peregrino das estradas, pregador do evangelho, sobretudo na Itália e na França. Depois de uma vida intensíssima imersa na luz de Deus, partiu para a casa eterna do Pai a 13 de junho de 1231, com apenas 36 anos de idade, enquanto cantava um hino à Beatíssima Virgem Maria. Tais eram os sinais de sua santidade, que o Papa Gregório IX (1227-1241) o canonizou em menos de um ano após sua morte. Em 1946, o Papa Pio XII o declarou Doutor da Igreja, com o título de Doutor Evangélico, dado ao seu particular gosto pelos estudos bíblicos.

Nos passos de Santo Antônio, a comunidade arquidiocesana abre-se particularmente à luz de Cristo para a revisão da caminhada sinodal que está vivendo e suplica ao seu Padroeiro que interceda a Deus por todos nós.

                                                      Dom Gil Antônio Moreira
                                          Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

Você sabe o que é o Sacramento da Penitência ou Reconciliação?

A Semana Santa está se aproximando e é muito importante que nós estejamos preparados para este importante momento celebrado pela Igreja. Tire as suas dúvidas sobre a confissão e prepare o seu coração para a grande celebração da Páscoa do Senhor.

confissao

1. O QUE É A CONFISSÃO?
Confissão ou Penitência é o Sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, para que os cristãos possam ser perdoados de seus pecados e receberem a graça santificante. Também é chamado de sacramento da Reconciliação.

2. QUEM INSTITUIU O SACRAMENTO DA CONFISSÃO OU PENITÊNCIA?
O sacramento da Penitência foi instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo nos ensina o Evangelho de São João: "Depois dessas palavras (Jesus) soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem vocês perdoarem os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 20, 22-23).

3. A IGREJA TEM A AUTORIDADE PARA PERDOAR OS PECADOS ATRAVÉS DO SACRAMENTO DA PENITÊNCIA?
Sim, a Igreja tem esta autoridade porque a recebeu de Nosso Senhor Jesus Cristo: "Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu" (Mt 18,18).

4. POR QUE ME CONFESSAR E PEDIR O PERDÃO PARA UM HOMEM IGUAL A MIM?
Só Deus perdoa os pecados. O Padre, mesmo sendo um homem sujeito às fraquezas como outros homens, está ali em nome de Deus e da Igreja para absolver os pecados. Ele é o ministro do perdão, isto é, o intermediário ou instrumento do perdão de Deus, como os pais são instrumentos de Deus para transmitir a vida a seus filhos; e como o médico é um instrumento para restituir a saúde física, etc.

5. OS PADRES E BISPOS TAMBÉM SE CONFESSAM?
Sim, obedientes aos ensinamentos de Cristo e da Igreja, todos os Padres, Bispos e mesmo o Papa se confessam com frequência, conforme o mandamento: "Confessai os vossos pecados uns aos outros" (Tg 5,16 ).

6. O QUE É NECESSÁRIO PARA FAZER UMA BOA CONFISSÃO?
Para se fazer uma boa confissão são necessárias 5 condições:
a) um bom e honesto exame de consciência diante de Deus;
b) arrependimento sincero por ter ofendido a Deus e ao próximo;
c) firme propósito diante de Deus de não pecar mais, mudar de vida, se converter;
d) confissão objetiva e clara a um sacerdote;
e) cumprir a penitência que o padre nos indicar.

7. COMO DEVE SER A CONFISSÃO?
Diga o tempo transcorrido desde a última confissão. Acuse (diga) seus pecados com clareza, primeiro os mais graves, depois os mais leves. Fale resumidamente, mas sem omitir o necessário. Devemos confessar os nossos pecados e não os dos outros. Porém, se participamos ou facilitamos de alguma forma o pecado alheio, também cometemos um pecado e devemos confessá-lo (por exemplo, se aconselhamos ou facilitamos alguém a praticar um aborto, somos tão culpados como quem cometeu o aborto).

8. O QUE PENSAR DA CONFISSÃO FEITA SEM ARREPENDIMENTO OU SEM PROPÓSITO DE CONVERSÃO, OU SEJA, SÓ PARA "DESCARREGAR" UM POUCO OS PECADOS?
Além de ser uma confissão totalmente sem valor, é uma grave ofensa à Misericórdia Divina. Quem a pratica comete um pecado grave de sacrilégio.

9. QUE PECADOS SOMOS OBRIGADOS A CONFESSAR?
Somos obrigados a confessar todos os pecados graves (mortais). Mas é aconselhável também confessar os pecados leves (veniais) para exercitar a virtude da humildade.


10. SE ESQUECI DE CONFESSAR UM PECADO QUE JULGO GRAVE?
Se esquecestes realmente, o Senhor te perdoou, mas é preciso acusá-lo ao sacerdote em uma próxima confissão.

11. E SE NÃO SINTO REMORSO, COMETI PECADO?
Não sentir peso na consciência (remorso) não significa que não tenhamos pecado. Se nós cometemos livremente uma falta contra um Mandamento de Deus, de forma deliberada, nós cometemos um pecado. A falta de remorso pode ser um sinal de um coração duro, ou de uma consciência pouco educada para as coisas espirituais (por exemplo, um assassino pode não ter remorso por ter feito um crime, mas seu pecado é muito grave).

12. A CONFISSÃO É OBRIGATÓRIA?
O católico deve confessar-se no mínimo uma vez por ano, ao menos a fim de se preparar para a Páscoa. Mas somos também obrigados toda vez que cometemos um pecado mortal.

13. QUAIS OS FRUTOS DE SE CONFESSAR CONSTANTEMENTE?
Toda confissão apaga completamente nossos pecados, até mesmo aqueles que tenhamos esquecido. E nos dá a graça santificante, tornando-nos naquele instante uma pessoa santa. Tranquilidade de consciência, consolo espiritual. Aumenta nossos méritos diante do Criador. Diminui a influência do demônio em nossa vida. Faz criar gosto pelas coisas do alto. Exercita-nos na humildade e nos faz crescer em todas as virtudes.

14. E SE TENHO DIFICULDADE PARA CONFESSAR UM DETERMINADO PECADO?
Se somos conhecidos de nosso pároco, devemos neste caso fazer a confissão com outro padre para nos sentirmos mais à vontade. Em todo caso, antes de se confessar converse com o sacerdote sobre a sua dificuldade. Ele usará de caridade para que a sua confissão seja válida sem lhe causar constrangimentos. Lembre-se: ele está no lugar de Jesus Cristo!

15. O QUE SIGNIFICA A PENITÊNCIA DADA NO FINAL DA CONFISSÃO?
A penitência proposta no fim da confissão não é um castigo; mas antes uma expressão de alegria pelo perdão celebrado.

                                                                                                 
 
                                                                                                                        Fonte: Canção Nova

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