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Bíblia, Livro Santo

10361494 638752659575974 649471704522739323 nEm setembro celebramos o mês da Bíblia, porque no dia trinta ocorre a memória de São Jerônimo que dedicou a vida ao estudo e tradução da Sagrada Escritura.

Neste mês, nossas comunidades procuram aprofundar mais o conhecimento da Bíblia, o modo como Deus nos fala e perceber melhor o seu amor infinito pelo ser humano, criado à sua imagem e semelhança.

A Bíblia é o livro que venceu e vence os tempos sem envelhecer. Um livro que fala a todas as pessoas e a todas as situações. Milhões já beberam e continuam a beber dessa fonte inesgotável que comunica a verdade e a paz.

A revelação divina é destinada a todos os homens e mulheres, porque Deus quer que todos cheguem ao conhecimento da verdade, “a Palavra de Deus é a verdade, sua lei, liberdade”, por isso, é necessário que a Igreja a anuncie a todos, segundo o mandamento de Jesus: “Ide, pois, e fazei discípulos” (Mt 28,19).

O Concílio Vaticano II, no seu documento Dei Verbum, “Palavra de Deus”, nº 11, diz que: “na redação dos livros sagrados, Deus escolheu homens dos quais se serviu, fazendo-os usar suas próprias faculdades e capacidades, a fim de que, agindo Ele próprio neles e por eles, escrevessem, como verdadeiros autores, tudo e só aquilo que Ele próprio quisesse.” A segunda carta a Timóteo afirma: “Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, refutar, corrigir, educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra” (2Tm 3,16.17).

O Espírito Santo nos inspira quando lemos a Bíblia. Ele nos ajuda a acolher e a praticar a Palavra de Deus. Sem Ele não é possível descobrir o sentido que Ela tem para nós. É necessário sabedoria e discernimento para que a Palavra possa produzir frutos em nossa vida.

A Bíblia é luz para o nosso caminhar. A sua leitura quer nos ajudar em nossos dias a perceber a presença viva de Deus, do seu sonho de vida e esperança, de paz e solidariedade para o mundo, portanto, a Palavra de Deus é como um farol que indica o caminho por onde andar, mas não só ilumina como também aquece nossa esperança e nosso amor para que possamos nos converter a cada dia.

O profeta Isaías resume perfeitamente o poder da Palavra divina: “Como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam, sem terem regado a terra, tornando-a fecunda e fazendo-a germinar, dando semente ao semeador e pão ao que come, tal ocorre com a palavra que sai da minha boca: ela não torna a mim sem fruto; antes, ela cumpre a minha vontade e assegura o êxito da missão para a qual a enviei.” (Is 55,10.11)

Celebrando o mês da Bíblia, peçamos a Deus que nos abençoe e ilumine para que, acolhendo, praticando e comunicando a Palavra que é viva e eficaz, caminhemos sempre na estrada de Jesus, caminho, verdade e vida.

                                                                 Mons. Luiz Carlos de Paula
                                                                       Pároco da Catedral

Agosto: mês das vocações

agosto

O mês vocacional, em seus domingos, nos coloca diante de quadros bem concretos:
No primeiro domingo celebramos a vocação aos ministérios ordenados. Na Igreja, desde dos seus primórdios, temos os três ministérios: o bispo, o presbítero e o diácono. Celebrar este dia é viver o jeito de Jesus, que convoca os apóstolos e depois os discípulos para viverem com ele e assumirem a tarefa de evangelizar e de construir comunidades através dos três serviços: o anúncio da Palavra, a celebração litúrgica e a caridade.

A vocação matrimonial é celebrada no segundo domingo. Destacar o dia dos pais é enfocar a vocação e a missão matrimonial e familiar. A paternidade é o jeito de constituir a base da família, como experiência de vida e de fé. Os pais devem ser os primeiros educadores e principais catequistas, que lançam os valores da vida e do Evangelho no coração dos filhos e, consequentemente, no coração da sociedade e do mundo.

O terceiro domingo é dedicado à vida consagrada. É a vocação dos religiosos e religiosas, aqueles que aceitam o desafio de viver os valores radicais do Evangelho, dentro do carisma que o Fundador ou Fundadora descobriu, como modo de transformação espiritual do mundo. A vida religiosa faz parte integrante da santidade da Igreja. Basta pensar no grande número de fundadores e fundadoras que souberam dar respostas concretas e exigentes às necessidades do seu tempo e que, hoje, com a permanente atualização, seus seguidores aceitam o desafio de viver o mesmo espírito nas condições diferentes da época atual.

No quarto domingo, celebramos a vocação dos leigos e leigas e, por extensão, o dia do catequista. A Igreja insiste hoje no protagonismo dos leigos, seja nos âmbitos da fé e da comunidade eclesial, mas preferencialmente na esfera do mundo. O leigo cristão tem a missão de ser o fermento de transformação profunda das realidades temporais, vivendo na comunhão da Igreja.

É importante que neste mês, de modo especial, possamos nos comprometer com a vivência da nossa vocação e rezarmos intensamente pelas vocações seguindo o pedido de Jesus: Enviai, Senhor, operários para a messe, pois a messe é grande e os operários são poucos!

                                                           Monsenhor Luiz Carlos de Paula
                                                                   Pároco da Catedral

 

Santo Antônio: Doutor do Evangelho

antonioA celebração da festa litúrgica de Santo Antônio tem lugar especial no coração dos juiz-foranos. Ele é nosso padroeiro, exemplo de fidelidade a Cristo e intercessor no céu. Na pessoa de Antônio vê-se o exemplo eloquente de santidade, reflexo da luz de Cristo, modelo a ser seguido em toda ação pastoral e na vivência pessoal de cada dia. Sendo Cristo a luz dos povos, Senhor de todas as cidades, indubitavelmente vê-se em Antônio a modelar figura humana que se deixou iluminar pela luz que vem do Salvador, passando inevitavelmente a iluminar os irmãos na fé, reflexos estes que perduram no caminhar da história, chegando a nossos tempos de forma tão evidente.

Ao destacarmos o senhorio e a centralidade de Cristo nestes momentos litúrgicos, recordemos alguns acenos da vida de Santo Antônio, Padroeiro da cidade, orago da Catedral Metropolitana e Patrono do Seminário Arquidiocesano. Antônio nasceu em Portugal no ano 1195, recebendo na pia batismal o nome de Fernando. Já quando criança e na adolescência manifestava um extraordinário amor a Deus e a tudo que se relacionasse aos céus. Na juventude, entra para o convento da Ordem de Santo Agostinho. Quando já havia vestido o hábito dos agostinianos, resolveu abraçar os ideais de São Francisco, marcadamente pobre, depois de saber da notícia do martírio de oito jovens missionários na África, cujos corpos foram transladados a Lisboa para os funerais sagrados.

Tais fatos revolveram a mente de Fernando que resolveu deixar a ordem de Santo Agostinho para assumir o hábito de São Francisco, recebendo aí o nome de Frei Antônio de Lisboa. Oferecendo-se para ir para o Marrocos, onde foram torturados, assassinados e estraçalhados os mencionados oito frades, descobriu sua verdadeira vocação: ser missionário e pregar com destemor a Palavra de Deus até ao martírio, se fosse preciso. Deixou tudo e partiu para o continente africano. Porém, de retorno a Portugal para tratar da saúde, a embarcação, por causa de problemas climáticos, não lhe permitiu chegar ao destino, tendo que aportar na ilha da Sicilia, ao sul da Itália, de onde partiu para Assis e depois para Pádua. Aí viveu intensamente o evangelho, estudou e ensinou a Sagrada Escritura com rara maestria e luminosa santidade. Foi grande estudioso da Bíblia Sagrada, primeiro teólogo e mestre das Sagradas Escrituras na Ordem dos Frades Franciscanos, e desempenhou com sabedoria as funções do ensino.

Foi peregrino das estradas, pregador do evangelho, sobretudo na Itália e na França. Depois de uma vida intensíssima imersa na luz de Deus, partiu para a casa eterna do Pai a 13 de junho de 1231, com apenas 36 anos de idade, enquanto cantava um hino à Beatíssima Virgem Maria. Tais eram os sinais de sua santidade, que o Papa Gregório IX (1227-1241) o canonizou em menos de um ano após sua morte. Em 1946, o Papa Pio XII o declarou Doutor da Igreja, com o título de Doutor Evangélico, dado ao seu particular gosto pelos estudos bíblicos.

Nos passos de Santo Antônio, a comunidade arquidiocesana abre-se particularmente à luz de Cristo para a revisão da caminhada sinodal que está vivendo e suplica ao seu Padroeiro que interceda a Deus por todos nós.

                                                      Dom Gil Antônio Moreira
                                          Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

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