Mensagem sobre as Eleições
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- Terça, 20 Setembro 2016 09:35
Dia 02 de outubro próximo, o povo brasileiro é chamado novamente às urnas, para definir quem vai lhe prestar serviços no governo municipal. Deveremos eleger o Prefeito, o Vice e os Vereadores.
Neste momento singular da democracia, a Arquidiocese de Juiz de Fora, consciente de sua responsabilidade social, deseja oferecer ao Povo de Deus algumas indicações práticas, a fim de que o eleitor possa agir com liberdade e escolher com responsabilidade os seus candidatos. Tanto a Bíblia quanto a Doutrina Social da Igreja nos mostram que o compromisso político é uma das formas de realizar o dever cristão de servir ao próximo (Cf. Compêndio da Doutrina Social da Igreja, nº 565).
Entre outras coisas, é bom que cada eleitor fique atento aos seguintes pontos práticos:
1 ‐ Sugerimos que ninguém anule ou deixe seu voto em branco. Seria omissão.
2 ‐ Nunca se deve aceitar doações em dinheiro, ou qualquer outro benefício, de candidatos em troca do voto. Quem vende seu voto, vende sua dignidade.
3 ‐ O eleitor católico defende a vida e a dignidade da pessoa humana. Ao dar seu voto, deve informar‐se a respeito da postura do candidato, se uma vez eleito ele vai defender a vida humana desde a concepção (fecundação) até o seu fim natural, não apoiando programas e nem políticos contrários a estes princípios éticos.
4 ‐ A Igreja é totalmente contrária a qualquer tipo de violência praticada contra a mulher, ou a qualquer ser humano, bem como praticada contra o patrimônio público ou particular. Ela defende a paz e a ordem social e sabe que os fins não justificam os meios. Ela está sempre preocupada com as classes empobrecidas ou enfraquecidas de alguma forma. Isto, contudo, não significa que ela possa aceitar tipos de ideologias contrárias à ética e à moral presente nos santos evangelhos e na doutrina cristã.
5 ‐ O eleitor deve informar‐se a respeito do desempenho político do candidato e se ele tem ficha limpa. Nunca vote em candidato que tenha histórico de corrupção.
6 ‐ O candidato deve trabalhar para que todos sejam respeitados, defender a liberdade religiosa, sabendo‐se que o Estado laico não pode e nem deve impedir ou dificultar o livre exercício da religião e nem obrigar o cidadão a agir contra a sua consciência religiosa.
7 - O eleitor deve avaliar a postura ética e as realizações feitas pelo candidato em ocasiões antecedentes. Se ele foi inoperante ou oportunista, se ele não tem projetos sociais abrangentes, não deve confiar‐lhe o voto.
8 - O candidato deve ser capaz de apresentar políticas públicas eficazes que auxiliem a saúde em geral e a segurança dos cidadãos e cidadãs. Um dos aspectos importantes é a questão da dependência química. Veja se o candidato tem propostas concretas para o combate às drogas e para a recuperação dos dependentes químicos.
9 - Outra questão muito séria é a Educação. Precisamos de boas escolas e bons profissionais. Precisamos que o Estado cuide da Educação com muito esmero, e que respeite o direito das famílias na formação da consciência de seus filhos. O Estado não pode sequestrar as crianças para dar formação ética e moral contrárias à fé ou à consciência dos pais.
10 ‐ Veja se o candidato está também comprometido com as questões ambientais, pois a natureza é vida e Deus criou o mundo para ser a nossa "Casa Comum", na expressão do Papa Francisco.
Desejamos a todos os candidatos que o período eleitoral seja marcado pelo respeito e o diálogo. A discussão das ideias deve superar a possibilidade de ataques pessoais. É fundamental que os candidatos percebam na atividade política um meio para melhorar as condições de vida do nosso povo, especialmente dos menos favorecidos. Os princípios éticos da honestidade, justiça, partilha, verdade e solidariedade devem reger todas as propostas políticas.
Peça a Deus a sabedoria e a iluminação para as suas escolhas, pois para quem tem fé, nada deve ser feito sem a oração.
Ajude‐nos a exortação da Carta aos Hebreus que diz: "Que o mesmo Deus vos torne aptos para todo bem, a fim de fazerdes a sua vontade. Que Ele realize em nós o que lhe é agradável, por Jesus Cristo, ao qual seja dada a glória pelos séculos dos séculos. Amém!" (Hb 13, 21).
Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano
Jesus em Família
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- Quarta, 24 Agosto 2016 09:30
Mais uma vez a Igreja do Brasil celebrou a Semana da Família. Nesta oportunidade, agradecemos ao Pai, rico em misericórdia, pelo dom maravilhoso de nossas famílias. O Ano Santo da Misericórdia ofereceu a ocasião de refletir o significado do amor de Deus experimentado na vida e convivência familiar.
Também Jesus, o verbo da misericórdia do Pai feito homem, foi acolhido na vida, cresceu, se desenvolveu, educou-se na sua convivência em família. O Evangelista Mateus apresenta José de Nazaré como um homem justo, obediente à vontade de Deus, silencioso, homem de profunda intimidade orante com Deus e capaz de todos os sacrifícios por sua família. Menino, ainda, no colo e em seus primeiros passos na vida, foi no rosto de José de Nazaré que Jesus viu manifestado a ele o quão era grande e belo o amor de Deus-Pai. O Evangelista Lucas, tece-nos o rosto profético de Maria Nazaré. Mãe tão linda e santa que foi capaz de dizer sim a todo o projeto de Deus sem colocar questões e sem jamais sentir medo. Herdeira da coragem e prestezas de todas as mães de Israel, ela de forma perfeita e total inaugurou em sua fidelidade e dedicação o seguimento a Jesus, seu filho e nosso salvador. Por 30 anos, na convivência com José e Maria, com Zacarias e Isabel, com Joaquim e Ana, e muitos outros familiares, Jesus se fez solidário a humanidade, mostrando plenamente a misericórdia do Pai.
Um dia, já adulto e morando em Cafarnaum, Jesus estendeu sua família sendo acolhido por Pedro, na casa de sua sogra. A família de Cafarnaum abria-se a todos os que esperavam a vinda do Messias. Longo foi acrescida por André, João, Tiago, Zebedeu, Mateus, Madalena, Joana, Susana e muitos outros discípulos. Nesta convivência familiar e humildade em seus caminhos pela Galileia, Jesus inaugurava a nossa família que chamamos de Igreja. Ele mesmo nos disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mt 12,49-50).
No dia final de sua vida entre nós, antes de início definitivo do Reino de Deus por sua Ressureição, ao pé da cruz, também ali, Jesus reuniu sua família. De sua cruz, ele disse à sua mãe, apontado para todos nós, “estes são os teus filhos”. Depois, Jesus olhou para cada um de nós, seus discípulos amados, e nos disse: “está aí a sua mãe”. Desde então, a Igreja é o lugar em que convivemos com a mãe do Senhor e nossa mãe. Desta experiência de fé e comunhão aprendemos sem cessar a misericórdia do Pai.
Por Pe. Geraldo Dondici Vieira
a pedido de Dom Gil Antônio Moreira
Jornada Mundial da Juventude
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- Quarta, 06 Julho 2016 11:16
De 25 de julho a 1º de agosto de 2016, na cidade de Cracovia, na Polônia, acontecerá mais uma Jornada Mundial da Juventude – JMJ. A misericórdia foi escolhida como tema de reflexão da JMJ 2016, cujo lema escolhido foi: "Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia". (Mt 5,7)
A Jornada Mundial da Juventude é um evento internacional, organizado pela Igreja Católica, que reúne jovens de todo o mundo, católicos e de outras confissões, a cada dois ou três anos, desde 1984. O evento tem como objetivo incentivar a participação dos jovens na Igreja, compartilhar e celebrar a sua fé e meditar na mensagem que o papa escolhe para cada Jornada.
A XXVIII Jornada Mundial da Juventude é um grande encontro de jovens de todo o mundo à volta do Santo Padre. É uma forma de evangelização da Igreja, que através das Jornadas continua a anunciar a mensagem de Jesus Cristo aos jovens.
A Jornada, além de reunir milhares ou milhões de jovens e pessoas de todas as idades, é testemunho vivo de uma Igreja sempre em renovação. Os jovens são os protagonistas deste grande evento que é um verdadeiro espetáculo de fé, esperança, amor e união. Muitas atividades acontecerão durante a Jornada: as celebrações, as confissões, as catequeses, os eventos culturais, momentos de partilha e vida comum. A cerimônia de abertura, acolhida do Papa, a Via-Sacra, a Vigília dos jovens com o Papa e a Missa de encerramento são os atos centrais.
É uma grande alegria enviarmos jovens de nossa Arquidiocese para a Jornada Mundial da Juventude, para o encontro com o nosso amado Papa Francisco.
Rezemos pela Jornada Mundial da Juventude e pela visita do Papa Francisco a Polônia, terra natal do nosso querido São João Paulo II, para que seja um momento de muitas bênçãos e graças do céu para os jovens e para toda nossa Igreja.
Mons. Luiz Carlos de Paula
Pároco da Catedral Metropolitana