Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade (Documento 105 CNBB)
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- Quinta, 12 Janeiro 2017 11:20
Por Padre José Sávio Ricardo
“Sal da terra e luz do mundo” (Mt 5, 13-14)
A partir desta edição vamos conhecendo, passo a passo, este importante documento da Igreja Católica no Brasil. Fruto de muitas reflexões e aprovado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na 54ª Assembleia Geral (abril de 2016). Retoma e aprofunda a participação dos leigos e leigas, chamados pelo Batismo e pela Crisma ao seguimento de Jesus Cristo, assumindo
a responsabilidade na Igreja e na sociedade.
“A unidade da Igreja se realiza na diversidade de rostos, carismas, funções e ministérios. É importante dar-nos conta deste grande dom da diversidade, que potencializa a missão da Igreja realizada por todos os seus membros, em liberdade, responsabilidade e criatividade. O dom do Espírito se efetiva na ação concreta de cada membro da comunidade, como explica o apóstolo Paulo. O critério da ação é a edificação da comunidade (1Cor 14,12). Em função do bem comum, a comunidade organiza-se no compromisso de cada membro e busca os meios de tornar mais operantes os dons recebidos do Espírito. Os modelos de organização eclesial podem mudar ao longo da história; permanece, no entanto, a regra mais fundamental: a primazia do amor (1Cor 13), da qual advém apossibilidade de integrar organicamente a diversidade e o serviço de todos os que exercem alguma função dentro da comunidade. ” (nº 93)
A todos os leigos e leigas, parabéns pela sua vocação!
A luz que vem do alto brilhe no Ano Novo
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- Quarta, 04 Janeiro 2017 09:07
No Natal encontramos a luz. Que ela ilumine todo o ano que vai começar!
Muitos vivem neste mundo em caminhos escuros ou obscuros, tateando na vida, sem saber de onde vieram e nem para onde irão. Perdem o rumo, desviam-se frequentemente de um objetivo para o qual valha à pena dar a vida. Muitos vivem nas trevas do ateísmo, do indiferentismo religioso ou, às vezes, até da irritação com aqueles que creem. Muitos não se libertam de si mesmos e veem-se embaraçados nos fios de seu egoísmo, tentando se valer inutilmente de sua própria e pobre luz.
Há uma só luz para a existência humana e ela vem do alto, como afirma São João Evangelista: “A luz brilhou nas trevas, mas as trevas não conseguiram dominá-la” (Jo 1, 5). Naquela noite iluminada por Cristo que nasce em Belém, todo ser humano é chamado a abrir-se e a expandir tal luz, pois a humanidade, em grande parte tem necessidade premente de iluminação e de clareza sobre em que crer, o que viver e como agir. Por isso Jesus nos pede e nos ensina que a luz da manjedoura de Belém brilhe em nós e reflita em todos os que encontrarmos na vida ou que conosco procurem praticar o bem e somente o bem. Assim afirmou: “Brilhe a vossa luz diante dos homens para que vejam vossas boas obras e deem glória a Deus” (Mt 5, 16.) A nossa luz não é própria. Somos como planetas e satélites que refletem a luz do Sol da Justiça, que é Deus mesmo.
Na noite do Natal, nas cercanias da cidade de Davi, Maria deu à luz a seu Filho primogênito (Lc 2, 7). Pastores que estavam por perto viram anjos que cantavam “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade” (Lc 2, 8). Foram envoltos em luz e um dos anjos lhes anunciou o nascimento do Menino: “Encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura” (Lc 2, 12). E eles atenderam ao aceno do Anjo e se dispuseram ir em busca do recém-nascido, que pelo anúncio angelical, souberam ser o Salvador do mundo (Lc 2, 11).
Muitos, ao contrário, resistem à luz, mas ela vencerá as trevas. Muitos, equivocadamente, por não terem a graça de crer, desejam impedir que ela ilumine, mas trata-se de algo impossível, pois ninguém a alcança para este fim. Porém, os que a recebem e passam a amá-la nunca mais se distanciarão dela. “Feliz és tu, porque acreditaste” (Lc 1, 45), disse Isabel a Maria. A fé ilumina a mente, o coração, a vida, o presente e o futuro.
Feliz de quem encontrou a luz! Sua vida será iluminada para sempre. Haverá de escutar da boca do mesmo Jesus que nasceu em Belém, quando já crescido começou a expandir sua luz: “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8, 12).
A grande Luz, que é Jesus, acende para a humanidade outras claridades com seus sinais. Por isso o Profeta Isaias proclamou com antecedência: “ O povo que andava nas trevas viu uma grande luz: para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu” (Is 9, 1 -6)
O que posso desejar-lhe de melhor, senão que a Luz que vem do alto brilhe em sua vida, em seus caminhos, em seus propósitos, em suas decisões durante todo o novo ano de 2017!
Feliz Ano Novo!
Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora
Feliz Natal!
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- Sexta, 23 Dezembro 2016 11:23
O nascimento de Jesus é tema permanente, não pode ser só de um dia de festa, mas de toda a trajetória da humanidade. Não basta uma festiva celebração, comida, bebida, música, enfeites e outras iniciativas passageiras; é necessário nos comprometermos com o Deus revelado em Jesus Cristo que por amor veio ao nosso encontro. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”, Deus eterno, o Filho, segunda pessoa da Santíssima Trindade, assume a nossa natureza humana.
Um Deus em forma de criança, um Deus que nasce numa manjedoura, perto dos pobres como Maria e José, dos trabalhadores como os pastores, um Deus incompreendido pelos grandes como Herodes, um Deus que precisa ser cuidado por uma família como qualquer criança. Jesus é o Deus conosco, interessado por nós, que cuida de nós, que acompanha nossa vida.
O Natal é o momento privilegiado para aprendermos as lições profundas que o Filho de Deus nos dá, abrindo a nossa compreensão para a prática do amor solidário em nossas vidas. No ambiente familiar, é a oportunidade de reconciliação e de melhorar a vivência da fraternidade. Nas situações cotidianas na sociedade, precisamos esquecer mágoas e renovar o relacionamento e apreço mútuos.
Diante do presépio, cada cristão deveria parar, olhar, contemplar e adorar. E sair dali, levando em seu coração emoções que jamais deveriam se apagar, e assumindo o compromisso com a construção do Reino eterno e universal que Jesus veio instaurar: reino da verdade e da vida, da santidade e da graça, da justiça, do amor e da paz.
Ao celebrar o Ano Mariano, exaltamos a Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa, pelo sim que possibilitou a maravilha da vinda do Filho de Deus ao mundo, pois o verbo se fez carne em seu ventre e veio habitar entre nós.
Mons. Luiz Carlos de Paula
Pároco da Catedral Metropolitana
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