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Mês Missionário

missoes2Celebramos cada ano o mês das missões. É um tempo para rezar e refletir sobre a necessidade de que as boas notícias de Deus possam chegar a todos os recantos e a todas as pessoas. O mundo precisa ser evangelizado, precisa ouvir falar de Deus. A esse mundo tão marcado por notícias ruins, dilacerado por discórdias e maldades, precisamos lançar as sementes do evangelho para que tenhamos frutos de amor, de justiça e de paz.

O batismo de Jesus marca uma passagem da vida oculta em Nazaré para a sua atividade missionária. Nele, Jesus, conduzido pelo Espírito Santo, inicia a sua ação missionária. (Mt 3, 13-17) Depois, numa sinagoga em Nazaré, Ele apresenta o seu programa missionário, citando o profeta Isaías (Is 40) “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a liberdade aos cativos e aos cegos a recuperação da vista...” (Lc 4, 18-20) Na sua Missão, Jesus revela um Deus cheio de compaixão e misericórdia, que ama e cuida, cura, restabelece a vida com ternura.

A maior notícia da história é esta: Deus se fez homem e veio habitar entre nós para nos salvar e conduzir à vida em abundância. Jesus, após a sua ressurreição, antes de voltar ao Pai, reuniu seus discípulos e deu-lhes as últimas orientações: “Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos”. (Mt 28,19) Ser missionário não é privilégio, é um dever. Ser missionário não é atividade de alguns, é obrigação de todos os cristãos. A missão de evangelizar é própria de todas as pessoas batizadas, na riqueza da diversidade de carismas e ministérios, que o Espírito do Senhor Ressuscitado suscita no Povo de Deus.

Evangelizar é comunicar com palavras e, principalmente, com o testemunho de vida que vale a pena seguir Jesus Cristo, porque só Ele é o caminho, a verdade e a vida e só Ele é capaz de nos dar a verdadeira felicidade.

A Igreja precisa de “evangelizadores com espírito, quer dizer evangelizadores que se abrem sem medo à ação do Espírito Santo. Em Pentecostes, o Espírito Santo faz os Apóstolos saírem de si mesmos e transforma-os em anunciadores das maravilhas de Deus, que cada um começa a entender na própria língua. Além disso, o Espírito Santo infunde a força para anunciar a novidade do Evangelho com ousadia, em voz alta e em todo o tempo e lugar, mesmo contra a corrente. Invoquemo-Lo hoje, bem apoiados na oração, sem a qual toda a ação corre o risco de ficar vã, e o anúncio, no fim de contas, carece de alma. Jesus quer evangelizadores que anunciem a Boa Nova, não só com palavras mas sobretudo com uma vida transfigurada pela presença de Deus”(EG 259).

Que Deus nos abençoe e nos faça verdadeiros discípulos missionários a serviço do Reino, anunciado por Jesus Cristo, que veio para que todos tenham vida e “para que a tenham em plenitude” (Jo 10,10).

                                                   Mons. Luiz Carlos de Paula
                                                     Pároco da Catedral

Semana da Vida 2015

semana da vidaA vida é um DOM INALIENÁVEL, sempre! Em quaisquer de suas fases. Desde os primeiros segundos da fecundação no ventre da mulher. Ali já estão codificadas todas as informações que define quem e como será aquela nova vida: se homem ou mulher, cor da pele e dos olhos, e todas as demais características físicas que o novo SER terá.

Isso sem dizer, do ponto de vista da Fé Cristã, que a alma já se faz presente no momento da concepção. E, portanto, a alma daquela nova ‘pessoinha’ tem o direito de desenvolver-se naquele pequeno emaranhado de células embrionárias. Isso aconteceu com você. Isso aconteceu comigo. Isso acontece, sem exceção, com todo e qualquer ser humano, mesmo que agora, adulto - e ingrato - ele se oponha ao direito do NASCITURO.

A CODEVIDA (Comissão Arquidiocesana em Defesa da Vida), em sua parceria com o Projeto QUERO VIVER SIM (www.facebook.com/queroviversim), e o apoio e realização do Vicariato para a Vida e a Família, promove na Arquidiocese de Juiz de Fora a SEMANA DA VIDA 2015, com o propósito anual de enaltecer o maior tesouro de todo universo: a Vida Humana, sensível e inteligente!

Entre os dias 01 e 07 de outubro, todas as paróquias incluirão nas Missas as intenções pela VIDA e as orações próprias pela SEMANA DA VIDA 2015, conforme carta do Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, encaminhada ao clero arquidiocesano.

Dia 04, os defensores da vida e os movimentos e pastorais ligados ao Vicariato para a Vida e a Família juntar-se-ão à CAMINHADA PELA PAZ, convocada por Dom Gil. Afinal, a defesa da vida em todas as suas fases, também é um grito de Paz!

A SEMANA DA VIDA 2015 encerra no DIA MUNICIPAL do NASCITURO (dia 08), conforme Lei Municipal. Neste dia haverá uma Santa Missa na Catedral Metropolitana, às 19h, onde ocorrerá também uma Homenagem às Gestantes, que desde já estão convidadas em todo território da Arquidiocese para que compareçam, assim como as mães em geral e todo o povo de Deus.

 

Colaboração Pe. Frei Flávio Henrique, pmPN

 

A Palavra de Deus Revelada e Explicada

dom gilDurante todo o mês de setembro, os católicos reverenciam, estudam mais profundamente e desenvolvem várias atividades de valorização da Bíblia Sagrada. É o mês da Bíblia. Os círculos bíblicos em família, as reflexões e orações nas paróquias e comunidades, os cursos nos seminários, as semanas bíblico-catequéticas, os simpósios são alguns dos movimentos promovidos nesta ocasião.

A Palavra de Deus contida na Sagrada Escritura ocupa lugar central na vida dos que creem em Cristo, pois a Igreja crê e ensina que “ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo”, na expressão de São Jerônimo (340-420).

Porém a Igreja crê também na Sagrada Tradição e se serve do Magistério Eclesial para crer por inteiro, pois se tudo o que está na Bíblia é verdade, nem toda a verdade está explícita na Bíblia. A Bíblia, a Tradição e o Magistério são três instâncias fontes da fé que não andam separadas, mas intimamente unidas, podendo-se afirmar que uma não pode existir sem as outras.

Diz a Dei Verbum, um dos documentos do Concílio Vaticano II, que “A Sagrada Tradição e a Escritura estão, portanto, entre si estreitamente unidas e comunicantes. Pois promanam da mesma fonte divina, formam de certo modo um só todo e tendem para o mesmo fim. Com efeito, a Sagrada Escritura é a palavra de Deus enquanto redigida sob a moção do Espírito Santo; a Sagrada Tradição, por sua vez, transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos Apóstolos...”.

Afirma ainda o mesmo Documento e também o Catecismo da Igreja Católica que “não é somente pela Sagrada Escritura que a Igreja deriva sua certeza a respeito de tudo o que foi revelado. Por isso ambas, Escritura e Tradição, devem ser aceitas e veneradas com igual sentimento de piedade e reverência” (DV 9), (CIC 82).

O Magistério é um serviço indispensável, uma vez que é legítima a pesquisa teológica, mas esta não pode ter, por si só, autoridade sobre a verdade, dependendo, portanto, da definição do Sucessor de Pedro ou dos Bispos em comunhão com ele. Sobre isto afirma a Dei Verbum: “Para que o Evangelho sempre se conservasse inalterado e vivo na Igreja, os Apóstolos deixaram como sucessores os Bispos, a eles transmitindo o seu próprio encargo de Magistério” (DV 7).

A Tradição antecede a própria Bíblia, tanto no Antigo Testamento, quanto no Novo, pois os textos sagrados somente foram redigidos depois de vivenciados pelas comunidades. No caso do Novo Testamento, os primeiros escritos somente apareceram cerca de 20 anos após a morte e ressurreição de Cristo, sendo, segundo as atuais pesquisas, a 1ª carta de Paulo aos Tessalonicenses o texto mais antigo, escrito não antes do ano 51. Os quatro evangelhos se formaram depois do ano 70, segundo a maioria dos exegetas. Até formar o corpus neotestamentário passaram-se anos, o que indica, com certeza, que as primeiras comunidades cristãs, até o fim do primeiro século, viveram da Tradição Apostólica. Assim, pode-se afirmar, sem receios, que a organização da Igreja fundada por Cristo, nasceu da Tradição e não das Escrituras neotestamentárias.

Não temos uma ‘religião do livro’, mas uma ‘religião da Palavra’, e a Palavra não é uma letra, é uma pessoa, Cristo, segundo afirma João: “A Palavra se fez carne e habitou entre nós” (Jo.1, 14).

As próprias Escrituras confirmam o valor da Tradição transmitida pelos Discípulos, antes mesmo que houvessem escritos, como por exemplo, o texto da 2ª carta a Timóteo: “Toma por modelo os ensinamentos salutares que recebeste de mim sobre a fé e amor a Jesus Cristo. Guarda o precioso depósito pela virtude do Espírito Santo que habita em nós” (2Tm 1,13-14).

Os Apóstolos transmitiram aquilo que eles receberam (cf. I Cor 11,23; 15,3), exortam os fiéis a manter as tradições que aprenderam seja oralmente, seja por carta (cf. II Tess. 2,15), e a combater pela fé uma vez transmitida aos santos (cf. Jd 3).


Dom Gil Antônio Moreira

Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

 

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