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Sínodo Arquidiocesano

Logo-sem-lema-siteEstamos para iniciar as atividades práticas do 2° Sínodo Arquidiocesano de Juiz de Fora: 7 de dezembro será o grande dia. Com a Ordenação de 28 novos diáconos, daremos partida a nova fase da Igreja Particular, ampla revisão, animação e revitalização da vida eclesial na cidade e no campo. Tudo vem sendo preparado, há mais de um ano, com muita oração, celebrações, reuniões e encaminhamentos práticos.

O que é Sínodo? Quanto à etimologia, o termo tem raízes no idioma grego e significa “caminhar juntos”. Quanto ao fundamento bíblico, realizar Sínodo resulta na disposição de cumprir o desejo de Cristo que rezou ao Pai: “Que todos sejam um para que o mundo creia, como eu e Tu, Pai, somos um” (Jo. 17, 21).

Para quê celebrar um Sínodo? A Igreja, constituída de seres humanos, precisa estar sempre atenta à sua missão de espalhar o evangelho, de celebrar os mistérios de Deus e de santificar a cada um de seus filhos. Neste sentido, deve ter a humildade de rever suas ações, melhorar seus métodos, criar novos meios, animando e reanimando seu ardor apostólico. O centro, o princípio e o fim do Sínodo são sempre a pessoa de Jesus Cristo. É com olhos fixos nele que terá sentido a caminhada sinodal.

O lema do 2° Sínodo Arquidiocesano de Juiz de Fora é “Proclamai o evangelho pelas ruas e sobre os telhados” (cf. Mt 10, 27) e nosso mote se confirma: “Arquidiocese de Juiz de Fora, uma Igreja sempre em missão”.

Viva o 2° Sínodo! Intensamente!


Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

Educação Católica diante de desafios

Crucifixo-em-sala-de-aulaA Igreja tem sido respeitada como perita em Educação. Há, no mundo de hoje, milhares de escolas católicas com milhões de alunos. Estão presentes inclusive em países não cristãos. Não há muito tempo, a Congregação para a Educação Católica da Santa Sé romana foi procurada por alguns chefes muçulmanos de comunidades cruelmente destruídas pelo Estado Islâmico. Tendo sido todos os prédios escolares arrasados ao solo, tais chefes informaram que a parte física de tais escolas seriam reconstruídas por eles, mas que a parte acadêmica gostariam que fosse assumida pela Igreja Católica, pois estavam convencidos da excelência de seu ensino.

O fato foi contado pelo Secretário da referida Congregação, Dom Vincenzo Zani, no Congresso Internacional de Educação Católica, realizado em Juiz de Fora nos primeiros dias deste mês de novembro. Contudo, como vimos no mencionado Congresso, a Educação Católica enfrenta sempre riscos a serem superados.

Na época atual, três desafios podem ser resumidos da seguinte forma: em primeiro lugar, o risco antropológico presente na chamada ideologia de gênero, que põe em perigo a dignidade da pessoa humana, comprometendo até mesmo os dados da biologia. Quanto a isso, a Congregação para a Educação Católica publicou, em maio passado, um documento orientativo com o título “Homem e Mulher, Deus os Criou”.

Em segundo lugar, vem a tendência de certas correntes antirreligiosas da atualidade que desejam negar a dimensão transmental da pessoa humana. A terceira seria a questão política com teorias plurais, às vezes com emprego de lutas de classe que não descartam o uso da violência e da massificação de ideias.

A Igreja não tem partidos. Ela tem princípios cuja base são os ensinamentos e a própria pessoa de Cristo. Em análise proposta pelo Convênio da Congregação para a Educação Católica, realizado em Roma no ano de 2015, quatro pilares foram definidos: reforço da identidade católica de suas escolas; a formação excelente dos educadores; a consciência da escola como comunidade educadora; a família como primeiro lugar da educação.

Todos estes pontos e vários outros foram tratados no Congresso Internacional de Educação Católica de Juiz de Fora. Pela avaliação altamente positiva de educadores e pais de alunos, temos esperança que tal evento tenha representado excelente contribuição para a educação em geral em nossa região.


Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

São Pedro de Alcântara, padroeiro do Brasil

São-Pedro-de-AlcântaraSão Pedro de Alcântara, cuja festa se celebrava antigamente no dia 12 de outubro, foi um importante e santo Frade Franciscano que fez a reforma da Ordem no século XVI, nascendo a Ordem dos Frades M. Capuchinhos. Era espanhol, mas muito venerado em Portugal, inclusive por ser espanhola a Rainha, Dona Carlota Joaquina, esposa de Dom João VI, pais de Dom Pedro, que libertou o Brasil do jugo português em 7 de setembro de 1822, se tornando seu primeiro Imperador com o nome de Dom Pedro I.

Eis a razão pela qual São Pedro de Alcântara foi proclamado Padroeiro Secundário do Brasil. Dom Pedro I nasceu no dia 12 de outubro de 1798 e tinha entre seus numerosos sobrenomes também o de Alcântara.

A Padroeira Principal do Brasil foi sempre Nossa Senhora da Conceição. Depois da proclamação da República, sua pequena imagem encontrada no Rio Paraíba do Sul, em 1717, foi solenemente coroada e, em 1931, proclamada Rainha e Padroeira do Brasil, com o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida ou, simplesmente, Nossa Senhora Aparecida. Sua festa, depois de várias experiências em outros dias, foi determinada para o dia 12 de outubro, pelas razões históricas acima mencionadas.

Por outro lado, a festa de São Pedro de Alcântara foi, posteriormente, transferida para o dia 19 de outubro. O santo Frade faleceu no dia 18 de outubro, porém, sendo festa do Evangelista São Lucas, a celebração foi deslocada para o dia seguinte.

Após a proclamação da República, por razões políticas que desejavam minimizar tudo o que recordasse a Monarquia, o título de Padroeiro Secundário dado a São Pedro de Alcântara ficou meio esquecido, porém nunca foi oficialmente eliminado, sendo sempre festejado liturgicamente pela Igreja.

São Pedro de Alcântara, rogai pelo Brasil e por cada um dos brasileiros!


Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

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