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Sem discriminação

jesus samaritana siteA Bíblia nos diz que Jesus não discriminava ninguém. E a sociedade moderna o que diz? O que faz? Impraticável é não reconhecer nas mulheres seus dotes pessoais. São elas protagonistas na vida em sociedade. São batalhadoras para conquistar seu espaço na geração hodierna. O Papa Francisco já manifestou que as mulheres devem ser convocadas em situações de decisões em qualquer setor. E na Igreja? Muitas delas desempenham papel importante em conselhos paroquiais, na liturgia, na difusão do Evangelho, nas questões sociais, religiosas e na política; enfim, estão presentes em todos os ramos da atividade humana. Exemplos temos bastantes, como, por exemplo a doutora Zilda Arns, mulher batalhadora. Foi ela que criou a Pastoral da Criança de repercussão internacional. Importante e oportuno que a sociedade reconheça nas mulheres o seu valoroso papel em qualquer ramo da atividade humana sem discriminação de qualquer natureza.

Padre Antônio Pereira Gaio
Vigário Paroquial da Catedral

O testemunho de fé de Maria de Nazaré

Imaculada-ConceicaoA Solenidade da Imaculada Conceição que marca, a cada ano, o nosso caminho de preparação para o Natal, encontra no Advento o seu contexto mais natural. A contemplação do mistério da graça, assim como ele se revelou na vida de Maria, é fonte de esperança para toda a Igreja e para cada um de nós, para cada pai, cada mãe, cada jovem, adolescente ou criança. O mistério da graça, que nos coloca em comunhão com Deus, é o fundamento da história e do projeto de salvação para cada criatura que está no coração de Deus criador.

A inocência de Maria, manifestada no anúncio do anjo Gabriel, é esta capacidade de viver na realidade da vida, com o coração aberto às passagens imprevisíveis de Deus na sua vida, mas também na nossa história. Maria é mestra da espera e por isso toda a sua vida “é como que vivida em previsão”, é totalmente vivida em relacionamento com os outros e, por isso, é uma vida verdadeira.

No peregrinar da vida, o primeiro passo para vivermos a nossa humanidade, marcada pela “divina” presença de Deus, é abrirmos os ouvidos do coração para nos colocarmos na escuta dele, que pode também nos falar através do silêncio. Os textos da Sagrada Escritura que falam da Anunciação, nas celebrações litúrgicas, não nos falam tanto de Maria, mas do “Filho” Jesus (Lc 1,31) e de Isabel (Lc 1,36). Isso porque toda visita de Deus na nossa vida é uma visita que devemos restituir com um acolhimento e um amor maior, que saiba manifestar gratidão a Deus e nos leve ao encontro dos irmãos e irmãs na comunidade, para estar a serviço do Evangelho.

A promessa de salvação não pode ser separada da comunhão com Deus. Ela se torna para cada um de nós o lugar onde podemos encontrar, a cada dia, a força para tomarmos a decisão de não nos deixar desorientar pelo mal, que tem tantas faces no mundo, e se apresenta muitas vezes com voz sedutora, à porta da nossa mente e do nosso coração, e tenta nos encher de suspeitas e incertezas, ao invés de alimentar a esperança e a confiança no Deus da vida, que caminha com o seu povo, que por amor a cada um de nós enviou ao mundo seu Filho Jesus, que foi acolhido como “Verbo”, palavra, no seio da Virgem Maria.

Maria aceitou ser amparada pela mão do seu Criador. Por Ele deixou-se conduzir, aderindo ao seu “projeto de amor”. E porque o amor “existia antes da criação do mundo”, ele é o coração e o motor da tua vida, da tua história, de cada história humana e divina, vivida na fidelidade e sob o olhar de Deus, Pai criador e salvador.

Dom José Gislon
Bispo de Caxias do Sul (RS)

Aproxima-se a chegada do Senhor

Coroa-do-AdventoNo último domingo (29) a Igreja deu início ao Advento, tempo de quatro semanas em preparação para o Natal. Composto de duas partes, o referido tempo litúrgico pretende auxiliar na expectativa da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos e para a celebração litúrgica do Seu nascimento em Belém de Judá. A pessoa humana é convidada a vivenciar, em si mesma, a vida de Cristo que se dá pela assimilação de Sua Palavra e de Suas obras.

Este deve ser um período de oração, reflexão e até de penitência: embora não seja um tempo penitencial como a Quaresma, podemos sacrificar alguma coisa em benefício de Cristo, que deu a Sua vida por nós. A participação na Eucaristia, a realização de leituras bíblicas e as novenas em família são alguns passos que nos ajudam a participar mais intensamente do Natal.

Apesar das limitações impostas pela pandemia do novo coronavírus, procure integrar-se bem na sua comunidade. Se não puder participar presencialmente, acompanhe pelas mídias as celebrações, lives, tudo aquilo que está sendo feito para que possamos alimentar a nossa fé e crescer no amor a Deus e ao próximo. Mesmo que de um jeito totalmente novo, não deixe de participar. A pandemia não pode afastar você da sua comunidade de fé e de Deus.

Outra bonita mensagem deste tempo litúrgico, sobretudo em 2020, é a esperança, virtude que resolve as angústias humanas e não permite desastrosas quedas no desespero, que é seu antônimo. Espera-se por dias melhores, espera-se que os problemas sejam resolvidos, mesmo quando não se vê muita possibilidade, espera-se que o mal não triunfe.

O Advento acende nos corações a santa esperança, antecipando sinais da ternura do Natal. Ele tem o condão de levar as mentes e os corações para lugares distantes, olhando para o passado, ao se lembrar do que aconteceu em Belém, há dois mil anos; olhando para o futuro, fazendo a humanidade visualizar a segunda vinda do Salvador, que voltará na glória para julgar os vivos e os mortos. O Advento é expectativa, esperança que não decepciona.

Esperar! Eis o segredo da vida!


Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

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