Ressurreição de Cristo é anunciada durante Vigília Pascal

vigilia pascal 1Depois de mais de 40 dias, os fiéis puderam voltar a cantar o “Glória” na noite do Sábado Santo, 30 de março. Isso porque a tradicional Vigília Pascal marcou o anúncio da Ressurreição de Cristo, da vitória da vida sobre a morte.

Na Catedral, a Celebração Eucarística contou com a presença de centenas de pessoas e foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira.

A missa foi concelebrada pelo pároco da Catedral, padre João Paulo Teixeira Dias, e pelo nosso vigário paroquial, Padre Danilo. Os diáconos permanentes Antonio e Waldeci também participaram da Eucaristia servindo ao altar.

Dom Gil falou sobre a celebração da Semana Santa neste ano. “Depois dessa Semana Santa que foi provada pela chuva, muitas procissões foram debaixo de chuva, mas foi bonito ver a presença do povo, quem vem com essa circunstância é porque quer vir mesmo, é aquele que tem fé, entusiasmo e amor por Cristo”.

O Arcebispo explicou sobre a importância do aumento da participação dos fiéis em 2024. “O número de confissões em Juiz de Fora, esse ano, triplicaram, os padres ficaram muito atarefados com as confissões e a presença da Igreja apesar da chuva foi maravilhosa, sinal de que estamos crescendo como comunidade e no amor de Deus”. E, também, aproveitou para desejar a todos uma Feliz e Santa Páscoa.

vigilia pascal 2O Círio Pascal

A liturgia começou com a Celebração da Luz, durante a qual o arcebispo abençoou o Fogo Novo e preparou o Círio Pascal, cuja chama serviu para acender as velas dos presentes na igreja, até então na escuridão. Nele, Dom Gil fez cinco incisões de cravos, cada um contendo os grãos de incenso que representam o perfume de mirra e aloés com que José de Arimateia e Nicodemos envolveram o corpo de Jesus. A grande vela ainda foi assinalada com as letras alfa e ômega, a primeira e última letras do alfabeto grego – simbolizando que Cristo é o princípio e o fim de todas as coisas –, e marcada com os numerais do ano em curso.

Liturgia da Palavra e renovação das promessas batismais

À medida que a Catedral se iluminava com as velas que eram acesas, os corações se preparavam para a proclamação da Páscoa. “Ó Noite em que a coluna luminosa as trevas do pecado dissipou, e aos que creem no Cristo em toda a terra em novo povo eleito congregou! […] Na graça desta noite o vosso povo acende um sacrifício de louvor; acolhei, ó Pai santo, o fogo novo: não perde, ao dividir-se, o seu fulgor”, proclamou o diácono Waldeci.

vigilia pascal 3A celebração seguiu com a Liturgia da Palavra: oito leituras foram feitas, entre salmos e trechos do Antigo Testamento. Em seguida, um dos momentos mais emocionantes da noite: os sinos, silenciosos desde a tarde da Quinta-feira Santa, voltaram a tocar, acompanhados do Hino de Louvor. Após a proclamação do Evangelho, a terceira parte da Liturgia incluiu a Ladainha dos Santos, a bênção da Água Batismal e a renovação das promessas do Batismo pelos fiéis. Logo após, Dom Gil aspergiu a todos com a água abençoada.

Procissão e bênção com o Santíssimo Sacramento

Após a Eucaristia e a comunhão, Dom Gil Antônio Moreira conduziu o Santíssimo Sacramento em procissão pelo adro da Catedral Metropolitana, sendo acompanhado por um belo cortejo. No retorno ao templo, o pastor abençoou os presentes e convidou todos para as Missas da Páscoa.

Centenas de pessoas participam da cerimônia do Descendimento da Cruz, na Catedral

sermao descendimentoNa noite da Sexta-feira da Paixão, 29 de março, a Catedral Metropolitana de Juiz de Fora sediou a tradicional cerimônia do Descendimento da Cruz, que recorda o momento em que, após a crucificação, Jesus é retirado do madeiro para ser sepultado. O ato foi iniciado do lado de fora do templo, mas, devido à chuva, foi transferido para o interior da igreja.

O Sermão do Descendimento foi proferido pelo Padre Everaldo José Sales Borges, Pároco da Paróquia São Pedro. Durante sua reflexão, o sacerdote recordou, ponto a ponto, as partes do corpo de Jesus que foram retiradas da cruz. “O Descendimento da Cruz recorda as várias partes do corpo de Jesus, desde a placa que é colocada acima da cabeça, a coroa, as mãos, os pés, o corpo, tudo isso que está na cruz. E, na medida que acontece a pregação, essas partes vão sendo ‘liberadas’ da cruz, vamos dizer assim. O fio condutor é lembrar que todas aquelas situações que são apresentadas ali no Descendimento da Cruz fizeram parte da vida de Jesus, como as mãos que trabalharam, como os pés que caminharam, como o corpo de Jesus que cuidou do corpo de outras pessoas.”

sermao descendimento 2A intenção de Padre Everaldo foi levar os fiéis presentes a relacionarem cada parte do corpo de Cristo aos seus próprios corpos. “Através da vida de Jesus no Evangelho, ajudar as pessoas a pensarem nelas mesmas, olhando o corpo de Jesus como eu olho o meu corpo, os diversos momentos que eu vivo e as partes do meu corpo que devem trabalhar em benefício do reino de Deus.”

Uma personagem que sempre tem destaque durante a cerimônia é Verônica, mulher que, durante a Via-Crucis, aproxima-se de Jesus e enxuga seu rosto ensanguentado com uma toalha, na qual ficou estampada Sua Sagrada Face. Neste ano, a interpretação do “Canto de Verônica” foi feita por Terezinha das Graças Verazzani. Paroquiana muito atuante na Catedral, esta foi a primeira vez que ela entoou o cântico. “Eu me senti muito emocionada… eu nunca imaginaria fazer Verônica um dia. E fiquei muito feliz, porque eu me senti mais perto de Cristo”, confidenciou a fiel.

sermao descendimento 3O Canto de Verônica consiste em uma mulher, que transporta um véu no qual está impressa uma representação da face de Jesus Cristo, entoar um responsório e, ao mesmo tempo em que entoa o canto, desenrola e exibe a estampa da face de Jesus. O canto, ou o grito de lamentação, tinha o intuito de anunciar que o homem que seria crucificado era o verdadeiro Cristo.

Todos os anos, na Catedral, o Descendimento da Cruz é seguido da Procissão do Enterro, que toma as ruas centrais de Juiz de Fora. Contudo, o cortejo não pôde acontecer, em razão do mau tempo.

Confira todas as imagens do Sermão do Descendimento na galeria de fotos.

Fonte: site da Arquidiocese de Juiz de Fora

Na Catedral, fiéis participaram da Ação Litúrgica da Paixão do Senhor

acao liturgica 1Em profundo silêncio foi iniciada Ação Litúrgica Solene da Paixão do Senhor, na Sexta-feira Santa, na Catedral de Juiz de Fora. Sob a presidência do Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, a liturgia teve início às 15h, recordando a morte de Jesus segundo o evangelho de São João.

Foi concelebrada pelos Padre João Paulo Teixeira Dias e Leandro Monaia, e contou com a ajuda dos diáconos Antônio Valentino da Silva Neto e Waldeci Rodrigues da Silva. O pároco local, Pe. João Paulo, comentou sobre o dia e esclareceu o que todo católico deve ter em mente neste dia. “Choramos sua morte, mas não é um choro de tristeza, é um choro de esperança na ressurreição de todo aquele que permanece firme com o Senhor. Mesmo nas tribulações, mesmo nas dificuldades que enfrentamos todos os dias para anunciar e pregar o Evangelho, a nossa certeza é a certeza feliz da páscoa, da vitória do Senhor Jesus. Por isso, vamos viver o mistério da sua morte [até a vigília pascal]. O grão de trigo que cai na terra, ele morre, mas ele germina e produz muito fruto”.

acao liturgica 2Dividida em três partes – Liturgia da Palavra, adoração da Cruz e Comunhão Eucarística – a Ação Litúrgica foi marcada pelo silêncio, pela oração e pela adoração ao Cristo crucificado. Na homilia, o Pastor Arquidiocesano recordou que João Evangelista foi o único dos apóstolos que testemunhou a Paixão do Senhor até o fim, portanto é capaz de nos contar com detalhes tudo que se passou naquela tarde.

“Eles não sabiam, mas, no alto do Gólgota, um cordeiro diferente estava sendo sacrificado para uma Páscoa definitiva, da alma de todos aqueles que seguissem a Cristo. No alto do calvário, a profusão do sangue do Senhor fazia aquilo que o sangue dos animais não podia fazer, lavar o coração, a alma, a vida das pessoas. Sobre madeiro da cruz, a profusão de sangue era sinal da imensa profusão do amor de Deus para conosco. Os sofrimentos de Cristo que Jesus passou, nós os merecíamos, mas ele se ofereceu em nosso lugar e por isso somos lavados pelo sangue de Cristo”, afirmou Dom Gil.

Ele ainda falou sobre o diferencial dos detalhes contados por São João. “Esclarecem nossa mente. Os detalhes que São João narra servem para nossa conversão, para pergunta diária ao nosso coração: tenho sido fiel? Quanto me falta para ser fiel ao sangue que Cristo derramou por mim?”

acao liturgica 3Logo após a homilia, foi rezada a Oração Universal, respondida pelos fiéis. As preces deste dia são pelo Papa, pela Igreja, pelos que sofrem, pelos que creem em Deus e também pelos que não creem. Depois da oração universal, foi entronizada a cruz, velada, e adorada pelos membros do clero, servidores do altar e ministros.Ao final da celebração, todo o povo formou uma longa fila para poder chegar perto e fazer a sua reverência também.

Mais fotos na celebração em nossa galeria: clique aqui.

Fonte: site da Arquidiocese de Juiz de Fora

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