Setembro, Mês da Bíblia

Mes-da-Biblia-2024Para os católicos do Brasil, setembro é o mês dedicado à Bíblia; isso, desde 1971. O período foi escolhido porque em 30 de setembro é dia de São Jerônimo, que foi quem traduziu os textos bíblicos originais do hebraico e do grego para o latim.

O intuito deste mês temático é reavivar nos fiéis a responsabilidade de conhecer a Sagrada Escritura, através de materiais de apoio o texto-base e um livreto com encontros bíblicos. O Papa Francisco costuma convidar para que “todos os dias leiamos uma passagem da Bíblia, especialmente do Evangelho: ali Jesus fala-nos, ilumina-nos, guia-nos. E recordo-vos o que já disse noutras ocasiões: tenham um pequeno Evangelho, um Evangelho de bolso, para o levar na bolsa, sempre conosco; e quando houver um momento durante o dia, ler algo do Evangelho. É Jesus quem nos acompanha. Um pequeno Evangelho de bolso, mas sempre conosco”.

Neste ano, o Mês da Bíblia é dedicado ao estudo do Livro de Ezequiel, iluminado pelo lema “Porei em vós meu espírito e vivereis” (cf. Ez 37,14). Nesse trecho, Deus promete dar nova vida ao povo de Israel, que estava em exílio e sem esperança. A passagem é conhecida pela visão do vale de ossos secos, onde Deus mostra a Ezequiel que, mesmo quando tudo parece perdido, Ele pode trazer vida e esperança.

Dom Leomar Antônio Brustolin, Arcebispo da Arquidiocese de Santa Maria (RS) e presidente da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, afirma que, ao refletir sobre o testemunho do profeta Ezequiel, pode-se responder ao convite feito pelo Papa Francisco à preparação para o Jubileu 2025. “O convite para que sejamos peregrinos de esperança nos faz ser como Ezequiel: arautos da esperança em meio àqueles que, proventura, possam ter se esquecido de Deus ou perdido o seu caminho”.

Abertura oficial

Nesse domingo (1º), a abertura do Mês da Bíblia foi celebrada no Santuário Nacional de Aparecida (SP). Os fiéis se reuniram no entorno do Altar Central, onde a Missa foi presidida pelo Dom Leomar Antônio Brustolin. A Santa Missa também marcou o encerramento da 1ª Romaria Nacional dos Catequistas, que começou no dia 30 e reuniu cerca de 3.400 catequistas, e destacou ainda os 70 anos da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), que trabalha na promoção da vida religiosa e no apoio às comunidades de fé no Brasil.

No início de sua homilia, o presidente da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBBf ez uma associação à Primeira Leitura: temos que ouvir mais a palavra de Deus. “A palavra catequese significa ecoar, ou seja, entrar pelo ouvido, então sair pelo outro, é para levar para o coração. A Fé nasce da escuta, e muita gente está perdendo a fé porque não escuta mais, só quer falar. Sabe quando passamos por uma provação difícil? Aquela morte repentina, brigas na família, mal-estar no relacionamento, problemas no trabalho… Logo a gente reza e pede ajuda, mas nessa hora é preciso escutar o que Deus quer nos dizer. Com isto, é preciso querer aprender de Deus o que ele está nos mostrando através da dor. Como bem diz Padre Zezinho em uma de suas canções, ‘Ninguém nasceu para sofrer, mas a dor nos faz crescer’.”

Em seguida, falou do Evangelho: “No Evangelho, nós vemos Jesus condenando uma prática religiosa não coerente, pois não dá para rezar de um jeito e viver de outro. Não dá para multiplicar orações e esquecer de respeitar o próximo. A nossa fé cristã e católica depende de nossas ações caridosas e de coração. E é por isso que a Segunda Leitura diz que devemos cuidar da viúva, do pobre e de quem precisa.”

Dom Leomar ressaltou também a importância do mês da Bíblia para nos animar e incentiva que todos leiam o livro de Ezequiel. “A celebração de hoje nos faz refletir sobre nossas ações e comportamento cristão, e nos faz pensar se estamos vivendo conforme os ensinamentos de Cristo. Que sigamos o exemplo de Jesus, que soube e sabe amar, que perdoa, que é caridoso e que nos acolhe com um infinito amor. Sejamos seguidores de Cristo nessa caminhada do viver, espalhemos a Boa-nova, sejamos caridosos e acolhamos o próximo com amor.”

Programação para 2024

Para além da celebração de abertura do Mês da Bíblia, a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB realiza o Seminário Bíblico para Animadores do Mês da Bíblia. A formação acontece de modo on-line, de 9 a 11 de setembro, às 19h30, e será transmitida pelas redes sociais da CNBB (@cnbbnacional); Catequese do Brasil (@catequesedobrasil) e Edições CNBB.

No dia 9 a temática a ser abordada será “A esperança a partir do livro de Ezequiel”, com o professor e doutor Fábio Siqueira. Na terça-feira, 10 de setembro, a temática a ser estudada será “A glória do Senhor a partir de Ezequiel”, com a professora e doutora Maria de Lourdes Lima. No último dia, 11, a temática será sobre “A conversão ecológica a partir de Ezequiel”, com o professor e doutor Matthias Grenzer.

*Fontes: sites da CNBB, A12 e Pai Eterno

Catedral sedia Missa das Famílias das Escolas Católicas

escolas catolicasA Catedral Metropolitana sediou a Missa anual das Famílias das Escolas Católicas de Juiz de Fora, no último sábado, dia 24. A celebração que sempre acontece dentro do Mês Vocacional foi presidida pelo nosso Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, e concelebrada pelo Pároco da Catedral, Padre João Paulo Teixeira Dias.

Dom Gil destacou a importância dessa missa e da Pastoral da Educação para a Arquidiocese. “[Estamos] recordando a família, a vocação laical, sacerdotal, afinal as vocações em geral. Hoje é o dia desta grande festa com um coral que se forma com alunos de várias escolas católicas, que vem crescendo muito nos últimos anos, com reuniões bimestrais com o Arcebispo e também com o Vigário Episcopal para a Educação”.

Para a Diretora Administrativa do Colégio Nossa Senhora do Carmo, Marina de Oliveira Magalhães, esse foi um “momento de render graças a Deus pelas famílias das Escolas Católicas e também pela união que o nosso Arcebispo promove através da Pastoral da Educação”, ao falar sobre a celebração anual.

Ana Beatriz de Freitas, que é mãe de aluno, apontou que as Escolas Católicas buscam despertar nos jovens os valores éticos e morais. “A missa é importante porque além da educação tradicional os colégios todo o ano estão trabalhando a questão da fé, da religiosidade, e nós pais ficamos muito felizes de dar continuidade aqui na missa reunindo todas as escolas”.

Segundo a Regente do Coral do Colégio Santa Catarina, Betânia Guedes, o coro é uma arte, é cultura e uma tradição milenar. “Poder manter o coro dentro das escolas católicas é uma preciosidade e um diferencial gigantesco na vida dos nossos jovens, das crianças e dos adolescentes. Para mim é uma alegria enorme hoje ter tido a oportunidade de estar à frente deste coro”, explicou com entusiasmo.

Confira as fotos da celebração em nosso Facebook.

Juiz de Fora celebra sétimo dia de Dona Maria de Lourdes, mãe de Dom João Justino

Dona-Maria-de-LourdesNa última quinta-feira, 22 de agosto, a Arquidiocese de Juiz de Fora prestou uma homenagem especial a Dona Maria de Lourdes Medeiros Silva, mãe de Dom João Justino de Medeiros Silva, Arcebispo Metropolitano de Goiânia e Primeiro Vice-Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A celebração do sétimo dia de falecimento foi marcada por duas missas em território juiz-forano: uma às 12h na Catedral Metropolitana e outra às 19h na Paróquia São José.

A escolha por realizar duas missas na cidade natal de Dona Maria de Lourdes reflete a importância que ela teve para a comunidade local e para sua família. Em entrevista, Dom João Justino explicou que a primeira missa, na Catedral Metropolitana, foi realizada em reconhecimento ao papel fundamental da Catedral na vida de sua mãe e à acolhida calorosa da comunidade local. “A Catedral é um lugar significativo para nós, e o convite de Dom Gil para a celebração às 12h permitiu que outros padres amigos da nossa família pudessem participar”, destacou Dom João.

À noite, a celebração foi na Paróquia São José, local de grande importância familiar e espiritual. “Essa igreja é onde minha mãe se casou e onde celebramos muitos momentos familiares. A presença de amigos e familiares da região também tornou este momento ainda mais especial”, acrescentou Dom João.

Dom João ressaltou a vida de fé e o profundo compromisso de sua mãe com a Igreja. “Minha mãe casou-se muito jovem, aos 19 anos, e viveu um matrimônio de 61 anos. Mesmo após a morte de meu pai, ela continuou a cuidar da família com zelo e dedicação até os últimos momentos de sua vida”, contou Dom João. Ele destacou a trajetória de Dona Maria de Lourdes na vida da paróquia, onde foi catequista e participou ativamente da Legião de Maria e da escola de teologia pastoral. “Ela era uma pessoa muito forte na fé e dedicava, em média, uma hora por dia à oração pessoal. Nos últimos anos, multiplicou esses momentos de oração, acompanhando missas e programas religiosos pela televisão”, acrescentou.

Dom João também expressou sua gratidão pelo apoio recebido da comunidade de Juiz de Fora durante este período. “Recebi um enorme apoio de amigos e da Arquidiocese de Juiz de Fora. Dom Gil e o clero local estiveram ao nosso lado, e muitos amigos da nossa família, especialmente aqueles que conhecem minha trajetória como formador e reitor, se fizeram presentes. Esse carinho e acolhimento foram fundamentais para nós”, destacou.

O Arcebispo da Arquidiocese de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, expressou sua solidariedade à família e à comunidade. O Pastor Arquidiocesano ressaltou a importância de estar próximo da família de Dom João Justino durante este período. “Perder a mãe é um momento muito difícil, e a dor é ainda mais aguda quando a perda é repentina, como aconteceu com Dona Maria de Lourdes. Queremos mostrar nossa proximidade e apoio à família, especialmente a Dom João, ao Diácono Emílio, e aos outros irmãos”, enfatizou.

DSCN0675-300x225A celebração não foi apenas uma ocasião para lembrar a vida de Dona Maria de Lourdes, mas também para fortalecer a fé na vida eterna. “Estamos aqui para renovar nossa fé na ressurreição dos mortos e na promessa da vida eterna. Todos nós que temos fé acreditamos que, um dia, estaremos reunidos no banquete da Eucaristia Eterna, pela misericórdia de Deus”, concluiu Dom Gil.

Aparecida Neves, paroquiana e amiga de longa data de Dona Maria de Lourdes, compartilhou memórias e destacou a importância da falecida para a comunidade. “Conheci ela através da Igreja, onde ela estava sempre envolvida com as atividades. Ela era uma mulher muito dinâmica e dedicada à catequese. Trabalhamos juntas em muitas ocasiões e sempre admirei seu comprometimento”, contou Aparecida.

Além das duas celebrações, haverá mais duas nesta sexta-feira (23). Em seu retorno para Goiânia (GO), Dom João Justino presidirá a Missa na Catedral. Enquanto em Macaé (RJ), o outro filho de Dona Maria de Lourdes, o Diácono Emílio, realizará a celebração na Paróquia São Paulo Apóstolo.

Fonte: site da Arquidiocese de Juiz de Fora

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