Há 90 anos, Brasil ganhava padroeira: Nossa Senhora Aparecida

Procissao-com-a-imagem-da-padroeiraCompletam-se, nesta segunda-feira, 31, 90 anos da proclamação deNossa Senhora Aparecida como Rainha e Padroeira do Brasil.

O prefeito de igreja do Santuário Nacional de Aparecida, Padre Eduardo Ribeiro, afirma que este ato, ocorrido em 1931, veio para reafirmar aquilo que os brasileiros já tinham no coração: a devoção e amor a Nossa Senhora.

A consagração, de acordo com o sacerdote, reforçou e reafirmou ainda mais a devoção a Nossa Senhora Aparecida. “Este amor e devoção só vem aumentando”.

Arquidioceses em festa

A Arquidiocese de São Sebastião no Rio de Janeiro e Arquidiocese de Aparecida no interior de São Paulo fazem parte deste momento histórico. Ambas vivem nesta segunda-feira, 31, uma programação especial.

Neste domingo, 30, o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani Tempesta presidiu uma celebração eucarística dentro da programação da comemoração dos 90 anos desta proclamação na Arquidiocese de Aparecida.

Hoje, uma missa às 9h recorda a data. Na sequência, uma réplica da imagem original de Aparecida será deslocada até o Rio de Janeiro onde a festa terá continuidade.

O ato recorda a peregrinação da imagem original que foi levada até a cidade, em 1931, para a solenidade que reuniu cerca de um milhão de pessoas. Aquela foi a primeira vez que a imagem de Aparecida havia saído do santuário.

Padre Eduardo Ribeiro afirma que a imagem percorrerá o centro do Rio de Janeiro. Uma Missa em memória da data acontecerá na mesma Igreja onde a Virgem de Aparecida foi proclamada padroeira do Brasil.

O pároco e coordenador de pastoral da Arquidiocese do Rio de Janeiro, cônego Cláudio Santos, recorda: “Foi aqui, no Rio de Janeiro, que Nossa Senhora foi proclamada padroeira do Brasil”.

Em 31 de maio de 1931, ocorreu a peregrinação da imagem de Nossa Senhora Aparecida e também uma missa campal em frente à Igreja de São Francisco de Paula.

Na época, a celebração foi presidida pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Sebastião Leme. Após a cerimônia, a imagem de Nossa Senhora Aparecida saiu em procissão e percorreu as ruas da cidade.

Programação

A programação especial para esta segunda-feira no Rio de Janeiro começa na parte da tarde. Às 15h, a réplica da imagem da padroeira do Brasil chega a cidade. Ela será encaminhada para a Capela de Nossa Senhora Aparecida, na Central do Brasil, na capital do estado.

Depois, às 16h, na Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, no centro do Rio de Janeiro, o canto litúrgico Te Deum.

Em seguida, acontecerá, às 17h, a inauguração da exposição de fotos dos 90 anos da proclamação na Igreja São Francisco de Paula, também no centro da cidade.

No mesmo local, uma Missa em ação de graças será celebrada às 18h. Por fim, a Orquestra da Ação Social pela música no Brasil (ASMB) fará uma apresentação também na Igreja São Francisco de Paula.

Festividade em meio ao quinquênio jubilar

A festividade acontece em meio ao quinquênio jubilar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. São cinco anos de preparação para importantes celebrações que acontecerão em 2025 e 2026.

Em 2025, a Arquidiocese comemora 450 anos como prelazia e, em 2026, 350 anos como diocese do Rio de Janeiro.

“Cada momento celebrativo e marco histórico, como esse da proclamação de Nossa Senhora Aparecida como Rainha e Padroeira do Brasil, mostra essa presença da Igreja que representa a certeza da fé e da esperança”, sublinha cônego Cláudio.

Relação entre as arquidioceses

Padre Cláudio conta que a relação entre as arquidioceses é antiga. Em 1931, a Arquidiocese de São Sebastião do Rio Janeiro era responsável por todas as regiões de evangelização do centro do Brasil até a região sul. Isso incluía a região do Vale do Paraíba.

Após o encontro de Nossa Senhora no Rio Paraíba e sua crescente devoção, o cardeal Leme solicitou ao Papa Pio XI para que Nossa Senhora Aparecida fosse proclamada Rainha e Padroeira do Brasil.

Houve então, em 16 de julho de 1930, a autorização do Papa Pio XI, por meio de um decreto e posteriormente a celebração oficial no Rio de Janeiro.

Esses acontecimentos, recorda o cônego, mostram essa relação da Arquidiocese do Rio de Janeiro com a Arquidiocese de Aparecida.

Significado

O ato de 1931 mostra a fidelidade de Deus na vida dos brasileiros, afirma padre Cláudio. “O povo brasileiro, consecutivamente, está consagrado a Nossa Senhora Aparecida também”, frisa.

O presbítero destaca que o povo brasileiro tem um carinho muito grande por Nossa Senhora Aparecida. “Não só porque ela é a Mãe de Deus, mas porque também ela aqui apareceu”.

Para padre Eduardo, celebrar este marco histórico para a Igreja no Brasil é celebrar que todos temos uma mãe. “A mãe de Jesus é a nossa mãe, devemos reafirmar sempre isso”, sublinha.

Esses 90 anos da proclamação de Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil convidam todos os católicos a viverem a comunhão em toda a igreja. “Temos uma única mãe, a mãe de Jesus. É importante que todo Brasil relembre e celebre este dia recordando que Nossa Senhora é a nossa padroeira!”.

Fonte: Site Notícias Canção Nova

Último dia da maratona de oração será dedicado a Nossa Senhora Desatadora de Nós

cq5dam.thumbnail.cropped.750.422Nos Jardins do Vaticano, diante da imagem Nossa Senhora Desatadora de Nós à qual é muito devoto, o Papa Francisco elevará sua oração recitando o Terço no dia 31 de maio. Uma oração que será expressa em particular nas cinco intenções que dizem respeito aos tantos nós a serem desatados, agora firmemente unidos à humanidade, especialmente neste tempo de pandemia. É assim que na próxima segunda-feira à tarde se encerrará o mês mariano e a maratona de oração que começou na Basílica Vaticana e uniu o mundo através do Terço recitado todos os dias com uma intenção específica em 30 Santuários em todos os cinco continentes. É uma oração destinada sobretudo a invocar o fim da pandemia e o reinício das atividades.

Santuários do mundo rezam o terço para o fim da pandemia

A celebração do Terço começará com uma solene procissão, guiada pelo Bispo de Augsburg, que levará o ícone a um lugar especial nos Jardins do Vaticano, que para a ocasião se tornará um verdadeiro Santuário ao ar livre. Acompanhando a procissão estarão as crianças que receberam sua Primeira Comunhão de uma paróquia de Viterbo, adolescentes crismados da paróquia de São Domingos de Guzmán, um grupo de escoteiros de Roma, algumas famílias e por alguns religiosos representando todo o povo de Deus. Os jovens da Associação SS. Pedro e Paulo carregarão o ícone de Nossa Senhora, com a Guarda Suíça e a Gendarmaria do Vaticano como guarda de honra. A procissão será animada pelo coro da diocese de Roma e pela Banda de Arcinazzo Romano. Os jovens da Ação Católica, algumas famílias de recém-casados e uma família de surdos onde nasceu uma vocação religiosa, se unirão à oração.

O ícone

O ícone que representa a Nossa Senhora encontra-se em Augsburg, Alemanha, e consiste em uma pintura a óleo sobre tela feita pelo pintor alemão Johann Georg Melchior Schmidtner por volta de 1700. A pintura retrata Nossa Senhora desatando os nós de uma fita branca segurada por dois anjos, rodeada de cenas bíblicas que se referem simbolicamente a imagens de esperança, misericórdia e vitória sobre o mal. “Cópia única do ícone original conhecido em toda a Baviera por ocasião de uma peregrinação das dioceses bávaras a Augsburg realizada no ano de 2015, será trazido a Roma pelo bispo de Augsburg, Dom Bertram Johannes Meier”, que o presenteará ao Papa Francisco, informa o comunicado do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, que organizou a iniciativa da maratona de oração. A escolha desta imagem quer representar uma oração particular para que Nossa Senhora interceda para “desmanchar” o sofrimento que uniu o mundo neste tempo de crise sanitária, mas também as relações econômicas, psicológicas e sociais. O Papa sempre demonstrou uma forte devoção a esta imagem, e difundiu seu culto, particularmente na Argentina.

Os cinco nós

O primeiro nó a desenodoar é o dos “relacionamentos feridos, da solidão e da indiferença, que se tornaram mais profundos nestes tempos”. O segundo nó é dedicado ao desemprego, “com particular atenção ao desemprego juvenil, desemprego feminino, desemprego dos pais de família e daqueles que estão tentando defender seus empregados”. O terceiro é representado pelo “drama da violência, em particular a que irrompe na família, no lar, contra as mulheres ou explodiu nas tensões sociais geradas pela incerteza da crise”. O quarto nó se refere ao “progresso humano, que a pesquisa científica é chamada a apoiar, compartilhando descobertas para que sejam acessíveis a todos”, especialmente aos mais frágeis e pobres. O quinto nó a ser desatado é o do cuidado pastoral, para que “as Igrejas locais, paróquias, oratórios, centros pastorais e de evangelização possam redescobrir entusiasmo e novo impulso em toda a vida pastoral” e “os jovens possam se casar e construir uma família e um futuro”.

A evocativa celebração será encerrada com a coroação da imagem de Nossa Senhora com uma preciosa coroa feita pelos joalheiros Fratelli Savi. Será possível acompanhar toda a cerimônia ao vivo no Vatican News e nas redes sociais e católicas do mundo.

A experiência da maratona de oração

A “maratona” do Terço no mês de maio começou com a oração do Papa diante do ícone de Nossa Senhora do Socorro na Basílica de São Pedro, continuando em 30 Santuários ao redor do mundo, e se conclui com esta cerimônia. Muitos testemunhos relatam uma iniciativa que foi recebida com entusiasmo e envolvimento. Da simplicidade do Santuário de Nossa Senhora de Lourdes em Nyaunglebin, em Mianmar, à solenidade de Nuestra Señora de Montserrat, na Espanha, à grande participação do povo nos Santuários da África, Índia e Coreia: estes são apenas alguns exemplos significativos do envolvimento que teve lugar. A iniciativa foi muito apreciada por sua simplicidade e, ao mesmo tempo, pelo profundo senso de comunhão com a Igreja e com o Papa Francisco. Ao acompanhar as transmissões ao vivo pela mídia, foi possível a milhões de pessoas rezar o terço todos os dias, da forma como cada cultura e cada país o expressa naturalmente.

Fonte: Site Vatican News

Frades capuchinhos e ACN ajudam famílias que passam fome em Manaus

cestas-basicas-alimentos-caridade-doacao Foto -Distribuicao Agencia-BrasilA pandemia tem gerado consequências para muitas famílias do Brasil e do mundo. Entre elas está o desemprego e a fome. Em Manaus, foram dois momentos bem críticos – logo no início da pandemia no final de abril de 2020 e no início deste ano com o “colapso do oxigênio”. É o que recorda o assistente eclesiástico da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) Brasil, frei Rogério Severino.

A cidade não está mais nas manchetes como esteve no início do ano, no entanto, o religioso afirma que a situação de pobreza permanece.

O frade capuchinho, que atua nas comunidades do Amazonas, frei Paolo Maria Braghini, comenta que a pandemia, além de gerar fome, gera também dramas psicológicos. “Muitos olham o futuro e não sabem como manter os filhos, a própria família e isso é realmente dramático”.

Diante disso, os frades capuchinhos e a ACN mobilizaram-se em prol das famílias que estão à beira do desespero. Ambos fazem parte de um projeto para a doação de cestas básicas por um período de 7 meses.

Parceria desde 1973

A parceria, de acordo frei Paolo, é antiga. “A AIS nos ajuda em missões há anos e de várias formas. Quando percebemos essa urgência, esse grito das famílias carentes, (…) nosso coração nos levou a olhar de imediato a essa grande instituição parceira. Por isso nos direcionamos a ela para pedir essa ajuda”.

Frei Rogério conta que a ACN ajuda a região amazônica desde 1973. Na época, ela enviou 300 caminhões para a região, permitindo assim que muitas regiões recebessem a visita de um missionário pela primeira vez.

“Já naquela época, os missionários capuchinhos estavam envolvidos nesse projeto. Essa parceria continua até os dias de hoje. Iniciativas como a tradução da Bíblia da Criança para línguas indígenas, barcos para os missionários e mesmo ajuda existencial para que os frades capuchinhos possam manter suas atividades fazem parte dos projetos apoiados pela ACN”, relata.

Projeto

Frei Paolo conta como começou a iniciativa de criação da rede de solidariedade. Segundo ele, foram muitas as famílias que pediram ajuda aos capuchinhos no início deste ano.

“Famílias não conseguiam mais ter alimentos suficientes para alimentar seus filhos. Foi aí que veio de imediato em nosso coração a ACN”, recorda. Surgiu, então, o projeto que ajuda aproximadamente 100 famílias de quatro periferias de Manaus. Ele já dura quatro meses.

O assistente eclesiástico da ACN sublinha que o andamento do projeto se dá graças a Deus e à caridade dos benfeitores da fundação.

As famílias ajudadas, de acordo com o frei Rogério, recebem não apenas o alimento, mas também a assistência espiritual dos frades capuchinhos.

O religioso relata que, durante esse período de pandemia, muitos projetos têm chegado para a ACN. “A Igreja sofre a falta de recursos para dar continuidade ao seu trabalho missionário. Para isso contamos que mais pessoas possam ajudar”.

É possível ajudar realizando uma doação pelo site acn.org.br ou mesmo ligando para 0800 77 099 27.

A solidariedade e a Igreja

“A pandemia está levando ao agravamento de uma crise econômica que já existia”, observa frei Paolo. Para o frade capuchinho, se hoje não houvesse a Igreja Católica, instituições religiosas e voluntários, o povo estaria em uma situação bem pior.

No entanto, o religioso comenta que é importante destacar que esta crise sanitária também está se tornando uma “pandemia da solidariedade”. “Com certeza a obra de Deus está acontecendo em um momento tão dramático”.

A partilha do alimento, princípio da iniciativa, está presente em muitos trechos do Evangelho, comenta frei Rogério. Jesus sempre começava essa partilha a partir da oferta de alguém, como o menino que colocou os 5 pães e 2 peixes nas mãos de Jesus e viu aquela pequena oferta alimentar milhares (Jo 6, 1-15), recorda.

“Hoje, somos chamados a fazer o mesmo. A ACN é uma obra pastoral e faz parte do nosso trabalho ensinar e incentivar as pessoas a partilhar o que têm. Não pensamos apenas em quem precisa de ajuda material, mas pensamos também naqueles que precisam de ajuda espiritual, aqueles que encontrarão a mesma felicidade do menino que entregou os pães e os peixes”, reforça.

Segundo o assistente eclesiástico da ACN, muito tem se falado do termo “linha de frente”. A Igreja, com suas fundações, comunidades, congregações e todos os seus membros está na linha de frente do amor, afirma.

A ACN no Brasil

O Brasil é um dos países mais ajudados pela ACN, frisa seu assistente eclesiástico. Graças aos benfeitores, frei Rogério conta que a fundação tem conseguido ajudar centenas de religiosas, sacerdotes e missionários a darem continuidade às suas atividades, mesmo em meio à pandemia, e respeitando todos os protocolos.

“Nos últimos anos, permitimos também a formação de seminaristas e noviças; bem como ajudamos com meios de transporte, como barcos, carros, motos e até bicicletas, para que o Evangelho não seja impedido de chegar nos lugares mais distantes”, revela.

A construção e reforma de mosteiros contemplativos, igrejas e capelas também fazem parte do trabalho da ACN. “Acreditamos que apenas com muita oração conseguiremos enxugar as lágrimas do Cristo que ainda hoje chora nos rostos de nossos irmãos”.

Fonte: Notícias Canção Nova

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