Coleta em favor da Terra Santa será realizada no próximo domingo (13)

Coleta-para-a-terra-santaA tradicional Coleta em favor da Terra Santa será realizada no próximo domingo, 13, durante as celebrações em todas as Igrejas do mundo. A coleta que é realizada na celebração das Funções durante a Sexta-Feira Santa, foi adiada devido à pandemia. O Papa Francisco aprovou a realização no próximo domingo, dia 13 de setembro, por tratar-se da véspera da Festa da Exaltação da Santa Cruz.

O Frei Francesco Patton explica que a data foi escolhida “porque é o domingo mais próximo da festa da Exaltação da Santa Cruz, que celebramos aqui em Jerusalém com particular solenidade, para recordar até que ponto chegou o amor do Filho de Deus por nós: a ponto de dar a vida na Cruz, pela nossa salvação, para nos reconciliar com o Pai e entre nós fazer uma nova humanidade fundamentada na solidariedade e no amor”.

Um vídeo divulgado pela Custódia da Terra Santa traz um apelo do prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, pedindo a todos que contribuam na coleta. O Cardeal explicou a escolha da data próxima à Exaltação da Santa Cruz: “porque nos remetia, obviamente, não à Sexta-Feira Santa – que seria o dia em que se costuma fazer a coleta – mas à cruz de Cristo, à sua exaltação, ao descobrimento das relíquias da cruz de Cristo”.

A coleta é realizada em todas as igrejas do mundo. Em vista disso, o Arcebispo de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, também se pronunciou. “Queria fazer um apelo. Queremos proteger os lugares santos por onde Jesus andou. Na Terra Santa, a situação dos cristãos é muito difícil, somos tratados como estrangeiros. Nós precisamos manter nossas igrejas, nossa basílicas, os franciscanos que estão desde a idade média tomando conta do lugar para nós. Quando fui à Terra Santa, vi como tem sido sofrido o trabalho dos cristãos lá. Se for a uma celebração, faça sua contribuição, se não, mande entregar na secretaria da paróquia.”

Lugares santos e obras de caridade

A coleta é destinada à manutenção e ajuda à Igreja presente na Terra Santa, berço do Cristianismo. No vídeo do frei Patton, são ilustradas as várias formas que a Coleta costuma assumir, uma vez que as ofertas das paróquias e dioceses de todo o mundo chegam à Custódia.

“Graças à generosa contribuição dos cristãos de todo o mundo, conseguimos continuar cuidando e mantendo os lugares santos do cristianismo, como o Santo Sepulcro, a Basílica da Natividade, até os santuários menos notados”, destaca o Frei.

A coleta é destinada também à ação pastoral das paróquias confiadas aos franciscanos. “Podemos garantir instrução e educação de qualidade a mais de 10 mil estudantes que frequentam as nossas escolas; podemos ajudar as jovens famílias a encontrar um lar; podemos amparar os trabalhadores migrantes cristãos, fazendo-os sentir-se acolhidos mesmo que longe da própria pátria; podemos nos colocar ao lado das pessoas atingidas pela guerra na Síria e ao lado dos refugiados ainda espalhados nos mais diversos países em que nos encontramos vivendo a nossa missão“, enumera o custódio da Terra Santa.

A Custódia da Terra Santa está confiada à Ordem dos Frades Menores há 800 anos, fato destacado pelo Cardeal Sandri, que convidou a um gesto de gratidão: “Os franciscanos da Custódia da Terra Santa são aqueles que cuidam dos lugares onde Jesus pôs os seus pés e as suas mãos. Todos devemos agradecer-lhes, porque eles não estão apenas ali, mas são missionários para com todos nós que chegamos aos Lugares Santos e recebemos a acolhida dos franciscanos, deles recebemos a palavra que explica o mistério de Jesus no lugar concreto onde Ele viveu, onde Ele esteve”.

Solidariedade durante a pandemia

Diante do desafio da pandemia e das consequências que surgem agora e no horizonte, a solidariedade apresenta-se como caminho.

“Não sairemos deste terrível flagelo a não ser com a solidariedade. Por isso é importante a generosidade dos pobres, dos humildes, dos ricos … de todos, que dão o que podem pela sobrevivência dos Lugares Santos de Jesus e, portanto, pela presença viva de Jesus que todos podem experimentar com a peregrinação física na Terra Santa que hoje, devido a estas circunstâncias, se transforma em peregrinação da oração, do espírito, da invocação e da generosidade para contribuir com a manutenção de todos os Lugares Santos e de todas as necessidades dos nossos confrades na terra de Jesus“, afirmou o Cardeal Leonardo Sandri.

Fonte: Portal Canção Nova

Novena e Festa da Padroeira do Brasil serão celebradas de forma virtual

a12Neste ano de 2020, por ocasião da pandemia de coronavírus, a Novena e a Festa da Padroeira serão realizadas de forma virtual. O anúncio foi feito pelo Santuário Nacional de Aparecida, que expressou preocupação e zelo pastoral com os romeiros.

Toda a programação foi preparada e poderá ser acompanhada pelos fiéis através das redes sociais e da televisão. Além das celebrações, outros eventos também sofreram alterações. Procissões externas, vigílias, carreata e passeio ciclístico foram cancelados. Apresentações musicais e artísticas também não estão previstas.

A participação virtual dos devotos será motivada pela interação através das redes sociais.

O tema da Novena e Festa da Padroeira 2020, é: “Com Maria, em família, revestir-se da Palavra”. As reflexões buscam promover a família e sua intimidade com a Palavra de Deus.

Nas diversas celebrações, que acontecerão nas duas basílicas de forma restrita, estarão apenas os membros de instituições diretamente ligadas à Arquidiocese de Aparecida e às obras sociais e de evangelização do Santuário Nacional, representando todos os devotos. Dessa forma, não será possível o livre acesso do público às basílicas durante as cerimônias.

Programação

A Novena será realizada de 3 a 11 de outubro, às 15h e às 19h. Já no dia 12, as missas acontecem às 7h, 9h, 12h e 18h.

O Santuário estará aberto à visitação das 5h às 17h, dos dias 3 a 11, e das 12h às 17h, no dia 12. Durante o período, na Tribuna Papa Bento XVI, serão realizadas as celebrações das bênçãos dos objetos de piedade e devoção.

Fonte: Portal A12 e Canção Nova

TerraFutura: diálogo do Papa sobre ecologia integral com o fundador do “Slow Food”

terrafuturaUm Papa, como Francisco, que como cardeal argentino sentiu “cansaço” pela “insistência com que os bispos brasileiros falavam dos grandes problemas da Amazônia” na conferência de Aparecida e como bispo não entendia qual era o seu papel em relação à “saúde do pulmão verde do mundo”. E um agnóstico, ex-comunista e gastrônomo, como Carlo Petrini, fundador do “Slow food”, a quem o Pontífice chama de “piedoso” porque “tem piedade da natureza, uma atitude nobre” e “coerente consigo mesmo”. Unidos pelas raízes piemontesas comuns”.

As raízes piemontesas e a amizade do bispo Pompilli

Do encontro, ou melhor, dos três encontros em dois anos, de maio de 2018 a julho de 2020, nasceu "TerraFutura. Diálogos com Papa Francisco sobre ecologia integral", livro a ser publicado em 9 de setembro que Petrini, também promotor da rede internacional de ecologistas “Terra Madre”, publica com a Editora Giunti-Slow Food. O Papa de 83 anos, com antepassados da região de Asti e o gastrônomo de 71 anos e escritor de Cuneo, da região Piemonte. O primeiro encontro foi realizado com a presença do Bispo de Rieti Domenico Pompili, com quem Petrini tem grande amizade por terem criado juntos as Comunidades “Laudato si'” para “dar vida” ao que Francisco propôs em sua encíclica.

Petrini impressionado pela primeira viagem em Lampedusa

O Bispo, que escreveu o prefácio, lembra que Francisco e Carlin, como ele é mais conhecido, nos diálogos identificam-se por “F” e “C”, “e são dedicados à Terra e ao seu futuro” e que deste confronto surgem caminhos “para uma ecologia que deixe de ser uma bandeira e se torne uma escolha”. O ponto de partida é o pensamento do Papa Francisco, que impressiona o agnóstico Petrini desde a escolha de fazer a primeira viagem como Pontífice a Lampedusa, “como sinal de solidariedade com os migrantes”, que investiga, e escreve na “Laudato si”, “o que está acontecendo com a nossa casa”.

O primeiro diálogo: a gênese da Laudato si’

No primeiro diálogo, em 30 de maio de 2018, três anos após a publicação da encíclica, que Carlo Petrini define como “poder extraordinário”, que “mudou o cenário do discurso ecológico e social”, Francisco fala da gênese da ‘Laudato si’”. Recorda que é fruto do trabalho de muitas pessoas, cientistas, teólogos e filósofos, que “me ajudaram muito a esclarecer”, e com o material deles, trabalhou “na composição final do texto”.

O interesse da ministra francesa Ségolené pela encíclica

E explica que a primeira vez que se deu conta da “centralidade” do documento e “sua importância pelas questões abordadas”, foi no final de novembro de 2014, ao se encontrar com a então Ministra francesa do Meio Ambiente Ségòlene Royal em sua visita ao Parlamento Europeu em Estrasburgo. A Ministra, relata o Papa, mostrava “muito interesse” pelo texto, do qual se conhecia apenas a referência “aos temas da casa comum e da justiça social”. “É muito importante”, disse a Ministra ao Pontífice, e previu que seria “de grande impacto, estamos todos aguardando”.

Esperava-se uma voz forte, hoje penso que tenha sido aceita

Até então, confessa o Papa Francisco a Petrini, “não sabia que teria causado tanto clamor”

“Lá percebi que a expectativa crescia e que se esperava uma voz forte nesta direção. Depois, correu tudo bem: após seu lançamento, vi que a maioria das pessoas, os que se preocupam com o bem da humanidade, leram e apreciaram, usaram-na, comentaram-na, citaram-na. Acho que foi quase universalmente aceita”

O percurso: de Aparecida a Laudato si’

Ao responder a Petrini que lhe pede a confirmação de que sua atenção às questões ambientais “amadureceram com o tempo”, Francisco confidencia que “foi um longo percurso”, iniciado em 2007 em Aparecida, no Brasil, onde como cardeal arcebispo de Buenos Aires foi presidente da Comissão para a elaboração do documento final da Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe. Recorda bem “de ter sentido cansaço” com a atitude dos bispos brasileiros que em todas as ocasiões “falavam dos grandes problemas da Amazônia”, de suas “implicações ambientais e sociais”, e “não entendia esta urgência e insistência”. E também havia solicitações incessantes de colombianos e equatorianos, para incluir estas questões no documento final.

A “conversão ecológica” de Jorge Mario Bergoglio

Desde então, comenta o Pontífice, “passou muito tempo e eu mudei completamente a percepção do problema ambiental”.

“No início eu também não entendia estes temas. Depois, quando comecei a estudar, tomei consciência, abriu-me um mundo. Creio que seja correto dar tempo a todos para entenderem. Porém, ao mesmo tempo, devemos nos apressar para mudar nossos paradigmas se quisermos ter um futuro”

Uma encíclica para todos, não só para os crentes

Se Petrini aponta que ainda acha difícil construir pontes de diálogo entre o mundo “crente” e o mundo “secular”, o Papa Francisco enfatiza que “a Laudato si’ é um ponto comum de ambos os lados, porque foi escrita para todos”. O diálogo, diz o gastrônomo-escritor, “não é uma opção moral”, mas “um método real”. E o Papa acrescenta que “é um método acima de tudo humano”. Não se trata, reitera, “de aplanar as diferenças e os conflitos, mas ao contrário de exaltá-los e ao mesmo tempo superá-los para o bem maior”.

A mudança começa por nós, basta de despesas mundanas

Ao ler a encíclica, o fundador do “Slow Food” ficou fascinado com o valor dado às “boas práticas individuais” na “geração de mudanças virtuosas”. A mudança começa por nós, confirma Francisco, lembrando que “o dever do pároco é apagar a luz, sempre”, porque ele deve “guardar as ofertas para usá-las para a caridade”. Enquanto isso, observa, o terceiro item de despesa das famílias no mundo, depois dos alimentos e vestiário, é o cuidado do corpo, da beleza e a cirurgia estética, e o quarto é o animal de estimação. “A educação não aparece”, lamenta, e assim “é difícil falar de uma nova abordagem ecológica e de uma nova harmonia com o meio ambiente”.

Matéria completa no link.

Fonte: Site Vatican News

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