Família: Encontro Mundial será em 2022

irlanda-2018Devido à pandemia do novo coronavírus que estamos a viver, a 10ª edição do Encontro Mundial das Famílias foi adiada para 2022 sendo anulado o agendamento para 2021. Será Roma a cidade que vai acolher uma organização tão importante que decorrerá durante o mês de junho de 2022.

A última edição foi em agosto de 2018 em Dublin na Irlanda com a presença do Papa Francisco. Logo no primeiro dia, 25 de agosto, o Santo Padre teve um encontro na Pró-Catedral de Santa Maria. Aí foi acolhido por inúmeros casais, alguns já avós, outros recém-casados e outros ainda noivos que saudaram e colocaram questões ao Santo Padre. A todos o Papa ouviu com atenção tendo depois proferido um discurso no qual procurou responder a cada uma das inquietações apresentadas. São esses e outros momentos que aqui recordamos.

Matrimônio, vocação para toda a vida

Francisco começou por agradecer o testemunho do casal Vincent e Teresa, que falaram brevemente da sua experiência de cinquenta anos de matrimónio e de vida familiar.

Depois dirigiu-se ao casal de noivos Denis e Sinead e disse-lhes que “o matrimónio não é simplesmente uma instituição, mas uma vocação, uma decisão consciente e para toda a vida de ocupar-se, ajudar-se e proteger-se mutuamente.” Francisco assinalou que num matrimónio há sempre litígios, mas o mais importante é que após uma discussão e antes de ir dormir seja feita a paz entre marido e mulher.

Francisco alertou para os perigos da “cultura do provisório e do efémero” e de um amor que não seja para toda a vida. “Entre todas as formas da fecundidade humana, o matrimónio é único” – lembrou o Papa salientando que “o sacramento do matrimónio, participa de modo especial no mistério do amor eterno de Deus” – afirmou.

Destaque especial para uma história pessoal que o Papa contou na resposta ao casal recém-casado Stephen e Jordan que perguntaram ao Papa como poderão transmitir a fé aos seus filhos. O Santo Padre sublinhou que tudo começa em casa, no lar, na “igreja doméstica” e recordou uma pequena experiência pessoal de quando tinha cinco anos.

O pequeno Jorge Bergoglio viu o pai e a mãe que se beijavam: “que os vossos filhos vos vejam beijar e acariciar e aprendam o dialeto do amor e da fé” – declarou o Papa aos casais irlandeses.

O Santo Padre realçou ainda a importância da oração em família e a vivência da solidariedade com aqueles que sofrem. “O mundo diz-nos para sermos fortes e independentes, preocupando-nos pouco com aqueles que estão sozinhos ou tristes, rejeitados ou doentes” – disse o Papa afirmando que “o nosso mundo precisa duma revolução de amor! Que esta revolução comece por vós e pelas vossas famílias!”

“Os vossos filhos aprenderão de vós a viver como cristãos; sereis os seus primeiros mestres na fé” – afirmou ainda o Santo Padre que frisou que “não poderá haver uma revolução de amor, sem a revolução da ternura!“

No final do seu discurso o Papa realçou a importância do diálogo e do convívio entre gerações: “as crianças não crescem no amor se não aprendem a comunicar com os seus avós. Então deixai que o vosso amor lance raízes profundas!” – afirmou Francisco.

Esperança da Igreja e do mundo

Grande momento com o Papa no IX Encontro Mundial das Famílias foi a Festa das Famílias no Croke Park Stadium em Dublin na Irlanda. O Santo Padre afirmou no seu discurso que a família é a esperança da Igreja e do mundo: “vós, famílias, sois a esperança da Igreja e do mundo” – afirmou.

Foram vários e intensos os testemunhos de famílias que apresentaram experiências de vida matrimonial e familiar, vividas em várias partes do mundo. O Papa referiu-se a estes testemunhos proferindo um discurso continuamente aplaudido pela multidão presente no estádio.

Francisco considerou a Festa das Famílias como uma verdadeira “celebração familiar de ação de graças a Deus pelo que somos” – disse o Papa – “uma única família em Cristo, espalhada pela terra”.

O Santo Padre defendeu o Batismo das crianças em tenra idade para que façam parte, desde pequeninas, da grande família de Deus. O Papa salientou que o “Evangelho da família é, verdadeiramente, alegria para o mundo”, pois nas “nossas famílias, sempre se pode encontrar Jesus” que “lá habita, em simplicidade e pobreza, como fez na casa da Sagrada Família de Nazaré” – assinalou.

Todos os membros da família são chamados à realização do amor com gestos simples e humildes, em particular, na vivência da escuta, da compreensão e do perdão. Francisco recordou as três palavras-chave para a paz na família que permitem superar o orgulho e o isolamento:

“… precisamos de aprender três palavras: «desculpa», «por favor» e «obrigado».

O Papa recordou que, antes de ir dormir, é importante fazer a paz na vida de casal. “Perdoar significa doar algo de si mesmo. Jesus perdoa-nos sempre. Com a força do seu perdão, também nós podemos perdoar aos outros, se o quisermos de verdade” – disse ainda o Papa salientando que os filhos aprendem a perdoar quando veem os seus pais perdoarem-se entre si.

O Santo Padre falou também das redes sociais, fazendo referência ao testemunho de um casal da Índia, e pediu que as novas tecnologias sejam usadas com “moderação e prudência” pois podem “contribuir para a construção duma rede de amizade, solidariedade e apoio mútuo”.

Recordando a Exortação Apostólica “A alegria do amor”, o Papa, referindo-se ao testemunho de uma família com dez filhos, sublinhou que o “amor conjugal” é caraterizado pela “fidelidade, indissolubilidade, unidade e abertura à vida”.

O primeiro Encontro Mundial das Famílias teve lugar em Roma em 1994 com S. João Paulo II. Organiza-se normalmente a cada 3 anos e já passou pelas cidades de Rio de Janeiro, Manila, Valência, Cidade do México, Milão e Filadélfia. Em 2018 foi em Dublin na Irlanda e o Papa Francisco sublinhou a beleza da vocação ao matrimónio exortando as famílias para a revolução do amor e da ternura sendo esperança da Igreja e do mundo.

Fonte: Site Vatican News

CNBB coloca comissão missionária à disposição da Diocese de Pemba, em Moçambique

46040776 265400500788197 2470158661138251776 nA presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou ao bispo brasileiro de Pemba, em Cabo Delgado, região norte de Moçambique, dom Luiz Fernando Lisboa uma carta de apoio e solidariedade que se estende ao povo de Pemba em razão da situação humanitária grave na província que vem sofrendo há alguns anos com tensões políticas, culturais, religiosas e o agravamento da fome.

“A missão, caro irmão, levou-o até terras moçambicanas, onde, hoje, sob a graça de Deus, o senhor serve como pastor. O Papa Francisco tem nos recordado a condição intrínseca de cada cristão, que é ser missionário”, destaca um trecho da carta.

O documento coloca ainda a Comissão Episcopal Pastoral para Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da conferência, na pessoa do presidente dom Odelir José Magri, à disposição do bispo de Pemba para ajudar no que for possível já que o bispo tem sido a voz daquele chamando a atenção para o agravamento da situação humanitária na província e, por isso, tem recebido críticas e até mesmo ameaças de morte.

Por outro lado, dom Luiz Lisboa tem recebido bastante apoio de religiosos do Brasil e do mundo. Na manhã da última quarta-feira, dia 19 de agosto, o bispo foi surpreendido com uma ligação do Papa Francisco.

“Recebi uma chamada Papa Francisco que me deu muito confortou. Durante a chamada, o Papa Francisco expressou a sua proximidade ao Bispo (de Pemba) e ao povo da região de Cabo Delgado. Ele disse que está acompanhando os acontecimentos na nossa província com grande preocupação e que está constantemente rezando por nós. O Santo Padre também me disse que se houvesse algo mais que ele pudesse fazer, não devemos hesitar em pedir-lhe. Ele está pronto a caminhar connosco. Eu exprimi para ele a minha profunda apreciação pelo gesto do telefonema e disse-lhe quanto lhe agradecemos quando no dia 12 de Abril ele rezou por Cabo Delgado no Domingo de Páscoa durante a Bênção do Urbi et Orbi. Disse-lhe que a sua referência à crise humanitária na nossa província fez com que outras pessoas também tomassem conhecimento da nossa situação. Começamos a ver mais congregações, algumas organizações (humanitárias), indivíduos – tanto locais como externos, começando a ajudar na nossa situação. Eu disse: Santo Padre, o senhor colocou Cabo Delgado no mapa do mundo. E ele simplesmente comentou em italiano, ‘Che bello!’ (Que lindo!) ”, contou o bispo de Pemba ao Vatican News.

Há 40 anos, a Igreja no Brasil por meio do Regional Sul 1, que compreende o estado de São Paulo, e o COMIRE Sul 3, possui uma missão ad gentes em Moçambique, nas aldeias de Nangade, Mazeze e Metoro.

Ataques em Cabo Delgado

Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, região norte de Moçambique tem sido abalada por ataques mortais perpetrados por grupos armados cujas operações estão se tornando cada vez mais sofisticadas e uma fonte de ansiedade para os vizinhos de Moçambique, particularmente a Tanzânia. Os ataques resultaram em centenas de mortos e o deslocamento de moradores devido ao clima de medo que reina na região.

Fonte: Site da CNBB

Novena missionária e materiais da Campanha 2020 já estão disponíveis no site das POM

Novena-missionária-e-materiais-da-Campanha-2020-já-estão-disponíveis-no-site-das-POMA Campanha Missionária deste ano, no contexto da pandemia que afeta o Brasil e o mundo, exigirá criatividade. Para isso, as Pontifícias Obras Missionárias (POM) apresentam os materiais de animação do mês missionário também de forma digital. A novena e todos os materiais estão disponíveis para download no site das POM.

O tema “A vida é missão” e o lema “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8) destacam a dimensão existencial da missão: “Eu sou uma missão de Deus nesta terra, e para isso estou neste mundo” (EG,273). Ser discípulo missionário está além de cumprir tarefas ou fazer coisas. Está na ordem do ser. É existencial, identidade, essência e não se reduz a algumas horas do dia.

Há ainda alguns outros pontos importantes a serem destacados neste ano:

Confirmação da Campanha Missionária 2020

O Papa Francisco, na Solenidade de Pentecostes, em 31 de maio, em São João de Latrão/Roma, publicou a mensagem para o Dia Mundial das Missões, que acontecerá no dia 18 de outubro de 2020. Afirmou o Papa: “Desejo manifestar a minha gratidão a Deus pelo empenho com que, em outubro passado, toda a Igreja viveu o Mês Missionário Extraordinário. Estou convicto de que isso contribuiu para estimular a conversão missionária em muitas comunidades no caminho indicado pelo tema ‘Batizados e enviados: A Igreja de Cristo em missão no mundo’.

Com base nesta mensagem, a Congregação para Evangelização dos Povos e o presidente internacional das Pontifícias Obras Missionárias, Dom Giampietro Dal Toso, confirmaram a realização da Campanha Missionária 2020.

Animação da Campanha Missionária 2020

No Brasil, desde 1972, celebra-se, em outubro, o Mês Missionário. Para motivar a vivência são produzidos materiais que ajudam na reflexão e na animação missionária. Os cartazes, novenas, santinhos, mensagem do Papa e envelopes já foram enviados pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) a todas as Arquidioceses, Dioceses e Prelazias do país. O único item cobrado da diocese é a novena missionária e os demais materiais são enviados gratuitamente.

Clique aqui e baixe os materiais.

Coleta Missionária

A Coleta Missionária, realizada no penúltimo final de semana de outubro (17 e 18), se mantém, uma vez que foi confirmada pela Congregação para Evangelização dos Povos. Neste ano, junto com o material da campanha, foi enviada a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões, com prestação de contas da coleta missionária de 2019.

O fundo internacional de solidariedade ajudou na formação, animação e cooperação missionária em diferentes projetos nos cinco continentes: catequese, obras sociais, hospitais, leprosários, asilos, orfanatos, postos de saúde, centros de saúde mental, escolas, atendimentos à família, formação missionária ad gentes, etc. O Brasil, na última campanha, contribuiu para este fundo com o valor de R$ 8.854.027,18.

De acordo com o Papa Francisco, “celebrar o Dia Mundial das Missões também significa reafirmar como a oração, a reflexão e a ajuda material de suas ofertas são oportunidades para participar ativamente da missão de Jesus em sua Igreja. A caridade, expressa nas coletas das celebrações litúrgicas do terceiro domingo de outubro, destina-se a apoiar o trabalho missionário realizado em meu nome pelas Obras Missionárias Pontifícias, a fim de atender às necessidades espirituais e materiais dos povos e das Igrejas, em todo o mundo, para a salvação de todos”.

Para facilitar as doações em tempos de pandemia, será criado um QR Code para doações espontâneas, não excluindo os repasses que cada Igreja local envia para as Pontifícias Obras Missionárias.

*Texto: POM
**Fonte: Site da CNBB

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