CNBB promove debate com os presidenciáveis

CNBB-promove-debate-presidencial-No dia 16 de setembro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove o debate com presidenciáveis, com início às 21h30, no Centro de Eventos Pe. Vítor Coelho, no Santuário Nacional de Aparecida. Organizado pela TV Aparecida, o debate será transmitido por oito emissoras de inspiração católica, 230 rádios e portais católicos. Oito candidatos confirmaram presença. São eles: Aécio Neves (PSDB), Dilma Rousseff (PT), Eduardo Jorge (PV), José Maria Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB), Luciana Genro (PSOL), Marina Silva (PSB) e pastor Everaldo (PSC).

De acordo com o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, o debate é uma oportunidade para que as pessoas conheçam as propostas e projetos dos candidatos à presidência do Brasil. “Desta forma, o evento oferecerá elementos para que o eleitor possa discernir em quem vai votar, não apenas pensando em seus benefícios pessoais, mas no bem comum. Desejamos que o nosso eleitor exerça seu direito de cidadania com liberdade, responsabilidade e consciência, pensando no bem do país”, explicou.

Como será

O debate terá duração de duas horas, com plateia composta por bispos convidados, além de padres e presença de autoridades. O mediador do debate será o jornalista Rodolpho Gamberini, recém contratado pela Rede Aparecida de Comunicação. O programa chegará a mais de 70 milhões de eleitores em sinal aberto.

No primeiro bloco, os convidados irão responder a uma única pergunta elaborada pela presidência da CNBB, em ordem já definida por sorteio na presença dos representantes dos partidos. Cada candidato terá dois minutos para resposta.

Já no segundo bloco, os candidatos vão responder a perguntas propostas pelos bispos indicados pela CNBB, abordando temas como saúde, educação, habitação, reforma agrária, reforma política e lei do aborto. No terceiro bloco, os candidatos irão responder a perguntas de jornalistas das mídias católicas. O quarto bloco será de embate entre os postulantes à presidência. O último bloco será dedicado às considerações finais dos convidados.

Repercussão

De acordo com informações da organização, o debate vem ganhando repercussão na mídia nacional. Diversos veículos estão noticiando o evento, além das divulgações por TVs de inspiração católicas, blogs, sites de igrejas, de dioceses e do site oficial do Vaticano.

Fonte: CNBB




Católicos e evangélicos se unem para projeto de alto valor social

Marcha: vida sim, droga não, Cristo é libertação

vida sim drogas naoComo sua primeira ação concreta, o Grupo Inter-confessional Cristão (GIC) está promovendo a MARCHA: VIDA SIM DROGA NÃO, CRISTO É LIBERTAÇÃO que será realizada dia 30 de agosto, com show do Padre Fábio de Melo e do cantor evangélico, Irmão Lázaro. Tudo começará às 14 horas, no Largo Riachuelo, de onde partirá para a Praça Antônio Carlos, onde acontecerá o show inter-confessional cristão. Para realizar tal ato de grande significação social, o GIC contará com a participação e apoio da Prefeitura Municipal, da Câmara dos vereadores e de outros patrocínios.

Como tudo começou?

Há mais de um ano, temos nos reunido na Cúria Arquidiocesana, com vários Pastores evangélicos, de diferentes denominações e com alguns padres, para tentar um diálogo espiritual e humanitário. Embora haja muitas questões doutrinais históricas que acabam dividindo os cristãos em várias correntes e credos, estamos convencidos de que mesmo assim podemos sentar juntos para a oração e para ações em comum de beneficio social, certos de que o que nos une é bem mais forte do que o que nos separa. Não temos o propósito de discutir doutrina, nem de procurar solucionar questões teológicas ou práticas que sejam causa das separações. Decidimos que isto deve ser discernido em outra instância. Aqui em nosso grupo, preocupamo-nos com a fraternidade, a paz, a oração, o amor ao próximo, a defesa da vida como um dom sagrado, o direito dos brasileiros praticarem sua fé livre e pacificamente, afinal, com os princípios que nos irmanam em Jesus Cristo, a quem amamos por igual. Também não nos interessa disputar sobre número de fiéis. Sentimos que isto seria uma contradição ofensiva ao próprio Cristo, pois outra vez estaríamos caindo em discussões intermináveis sem chegar a lugar nenhum.

A participação do poder público

Por ser nosso ideal, a partir de nossas convicções de fé, colaborar com o bem comum, propomos ao Poder Público, parceria para nossos projetos, certos de que estamos fazendo a nossa parte como cidadãos conscientes da responsabilidade de todos na busca de solução para os graves problemas que afetam o povo.

Porém, não temos compromissos com a política partidária, mantendo-nos numa relação amistosa com todos os partidos e todos os candidatos. A vida política é algo útil para toda a sociedade, e louvamos quem se dispõe a trabalhar honestamente para o bem comum. Contudo, em nosso caso, o interesse não é partidarista. A ação de Cristo não foi partidária. Jesus nunca foi candidato político e quando os Apóstolos confundiam as coisas nesta área, ele lhes mostrava outro caminho e sempre se recusava a ser chamado rei. Meu reino não é deste mundo (Jo 18,36), afirmou diante do governador Pôncio Pilatos. Porém, isto não significa oposição de Jesus à ação política de pessoas vocacionadas para tal.

Os princípios do GIC

Unem-nos, no GIC, sobretudo duas palavras de Jesus que estão sempre diante de nossos corações: Pai, que todos sejam um, como eu e Tu, Pai, somos um, para que o mundo creia! (Jo 17,21) e Amai-vos uns aos outros, como eu vos tenho amado (Jo. 13,34). Tais palavras foram ditas por Cristo em situações muito densas. A primeira, Ele a pronunciou na grande oração que fez, antes de abraçar a paixão e morte. Tal oração foi registrada pelo evangelista João longamente em seu capítulo 17. Jesus, neste trecho, repete a prece três vezes. A segunda frase, que trata do Mandamento Novo, está contida no mesmo contexto vivencial de Jesus, às vésperas da paixão, porém em um ato litúrgico, a última ceia, quando celebra com os discípulos a santa Páscoa. Após pronunciá-la, Jesus conclui: Nisto conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros (Jo 13, 35).

Agradecimento

Unidos em nome de Cristo, em favor da vida de todos, o GIC agradece ao Sr. Prefeito e aos Senhores Vereadores que estão colaborando com o projeto, bem como a todos os demais patrocinadores.

                                                                   Dom Gil Antônio Moreira
                                                         Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

 

Quem venceu a Copa?

Bandeira do brasilVenceu a Copa o Japão, quando os japoneses, após seus jogos, saíam sem nenhuma pretensão de serem vistos, a limpar as arquibancadas, catando latinas, papeis, restos de comida e muito lixo, para deixar o ambiente limpo e preparado para outras pessoas. Vencer não é só receber louvores, mas saber ser civilizado e educado em todas as circunstâncias.

Venceu a Copa o David Luiz por gestos nobres, sinceros e humanitários quando, por exemplo, abraçou com autenticidade o James, jogador da Colômbia derrotada, como se fosse seu irmão e trocando as camisas, vestiu a camiseta suada do seu adversário sem, nem de longe, considerá-lo inimigo. Vencer não é só vibrar com gols bonitos que fazemos, mas saber distinguir entre competir e derrotar.

Venceu a Copa o mesmo David Luiz que, vindo a Juiz de Fora onde mora sua família, não deixa de repartir parte de seus bens com os pobres, levando a certas Paróquias, ofertas em roupa e alimentos para serem repartidas aos menos favorecidos. Não conheço sua família, mas gostaria muito de conhecê-la e abençoá-la. Vencer é ser solidário e comprometido com os que não têm o necessário para viver.

Venceu a Copa o goleiro Julio César que, após salvar o Brasil no jogo com o Chile, defendendo difíceis pênaltis, chorou de emoção e deu uma lição pacífica e leal aos que o crucificaram no passado. Vencer não é só defender penalidades que a vida, às vezes, nos apresenta, mas perdoar os ataques que, às vezes, ela nos traz.

Venceu a Copa o goleiro reserva, Vitor, que foi a Júlio Cesar após as defesas fantásticas dos mencionados pênaltis, apresentou-lhe o sinal de sua fé e entregou-lhe um tercinho de Nossa Senhora que o goleiro titular depositou ao pé da trave, como sinal de agradecimento a Deus e a sua Mãe Santíssima. Vencer é saber dar lugar principal a Deus em nossos corações.

Venceu a Copa o Felipão que convocava os jogadores para a oração, vivendo autenticamente sua fé católica sem ferir os que professam outros credos, sabendo que a oração é importante em qualquer profissão e em qualquer situação, seja nos momentos de alegria, seja nas derrotas, não para exigir de Deus vitórias, mas para dar a Deus agradecimentos por todos os benefícios recebidos sem nossos merecimentos. Vencer não é só acumular sucessos esportivos, passageiros, mas também pensar no que é eterno. É saber que a vida não pode ser reduzida a competições deste mundo, pois há um Deus diante do qual, queiramos ou não, um dia vamos comparecer, para prestar conta de nossos atos, quando receberemos o quinhão do bem que praticamos e da fé que vivenciamos.

Venceu a Copa o Neymar que mesmo contundido por incompreensível agressão, não disse uma palavra contra o agressor, mas deu notas de que o perdoava e demonstrou que continua animado para vencer e representar o Brasil em outros campeonatos. Vencer não é só chegar vitorioso ao fim de uma corrida, mas saber acolher, com paz, os imprevistos da estrada e recomeçar.

Venceu a Copa, a mãe do Willian que, aos cinco meses de gravidez quase o perdera, mas não pensou em abortar, e, pelo contrário, pediu a proteção de Deus através de Maria Santíssima e, obtendo a graça, o consagrou a Nossa Senhora Aparecida, escolhendo-a para sua madrinha de Batismo. Por este gesto, Deus a agraciou, fazendo de seu filho um dos melhores jogadores do mundo.

Venceu a Copa quem termina este período de torcidas, emoções, vitórias e derrotas, reiniciando a vida sem se esquecer de lutar contra todos os desafios sociais e políticos que ameacem a ética, a dignidade humana, o direito à religião, e a vida como dom sagrado.

Venceu a Copa quem não se desesperou com derrotas clamorosas como a de 7 a 1, totalmente inesperada por todos, e ergueu a cabeça para continuar a vida com disposição confiante em Deus e disposto a construir um mundo melhor para todas as raças e nações.

Venceu a Copa a Alemanha, não só pelo suficiente gol final de 1 a 0 com o qual conquistou, com muito mérito, o tetra, mas também porque soube dar sentido humanitário a sua participação, deixando numerário suficiente para compra de uma ambulância e oferecendo o hotel de sua propriedade para a carente cidade de Cabrália, além de outras iniciativas beneméritas.

Se você venceu, erga a taça da vitória, celebre com abraços ao seu próximo e cante a Deus louvores! Nascemos para vencer... unidos como irmãos! Para quem crê, as derrotas podem se transformar em grandes vitórias!

                                                              Dom Gil Antônio Moreira
                                                    Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora


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