Papa Francisco proclama dez novos santos da Igreja

Santos-canonizadosO Papa Francisco canonizou dez novos santos durante a missa celebrada na manhã deste domingo (15), na Praça São Pedro. Dentre os novos santos estão o carmelita Tito Brandsma, Maria Rivier e Charles de Foucauld.

Foi uma festa na praça de São Pedro, no Vaticano, da qual participaram milhares de pessoas e autoridades civis e eclesiásticas.

«Assim como Eu vos amei, amai-vos também vós uns aos outros». Com estas palavras Jesus diz aos seus discípulos o que significa ser cristão. “Este é o testamento que Cristo nos deixou, o critério fundamental para discernir se somos verdadeiramente seus discípulos ou não: o mandamento do amor”, disse o Papa em sua homilia.

No centro está o amor incondicional e gratuito de Deus

A seguir, Francisco refletiu sobres os dois elementos essenciais deste mandamento: o amor de Jesus por nós, «assim como Eu vos amei», e o amor que Ele nos pede para viver, «amai-vos também vós uns aos outros».

Primeiro ponto: «Assim como Eu vos amei». “E como nos amou Jesus?”, perguntou o Papa. “Até o fim, até o dom total de si mesmo”, respondeu o Pontífice. Segundo o Papa, “causa impressão vê-Lo pronunciar estas palavras numa noite tenebrosa, enquanto se respira no Cenáculo um ambiente denso de comoção e turbamento: comoção, porque o Mestre está prestes a despedir-se dos seus discípulos; turbamento, porque anuncia que será precisamente um deles a traí-Lo. Podemos imaginar a tristeza que havia no íntimo de Jesus, a escuridão que se adensava no coração dos apóstolos, a amargura vivida ao ver que Judas, depois de receber o bocado de pão ensopado para ele pelo Mestre, saía da sala para adentrar-se na noite da traição. É justamente na hora da traição que Jesus confirma o amor pelos seus. Com efeito, nas trevas e tempestades da vida, o essencial é isto: Deus nos ama”, sublinhou Francisco.

«Não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou». Que este anúncio “seja sempre central na profissão da nossa fé e nas suas expressões”, disse Francisco, acrescentando:

Nunca nos esqueçamos disto! No centro, não está a nossa capacidade nem os nossos méritos, mas o amor incondicional e gratuito de Deus, que não merecemos. No início do nosso ser cristão, não estão as doutrinas e as obras, mas a maravilha de descobrir que se é amado, antes de qualquer resposta nossa.

“Enquanto o mundo quer muitas vezes convencer-nos de que só temos valor se produzirmos resultados, o Evangelho nos lembra a verdade da vida: somos amados.”

Assim escreveu um mestre espiritual do nosso tempo: «Ainda antes que nos visse qualquer ser humano, fomos vistos pelos olhos amorosos de Deus. Ainda antes que alguém nos ouvisse chorar ou rir, fomos escutados pelo nosso Deus que é todo ouvidos para nós. Ainda antes que alguém neste mundo nos falasse, já nos falava a voz do amor eterno».

O caminho da santidade não está fechado

Somos chamados a “servir o Evangelho e os irmãos”, a oferecer a nossa vida “sem retribuição, sem buscar nenhuma glória mundana, mas escondido humildemente como Jesus”.

“Os nossos companheiros de viagem, canonizados hoje, viveram assim a santidade: abraçando com entusiasmo a sua vocação, de sacerdote, de consagrada, de leigo, gastaram-se pelo Evangelho, descobriram uma alegria que não tem comparação e tornaram-se reflexos luminosos do Senhor na história. Este é um santo ou uma santa: um reflexo luminoso do Senhor na história.”

O caminho da santidade não está fechado. É universal, é um chamado a todos nós. Começa com o Batismo, não está fechado. Tentemos fazê-lo também nós, porque cada um de nós é chamado à santidade, a uma santidade única e irrepetível. A santidade é sempre original, como dizia o Beato Carlos Acutis: Não existe santidade de fotocópia, a santidade é original, é a minha e a sua, de cada um de nós. É única e irrepetível. Sim, o Senhor tem um projeto de amor para cada um, tem um sonho para a sua vida, para a minha vida, para a vida de cada um de nós. O que você quer que eu lhe diga? Realiza-o com alegria.

Novos santos

Os dez novos santos da Igreja Católica são: Charles de Foucauld, sacerdote diocesano francês, fundador de dez congregações religiosas e oito associações de vida espiritual que surgiram de seu testemunho e carisma.

- Tito Bradsma nasceu na Holanda em 1881, entrou na ordem dos frades carmelitas e foi ordenado sacerdote em 1905. Brandsma foi morto no campo de concentração de Dauchau, Alemanha, por se opor ao regime nazista.

- Lázaro Devasahayam, leigo, mártir, que nasceu no século XVIII na aldeia de Nattalam, Índia, e foi morto, por ódio à fé, em Aralvaimozhy, também na Índia.

- César de Bus, sacerdote, fundador da Congregação dos Padres da Doutrina Cristã (Doctrinaires), que nasceu em 3 de fevereiro de 1544 em Cavaillon, França, e morreu em 15 de abril de 1607 em Avignon, França.

- Luigi Maria Palazzolo, sacerdote, fundador do Instituto das Irmãs dos Pobres (Instituto Palazzolo).

- Giustino Maria Russolillo, sacerdote, fundador da Sociedade das Divinas Vocações e da Congregação das Irmãs das Divinas Vocações.

- Marie Rivier religiosa francesa fundadora da Congregação das Irmãs da Apresentação de Maria.

- Maria Francesca di Gesù, nascida Anna Maria Rubatto, fundadora das Irmãs Capuchinhas Terciárias de Loano, nascida em Carmagnola, Itália, e morta em Montevidéu, Uruguai.

- Maria de Jesus Santocanale é a fundadora da Congregação das Irmãs Capuchinhas da Imaculada de Lourdes. Nasceu em 1852 em Palermo, Itália, e morreu em 1923 em Cinisi, Itália.

- Maria Domenica Mantovani, cofundadora e primeira superiora geral do Instituto das Irmãzinhas da Sagrada Família.

Ao final da Missa, o papa liderou a recitação do Regina Coeli. Em seguida, ele cumprimentou pessoalmente muitas das pessoas que estavam no átrio próximo ao altar e percorreu os corredores da Praça de São Pedro com o papamóvel.

Fonte: Site Vatican News

Pastoral da Aids realiza 39ª Vigília pelos Mortos de Aids, no próximo fim de semana

VigiliaA Pastoral da Aids da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove, neste fim de semana, 14 e 15 de maio, a 39ª Vigília Pelos Mortos de Aids. Este ano a vigília retoma o tema “Tantas vidas não podem se perder”, expressão que nos coloca em comunhão com as pessoas que faleceram e estão na presença de Deus, e nos alerta a sermos vigilantes no cuidado com a vida.

No dia 14, das 17h30 às 19h, será realizada a missa nacional da vigília diretamente do Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), com transmissão ao vivo pela TV Pai Eterno e pelas redes sociais da Pastoral (Facebook e YouTube da Pastoral da Aids) e no Facebook da CNBB. Já no domingo dia 15, a celebração será realizada nas comunidades locais.

De acordo com a pastoral, a proposta da vigília é “conclamar a todos a promover a vida através da corresponsabilidade humana para diminuir as fragilidades e vulnerabilidades, promovendo um espírito fraterno e solidário no cuidado com o próximo”.

A Vigília é um movimento internacional que iniciou em maio 1983 e traz à lembrança daqueles que perderam a vida por causa desta doença. Além de ser um momento celebrativo para sensibilizar as comunidades para a realidade da Aids, que ainda continua a provocar novas mortes. O movimento surgiu a partir de um grupo de mães, parentes e amigos de pessoas que haviam morrido por causa do HIV, organizou, em Nova Iorque, a Primeira Vigília Pelos Mortos da Aids.

De acordo com a Pastoral, este ano a ideia central da campanha é retomar o tema “Tantas vidas não podem se perder”, porém trazendo a “jovialidade”, o “novo”, o “renascer”, a nova “chama da esperança”… por isso rostos jovens e alegres.

“Neste dia queremos reforçar nosso chamado, enquanto Igreja em saída, que convida à oração e recordação dos que partiram, mas ao mesmo tempo promove uma ação coletiva da cultura do encontro com os mais fragilizados, sendo testemunhas proféticas, em vista de uma sociedade mais humana, fraterna e solidária. Lembramos, ao mesmo tempo, que a morte não é a última palavra sobre o humano. Cristo ressuscitou para que transformemos os sinais de morte em sinais de vida”, ressalta a pastoral.

HIV/AIDS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que desde o início da epidemia, em 1980, até os dias atuais, mais de 38 milhões de pessoas morreram de AIDS em todo o mundo, dessas mais de 680 mil somente no ano de 2020. E continuam a morrer.

Uma análise do UNAIDS revelou que os lockdowns e outras restrições impostas pela Covid-19 interromperam os novos testes de HIV e, em muitos países, levaram a quedas acentuadas nos diagnósticos e encaminhamentos para o tratamento do HIV, dificultando o diagnóstico precoce e consequentemente início do tratamento.

Sem contar os impactos potenciais que a pandemia de Covid-19 poderá ter sobre o fornecimento de medicamentos antirretrovirais para tratar o HIV. Segundo o Boletim Epidemiológico (BRASIL, 2021), desde o início da epidemia de Aids no Brasil (1980) até 31 de dezembro de 2020, foram notificados 360.323 óbitos tendo o HIV/Aids como causa básica.

Fonte: Site da CNBB

CNBB celebra os 15 anos da Conferência de Aparecida com série de atividades

15-anos-de-AparecidaO próximo dia 13 de maio marca os 15 anos da abertura da V Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e Caribenho, em 2007. O encontro, cujo fruto mais expressivo é o Documento de Aparecida, foi ocasião da visita do Papa Bento XVI ao Brasil e delineou novas perspectivas pastorais para o continente. E para celebrar a data, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) preparou uma série de atividades e iniciativas de oração e memória.

As atividades celebrativas e oracionais serão realizadas no Santuário Nacional de Aparecida, que sediou o encontro do episcopado 15 anos atrás. Estarão presentes membros da Presidência da CNBB e o arcebispo de Trujillo, no Peru, e presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam), monsenhor Héctor Miguel Cabrejos Vidarte. Outras ações são preparadas, nos campos acadêmico e da comunicação.

Espaço Memória

A primeira atividade será a inauguração do “Espaço Memória” alusivo aos 15 anos do Documento de Aparecida e da realização da V Conferência. O evento será realizado no Santuário Nacional de Aparecida, no dia 12 de maio, às 16h.

Recitação do Terço

No mesmo dia, será realizado um momento de oração que recordará a recitação do Terço conduzida pelo Papa Bento XVI no altar central da Basílica da Padroeira do Brasil. A Presidência da CNBB e convidados participarão deste momento que poderá ser transmitido pelas emissoras de TV de inspiração católica, a partir das 19h.

Missa

No dia 13 de maio, sexta-feira, data de início da V Conferência do Episcopado Latino Americano e Caribenho, a primeira atividade será uma Missa presidida pelo arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, às 9h, com transmissão pela TV.

Após a celebração eucarística, a Presidência da CNBB concederá entrevista coletiva à imprensa.

BAIXE OS CARDS DE DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES DOS DIAS 12 E 13 DE MAIO

Seminário

Sob a condução do Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi (INAPAZ), com o apoio dos Institutos de Teologia das universidades católicas, será realizado um seminário com reflexões de especialistas e assessores que contribuíram na conferência.

Comunicação

Neste contexto celebrativo e de memória, a Assessoria de Comunicação da CNBB, com apoio de arquidioceses, dioceses e emissoras de TV de inspiração católica, produziu uma série de entrevistas com bispos que participaram da Conferência de Aparecida sobre diversos aspectos presentes no documento que dali surgiu. O material será oferecido para produções jornalísticas relacionadas ao tema.

A CNBB também oferece um logo comemorativo dos 15 anos da Conferência de Aparecida, a partir da proposta do Celam, que anima a celebração com as seguintes motivações: “15 Anos de Aparecida – recordando juntos”; “15 Anos de Aparecida – escutando juntos”; “15 Anos de Aparecida – caminhando juntos”; e “15 Anos de Aparecida – celebrando juntos”.

Baixe o logo comemorativo.

Fonte: Site da CNBB

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