Papa pede que os fiéis rezem um terço por dia pela paz
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- Terça, 03 Maio 2022 11:08
Papa Francisco fez um pedido aos fiéis na oração do Regina Coeli deste domingo: “Ao iniciar, hoje, o mês dedicado a Mãe de Deus, gostaria de convidar todos os fiéis e as comunidades a rezarem o Terço todos os dias de maio pela paz”.
O Pontífice dirigiu seu pensamento à cidade ucraniana de Mariupol, que se encontra barbaramente bombardeada e destruída, e solicitou novamente a criação de corredores humanitários para as pessoas refugiadas na siderúrgica da cidade.
“Sofro, choro pensando nos sofrimentos da população ucraniana e, em especial, aos mais frágeis, aos idosos e às crianças”, disse o Papa.
Francisco citou as terríveis notícias a respeito de crianças expulsas e deportadas. Neste contexto, o Papa pergunta se está-se em busca realmente da paz, se há vontade de evitar uma contínua escalada militar e verbal, se está sendo feito todo o possível para que se calem as armas.
“Eu lhes peço, não nos rendamos à lógica da violência, à perversa espiral das armas. Empreenda-se o caminho do diálogo e da paz”, exortou o Pontífice, convidando os fiéis a um momento silencioso de oração.
Fonte: Site Canção Nova
Edições CNBB lança livro inédito sobre “A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e seus impactos nas Dioceses”
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- Terça, 03 Maio 2022 10:25
Na tarde da última quinta-feira, (28), durante a 59ª Assembleia Geral da CNBB, foi lançado o livro “A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e seus impactos nas dioceses” pelas Edições CNBB. O assessor jurídico da CNBB, Hugo Cysneiros, informou que a publicação é resultado das discussões e perguntas levantadas e sistematizadas a partir de três encontros realizados pela CNBB.
Os encontros reuniram mais de 1.500 pessoas, entre bispos diocesanos, auxiliares, administradores diocesanos, padres, religiosos, gestores, advogados, responsáveis por arquivos, jornalistas, secretários, profissionais e empresas de tecnologia da informação, além de agentes da Pastoral da Comunicação e demais membros à serviço da Igreja.
“É uma publicação inédita, pois o conteúdo é exclusivo, uma vez que a obra foi construída a partir dessa interação com os membros da Igreja. As perguntas foram compiladas, organizadas, sistematizadas e resultaram nesta publicação”, reforçou o assessor jurídico da CNBB.
CNBB como instituição pioneira na proteção de dados
O advogado e professor universitário, Frank Ned, que atua na área de segurança da informação há mais de 30 anos, participou de todo o processo e ressaltou a importância de uma instituição como a CNBB ser pioneira na buscar caminhos e informação da melhor maneira de tratar os dados e se antecipar aos riscos.
“Esse compromisso da CNBB, como farol, de tomar iniciativa na forma de tratamento de dados, mostra como a Igreja é um exemplo para a sociedade, pois proteger dados pessoais é proteger o cidadão”, ressaltou.
O professor universitário lembrou que é preciso estar preparado e preparar todos na Igreja para não colocar a instituição em risco, afinal, segundo ele “não deve existir outra instituição no mundo com maior diversidade de dados, em função da imensa obra que promove, por meio da diversidade de sua assistência social”.
Frank ainda destacou que o tratamento adequado de dados pessoais é um movimento maduro na Europa e cada vez mais vem permeando as sociedades. No Brasil não é diferente. Ele informou que houve alteração na Constituição Federal e foi incluída a Proteção de Dados no artigo 5º, que trata dos direitos fundamentais. Isso porque, segundo ele, “cuidar da proteção de dados é proteger o indivíduo e a dignidade humana”.
O secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, expressou gratidão pelo resultado da publicação e pelo trabalho e serviço de colocar dois horizontes – academia e a Igreja – em diálogo para apontar orientações para o cuidado com a proteção de dados na Igreja. Agradeceu tanto ao trabalho realizado com a assessoria do escritório de advocacia que colabora com a CNBB tanto à edição realizada pela Edições CNBB.
CNBB e a Lei de Proteção de Dados
A Lei de proteção de dados, em vigor desde 2018, afeta a Igreja em diversos âmbitos e, por isso, tem sido tratada como prioritária pela CNBB, que busca formas de adequar suas demandas de modo a atender às exigências impostas. Para a entidade, há urgência na abordagem e aplicação das indicações da norma. Um comitê gestor está definindo a política e o tratamento de dados da entidade.
Como adquirir o livro
O livro “A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e seus impactos nas dioceses” pode ser comprado pelo site das edições CNBB com 10% de desconto para mais de 100 unidades.
Fonte: Site da CNBB *Captura de tela
Projeto Igrejas Irmãs desperta vivência missionária há 50 anos no Brasil
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- Sexta, 29 Abril 2022 16:30
O Projeto Igrejas Irmãs completa, em 2022, 50 anos de existência. Criado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a iniciativa consiste em uma rede que compartilha dons espirituais, humanos e materiais entre as igrejas.
“Uma diocese ou arquidiocese ajuda financeiramente outra diocese e envia missionários e missionárias. É um projeto que se faz entre duas igrejas e de cooperação missionária. Dioceses com realidades sociais e culturais distintas se tornam ‘Igrejas Irmãs’”, explica o diretor das Pontifícias Obras Missionárias (POM), padre Maurício Jardim.
O desafio, segundo o presbítero, é lançado para que as igrejas que tenham mais condições ajudem igrejas localizadas no Norte do país, sobretudo na Amazônia.
De acordo com a Comissão da Ação Missionária da CNBB, entre as 277 Igrejas Particulares no Brasil, 54 delas abraçaram o Projeto Igrejas Irmãs. A Arquidiocese de Juiz de Fora (MG) é uma delas.
Experiência marcante
O Arcebispo de Juiz de Fora (MG), Dom Gil Antônio Moreira, conta que conheceu a iniciativa enquanto ainda era seminarista. “É uma das coisas mais maravilhosas que temos no Brasil”, destaca.
O prelado, inclusive, foi missionário do projeto quando ainda tinha 28 anos de idade. Natural da Diocese de Divinópolis (MG), passou seis meses em missão na Prelazia de Tefé, localizada no centro-oeste do estado do Amazonas.
“Aquela experiência marcou toda a minha vida, a minha vida de padre e também de bispo. Aprendi a ser igreja missionária vivendo seis meses em Tefé”, conta.
Igrejas Irmãs
A Arquidiocese de Juiz de Fora (MG) tem como Igreja Irmã a Diocese de Óbidos (PA). Dom Gil conta que, aos poucos, a arquidiocese foi assumindo trabalhos na diocese. Juiz de Fora tem agora uma paróquia em Óbidos: a Paróquia São Martinho de Lima. A igreja local é mantida pela arquidiocese.
Todos os padres recém-ordenados em Juiz de Fora passam ao menos seis meses em missão em Óbidos. “A ação evangelizadora cresceu muito na nossa Arquidiocese. (…) O nosso trabalho missionário foi muito ajudado pelo Projeto Igrejas Irmãs”, comenta Dom Gil.
O prelado conta que a Arquidiocese também assumiu uma frente missionária no Haiti, mas o trabalho precisou ser pausado por conta da pandemia da Covid-19.
Atualmente, padre Leonardo Loures é quem está em missão em Óbidos. Ele é pároco da Paróquia São Martinho de Lima. O Arcebispo esclarece que os custos para manter os missionários que vão de Juiz de Fora para Óbidos e vice-versa são exclusivamente da arquidiocese.
Atividade em Óbidos
Padre Leonardo conta que exerce todas as funções que cabem a um pároco em Óbidos. O trabalho vai desde a assistência sacramental, o acompanhamento das pastorais e movimentos, a assistência às comunidades até a administração financeira da Paróquia.
A dificuldade de deslocamento para atender as comunidades e manter financeiramente a paróquia são dois grandes desafios enfrentados pelo presbítero.
“A grande experiência é a do encontro, o encontro com outras culturas, outros ritmos, outros povos, outras formas de compreensão e vivência da vida, da fé e sua religiosidade”, diz o padre sobre a experiência missionária vivida diariamente.
“Para este encontro acontecer tive que despojar-me dos prejuízos e dos preconceitos, tive que abandonar parte da minha bagagem para que eu pudesse entrar no espaço dos outros (povos e culturas), por isso vejo a inculturação como uma ferramenta básica e indispensável para a missão”, relata.
Experiência missionária
Padre Leonardo partilha que já visitou comunidades muito precárias. Mesmo sem terem bens materiais, os fiéis afirmavam ao sacerdote que para estarem completos faltava apenas a presença da Igreja.
O sacerdote revela que já se deparou com comunidades que, mesmo não contando com a presença de um padre há anos, ergueram uma igreja como sinal de fé.
O presbítero ressalta que essa vivência aberta com outra cultura e outros povos é capaz de transformar as pessoas. “Após alguns anos dessa vivência, vejo hoje o quanto o meu ministério modificou, hoje o que sou é fruto da minha história de vida, já marcada pela vivência e experiência com o povo amazônico”.
Servir a Igreja
Ao todo, 14 sacerdotes e três leigos de Juiz de Fora já trabalharam na Diocese de Óbidos. Mais de 40 outros leigos já visitaram a Diocese de Óbidos para uma experiência missionária, entre eles seis seminaristas.
Por outro lado, cerca de 15 leigos de Óbidos já visitaram Juiz de Fora, para a mesma experiência. Quatro seminaristas de Óbidos foram enviados para o seminário Arquidiocesano de Juiz de Fora para os seus estudos, sendo que um deles hoje já é sacerdote e compõe o clero da Diocese de Óbidos.
O Projeto Igrejas Irmãs mudou completamente a visão do “ser padre” na Arquidiocese de Juiz de Fora, aponta padre Leonardo.
Se antes os presbíteros se prendiam à missão de exercerem seus ministérios apenas no território arquidiocesano, hoje o missionário explica que eles compreendem a importância de servir a Igreja e suas necessidades, independentemente do local.
Ano Jubilar Missionário 2022
O assessor da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB e secretário-executivo do Conselho Missionário Nacional (Comina), padre Daniel Luz Rocchetti, SAC, recorda que a celebração dos 50 anos do Projeto Igrejas Irmãs faz parte do Ano Jubilar Missionário 2022.
O diretor das Pontifícias Obras Missionárias (POM) – que participa do Comina, padre Maurício Jardim, explica que este ano comemorativo celebra importantes datas nacionais e internacionais.
Em nível internacional, serão celebrados: 400 anos de criação da Congregação para Evangelização dos Povos e três aniversários das quatro Obras Missionárias: 200 anos do nascimento da Pontifícia Obra da Propagação da Fé (POPF), o centenário do motu próprio Romanorum Pontificum do Papa Pio XI e os 150 anos do nascimento do beato Paolo Manna, PIME, fundador da Pontifícia União Missionária (PUM).
No âmbito nacional, os motivos jubilares são: 50 anos de criação do Conselho Missionário Nacional (COMINA); 50 anos das Campanhas Missionárias; 50 anos dos Projetos Igrejas Irmãs; 50 anos do Conselho Missionário Indigenista (CIMI), 50 anos do Documento de Santarém, 60 anos do CCM e 70 anos da criação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Projeto da CNBB
No ano 1971, padre Daniel lembra que a CNBB visitou Igrejas locais no Norte e Nordeste e ficou impactada com a falta de padres e recursos naquelas regiões.
Um ano depois, em 1972, uma Diocese localizada no sul do país enviou missionários para Dioceses no Norte e Nordeste. Este fato é considerado o coração do Projeto Igrejas Irmãs, indica o assessor da Comissão para a Ação Missionária da CNBB.
Maior conscientização da vivência missionária, este é o principal fruto dos 50 anos desta iniciativa para a Igreja no Brasil, comenta padre Daniel. O presbítero aponta o engajamento dos leigos e leigas como outro benefício do projeto.
É preciso evangelizar
“Ainda existem muitas dioceses que não abraçaram o Projeto Igrejas Irmãs. É preciso entendermos que a Igreja nasceu para evangelizar. O Papa Francisco em mensagem para o Dia Mundial das Missões 2022 é taxativo: a Igreja nasceu para evangelizar”, reforça.
Olhar além das fronteiras e estender a mão para ajudar é o pedido do padre Daniel. “A Igreja sempre vai ter necessidades próximas de nós. Se não tivermos um coração largo, não nos deixaremos impactar pelas necessidades de outras realidades e não sairemos em missão”, sublinha.
Jesus ensina a ter um coração compassivo, afirma o assessor da Comissão para a Ação Missionária da CNBB. Ele lembra que, desde 2017, a CNBB pede às dioceses e arquidioceses que não se fechem nelas, mas se abram à missão ad gentes.
Padre Maurício conta que uma das ações do Programa Missionário Nacional é justamente que cada igreja particular, cada diocese tenha uma “Igreja Irmã”. “As Pontifícias Obras Missionárias, que têm o objetivo de despertar a consciência missionária universal em todo o povo de Deus, se coloca como parceira deste projeto”.
Igreja em saída
A Igreja em saída, um apelo do Papa Francisco, visa fazer com que homens e mulheres entendam que a concretude da vida cristã é viver os sacramentos de maneira plena, testemunhando Jesus de maneira plena, aonde ele ainda não é conhecido, indica padre Daniel.
O presbítero reforça que o Projeto Igrejas Irmãs atende ao clamor do Papa Francisco por uma Igreja em Saída. “As Igrejas diocesanas podem estar organizadas e em ordem, mas se elas não saem em missão, então falta alguma coisa”.
Confira a reportagem completa:
Fonte: Site Canção Nova Notícias
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