Halloween: entre doces e abóboras, vamos semear uma nova cultura
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- Segunda, 31 Outubro 2016 12:05
É sempre noite quando um grupo de crianças veste roupas assustadoras, mas nesta data não são motivo de espanto, quem dirá por seu doce pedido ao serem atendidas ao bater à porta de mais uma casa e perguntar: “travessuras ou gostosuras?” Talvez crianças assim ainda não baterão à porta de muitos aqui no Brasil na noite de 31 de outubro, véspera da Festa de Todos os Santos, mas a cena é familiar no cinema e desenhos animados americanos ao celebrar a data que chamam de “Dia das Bruxas”, que começa a entrar em nossa cultura em muitas realidades.
A história mostra que a data teve origem há cerca de 2.300 anos com o povo Celta (hoje países da Europa Ocidental), que tinha neste dia, o último do verão, também uma passagem para o ano novo. Data em que acreditavam que os espíritos dos mortos sairiam de suas covas para encontrar os vivos e se apossar de seus corpos. O medo destas supostas almas fez com que o povo colocasse na frente de suas casas objetos capazes de assustar as “ameaças”. Na lista de defesa estavam caveiras, ossos, bonecos, abóboras decoradas, entre outros.
Com a cristianização dos celtas, eles conservaram alguns costumes pagãos. Aproveitaram a coincidência com a Festa de Todos os Santos e a celebração de Finados, no dia seguinte, e misturaram tudo. Já o nome foi inspirado na antiga expressão inglesa "All Hallow's Eve" (Noite de Todos os Santos). "Hallow" é uma palavra do inglês antigo para designar "pessoa santa", que se tornou "Hallowe'en" em uma versão simplificada e depois "Halloween". A tradição teria sido levada por imigrantes irlandeses aos norte-americanos em 1840, amplamente difundida em sua versão pagã, especialmente pelos meios de comunicação para o mundo. Na idade média passou a ser chamada de “Dia das Bruxas” na Europa.
Se ainda é noite para alguns, continua sendo dia sob a luz do sol que é Cristo Jesus para nós cristãos que celebramos a Festa de Todos os Santos, distante do ocultismo obscurecido por bruxas, fantasmas, caveiras e variadas formas de expressar o terror. É dia de fazer exatamente o contrário, não cultuar expressões do mal e olhar de forma inspiradora para os extraordinários exemplos de vida dos santos. E mesmo ao celebrar o dia dos Fiéis Defuntos, no dia 2 de novembro, olhamos para a morte com esperança e intercedemos pela salvação das almas, não o medo e ameaça vista pelos conforme os antigos Celtas.
A Igreja não tem hesitado em lançar a luz do Evangelho sobre essa celebração do Halloween, de forma especial neste tempo em que as culturas são difundidas com facilidade pela proximidade dos povos pela web, cinema e TV, em especial. Por meio de um artigo intitulado “As perigosas mensagens do Halloween”, publicado em 2009, o jornal oficial do Vaticano, "L'Osservatore Romano", estampava que "o Dia das Bruxas é uma corrente do ocultismo e completamente anticristão".
Na mesma direção, nos últimos anos vimos atitudes de diversas dioceses pelo mundo orientarem os fieis a olhar de forma diferente para essa festa. Em 2010, a Igreja da Inglaterra fez um convite às crianças para que se vistissem de santos, ao invés de bruxas e diabinhos na data. No México, onde o Dia de Finados é considerado uma das principais celebrações religiosas após o Natal, quando o Halloween começou a influenciar os jovens na mesma época, a arquidiocese da Cidade do México também se manifestou por meio de um artigo no qual alertava que “se procuramos ser fiéis à nossa fé e aos valores do Evangelho, teríamos que concluir que a atual festa do Hallowen não só não tem nada a ver com a celebração que deu origem, mas também é nociva e contrária à fé e a vida cristã”.
São João Paulo II disse à juventude em 2012 queos jovens deveriam ser sal na terra (Cf. Mt 5, 13-14), e que este sal “tem a virtude de não deixar a identidade cristã desnaturar-se mesmo num ambiente duramente secularizado”. Este é o caminho, ser luz pela ação do Espírito Santo no mundo, assim como também exorta São Paulo: “não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, a fim de conhecerdes a vontade de Deus: o que é bom, o que Lhe é agradável e o que é perfeito” (Cf. Rm 12,2). Para completar, o papa Bento XVI, ao dirigir à Igreja por meio da Exortação Apostólica Verbum Domini (2010), convoca-nos a sermos “agentes culturais”, a partir dos valores do Evangelho, que ele chama de “grande código para as culturas”, agirmos pela purificação do modo de viver do povo, o que chamamos também em nossa missão como Movimento de semear a cultura de Pentecostes!
Wiliam de Paula
Grupo de Oração Jovens Sentinelas-Diocese de Itabira
Membro do Núcleo Nacional do Ministério Jovem
Fonte: RCC Brasil
Nota da CNBB sobre a PEC 241
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- Sexta, 28 Outubro 2016 09:18
A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nesta quinta-feira, dia 27 de outubro, durante entrevista coletiva à imprensa, a Nota da CNBB sobre a Proposta de Emenda Constitucional 241 (PEC 241), que estabelece um teto para os gastos públicos para os próximos vinte anos. O texto foi aprovado pelo Conselho Permanente da entidade, reunido, em Brasília, entre os dias 25 e 27 deste mês.
Leia o texto na íntegra:
Brasília-DF, 27 de outubro de 2016
P - Nº. 0698/16
NOTA DA CNBB SOBRE A PEC 241
“Não fazer os pobres participar dos próprios bens é roubá-los e tirar-lhes a vida.”
(São João Crisóstomo, século IV)
O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília-DF, dos dias 25 a 27 de outubro de 2016, manifesta sua posição a respeito da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, de autoria do Poder Executivo que, após ter sido aprovada na Câmara Federal, segue para tramitação no Senado Federal.
Apresentada como fórmula para alcançar o equilíbrio dos gastos públicos, a PEC 241 limita, a partir de 2017, as despesas primárias do Estado – educação, saúde, infraestrutura, segurança, funcionalismo e outros – criando um teto para essas mesmas despesas, a ser aplicado nos próximos vinte anos. Significa, na prática, que nenhum aumento real de investimento nas áreas primárias poderá ser feito durante duas décadas. No entanto, ela não menciona nenhum teto para despesas financeiras, como, por exemplo, o pagamento dos juros da dívida pública. Por que esse tratamento diferenciado?
A PEC 241 é injusta e seletiva. Ela elege, para pagar a conta do descontrole dos gastos, os trabalhadores e os pobres, ou seja, aqueles que mais precisam do Estado para que seus direitos constitucionais sejam garantidos. Além disso, beneficia os detentores do capital financeiro, quando não coloca teto para o pagamento de juros, não taxa grandes fortunas e não propõe auditar a dívida pública.
A PEC 241 supervaloriza o mercado em detrimento do Estado. “O dinheiro deve servir e não governar! ” (Evangelii Gaudium, 58). Diante do risco de uma idolatria do mercado, a Doutrina Social da Igreja ressalta o limite e a incapacidade do mesmo em satisfazer as necessidades humanas que, por sua natureza, não são e não podem ser simples mercadorias (cf. Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 349).
A PEC 241 afronta a Constituição Cidadã de 1988. Ao tratar dos artigos 198 e 212, que garantem um limite mínimo de investimento nas áreas de saúde e educação, ela desconsidera a ordem constitucional. A partir de 2018, o montante assegurado para estas áreas terá um novo critério de correção que será a inflação e não mais a receita corrente líquida, como prescreve a Constituição Federal.
É possível reverter o caminho de aprovação dessa PEC, que precisa ser debatida de forma ampla e democrática. A mobilização popular e a sociedade civil organizada são fundamentais para superação da crise econômica e política. Pesa, neste momento, sobre o Senado Federal, a responsabilidade de dialogar amplamente com a sociedade a respeito das consequências da PEC 241.
A CNBB continuará acompanhando esse processo, colocando-se à disposição para a busca de uma solução que garanta o direito de todos e não onere os mais pobres.
Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, continue intercedendo pelo povo brasileiro. Deus nos abençoe!
Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB
Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ
Arcebispo de São Salvador da Bahia
Vice-Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB
Fonte: CNBB
Igreja incentiva prevenção ao câncer de mama
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- Segunda, 24 Outubro 2016 12:22
Inserida nas ações da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Mama “Outubro Rosa”, a Pastoral da Saúde fez um convite para que em todo o país as comunidades rezem nas intenções das missas pelas vítimas da doença. No contexto do Mês Missionário, o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, ressaltou a preocupação e o incentivo que a Igreja deve dar às mulheres para que participem da prevenção.
O movimento conhecido como Outubro Rosa nasceu na década de 1990 para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. A data é celebrada anualmente, com o objetivo de compartilhar informações sobre o câncer de mama, promover a conscientização sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade, de acordo com Instituto Nacional do Câncer.nserida nas ações da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Mama “Outubro Rosa”, a Pastoral da Saúde fez um convite para que em todo o país as comunidades rezem nas intenções das missas pelas vítimas da doença. No contexto do Mês Missionário, o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, ressaltou a preocupação e o incentivo que a Igreja deve dar às mulheres para que participem da prevenção.
A Pastoral da Saúde, na primeira quinzena de outubro, realizou publicações nas redes sociais para divulgar as iniciativas da campanha e informações a respeito da prevenção. Para o fim do mês, a proposta é que no dia 23 de outubro, próximo domingo, as comunidades coloquem nas intenções das missas e celebrações da Palavra as vítimas do câncer de mama e de maneira particular as mulheres falecidas em decorrência da doença.
Recordando o Mês Missionário, que chama a atenção para o cuidado da criação, dom Leonardo Steiner afirma que a Igreja também se preocupa com as irmãs, mamães e avós. “Queremos nos preocuparmos com elas, mas incentivá-las a fazerem o exame de prevenção, fazerem o exame para terem o diagnóstico, para que elas sejam mulheres saudáveis e nos ajudem a continuar essa tarefa tão importante de sermos missionários e sermos também essa presença materna no meio da sociedade”, disse.
Acesso
A coordenadora da Pastoral da Mulher Marginalizada, irmã Maria Roseli, considera que a Campanha Outubro Rosa tem o lado positivo que é a conscientização do problema do câncer de mama, mas tem um lado de injustiça social. “O mesmo governo que faz e que promove essa conscientização, nega o acesso dessas mulheres conscientizadas à estrutura que oferece o exame”, denuncia. A iniciativa é positiva, segundo a religiosa, “mas tem que vir com uma estrutura que oferece a essas pessoas condições para que possam tirar suas dúvidas em relação ao problema que porventura exista”.
Reconhecendo a dificuldade de acesso da população aos exames diagnósticos, como a mamografia, dom Leonardo Steiner indica às mulheres que procurem os Centros de Saúde para que possam, ao menos, aprender a fazer o auto exame. “Eu penso que se nós nos dedicarmos mais a esse cuidado, nós teremos essa presença feminina melhor e mais saudável nas nossas comunidades”, acredita o bispo.
Fonte: CNBB
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