Arquidiocese de Palmas manifesta preocupação com roubos e casos de intolerância religiosa

Arquidiocese-PALMASDiante de casos de roubos, furtos, vandalismo em Igrejas, casas paroquiais e centros pastorais, além de profanações de sacrários e destruições de imagens de outros símbolos religiosos, a arquidiocese de Palmas (TO) emitiu uma nota lamentando a violência e a intolerância religiosa presentes em tais fatos. O texto, assinado pelo arcebispo metropolitano, dom Pedro Brito Guimarães, apresenta o repúdio veemente a “todo tipo de proselitismo, de fundamentalismo, de vandalismo, de intolerância e de revanchismo”. Dom Pedro ressalta a posição da Igreja em favor do diálogo, do respeito, da tolerância e da interajuda entre as Igrejas e conclama a todos os fiéis “a dobrarem seus joelhos e a levantarem suas mãos, em súplicas e orações, pela conversão dos pecadores”.

Leia a nota na íntegra:

NOTA SOBRE ROUBOS, FURTOS, VADALISMOS E INTOLERÂNCIAS RELIGIOSAS

A Arquidiocese de Palmas, no pleno exercício de sua missão, com dor na alma, lágrimas nos olhos e aperto no coração, sente-se no dever de comunicar aos fieis, às pessoas de boa vontade, aos Meios de Comunicação e às Autoridades competentes, os constantes roubos e furtos de Igrejas, Casas Paroquiais e Centros Pastorais, bem como as profanações de sacrários e as destruições de Imagens e de outros símbolos religiosos, como o que ocorreu nas imediações do Santuário Nossa Senhora de Fátima, em Palmas. E, ao mesmo tempo, comunicar os roubos de carros e outros danos ao patrimônio de pessoas, nos estacionamentos e entornos das nossas Igrejas. Somente neste ano de 2016 foram registrados 63 casos, em 32 das 36 paróquias da nossa Arquidiocese.

Intolerância religiosa é crime de ódio, inafiançável e imprescritível, que fere a liberdade e a dignidade humana. A base da religião é amor; da convivência fraterna é o respeito; e das relações sociais é a legalidade. Por que todo este ódio? A quem interessa estas atitudes? E elas estão a serviço de que e de quem? Somos uma Igreja fundada e que vive dentro da legalidade. A liberdade de expressão e de culto é assegurada pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal do Brasil. Além do mais, no Artigo 7º, do Acordo Brasil - Santa Sé, é dito textualmente: “A república Federativa do Brasil assegura, nos termos do seu ordenamento jurídico, as medidas necessárias para garantir a proteção dos lugares de culto da Igreja Católica e de suas liturgias, símbolos, imagens e objetos cultuais, contra toda forma de violação, desrespeito e uso ilegítimo”.

Somos a Igreja da paz. É de lamentar que tenhamos que assistir a ato tão selvagem e sorrateiro, na calada da noite, a cinco dias do Natal de Nosso Senhor Jesus, o Príncipe da Paz. Ele, de fato, é a nossa Paz. Por meio de seu sangue, os que antes estavam distantes, foram aproximados. De povos diversos, fez um só, derrubando assim o muro de separação. E em seu próprio corpo desfez toda a inimizade (Ef 2,13-14).

Somos irmãos uns dos outros. Somos filhos e filhas do mesmo Deus e Pai. Repudiamos, com veemência, todo tipo de proselitismo, de fundamentalismo, de vandalismo, de intolerância e de revanchismo. Somos, de fato, a favor do diálogo, do respeito, da tolerância e da interajuda entre as Igrejas. Somos, enfim, contrários ao ódio, à vingança e à guerra de religião. Tais atitudes em nada contribuem para o aprimoramento das relações intereclesiais e nem para a construção do Reino de Deus aqui na terra.

Portanto, conclamamos a todos os fieis da Arquidiocese de Palmas a dobrarem seus joelhos e a levantarem suas mãos, em súplicas e orações, pela conversão dos pecadores. Que de presente, neste Natal, Jesus nos dê a sua Paz, sobretudo, aos corações amargurados. E que o Senhor tenha misericórdia de nós. Em nome do Menino Jesus, o Filho de Maria, reclinado no presépio, a minha bênção apostólica a todos!

Dom Pedro Brito Guimarães
Arcebispo Metropolitano de Palmas

Fonte: CNBB

 

Papa Francisco confirma Ano Mariano e concede indulgência plenária aos fiéis

papansraaparecidaOs fiéis brasileiros poderão alcançar indulgência plenária durante o Ano Nacional Mariano. A Penitenciária Apostólica anunciou o pedido do Papa Francisco para o reconhecimento do ano jubilar em curso no Brasil e a concessão da indulgência para aqueles que “verdadeiramente penitentes e impulsionados pela caridade” visitarem na forma de peregrinação a basílica do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), ou qualquer igreja paroquial do Brasil dedicada à padroeira do país.

Convocado pela Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Ano Nacional Mariano foi estabelecido como um tempo para celebrar, fazer memória e agradecer pelos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição no Rio Paraíba do Sul. A iniciativa de proclamação, aprovada pela 54ª Assembleia Geral da CNBB, teve início no dia 12 de outubro de 2016 e segue até o dia 11 de outubro de 2017.

Indulgência
Para alcançar a indulgência plenária, serão necessárias as condições habituais: a confissão sacramental, a comunhão eucarística e a oração na intenção do Santo Padre, o papa. O documento enviado pelo Supremo Tribunal da Cúria Romana ressalta que a remissão será concedida “aos fiéis verdadeiramente penitentes e impulsionados pela caridade, se em forma de peregrinação visitarem a basílica de Aparecida ou qualquer Igreja paroquial do Brasil, dedicada a Nossa Senhora Aparecida”.

No local, deverão “devotamente participar das celebrações jubilares ou de promoções espirituais ou ao menos, por um conveniente espaço de tempo, elevarem humildes preces a Deus por Maria”. A conclusão deste momento deve acontecer com a Oração Dominical, pelo Símbolo da Fé e pelas invocações da Beata Maria Virgem, em favor da fidelidade do Brasil à vocação cristã, impetrando vocações sacerdotais e religiosas e em favor da defesa da família humana”.

"A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa. O fiel bem-disposto obtém esta remissão, em determinadas condições, pela intervenção da Igreja que, como dispensadora da redenção, distribui a aplica, por sua autoridade, o tesouro das satisfações (isto é, dos méritos) de Cristo e dos santos" (Paulo VI, Constituição Apostólica Indulgentarium doctrina, Normae I: AAS 59 (1967) 21).

Idosos e enfermos
O documento enviado pelo organismo do Vaticano também estabelece uma condição especial para a obtenção das indulgências pelos devotos fiéis impedidos de fazer sua peregrinação por conta da velhice ou por grave doença. Igualmente poderão alcançar se “assumida a rejeição de todo pecado, e com a intenção de cumprir onde em primeiro lugar for possível as três condições, espiritualmente se dedicarem diante de alguma pequena imagem da Virgem Aparecida, a funções ou peregrinações jubilares, ofertando suas preces e dores ao Deus misericordioso por Maria”.

Orientações aos padres
De acordo com a orientação da Penitenciária Apostólica, os sacerdotes aos quais está confiado o cuidado pastoral da basílica de Aparecida e os párocos das paróquias que possuem o título de Nossa Senhora Aparecida deverão “com animo pronto e generoso” se oferecer para a celebração da Penitência e muitas vezes administrar “a Sagrada Comunhão aos enfermos”.

O pedido de concessão da indulgência durante o Ano Nacional Mariano foi feito pelo arcebispo emérito de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis. Na solicitação, o cardeal explicou que durante o tempo jubilar na Igreja no Brasil serão realizadas “várias celebrações sagradas e peregrinações em honra da celeste Padroeira do Brasil não só na Basílica Nacional Santuário de Aparecida, mas também em todas as igrejas paroquiais dedicadas em honra d’Ela” para que cresça nos fiéis “piedoso afeto para com a ‘Virgem Aparecida’ e assim se tornem mais fortes nos veneradores d’Ela a fé, a esperança e a caridade, e eles próprios, refeitos pelos sacramentos, sejam mais e mais estimulados a conformarem a vida ao Evangelho”.

Texto: CNBB
Foto: G1

Dia Mundial da Paz 2017: Papa propõe revolução da não-violência

papa pomboVaticano divulgou mensagem para o Dia Mundial da Paz 2017, com apelo à abolição das armas nucleares

Vaticano divulgou nesta segunda-feira, 12, a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz 2017, que será celebrado no próximo dia 1º de janeiro. Na mensagem, Francisco defende que a “não-violência” deve ser o caminho para resolver as atuais crises político-militares, apelando à abolição das armas nucleares. “A não-violência: estilo de uma política para a paz” é o título do documento.

“A violência não é o remédio para o nosso mundo dilacerado. Responder à violência com a violência leva, na melhor das hipóteses, a migrações forçadas e a sofrimentos atrozes e, no pior dos casos, pode levar à morte física e espiritual de muitos, se não mesmo de todos”, escreve Francisco.

Acesse
.: Íntegra da mensagem

O Papa diz que as grandes quantidades de recursos destinadas a fins militares retiram capacidade de investimento, aos Estados, para responder às exigências do dia-a-dia dos jovens, das famílias em dificuldade, dos idosos, dos doentes, da grande maioria dos habitantes da terra.

“Lanço um apelo a favor do desarmamento, bem como da proibição e abolição das armas nucleares: a dissuasão nuclear e a ameaça duma segura destruição recíproca não podem fundamentar este tipo de ética”, precisa.

O documento pontifício apresenta a não-violência como “estilo duma política de paz”, a nível pessoal e comunitário, dando como exemplo as pessoas que sabem resistir à tentação da vingança, protagonizando assim processos não-violentos de construção da paz.

Francisco retoma os seus alertas sobre a “guerra mundial aos pedaços” que considera estar em curso neste momento, com guerras em diferentes países e continentes; terrorismo, criminalidade e ataques armados imprevisíveis; abusos sofridos pelos migrantes e as vítimas de tráfico humano, além da devastação ambiental.

A mensagem alude ao ensinamento de Jesus Cristo sobre a violência e a paz, a partir do coração humano, e pede aos católicos que possam aderir a esta proposta de não-violência. “Asseguro que a Igreja Católica acompanhará toda a tentativa de construir a paz inclusive através da não-violência ativa e criativa”, refere Francisco.

O Santo Padre recorda que em 1º de janeiro de 2017 será criado o novo órgão para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, um organismo da Santa Sé que visa contribuir para a construção de um mundo livre da violência, o primeiro passo para a justiça e a paz.

“No ano de 2017, comprometamo-nos, através da oração e da ação, a tornar-nos pessoas que baniram dos seus corações palavras e gestos de violência, e a construir comunidades não-violentas, que cuidem da casa comum”.

A mensagem do Papa para esta celebração anual é enviada aos Ministérios dos Negócios Estrangeiros de todo o mundo.

O Dia Mundial da Paz foi instituído pelo Papa Paulo VI (1897-1978) e é celebrado no primeiro dia do novo ano.

Fonte: Canção Nova Notícias

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