Dom Orlando Brandes é nomeado novo Arcebispo da Arquidiocese de Aparecida
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- Terça, 22 Novembro 2016 08:52
O Papa Francisco aceitou nesta quarta-feira, dia 16 de novembro, a renúncia do Cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis. E, nomeou como novo arcebispo Dom Orlando Brandes, transferindo-o da Arquidiocese de Londrina, no Paraná.
Dom Damasceno havia apresentado renúncia em fevereiro de 2012, quando completou 75 anos, conforme prevê o direito canônico. E, até a posse do novo arcebispo, marcada para o dia 21 de janeiro de 2017, ficará na Arquidiocese de Aparecida como Administrador Apostólico.
:: Nossa homenagem ao Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Em entrevista ao vivo a Rádio Aparecida, na manhã de hoje, Dom Orlando falou sobre sua transferência para Aparecida. "Quero acolher essa nova missão que me foi confiada pelo Papa Francisco. O primeiro objetivo é conhecer o rosto da Arquidiocese de Aparecida".
"Me sinto muito feliz por tê-lo por sucessor. Terá uma especial proteção de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil. Lhe desejo que tenha um ministério muito frutuoso em Aparecida", afirmou Dom Raymundo Damasceno a Dom Orlando.
Na mesma ocasião, o Papa nomeou o monsenhor Welington de Queiroz Vieira, atualmente pároco em Araguaína (TO), como novo bispo da prelazia de Cristalândia.
Dom Orlando Brandes
Dom Orlando Brandes nasceu em 13 de abril de 1946 em Urubici, SC. É filho de Gregório Brandt e Hilda Morais Brandt (falecidos). Tem seis irmãos. Após o curso primário ingressou no Seminário João Vianney, de Lages. Em 1968 concluiu Filosofia na UCP em Curitiba. Fez seus estudos teológicos na Universidade Gregoriana e na Academia Alfonsiana (Roma) especializando-se em Teologia Moral em 1973.
Recebeu a ordenação sacerdotal em Francisco Beltrão (PR) em 6 de julho de 1974. Foi professor de Teologia Moral e Dogmática no Instituto Teológico de Santa Catarina (Itesc) de 1974 a 1994.
Vice-diretor do Itesc (1974-1982) e seu diretor (1982-1984). Diretor do Seminário Teológico (1987-1987), orientador do Seminário Dom Honorato Piazera (1990-1994), presidente, vice-presidente e Juiz do Tribunal Eclesiástico Regional de Florianópolis.
Assistente Espiritual do Seminário Nossa Senhora de Guadalupe da Diocese de Joinville, em Florianópolis. Pregador de retiros espirituais. Auxiliar na Catedral Metropolitana. Animador de diversos cursos de teologia e, por espírito missionário, passava suas férias escolares em diversas paróquias carentes no Estado e também na Bahia, Mato Grosso, Acre e Piauí.
Foi eleito pelo Papa João Paulo II no dia 9 de março de 1994 como 3° bispo diocesano de Joinville. Escolheu como lema: “Somos operários de Deus” (1 Cor 3,9).
A ordenação episcopal e posse ocorreu no dia 5 de junho de 1994 na Catedral São Francisco Xavier em Joinville, dia de São Bonifácio. No dia 10 de maio de 2006, o Papa Bento XVI nomeou Dom Orlando Brandes Arcebispo de Londrina. A tomada de posse como 4º Arcebispo da Arquidiocese de Londrina aconteceu no dia 23 de julho de 2006.
Monsenhor Welington de Queiroz Vieira
Monsenhor Welington, nomeado bispo de Cristalândia, nasceu em 11 de julho de 1968, em Tocantinópolis (TO). Fez seus estudos de Filosofia, em Brasília (DF), de Teologia no Rio de Janeiro (RJ) e dois mestrados em Roma, Itália: um em Filosofia na Pontifícia Universidade Gregoriana e em Direito Canônico na Pontifícia Universidade Lateranense.
Na diocese de Tocantinópolis, já serviu como pároco em Xambioá (TO) e Araguaína, como membro do Colégio dos Consultores e do Conselho Presbiteral, além de vigário judicial e ecônomo da diocese. Atualmente é pároco da paróquia São Paulo Apóstolo, em Araguaína.
Fonte: A12
Papa: Lupa da Igreja está apontada ao esquecido e excluído
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- Segunda, 14 Novembro 2016 10:57
“Se quiseres encontrar Deus, procura-o onde Ele está escondido: nos mais necessitados, nos doentes, nos famintos, nos presos", disse o Papa Francisco, ao presidir este domingo na Basílica de São Pedro, a Missa por ocasião do Jubileu dos Socialmente Excluídos.
Em sua homilia, o Santo Padre recordou que “neste mundo quase tudo passa, como a corrente da água”, e as riquezas que permanecem, “seguramente são duas: o Senhor e o próximo”, os bens maiores que devemos amar”. Neste sentido, observou, "a lupa da Igreja está apontada ao irmão esquecido e excluído".
As leituras do dia nos remetem – disse Francisco - precisamente “àqueles que têm confiança no Senhor, que depõem a sua esperança n’Ele, escolhendo-O como bem supremo da vida e recusando-se a viver só para si mesmos e seus interesses. Para eles, pobres de si mas ricos de Deus, brilhará o sol da sua justiça: são os pobres em espírito, a quem Jesus promete o reino dos céus e dos quais Deus, pela boca do profeta Malaquias, declara: «são meus»”.
As leituras do dia – explica o Papa – contrapõe os que colocam a sua esperança no Senhor e os soberbos, “aqueles que puseram na sua autossuficiência e nos bens do mundo a segurança da vida”. E nos interpelam sobre o sentido último da existência:
“Onde busco a minha segurança? No Senhor ou noutras seguranças que não são do agrado de Deus? Qual é a direção da minha vida, para onde olha o meu coração? Para o Senhor da vida ou para as coisas que passam e não saciam?”.
Da mesma forma o Evangelho de Lucas fala de “conflitos, carestias, convulsões na terra e no céu”. Mas “Jesus não quer assustar – é o alerta de Francisco - mas dizer-nos que tudo aquilo que vemos passa inexoravelmente. Mesmo os reinos mais poderosos, os edifícios mais sagrados e as realidades mais firmes do mundo não duram para sempre; mais cedo ou mais tarde, caem”.
Diante das palavras de Jesus sobre o final do tempos, as pessoas ficam curiosas em saber ”Quando sucederá isto? E qual será o sinal?”:
“Sempre somos impelidos pela curiosidade: quer-se saber quando e receber sinais. Esta curiosidade, porém, não agrada a Jesus. Pelo contrário, exorta a não nos deixarmos enganar pelos pregadores apocalíticos. Quem segue Jesus não presta ouvidos aos profetas da desgraça, à futilidade dos horóscopos, às previsões que amedrontam, distraindo daquilo que conta. O Senhor convida a distinguir, dentre as muitas vozes que se ouvem, aquilo que vem d’Ele e o que vem do falso espírito. É importante distinguir entre o sábio convite que Deus nos dirige cada dia e o clamor de quem se serve do nome de Deus para assustar, sustentando divisões e medos”.
Diante dos “cataclismas de cada época” – explica o Santo Padre - Jesus nos pede para sermos firmes e perseverantes no bem, “com plena confiança em Deus que não desilude”.
Hoje, no entanto, somos interpelados sobre o sentido de nossa existência. As leituras do dia – disse o Papa – se apresentam “como uma peneira no meio do fluxo de nossa vida”:
“Elas lembram-nos que, neste mundo, quase tudo passa, como a corrente da água; mas há realidades preciosas que permanecem, como uma pedra preciosa numa peneira. E o que é que resta? O que é que tem valor na vida? Quais são as riquezas que não desaparecem? Seguramente duas: o Senhor e o próximo. Estes são os bens maiores, que havemos de amar. Tudo o resto – o céu, a terra, as coisas mais belas, mesmo esta Basílica – passa; mas não devemos excluir da vida Deus e os outros”.
“E todavia neste dia jubilar que nos fala de exclusão – sublinhou - imediatamente vêm à mente pessoas concretas; não coisas inúteis, mas pessoas preciosas”:
“A pessoa humana, colocada por Deus no cume da criação, muitas vezes é descartada, porque se prefere as coisas que passam. Isto é inaceitável, porque o ser humano é o bem mais precioso aos olhos de Deus. E é grave que nos habituemos a este descarte; é preciso preocupar-se quando se anestesia a consciência, já não fazendo caso do irmão que sofre ao nosso lado nem dos problemas sérios do mundo, que se reduzem a um refrão já ouvido nos sumários dos telejornais”.
Dirigindo-se aos “socialmente excluídos”, o Papa recorda que Deus não se detém nas aparências, mas fixa o seu olhar nos humildes de coração contrito, em tantos pobres Lázaros de hoje. “Como nos faz mal fingir que não nos damos conta do Lázaro que é excluído e descartado!”, adverte:
“É um sintoma de esclerose espiritual, quando o interesse se concentra nas coisas a produzir, em vez de ser nas pessoas a amar. Assim nasce a dramática contradição dos nossos tempos: quanto mais crescem o progresso e as possibilidades – e isto é bom – tanto maior é o número daqueles que não lhes podem chegar. É uma grande injustiça que nos deve preocupar muito mais do que saber quando e como será o fim do mundo. Com efeito, não se pode estar tranquilo em casa, enquanto Lázaro jazer à porta; não há paz em casa de quem está bem, quando falta justiça na casa de todos”.
Ao recordar que este domingo são fechadas as portas da Misericórdia em Catedrais e Santuários em todo o mundo, Francisco exorta para pedirmos “a graça de não fechar os olhos perante Deus que nos olha e o próximo que nos interpela”:
“Abramos os olhos a Deus, purificando a visão do coração das representações enganadoras e pavorosas, do deus da força e dos castigos, projeção da soberba e dos medos humanos. Olhemos com confiança para o Deus da misericórdia, com a certeza de que «o amor jamais passará». Renovemos a esperança da vida verdadeira a que somos chamados, aquela que não passará e que nos espera em comunhão com o Senhor e com os outros, numa alegria que durará para sempre, sem fim. E abramos os olhos ao próximo, sobretudo ao irmão esquecido e excluído. Para ele está apontada a lupa da Igreja; que o Senhor nos livre de a voltarmos para nós. Afaste-nos das quimeras que nos distraem, dos interesses e dos privilégios, do apego ao poder e à glória, da sedução do espírito do mundo”.
De modo particular a nossa Mãe Igreja «olha para toda a humanidade que sofre e chora, pois ela sabe que esta lhe pertence, por direito evangélico», disse o Papa ao concluir, citando Paulo VI. E completou:
“Por direito e também por dever evangélico, porque é nossa tarefa cuidar da verdadeira riqueza que são os pobres, como bem no-lo recorda uma antiga tradição referente ao mártir romano São Lourenço. Este, antes de suportar um martírio atroz por amor do Senhor, distribuiu os bens da comunidade aos pobres, por ele designados como verdadeiros tesouros da Igreja”.
Que o Senhor nos conceda a graça de olhar sem medo para aquilo que conta, dirigir o coração para Ele e para os nossos verdadeiros tesouros. (JE)
Fonte: Rádio Vaticano
Dom Murilo Krieger faz balanço do Ano da Misericórdia no Brasil
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- Segunda, 14 Novembro 2016 09:11
O Ano da Misericórdia termina neste domingo, 20, quando o Papa Francisco vai fechar a Porta Santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano. Foi um Ano de várias iniciativas em todo o mundo voltadas a estimular as obras de misericórdia e a levar os fiéis a fazer experiência com a misericórdia de Deus.
O grande símbolo do Jubileu foi a abertura da Porta Santa e para esse Ano em especial o Papa Francisco quis que ela fosse aberta em todas as dioceses do mundo, como forma de ampliar a possibilidade aos fiéis de passarem pela Porta Santa. (Confira Portas da Misericórdia que foram abertas no Brasil)
O vice-presidente da CNBB, Dom Murilo Krieger, diz que há dois balanços desse Ano Santo: um visível, que diz respeito a dados, números e fatos que aconteceram ao longo de todo o Ano. O outro balanço é invisível, que é o resultado nos corações das pessoas. “Aí só o Espírito Santo é capaz de dizer quantas experiências de amor de Deus, quantas pessoas reconciliadas com Deus, com a Igreja, consigo mesma, quantas pessoas adquiriram a paz que é fruto da experiência da misericórdia de Deus”.
No Brasil, em todas as 275 dioceses foi aberta pelo menos uma Porta da Misericórdia e é incontável o número de fiéis que puderam fazer essa experiência. Só no Vaticano, a estimativa de peregrinos ultrapassou os 18 milhões, números que, segundo Dom Murilo, impressionam, mas mostram, na verdade, como as pessoas se identificaram com o convite feito por Jesus, que é a verdadeira Porta.
“Passar pela Porta da Misericórdia, na verdade, é passar pelo coração de Cristo, conhecer a sua intimidade, o seu amor, Ele que é a mais forte manifestação da misericórdia do Pai”.
Daqui pra frente
O Jubileu instituído pelo Papa Francisco chega ao fim, mas não termina aqui o convite às obras de misericórdia e à relação misericordiosa com Deus. Dom Murilo lembra que a misericórdia é da essência do Evangelho, então o que o Papa quis foi colocar isso em destaque.
“O Papa chamou a atenção e eu acredito que, na Igreja, essa dimensão da misericórdia, proclamada de forma tão bela por Jesus na parábola do filho pródigo, do pastor que perde a ovelha e vai atrás dela, essa experiência da misericórdia ficará mais profundamente marcada no coração da Igreja e de todos os fiéis”.
O legado que fica, segundo o arcebispo, é que nunca se deve ter medo de Deus, pois Ele está sempre pronto a acolher. “Como diz o Papa, Deus nunca se cansa de perdoar, nós é que nos cansamos de pedir perdão”.
Com a Porta Santa que se fecha, Dom Murilo diz que os fiéis são enviados ao mundo para falar da misericórdia de Deus. “Entramos na Igreja para experimentar misericórdia, agora saímos da Igreja para dizer ao mundo o quanto Deus nos ama, ou então, como disse Jesus, tanto Deus amou ao mundo que lhe deu seu Filho único”.
Fonte: Canção Nova Notícias
Foto: Arquivo CN
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