"Economia, escute o grito dos pobres", diz Papa
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- Terça, 29 Novembro 2016 09:54
O Papa escreveu uma carta por ocasião do simpósio sobre economia da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica
O Papa Francisco escreveu um texto para cerca de 800 ecônomos, ou seja, gestores dos bens temporais da Igreja. A carta foi enviada ao simpósio sobre economia da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.
Na mensagem Francisco diz que como consagrados, esses são chamados a ser profecia a partir de uma vida animada pela lógica do dom e da gratuidade. “Somos chamados a criar fraternidade, comunhão e solidariedade com os mais pobres e carentes. Se quisermos ser realmente humanos, devemos dar espaço ao princípio de gratuidade como expressão de fraternidade”.
O Santo Padre prossegue dizendo que a hipocrisia dos consagrados que vivem como ricos fere a consciência dos fiéis e prejudica a Igreja.
“Não basta esconder-me atrás da afirmação de que não possuo nada porque sou religioso, religiosa, se meu instituto me permite administrar ou desfrutar de todos os bens que desejo e controlar as fundações civis criadas para manter as próprias obras, evitando assim o controle da Igreja”.
Pensar apenas no lucro é distorção da economia
O Pontífice adverte contra o princípio da ‘maximização do benefício’ e afirma que este conceito é uma distorção da economia’
“Quantos consagrados pensam que as leis da economia são independentes de qualquer consideração ética?”, questiona o Papa, acrescentando: “Quantas vezes a avaliação sobre uma reestruturação ou a venda de um imóvel é vista apenas com base na análise de custos benefícios e do valor do mercado? Que Deus nos livre do espírito do funcionalismo e de cair na armadilha da avareza”.
Decisões sustentáveis e solidárias
O Santo Padre prosseguiu: “Cada um é chamado a fazer a sua parte, a usar seus bens para tomar decisões solidárias, a ter cuidado com a Criação, a medir-se com a pobreza das famílias que vivem ao nosso lado”.
Ao concluir, Francisco diz que trata-se de adquirir um costume, um estilo marcado pela justiça e compartilhar, esforçando-se em optar pela honestidade sabendo que, simplesmente, é o que se deve fazer.
Fonte: Canção Nova com informações da Rádio Vaticano
CNBB e Ministério da Saúde lançam campanha de incentivo ao tratamento de pessoas portadoras do HIV
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- Terça, 29 Novembro 2016 09:18
A campanha será realizada pelos agentes da Pastoral nas dioceses do Brasil, a partir do dia Primeiro de Dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB em parceria com o Departamento das IST, HIV/Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde lança campanha de incentivo ao tratamento das pessoas que se descobrem portadoras do HIV. A campanha será realizada pelos agentes da Pastoral da Aids e de outras pastorais nas dioceses do Brasil, a partir do dia Primeiro de Dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids.
A solenidade de lançamento da campanha será realizada no dia 29 de novembro de 2016, às 10h, na sede da CNBB, localizada no Setor de Embaixadas Sul, Quadra 801, Conjunto B, em Brasília-DF. Contará com a presença do Ministro da Saúde, Sr. Ricardo Barros, da Diretora do Departamento das IST, HIV/Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde, Dra. Adele Benzaken, do Secretário Geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, do novo assessor da Pastoral da Aids, Pe. Mauro Marçal e da nova Secretária Executiva da Pastoral da Aids, Ana Carolina Barbosa, além de representantes das Pastorais envolvidas, e autoridades governamentais.
A campanha tem como principais objetivos sensibilizar a população para buscar o diagnóstico precoce para o HIV; e acompanhar e apoiar as pessoas que se descobrem portadoras do HIV na realização do tratamento precoce, para evitar o adoecimento e ter uma melhor qualidade de vida.
Serviço Evento: Lançamento da campanha do Dia Mundial de Luta contra Aids
Data: 29 de novembro de 2016 Horário: 10h
Local: CNBB - Setor de Embaixadas Sul, Quadra 801, Conjunto B, em Brasília-DF
Fonte: CNBB
Vaticano apresenta carta do Papa pelo fim do Ano da Misericórdia
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- Terça, 22 Novembro 2016 09:01
O Vaticano divulgou nesta segunda-feira, 21, a carta apostólica Misericordia et misera, do Papa Francisco, por ocasião do encerramento do Jubileu da Misericórdia. O documento pode ser lido na íntegra, em português, na página do Vaticano, e está dividido em 22 pontos.
O Santo Padre explica que essas duas palavras – misericórdia e mísera – foram as duas palavras usadas por Santo Agostinho para descrever o encontro de Jesus com a mulher adúltera. Essa passagem bíblica, segundo o Papa, ilumina a conclusão do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, “indica o caminho que somos chamados a percorrer no futuro”.
Agora que o Jubileu terminou, Francisco diz que é tempo de olhar adiante e ver como continuar experimentando a riqueza da misericórdia divina. “ As nossas comunidades serão capazes de permanecer vivas e dinâmicas na obra da nova evangelização na medida em que a ‘conversão pastoral’, que estamos chamados a viver, for plasmada dia após dia pela força renovadora da misericórdia”.
Celebração eucarística
Em primeiro lugar, Francisco aponta a celebração da misericórdia através da Missa. Dirigindo-se aos sacerdotes de modo especial, o Papa recomenda a preparação da homilia e o cuidado na sua proclamação. “Comunicar a certeza de que Deus nos ama não é um exercício de retórica, mas condição de credibilidade do próprio sacerdócio”, adverte o Pontífice. O Papa faz algumas sugestões, como de um domingo dedicado inteiramente à Palavra de Deus, em prol de sua difusão, conhecimento e aprofundamento.
Perdão
O Pontífice dedica amplo espaço na Carta Apostólica para falar do sacramento da Reconciliação, “que precisa voltar a ter o seu lugar central na vida cristã”. Francisco agradece aos “missionários da misericórdia”, que ele instituiu no início deste Jubileu para aproximar os fiéis da confissão. De fato, determinou que este ministério não termine com o fechamento da Porta Santa, mas permaneça até novas ordens. Aos confessores, o Papa pediu acolhimento, disponibilidade, generosidade e clarividência. “Não há lei nem preceito que possa impedir a Deus de reabraçar o filho. Deter-se apenas na lei equivale a invalidar a fé e a misericórdia divina”, escreve, pedindo que seja reforçada nas dioceses a celebração da iniciativa “24 horas para o Senhor”, nas proximidades do IV domingo para a Quaresma.
Absolvição do aborto
Neste contexto, se encontra a grande novidade da Carta Apostólica. A partir de agora, o Pontífice concede a todos os sacerdotes a faculdade de absolver a todas as pessoas que incorreram no pecado do aborto. “Aquilo que eu concedera de forma limitada ao período jubilar fica agora alargado no tempo, não obstante qualquer disposição em contrário. Quero reiterar com todas as minhas forças que o aborto é um grave pecado, porque põe fim a uma vida inocente; mas, com igual força, posso e devo afirmar que não existe algum pecado que a misericórdia de Deus não possa alcançar e destruir, quando encontra um coração arrependido que pede para se reconciliar com o Pai. Portanto, cada sacerdote faça-se guia, apoio e conforto no acompanhamento dos penitentes neste caminho de especial reconciliação.”
Fraternidade de S. Pio X
Na mesma linha, o Papa estende a absolvição sacramental dos pecados aos fiéis que frequentam as igrejas oficiadas pelos sacerdotes da Fraternidade de São Pio X, instituída no Ano Santo. “Para o bem pastoral destes fiéis e confiando na boa vontade dos seus sacerdotes para que se possa recuperar a plena comunhão na Igreja Católica, estabeleço por minha própria decisão de estender esta faculdade para além do período jubilar, até novas disposições sobre o assunto, a fim de que a ninguém falte jamais o sinal sacramental da reconciliação através do perdão da Igreja.”
Caridade
Francisco fala ainda da importância da consolação, principalmente na família e no momento da morte, mas é à caridade que dedica outra grande parte da Carta Apostólica: “Termina o Jubileu e fecha-se a Porta Santa. Mas a porta da misericórdia do nosso coração permanece sempre aberta. (…) Por sua natureza, a misericórdia se torna visível e palpável numa ação concreta e dinâmica”.
O Papa cita algumas iniciativas deste Ano Jubilar, como as sextas-feiras da misericórdia, para agradecer aos inúmeros voluntários que dedicam seu tempo ao próximo. Mas para incrementar essas iniciativas, o Pontífice pede que se “arregace as mangas”, com imaginação e criatividade. As obras de misericórdia – escreve – têm “valor social” diante de um mundo que continua gerando novas formas de pobreza espiritual e material, que comprometem a dignidade das pessoas.
“O caráter social da misericórdia exige que não permaneçamos inertes mas afugentemos a indiferença e a hipocrisia para que os planos e os projetos não fiquem letra morta.” Para Francisco, com as obras de misericórdia se pode criar uma verdadeira revolução cultural.
Dia Mundial dos Pobres
No final da Carta Apostólica, como mais um sinal concreto deste Ano Santo Extraordinário o Pontífice institui para toda a Igreja o Dia Mundial dos Pobres, a ser celebrado no XXXIII Domingo do Tempo Comum. “Será a mais digna preparação para bem viver a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, que Se identificou com os mais pequenos e os pobres. Será um Dia que vai ajudar as comunidades e cada batizado a refletir como a pobreza está no âmago do Evangelho e tomar consciência de que não poderá haver justiça nem paz social enquanto Lázaro jazer à porta da nossa casa. Além disso este Dia constituirá uma forma genuína de nova evangelização."
Fonte: Canção Nova Notícias
Foto: Reprodução CTV
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