Papa reza por professores e alunos neste tempo de pandemia

O-povo-de-Deus-cansa-porque-sempre-pede-aos-pastores-coisas-concretas-e-o-pastor-deve-cuidar-daquilo-que-o-povo-pede-explica-o-Papa-Foto-VaticanMediaFrancisco presidiu a Missa da II Semana da Páscoa na Casa Santa Marta, no Vaticano, na manhã desta sexta-feira (24). Na introdução, dirigiu seu pensamento ao mundo escolar atingido pelo novo coronavírus: “Rezemos hoje pelos professores que têm que trabalhar muito para dar aulas através da internet e de outros recursos midiáticos e rezemos pelos estudantes que têm que fazer as provas num modo no qual não estão acostumados. Acompanhemos todos eles com a oração.”

Na homilia, o Papa comentou o Evangelho do dia (Jo 6,1-15) que narra a multiplicação dos pães e dos peixes. Jesus coloca à prova os apóstolos que não sabem como alimentar a grande multidão que os acompanha: os faz crescer. “Jesus – afirmou Francisco – gostava muito de estar no meio da multidão. Os discípulos, nem tanto: e os corrigia. Jesus buscava a proximidade com as pessoas e ensinava os pastores a estar próximo delas. O povo de Deus cansa – ressaltou – porque sempre pede aos pastores coisas concretas e o pastor deve cuidar daquilo que o povo pede. Jesus diz aos discípulos: ‘Dai vós mesmos de comer’”, ressaltou o Papa.

Após esse pedido, Jesus vai rezar ao Pai. “Essa dúplice proximidade do pastor é o que Jesus procura ajudar os apóstolos a entender, para que se tornem grandes pastores”, explicou. O Papa lembrou que, após a multiplicação dos pães e dos peixes, a multidão quis levar Jesus para proclamá-lo Rei. E observou que, talvez, algum apóstolo ficasse contente em aproveitar essa ocasião para adquirir o poder: uma tentação. “Mas o poder do pastor é o serviço, e quando erra sobre esse ponto, o pastor estraga a vocação e se torna administrador de empresas pastorais, mas não pastor”, alertou.



Fonte: Site do Vatican News

Em Israel, líderes religiosos rezam juntos pelo fim da pandemia

Em-Israel-líderes-religiosos-rezam-juntos-pelo-fim-da-pandemia“Centenas de milhares de mortos, milhões de doentes. Salva-nos, te imploramos, ó Senhor”. Essa foi a excepcional oração comunitária realizada na tarde de quarta-feira (22) em Israel, reunindo líderes das três religiões monoteístas. Segundo relatado pelo Media Center Kath Suíça, participaram da oração representantes judeus, cristãos, muçulmanos e drusos, tendo sido o evento transmitido em streaming, para permitir a participação dos fiéis.

“Que Deus cure os enfermos e esconjure a peste do mundo”, pediram os representantes religiosos, que depois recitaram juntos o Salmo 121, com o qual os peregrinos de Jerusalém se colocam sob a proteção de Deus e pedem sua bênção. Em Israel, este Salmo também é rezado no dia em que se recorda dos soldados israelenses vítimas do terrorismo, a ser celebrado na terça-feira, 28 de abril.

Dom Pizzaballa: que esta unidade continue

“O coronavírus não conhece fronteiras entre religiões, raças ou partidos políticos – disse o administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, arcebispo Pierbattista Pizzaballa, – estamos unidos na doença, e isso destruiu muitas barreiras e preconceitos entre nós”. O prelado expressou então a esperança de que esta unidade possa continuar também após o fim da crise do coronavírus.

Rabino: oração “histórica”

Uma reunião de oração definida como “histórica” ​​pelo rabino britânico David Rosen, comprometido com o diálogo inter-religioso: “Os líderes religiosos deste país se reuniram pela primeira vez para rezar juntos, para invocar a graça divina e a compaixão do Senhor no momento em que toda a humanidade é desafiada por uma pandemia”, disse ele, afirmando ser um momento “maravilhoso e triste” ao mesmo tempo. “Mesmo aqueles que normalmente não são tão abertos ao diálogo inter-religioso se reuniram para a oração, mesmo que tenham sido tragédias, dores e sofrimentos a nos unir, para além das diferenças”.

A oração inter-religiosa ao vivo foi uma iniciativa de várias autoridades e organizações, incluindo o Grão-Rabinato de Israel e o Conselho Mundial de Líderes Religiosos. Além dos rabinos-chefes sefarditas e asquenazes, Jitzchak Josef e David Lau, também participaram o patriarca greco-ortodoxo Theophilus III e o arcebispo Pizzaballa, administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, além de altos representantes muçulmanos.

Para conferir o vídeo sobre o encontro, clique aqui.

Pelas redes sociais, milhões de fiéis acompanharam as Celebrações da Semana Santa em Jerusalém

No último mês, foram mais de 2 milhões de pessoas alcançadas pela página da Custódia da Terra Santa no Facebook, cerca de 300 mil os conteúdos visualizados no Instagram e 200 mil aqueles publicados no Twitter. Conforme a Custódia, esses são os números registrados em função da pandemia de Covid-19, que obrigou milhões de fiéis a acompanharem as celebrações litúrgicas, momentos de oração e ritos tradicionais pelos meios de comunicação e pelas redes sociais.

Pelo site e perfis nas redes sociais, a Custódia franciscana narrou a Quaresma e a Semana Santa a partir dos lugares históricos da tradição cristã. Centenas de mensagens foram enviadas à página do Facebook da Custódia da Terra Santa provenientes da Itália, Estados Unidos, França, Croácia, Hungria, Espanha, México, Vietnã, Coréia, China, Polônia e muitos outros países. Muitos pediram orações aos franciscanos. Entre as intenções confiadas aos frades da Custódia, diversas situações de vida pessoal e familiar e também pedidos de apoio a pacientes com coronavírus.

O Christian Media Center transmitiu ao vivo a oração especial do administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, arcebispo Pierbattista Pizzaballa, direto do Santuário de Dominus Flevit, no Domingo de Ramos, assim como a Vigília de Páscoa no Sábado Santo e a Missa de Domingo de Páscoa no Santo Sepulcro. Mas também a Hora Santa na Quinta-Feira Santa do Getsêmani, a Via Sacra e a Celebração da Paixão na Sexta-Feira Santa no Santo Sepulcro, presididas pelo Custódio da Terra Santa, padre Francesco Patton.

Dos Lugares Sagrados, os frades franciscanos da Custódia da Terra Santa sempre se dedicaram à oração por toda a humanidade em nome da Igreja. Nesse particular momento, depois, o Rosário que é recitado todos os sábados durante a procissão à luz de tochas na Basílica da Anunciação em Nazaré será oferecido pelas intenções de quem escreve à Custódia e aos frades.

O momento de oração pode ser acompanhado todos os sábados, às 20h30 (horário local), no site do Christian Media Center.

Fonte: Site do Vatican News

“A misericórdia não abandona quem fica para trás”, alerta Papa Francisco sobre o vírus da indiferença

Papa-Domingo-da-MisericórdiaO Papa Francisco deixou o Vaticano na manhã nesse dia 19 de abril para percorrer poucos metros até a Igreja do Espírito Santo ‘in Sassia’, ao lado da Cúria Geral dos Jesuítas, para celebrar a missa do II Domingo de Páscoa. E o fez no mesmo lugar onde, 20 anos antes, São João Paulo II instituiu o Domingo da Misericórdia, ao canonizar a polonesa Ir. Faustina Kowalska.

Como nos ritos da Semana Santa, não havia fiéis. Na homilia, o Pontífice comentou o Evangelho de João e a semana que os discípulos transcorreram depois da ressurreição do Mestre – uma semana marcada pela “incredulidade medrosa”. “Diante deste sentimento, Jesus volta para o meio deles para anunciar que Deus não se cansa de estender a Sua mão para nos levantar. E esta ‘mão’ é precisamente a misericórdia. Deus não é um patrão com o qual ajustar as contas, mas o Pai que sempre nos levanta”, disse o Santo Padre.

“Hoje, nesta igreja que se tornou santuário da misericórdia em Roma, no domingo que São João Paulo II dedicou à Misericórdia Divina há vinte anos, acolhamos confiadamente esta mensagem”, falou ainda.

Papa alerta para o vírus da indiferença


Entregar as nossas misérias ao Senhor

“À Santa Faustina, disse Jesus: «Eu sou o amor e a misericórdia em pessoa; não há miséria que possa superar a minha misericórdia» (Diário, 14/IX/1937). Uma frase que surpreendeu a santa foi quando Cristo pediu que ela oferecesse aquilo que é verdadeiramente seu – também nosso -, a sua miséria.”

Também nós podemos nos interrogar se mostramos as nossas quedas ao Senhor ou se há um pecado, remorso, ferida ou rancor que guardamos para nós. “O Senhor espera que Lhe levemos as nossas misérias, para nos fazer descobrir a sua misericórdia.”

Em meio aos discípulos, Jesus mostra as suas chagas e pede que Tomé as toquem descobrindo o amor. “Tomé, que chegara atrasado, quando abraça a misericórdia, ultrapassa os outros discípulos: não acredita só na ressurreição, mas também no amor sem limites de Deus. E faz a profissão de fé mais simples e mais bela: «Meu Senhor e meu Deus!» (Jo 20, 28).”

Eis a ressurreição do discípulo, explica Francisco, que se realiza quando a sua humanidade, frágil e ferida, entra na humanidade de Jesus. É a mesma fragilidade que estamos experimentando neste momento de reclusão.

Nesta festa da Divina Misericórdia, o anúncio mais encantador chega através do discípulo mais atrasado. Só faltava ele, Tomé. Mas o Senhor esperou por ele. “A misericórdia não abandona quem fica para trás.”

O vírus da indiferença egoísta

Enquanto pensamos numa recuperação da pandemia, alertou o Pontífice, é precisamente este perigo que se insinua: esquecer quem ficou para trás. “O risco é que nos atinja um vírus ainda pior: o da indiferença egoísta. Transmite-se a partir da ideia que a vida melhora se vai melhor para mim, que tudo correrá bem se correr bem para mim.”

O vírus se alastra quando se selecionam as pessoas, se descartam os pobres, se imola “no altar do progresso quem fica para trás”. “É tempo de remover as desigualdades, sanar a injustiça que mina pela raiz a saúde da humanidade inteira!”, exortou.

Distribuir os bens não é ideologia, é cristianismo

A comunidade cristã primitiva colocou em prática a misericórdia, como descreve o livro dos Atos dos Apóstolos: os fiéis «possuíam tudo em comum. Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um» (At 2, 44-45). “Isto não é ideologia”, recordou Francisco. “É cristianismo.”

Naquela comunidade, depois da ressurreição de Jesus, apenas um tinha ficado para trás. Hoje, parece acontecer o contrário: uma pequena parte da humanidade avançou, enquanto a maioria ficou para trás. E o Papa insistiu: “Não pensemos só nos nossos interesses. Aproveitemos esta prova como uma oportunidade para preparar o amanhã de todos. Sem descartar ninguém: de todos. Porque, sem uma visão de conjunto, não haverá futuro para ninguém.”

Façamos como o apóstolo Tomé, concluiu o Papa: “acolhamos a misericórdia, que é a salvação do mundo. E usemos de misericórdia para com os mais frágeis: só assim reconstruiremos um mundo novo.”

Fonte: Site do Vatican News

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