Pandemia: Igreja no Brasil presta serviços de apoio material, emocional e religioso em todo território brasileiro

DSCN0938-scaledA Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira lançaram no domingo de Páscoa, 12 de abril deste ano, a campanha “É Tempo de Cuidar”, uma ação solidária emergencial que que integra e estimula a realização em todas as 277 circunscrições eclesiásticas da Igreja católica no país (arqui/dioceses, prelazias, eparquia e administração apostólica) de iniciativas de apoio material, emocional e religioso aos afetados pelo avanço do Coronavírus no país.

Segundo o Bispo de Roraima, Dom Mário Antônio da Silva, segundo vice-presidente da CNBB e também presidente da Cáritas Brasileira, trata-se de uma iniciativa para que toda a Igreja e cada um de nós ampliemos, neste tempo de pandemia, a solidariedade. O Bispo explicou que esta ação solidária é um prolongamento e ampliação da Campanha da Fraternidade deste ano, cujo tema é “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” e o lema, extraído da parábola do Bom Samaritano (Lc 10, 33-34), é :”Viu, sentiu Compaixão e Cuidou dele”.

Dom Mário explica que as ações, já em curso em nossas dioceses, paróquias e comunidades, são incentivadas pela ação emergencial. O foco do trabalho, reforçou, são inciativas voltadas para responder às necessidades das famílias brasileiras, especialmente as que vivem em moradias precárias, das pessoas em situação de rua, dos migrantes e refugiados. “A campanha quer prestar um serviço de auxílio material, emocional e humano e espiritual ao povo brasileiro que está sofrendo os impactos do avanço do Coronavírus”, disse em referência às três dimensões da campanha.

“A ação solidária emergencial une os corações para que possamos cuidar da vida e amar o próximo. Cuidemo-nos, cuidemos uns dos outros, cuidemos dos mais necessitados”, disse. A Caridade, lembrou dom Mário, é um dos quatro pilares das Diretrizes Gerais da Ação da Igreja no Brasil (2019-2023).

Veja algumas das ações que estão sendo promovidas clicando aqui!

Fonte: Site da CNBB

Pastoral Vocacional promove iniciativas de oração e partilha nas redes sociais

semana-oração-vocações-e1588786349565No último domingo, quando a Igreja celebrou Jesus Bom Pastor, também foi o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Aqui no Brasil, a Pastoral Vocacional e o Serviço de Animação Vocacional promoveram desde o dia 27 de abril, pelas redes sociais, várias iniciativas para favorecer as preces, a divulgação e a partilha sobre o chamado do Senhor à vida religiosa, matrimonial, sacerdotal e laical.

No Instagram, a Pastoral Vocacional divulgou cards com trechos da mensagem preparada pelo Papa Francisco para o 57º Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Também foi incentivado o uso das hashtags #EuRezoPelasVocações e #JuntosEmProlDasVocações.

Em parceria com a revista de animação vocacional Rogate, foi oferecida uma opção de tema para foto do perfil do Facebook relacionado ao 57º Dia Mundial de Oração Pelas Vocações e templates para serem usados nos stories do Instagram e do Facebook.

Segundo o padre Reinaldo Leitão, religioso rogacionista e diretor da revista Rogate, a ideia de se motivar uma semana de oração pelas vocações veio da própria motivação que o Papa Francisco fez em sua mensagem para o 57° Dia Mundial de Oração pelas vocações. “A partir desta mensagem, a Revista Rogate de Animação Vocacional encabeçou este pequeno projeto para incentivar toda Igreja no Brasil a ‘vocacionalizar’ os stories das redes sociais possibilitando, assim, uma rede online de orações pelas vocações. Foi algo simples, mas que ao nosso ver possibilitou uma conexão de orações em prol das vocações e que para nós é muito importante, pois precisamos criar uma cultura vocacional”.

Neste tempo de pandemia, com as pessoas em isolamento domiciliar, o religioso ressalta a necessidade de “juntar forças para ultrapassar esta tempestade que assombra nossas famílias”, nesse sentido, a iniciativa reuniu Pastoral Vocacional Nacional, Instituto de Pastoral Vocacional, Congregação Rogacionista, Conferência dos Religiosos do Brasil e Revista Rogate.

“Juntamente com as hashtag #JuntosEmProlDasVocações #EuRezoPelasVocações foram postados nos stories destes organismos imagens e vídeos vocacionais com trechos da mensagem do Papa. Também foram produzidos por meio da Revista Rogate subsídios vocacionais, tais como terço na ótica vocacional, celebrações vocacionais etc. Foi uma simples iniciativa nas redes, mas que trouxe positivamente uma sensibilidade vocacional para o centro da ideia de que todos devemos nos comprometer em rezar, cultivar, discernir, acompanhar e motivar o florescimento vocacional seja nas redes de presença online, seja em nossas comunidades eclesiais ou nas igrejas domésticas. Rezar, animar e Servir as vocações é a nossa missão”, partilhou padre Reinaldo.

Na arquidiocese de Ribeirão Preto (SP), o Serviço de Animação Vocacional/Pastoral Vocacional produziu uma série de vídeos que são divulgados diariamente com reflexões a respeito das diversas vocações e com o convite à oração.

“Na impossibilidade de realizarmos a Semana de Oração pelas Vocações, como todos os anos, com propostas de atividades presenciais em nossas paróquias, tivemos a ideia de nos servirmos dos meios que temos ao nosso alcance: as mídias sociais. Assim, a partir do material da Pastoral Vocacional Nacional, produzimos, cada dia dessa semana, um pequeno vídeo convidando os fiéis à oração, mantendo assim nossa comunhão“, contou o padre Alexandre Canella Sanches, responsável pelo SAV na arquidiocese.

No último domingo, o arcebispo de Ribeirão Preto, dom Moacir Silva, dirigiu-se a toda a arquidiocese, recordando o 57° dia Mundial de Oração pelas Vocações e o pedido para que os fiéis rezem “por santas e generosas vocações”. Segundo padre Alexandre, a resposta à iniciativa tem sido bastante positiva, “sobretudo pelo alcance que as mídias sociais nos oferecem, além do mais, trata-se de um ‘lugar’ onde podemos nos encontrar com maior facilidade com nossos jovens”.

Outra iniciativa da arquidiocese é uma live nesta quinta-feira, 7, na página do Facebook. Na transmissão, haverá interação com diversas expressões de Vocação Eclesial: à vida sacerdotal; ao matrimônio; à Vida Consagrada; ao Diaconato Permanente. “Esperamos, com isso, ajudar a tantos que têm dificuldade de discernir a Voz do Supremo Pastor, ou que, tendo-a ouvido, estão amedrontados quanto à resposta que darão”, salienta padre Alexandre.

Fonte: site da CNBB

Papa Francisco: “A oração é o respiro da fé”

cq5dam.thumbnail.cropped.750.422-1Na Audiência Geral desta quarta-feira (06/05), realizada na Biblioteca do Palácio Apostólico, por causa da pandemia do coronavírus, o Papa Francisco iniciou um novo ciclo de catequeses, desta vez dedicado à oração.

“A oração é o respiro da fé, é a sua expressão mais apropriada. Como um grito que sai do coração de quem acredita e confia em Deus”, disse Francisco, convidando a pensar na história do cego Bartimeu, que ficava sentado na rua pedindo esmola na periferia de Jericó. “Não é um personagem anônimo, ele tem um rosto, um nome: Bartimeu, o filho de Timeu”, disse o Papa, que ouve falar que Jesus passaria por ali e faz de tudo para encontrar Jesus.

A oração de Bartimeu toca o coração de Jesus

Este homem entra nos Evangelhos como uma voz que grita com toda a força. Ele não vê. Ele não sabe se Jesus está perto ou longe, mas entende isso através da multidão, que a um certo ponto aumenta e se aproxima, mas ele está completamente sozinho e ninguém se importa com isso. E o que Bartimeu faz? Grita. Usa a única arma que tem: a voz. Começa a gritar: «Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!»

O Papa frisou que “os seus gritos insistentes incomodam e muitos o repreendem, dizendo-lhe para ficar quieto. Bartimeu não se cala, pelo contrário, grita ainda mais forte: «Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!» Essa expressão: ‘Filho de Davi’ é muito importante, significa ‘o Messias’. É uma profissão de fé que sai da boca daquele homem desprezado por todos”.

Jesus escuta o seu grito. A oração de Bartimeu toca seu coração, o coração de Deus, e as portas da salvação se abrem para ele. Jesus o chama. Ele se levanta e aqueles que antes lhe disseram para ficar calado agora o conduzem ao Mestre. Jesus fala com ele, pede para que expresse o seu desejo e então o grito se torna um pedido: «Mestre, eu quero ver de novo».

A falta de fé é habituar-se ao mal que nos oprime

Jesus lhe disse: “Vai, a tua fé te salvou”. O Senhor “reconhece a força da fé daquele homem pobre, indefeso e desprezado, que atraiu a misericórdia e o poder de Deus. A fé é ter duas mãos levantadas, uma voz que grita, implorando o dom da salvação”, disse ainda o Papa, recordando que o Catecismo da Igreja Católica afirma que “a humildade é o fundamento da oração”. “A oração nasce da terra, do húmus, de onde vem o “humilde”, a “humildade”; vem do nosso estado de precariedade, da nossa sede contínua de Deus.” A seguir, Francisco acrescentou:

A fé é um grito, a falta de fé é sufocar aquele grito, é como um “silêncio”. A fé é um protesto contra uma condição dolorosa da qual não entendemos o motivo; a falta de fé é aceitar viver uma situação à qual nos adaptamos. A fé é esperança de ser salvo; a falta de fé é habituar-se ao mal que nos oprime.

Segundo o Papa, “Bartimeu é um homem perseverante. Ao seu redor havia pessoas que diziam que implorar era inútil, que era um grito sem resposta, que era um barulho que incomodava e basta: mas ele não ficou em silêncio. E no final, conseguiu o que queria”.

No coração humano tem uma voz que invoca

“Mais forte do que qualquer argumento contrário, no coração humano tem uma voz que invoca. Uma voz que sai espontaneamente, sem que ninguém a comande, uma voz que questiona o significado de nosso caminho aqui em baixo, sobretudo quando nos encontramos na escuridão: “Jesus, tem piedade de mim! Jesus, tem piedade de todos nós!” Talvez essas palavras não estejam gravadas em toda a criação? Tudo invoca e suplica para que o mistério da misericórdia encontre sua realização definitiva”, sublinhou ainda Francisco.

O Papa concluiu sua catequese, dizendo que “os cristãos não apenas rezam, mas partilham o grito da oração com todos os homens e mulheres”. Segundo Francisco, “o horizonte ainda pode ser ampliado, pois Paulo afirma que toda a criação “geme e sofre as dores do parto”. “Os artistas muitas vezes se tornam intérpretes desse grito silencioso que preme em toda criatura e emerge no coração humano, porque o ser humano é um “mendigo de Deus”.”



Fonte: Site do Vatican News

Leia mais

NEWSLETTER
Cadastre-se e receba as novidades da Catedral.
  1. Facebook
  2. Twitter
  3. Instagram
  4. Video