Covid-19: A solidariedade dos colaboradores de Francisco
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- Terça, 07 Abril 2020 17:31
A carta, explica uma nota da Esmolaria Apostólica, foi enviada pelo cardeal Konrad Krajewski “aos cardeais, arcebispos, bispos e prelados que compõem a Capela Papal”. São os superiores eclesiásticos da Cúria Romana, ou seja, os cerca de 250 entre chefes de dicastérios, secretários e outros prelados. “Um convite à solidariedade”, lê-se, “para participar no sofrimento daqueles que estão em dificuldade”.
Devido à pandemia do Covid-19, afirma o comunicado “as celebrações litúrgicas presididas pelo Santo Padre durante a Semana Santa serão vividas sem a presença daqueles que, segundo o Motu Proprio Pontificalis Domus, compõem a Capela Pontifícia”. E assim o Esmoleiro “pede para estarem unidos intimamente e de uma forma especial ao Pontífice, Bispo de Roma que “preside à comunhão universal da caridade” (Concílio Ecumênico Vaticano II, Constituição Lumen Gentium,13), através de uma oferta. O Santo Padre – especifica a nota -, decidirá então o destino das ofertas recolhidas para a emergência sanitária”.
Fonte: Site do Vatican News
Iniciativa do terço da Esperança e da Solidariedade tem continuidade nesta quarta-feira
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- Terça, 07 Abril 2020 16:31
Em comunhão com toda a Igreja no Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) continua sua iniciativa de oração nesta quarta-feira, 8 de abril, às 15h30. Mais uma vez será formada uma corrente nacional com a oração do Terço da Esperança e da Solidariedade, que será transmitido pelas TVs de inspiração católica do país, emissoras de rádio e pelas páginas da Conferência no Facebook e no Youtube.
Conduzirá o momento de oração em torno da emergência de saúde pública da covid-19 o arcebispo de Curitiba (PR) e presidente da Comissão para a Animação Bíblico Catequética da CNBB, dom José Antônio Peruzzo, diretamente do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba.
O Terço da Esperança e da Solidariedade é uma iniciativa da CNBB que, frente à pandemia do novo coronavírus e em comunhão com o Papa Francisco no compromisso de intensificar as orações neste período, une todo o Brasil em um momento comum de oração.
Para compartilhar os momentos de oração nas redes sociais use a hashtag adotada pelo Papa Francisco: #rezemosjuntos
Fonte: Site da CNBB
Papa: no drama da pandemia, pedir a graça de viver para servir
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- Segunda, 06 Abril 2020 18:06
Em meio à pandemia, não só a Praça São Pedro vazia, mas também a Basílica Vaticana, onde o Papa Francisco presidiu à celebração eucarística neste Domingo de Ramos.
Com o Pontífice, o mestre das cerimônias litúrgicas, mons. Guido Marini, poucos diáconos, um único cardeal, alguns leigos e religiosas. Também o coral foi em número reduzido.
As oliveiras e os ramos perto do altar da Cátedra lembravam a entrada triunfante de Jesus em Jerusalém.
Na homilia, o convite do Papa foi para se deixar guiar pela Palavra de Deus na Semana Santa, que, quase como um refrão, mostra Jesus como servo: na Quinta-feira Santa, é o servo que lava os pés aos discípulos; na Sexta-feira Santa, é apresentado como o servo sofredor e vitorioso (cf. Is 52, 13); e já amanhã, Isaías profetiza: «Eis o meu servo que Eu amparo» (42, 1).
“Deus salvou-nos, servindo-nos. Geralmente pensamos que somos nós que servimos a Deus. Mas não; foi Ele que nos serviu gratuitamente, porque nos amou primeiro. É difícil amar, sem ser amado; e é ainda mais difícil servir, se não nos deixamos servir por Deus.”
Traição e abandono
O Senhor, explicou o Papa, nos serviu dando a sua vida por nós, a ponto de experimentar as situações mais dolorosas para quem ama: a traição e o abandono.
Jesus sofreu a traição do discípulo que O vendeu e do discípulo que O renegou, foi traído pela multidão, pela instituição religiosa e pela instituição política.
Quando sofremos traições, a vida parece deixar de ter sentido. Isso porque nascemos para ser amados e para amar.
“Olhemos dentro nós mesmos; se formos sinceros para conosco, veremos as nossas infidelidades. Tanta falsidade, hipocrisia e fingimento! Tantas boas intenções traídas! Tantas promessas quebradas! Tantos propósitos esmorecidos! O Senhor conhece melhor do que nós o nosso coração; sabe como somos fracos e inconstantes.”
O que Ele faz para nos servir é tomar sobre Si as nossas infidelidades, removendo as nossas traições. Assim, nós, em vez de desanimarmos com medo de não ser capazes, podemos levantar o olhar para o Crucificado e seguir em frente.
Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste?
Sobre o abandono de Jesus, nada é mais impressionante do que as palavras pronunciadas por Ele na cruz: Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste?
No abismo da solidão, pela primeira vez Jesus O designa pelo nome genérico de «Deus». Na realidade, explicou Francisco, trata-se das palavras de um Salmo (cf. 22, 2), que dizem como Jesus levou à oração inclusive a extrema desolação.
O porquê de tudo isto, mais uma vez encontramos na palavra serviço. Jesus morreu por nós, para nos servir. Lembremo-nos de que não estamos sós:
“Hoje, no drama da pandemia, perante tantas certezas que se desmoronam, diante de tantas expetativas traídas, no sentido de abandono que nos aperta o coração, Jesus diz a cada um: Coragem! Abra o coração ao meu amor.”
Estamos no mundo para amar a Ele e aos outros, disse ainda o Papa: “o resto passa, isto permanece. O drama que estamos atravessando impele-nos a levar a sério o que é sério, a não nos perdermos em coisas de pouco valor; a redescobrir que a vida não serve, se não se serve. Porque a vida mede-se pelo amor”.
Jovens: viver para servir
A exortação do Pontífice, nestes dias da Semana Santa, em casa, é permanecer diante do Crucificado. Diante de Deus, pedir a graça de viver para servir. “Procuremos contatar quem sofre, quem está sozinho e necessitado. Não pensemos só naquilo que nos falta, mas no bem que podemos fazer.”
A senda do serviço, concluiu Francisco, é o caminho vencedor, que nos salvou e salva a vida. E essas palavras foram dedicadas aos jovens, que hoje celebram a 35 Jornada Mundial da Juventude:
“Queridos amigos, olhem para os verdadeiros heróis que vêm à luz nestes dias: não são aqueles que têm fama, dinheiro e sucesso, mas aqueles que se oferecem para servir os outros. Sintam-se chamados a arriscar a vida. Porque a maior alegria é dizer sim ao amor, sem se nem mas… Como fez Jesus por nós.”
Fonte: Site do Vatican News
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