CRB promove Semana Nacional da Vida Consagrada e recebe carta de Papa Francisco

CRB-promove-pela-primeira-vez-Semana-Nacional-da-Vida-ConsagradaPela primeira vez, dentro do Mês Vocacional, a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) realiza, desde domingo (16), uma semana dedicada à vida religiosa. A Semana Nacional da Vida Consagrada tem o tema “Amados e Chamados por Deus”, o mesmo dedicado ao mês temático.

Segundo a presidente da CRB, Irmã Maria Inês, a iniciativa foi pensada não somente para celebrar no terceiro domingo de agosto o dia do/a religioso/a, como também destinar toda a terceira semana para celebração, formação e divulgação da vocação à vida consagrada. O evento acontece até 22 de agosto e, em seu decorrer, a CRB preparou quatro momentos a nível nacional, “isto porque também as 20 seções regionais estarão fazendo cada uma a sua programação”, explica Irmã Maria Inês.

O primeiro momento foi a missa de abertura, celebrada no domingo (16) na Catedral Metropolitana de Brasília. Nesta segunda-feira, dia 17, às 16h, haverá uma live com o tema “A relevância da vida consagrada nos tempos atuais”. Para este momento, participarão o cardeal prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, dom João Braz de Aviz, o bispo referencial para a vocação cristã, dom João Inácio Muller, e a presidente da CRB, Irmã Maria Inês Ribeiro.

No dia 19, quarta-feira, das 20h às 21h30, haverá uma análise de conjuntura com o tema “Diálogos Formativos: o Chamado de Deus diante das Circunstâncias atuais”, que contará com a assessoria de Moisés Sbardelotto, doutor em Comunicação. Por fim, na sexta-feira (21), das 20h às 21h30, haverá mais um momento formativo com o frei Vanildo Luís Zugno, que falará sobre o tema “Diálogos Formativos: Os Conselhos Evangélicos à luz do Sínodo da Amazônia”.

Todas as lives poderão ser acompanhadas no Facebook e Youtube da CRB.


Papa Francisco envia carta aos religiosos e religiosas do Brasil

Por ocasião da Semana da Vida Religiosa Consagrada, que se realiza entre os dias 16 e 22 de agosto e que visa promover e renovar a missão deles na terra de Santa Cruz, o Papa Francisco enviou uma carta a todos os religiosos e religiosas do Brasil. O Santo Padre inicia a missiva saudando os consagrados e consagradas do país e exprime a sua alegria em se unir em espírito às orações e iniciativas promovidas pela Conferência dos Religiosos do Brasil.

Francisco, em seguida, recorda “que a caminhada vocacional tem sua origem na experiência de saber-se amado por Deus: a própria vida já é fruto de uma chamada de Deus; nos chamou à vida porque nos ama e tudo predispôs para que cada um de nós fosse único, acompanhando-nos ao longo das estradas poeirentas da nossa vida e, sabendo da nossa pungente nostalgia de amor e felicidade, chama-nos à alegria, que se encontra somente no dom de si aos outros” (cf. Mensagem para o 55º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, 22/2/2018).

O Santo Padre fala ainda dos desafios impostos pela sociedade atual, que vive numa mudança de época, salientando que “é preciso estar vigilante, a fim de se evitar a tentação de ter um olhar mundano, que nos impede ver a graça de Deus como protagonista da vida e nos leva a sair à procura de qualquer substituto” (cf. Homilia no 24º Dia Mundial da Vida Consagrada, 01/02/2020). O melhor antídoto contra a tentação – continua Francisco -, é dar prioridade à oração em meio a todas as nossas atividades, certos de que a pessoa que mantém o olhar fixo em Jesus aprende a viver para servir, pois experimenta aquilo que disse o profeta Isaías: “És precioso a meus olhos… Eu te amo” (43,4).

Então, para buscar uma maior promoção e renovação da vida e missão dos consagrados no Brasil, nasce o convite do Papa a “novamente fazer aquela pergunta que tinha proposta na Carta Apostólica aos Consagrados, em 2014: ‘Jesus é verdadeiramente o primeiro e o único amor, como nos propusemos quando professamos os nossos votos?’ Só em caso afirmativo – sublinha Francisco -, poderemos, como é nosso dever, amar verdadeira e misericordiosamente cada pessoa que encontramos no nosso caminho, porque teremos aprendido dele o que é o amor e como amar: saberemos amar, porque teremos o seu próprio coração”.

Francisco encerra a sua carta aos consagrados e consagradas do Brasil desejando confirmar tais propósitos e pedindo a intercessão de Nossa Senhora Aparecida para que essa Semana da Vida Religiosa Consagrada seja muito fecunda, e envia a todos a Bênção Apostólica, pedindo que não deixem de rezar por ele. A carta, que tem a data de 5 de agosto de 2020, foi publicada no site da CRB Nacional, Conferência dos Religiosos do Brasil.

*Fontes: Sites da CNBB e do Vatican News

A generosidade que transforma vidas na terra de Jesus

generosidadeIgrejas que ajudam outras Igrejas, em uma rede contínua de fraternidade. Esta é uma marca registrada da comunidade cristã em todo o mundo. Mas há uma para o qual a ajuda recebida das Igrejas do planeta assume um valor único. É aquela que tem as suas raízes – as pedras da sua história, os espaços de sua geografia – diretamente no Evangelho. É a Igreja dos Lugares Santos, de Jerusalém, Belém, Nazaré, que a cada ano reserva uma ajuda específica assegurada pela Coleta para a Terra Santa, recolhida em todas as comunidades eclesiais na Sexta-feira Santa. Um costume não observado este ano em função da pandemia.

Nova data para um dia solene

Em abril passado, quando a crise de Covid-19 havia transformado em deserto as paróquias de muitos países europeus – tradicionalmente na vanguarda da Coleta – o Papa Francisco havia aprovado a proposta de adiar esta coleta de ofertas para 13 de setembro de 2020. Uma data, explica o padre franciscano Francesco Patton, Custódio da Terra Santa, escolhida “porque é o domingo mais próximo da festa da Exaltação da Santa Cruz, que celebramos aqui em Jerusalém – explicou ele – com particular solenidade, para recordar até que ponto chegou o amor do Filho de Deus por nós: a ponto de dar a vida na Cruz, pela nossa salvação”.

Ajuda inestimável

O padre Patton ilustra em um vídeo as mil formas que a Coleta costuma assumir, uma vez que as ofertas das paróquias e dioceses de todas as latitudes chegam à Custódia. As necessidades são de todos os tipos e não dizem respeito somente à manutenção dos lugares santos, da Basílica da Natividade ao Santo Sepulcro.

“Graças àquilo que vocês, cristãos de todo o mundo, dão generosamente”, explica o padre Patton, “poderemos apoiar a ação pastoral das paróquias que nos foram confiadas; poderemos garantir uma educação de qualidade aos mais de 10 mil estudantes que frequentam nossas escolas; poderemos ajudar as jovens famílias a encontrar uma casa; poderemos ajudar os trabalhadores migrantes cristãos a se sentirem acolhidos, mesmo que estejam longe de sua pátria; poderemos estar ao lado das populações atingidas pela guerra na Síria e dos refugiados agora espalhados nos diversos países onde vivemos nossa missão”.

São tantas as formas de expressar ao menos uma vez por ano o apoio – como diria Francisco – à “carne de Cristo” nos lugares onde Cristo se fez carne por todos.

Fonte: Site Vatican News

CNBB realizará Dia de Oração e Reflexão sobre o Pacto pela Vida e pelo Brasil

Dia-de-Oração-e-Reflexão-pelo-Vida-e-pelo-Brasil-1200x762 c-scaledA Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizará, no próximo 15 de agosto, o Dia de Oração e Reflexão sobre o Pacto pela Vida e pelo Brasil. O Pacto foi assinado em 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, por seis entidades representativas de diversos setores da sociedade brasileira. O documento foi lançado num período em que o Brasil se deparava com o agravamento da pandemia.

O Pacto começou a ser elaborado cerca de um mês antes, por meio de reuniões entre representantes das entidades signatárias, todas bastante preocupadas com o quadro que se agravava no país. A CNBB, seguindo a trajetória de seis décadas de compromisso evangélico com a realidade nacional, fez parte, desde o primeiro momento, das reflexões e da formulação do texto.

Porque essa preocupação

Para o arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da CNBB, a entidade assinou o Pacto pela vida e pelo Brasil impulsionada por sua fidelidade ao Evangelho de Jesus Cristo, fonte inesgotável da luz da verdade, luz indispensável para clarear caminhos e rumos novos que a sociedade brasileira precisa, com urgência, para construir um novo tempo.

Segundo ele, a missão evangelizadora da Igreja, no rico e interpelante horizonte de sua Doutrina Social, não se exime na tarefa de, em cooperação com segmentos da sociedade civil, no que lhe é próprio e devido, ajudar a superar injustiças e discriminações para com os pobres e vulneráveis, defesa dos direitos e promoção da justiça, apoio à democracia e contribuição na conquista do Bem comum. “A Igreja assim o faz, estando no coração do mundo solidária, na força do testemunho do Reino de Deus, a caminho”, afirmou.

Para o bispo auxiliar do Rio de Janeiro, dom Joel Portella Amado, secretário- geral da CNBB, não se tratava, como continua não se tratando, apenas do aspecto sanitário, ou seja, da doença em si, porém de muitos outros aspectos, entre os quais as consequências econômicas, sociais, políticas e a desinformação.

Quando juntamos tudo isso, explica dom Joel, temos uma situação que exige posicionamento. Conforme o primeiro parágrafo do Pacto, não se trata, portanto, de um único aspecto, mas de uma complexa realidade que exige “de todos, especialmente de governantes e representantes do povo, o exercício de uma cidadania guiada pelos princípios da solidariedade e da dignidade humana, assentada no diálogo maduro, corresponsável”.

Um caminho de diálogo, comunhão e parceria

O Pacto, explica o arcebispo de Porto Alegre (RS), dom Jaime Spengler, primeiro vice-presidente da CNBB, aponta para entendimento, compromisso, concordância, no caso estabelecidos entre diversas entidades da sociedade. “Expressa, pois, desejo, disposição e empenho para, diante da gravidade do momento sócio-econômico-político, colaborar na busca de um novo tempo para o Brasil. Ele é, portanto, expressão do empenho de diversas entidades da sociedade, rumo a um consenso em torno da necessidade de promover os princípios da solidariedade e da dignidade humana”, afirmou.

Lembrando a necessidade da construção de agendas e políticas públicas para o enfrentamento da pandemia sanitária e suas consequências, as entidades signatárias recordam que cabe ao Governo Federal promover, como reforçado em no quarto parágrafo do Pacto, o “diálogo, presidindo o processo de grandes e urgentes mudanças (…) ultrapassando a insensatez das provocações e dos personalismos”, em vista do bem de todo o povo brasileiro.

Enfrentamento solidário das mazelas do povo brasileiro

O vírus colocou às claras inúmeras situações vivenciadas pela maioria do povo brasileiro, desassistido em muitas frentes, das quais se destaca a saúde. Por isso, o Pacto, em seu sexto parágrafo, afirma “não é justo jogar o ônus da imensa crise nos ombros dos mais pobres e trabalhadores”.

Essa realidade, lembra o bispo de Roraima (RR), dom Mario Antônio da Silva, segundo vice-presidente, não é uma etapa casual, mas o produto de determinadas situações e estruturas econômicas, sociais e políticas, com agravantes às populações vulneráveis neste tempo de pandemia. Esse fato, destaca dom Mario, clama o cumprimento das exigências da justiça e nos interpela à prática da solidariedade como sinal de autenticidade evangélica.

Se a pandemia, como o próprio nome indica, é um fenômeno generalizado, assim também deve ser o seu enfrentamento. Por isso, a proposta das entidades signatárias é que o Pacto seja “abraçado por toda a sociedade brasileira em sua diversidade, … fortalecendo nossa democracia, mantendo-nos irredutivelmente unidos”, conforme destaca seu décimo parágrafo. “É hora de entrar em cena no Brasil o coro dos lúcidos, fazendo valer a opção por escolhas científicas, políticas e modelos sociais que coloquem o mundo e a nossa sociedade em um tempo, de fato, novo”, diz trecho documento.

É por isso que o Pacto precisa ser efetivamente colocado em prática, ainda mais quando o Brasil atinge e mesmo ultrapassa a marca dos cem mil mortos, não se vislumbrando soluções a curto prazo. O Pacto, destaca dom Jaime, oferece um leque de oportunidades para que cada entidade, a partir do que lhe é próprio, se engaje de forma determinada na promoção da vida, em especial dos mais vulneráveis.

Não apenas um documento

Dom Joel completa afirmando “não se tratar apenas de um documento a mais em meio a tantos, mas um processo, um conjunto de atitudes que não podem ser adiadas”. Em razão disto, o Conselho Permanente, órgão deliberativo mais importante da CNBB, abaixo apenas da Assembleia Geral da Conferência, aprovou por unanimidade que se faça uma consulta ampla a todos os bispos e, por meio desses, às demais instâncias da ação evangelizadora no Brasil, de modo que, através da colaboração de todos, em clima de fraternidade e comunhão, se possa contribuir para a superação de um quadro tão triste como o atual.

Com o dia de oração e reflexão, informa o secretário-geral da CNBB, inicia-se um processo que deve durar enquanto a pandemia durar. O ideal, destaca dom Joel, seria não precisarmos fazer isso. “Se é necessário fazer, nós o faremos, dialogando continuamente com as demais entidades que assinaram o Pacto e com todas as outras que desejarem unir forças”, disse.

As informações para o aprofundamento do Pacto Pela Vida e Pelo Brasil podem ser obtidas aqui no site da CNBB, que será atualizado continuamente, enquanto durar a pandemia.

Fonte: Site da CNBB

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