O sentido evangélico do Dia da Caridade do Papa

Dom-Krajewski-nas-ruas-de-Roma-matéria-pra-publ.-sexta“Cumprir com alegria as obras de caridade a favor dos que sofrem no corpo e no espírito é o modo mais autêntico de viver o Evangelho, é o fundamento necessário para que as nossas comunidades possam crescer na fraternidade e no acolhimento recíproco”.

São palavras do Papa Francisco no Angelus de 18 de março de 2018 ao explicar o sentido da caridade. Esta frase indica também as motivações do Dia da Caridade, promovido pela Conferência Episcopal Italiana (CEI) em colaboração com o Óbolo de São Pedro. Esse dia é celebrado todos os anos no domingo próximo ao dia 29 de junho, Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo como um gesto de fraternidade: assim todos os fiéis podem participar da ação do Pontífice para ajudar os mais carentes e as comunidades eclesiais em dificuldade.

Trata-se de um gesto antigo que remonta à primeira comunidade dos apóstolos e que continua a se repetir nos séculos porque a caridade é sinal distintivo dos discípulos de Jesus:

“ Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros (Jo 13, 35) ”

Para o Papa, tornar a caridade e a sua gestão cada vez mais eficiente é um objetivo fundamental. Por isso o Santo Padre decidiu nomear cardeal Dom Konrad Krajewski em 28 de junho de 2018 – que já era o responsável da Esmolaria Apostólica desde 2013 – institucionalizando deste modo, também para o futuro, um perfil mais alto para promover a ajuda aos pobres.

Neste ano serão muitas as atividades em programa para ajudar os que mais necessitam e Dom Krajewski está sempre pelas ruas de Roma para encontrar os pobres e os sem-teto. Esta atitude é um pedido do Papa Francisco para que “saia” pelas ruas dizendo-lhe que não seria preciso escrivaninha no seu escritório.

“ A caridade não é uma prestação estéril, nem sequer um simples óbolo a destinar para silenciar a nossa consciência (Papa Francisco) ”

Fonte: Site Vatican News

Presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira, faz balanço da 99ª reunião do Conselho Permanente da CNBB

Conselho-PermanenteTerminada a 99ª reunião do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que aconteceu em Brasília (DF), de 25 a 27/06, o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte (MG) e presidente da entidade, dom Walmor Oliveira de Azevedo fez um balanço dos debates e encaminhamentos do encontro. Trata-se da primeira reunião do Conselho Permanente sob o mandato da nova presidência eleita na 57ª Assembleia Geral da CNBB realizada em Aparecida (SP), em maio deste ano.

A reunião, da qual participam a presidência da CNBB, bispos que presidem as comissões episcopais pastorais, os bispos que presidem os 18 regionais da CNBB e representantes de organismos eclesiais da Igreja no Brasil, contou com um quadro renovado de participantes após o processo de assembleias e eleições nacional e em quase todos os regionais.

Dom Walmor ressaltou o caminho bonito vivenciado na reunião que, segundo ele, contou com a fecundidade da comunhão entre os bispos e com o trabalho de muitos assessores e colaboradores tendo em vista a realização da grande missão da Igreja: “anunciar o Evangelho de Jesus Cristo e ajudar o mundo a abrir-se ao amor de Deus”.

O Conselho Permanente, segundo o Estatuto e Regimento da CNBB, é responsável pela orientação e acompanhamento da entidade e dos organismos a ela vinculados. O órgão, constituído pela presidência, presidentes das comissões episcopais e membros eleitos dos 18 conselhos episcopais regionais, também tem caráter eletivo e deliberativo. Sua próxima reunião está marcada para 26 a 28 de novembro deste ano.

Fonte: Site da CNBB

“Tempo da Criação”: um mês de oração e ação ecumênica

cq5dam.thumbnail.cropped.1500.844“Todos participamos do Tempo da Criação!” É a solicitação que o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral faz a todos os bispos por meio de uma carta a eles enviada recentemente, conforme divulgado numa nota pelo organismo vaticano, na terça-feira (18).

Um convite aos pastores a preparar essa celebração ecumênica mundial de oração e ação para proteger a nossa Casa comum, com a duração de um mês, “como parte de sua responsabilidade de guia pastoral”.

Celebrar a vida, proteger a Criação

O Movimento Católico Global pelo Clima e a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) se unem a esta iniciativa do Dicastério. O convite é dirigido também a todas as comunidades eclesiais para que celebrem a vida e protejam a criação de Deus. Um texto com imagens oferece ideias para viver o evento: encontros de adoração e oração, coleta de lixo, apelos para uma mudança das políticas a fim de limitar o aquecimento global, e formação de comitês para promover a ecologia integral e participar da defesa, colocando em prática a Laudato si.

Muitas dioceses e paróquias no mundo já estão planejando seus eventos. O Tempo da Criação é um momento ecumênico partilhado pela Comunhão Anglicana, pela Federação Luterana Mundial, pelo Conselho Mundial de Igrejas e pela Aliança Evangélica Mundial. O site do Tempo da Criação é SeasonofCreation.org/it e contém mais informações.

“A rede da vida”: biodiversidade em risco

O tema sugerido este ano pelo Comitê diretivo ecumênico é “A rede da vida” e pretende enfatizar a necessidade de proteger a biodiversidade. A perda de espécies está, de fato, acelerando. Um recente relatório das Nações Unidas estima que uma a cada nove espécies de todas as existentes na Terra hoje está em risco de extinção. O Tempo da Criação também tem uma forte conexão com o próximo Sínodo dos Bispos para a Amazônia que discutirá a ecologia integral.

O secretário executivo da Rede Eclesial Pan-Amazônica, Mauricio Lopez, conforme o comunicado, afirmou que: “O Tempo da Criação é uma oportunidade para refletir sobre as maneiras em que amamos as culturas em todas as suas diversidades, especialmente a diversidade das comunidades na Amazônia. É uma oportunidade para amar o rosto de Deus e como se apresenta na Amazônia”.

Somos todos parte da natureza

A carta referida no comunicado do organismo vaticano é assinada pelo secretário do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, mons. Bruno Marie Duffé, que sublinha no texto que “cuidar da Criação ajuda a proteger o legado que o Criador nos deu, uma herança essencial para o nosso bem-estar”. Recorda que o Papa Francisco na Laudato si’ diz: “Isto impede-nos de considerar a natureza como algo separado de nós ou como uma mera moldura da nossa vida. Estamos incluídos nela, somos parte dela e compenetramo-nos”.

Mons. Duffé também menciona o Papa Bento XVI quando, no encontro com o clero da diocese de Bolzano-Bressanone, a propósito do nosso dever de cuidar da natureza disse que a tarefa de “subjugá-la nunca foi entendido como uma ordem para torná-la escrava, mas sim como a tarefa de ser guardiões da criação e desenvolver os seus dons”.

Cristãos chamados a proteger a Criação

O prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, cardeal Peter Turkson, confirmou previamente outra carta de apoio ao Tempo da Criação, junto com o arcebispo de Cantuária, com o representante do Patriarca Ecumênico Bartolomeu e muitos outros. O texto afirma que “com o agravamento da crise ambiental, nós cristãos somos urgentemente chamados a ser testemunhas de nossa fé, agindo com coragem para proteger o dom que partilhamos”.

O comunicado relata a declaração do diretor executivo do Movimento Católico Global pelo Clima, Tomás Insua, que afirma: “Celebramos o Tempo da Criação todos os anos porque é uma parte essencial da nossa fé. Honrar o Criador, proteger os vulneráveis: estes são os valores fundamentais que acolhemos como católicos e cristãos”.

Cardeal Barreto: unidos em oração e ação

Em entrevista à seção hispano-americana do Vatican News, o cardeal peruano Pedro Barreto Jimeno, vice-presidente da Repam, explicou que a Amazônia está no centro da iniciativa do Tempo da Criação, porque é uma realidade importante não só para as comunidades locais, mas também para toda a humanidade.

De fato, a Amazônia produz 20% do oxigênio do mundo. É uma região que absorve grandes quantidades de dióxido de carbono, tanto que é chamada de um dos pulmões do mundo. O purpurado enfatizou que com esta iniciativa, “queremos honrar a Deus Criador e proteger a sua criação, sua Casa comum que é a casa que Ele nos deu”.

Para o cardeal Barreto, um aspecto fundamental de nossa fé é que as comunidades locais em todo o mundo se unam neste movimento global de oração e ação pelo cuidado da vida e de nossa Casa comum.

Fonte: Site Vatican News

Leia mais

NEWSLETTER
Cadastre-se e receba as novidades da Catedral.
  1. Facebook
  2. Twitter
  3. Instagram
  4. Video