Bispo sobre atentado em Suzano: pedir a graça de sermos promotores da paz

SuzanoA diocese de Mogi das Cruzes (SP), à qual pertence a região de Suzano, se manifestou acerca do atentado que deixou oito mortos na Escola Estadual Raul Brasil.

Dom Pedro Luiz Stringhini, bispo diocesano de Mogi das Cruzes (SP), ficou “consternado” ao receber as notícias e transmite seu pesar aos familiares dos alunos do colégio e, principalmente, aos que choram a perda de seus entes queridos.

O bispo pede “a Deus para que derrame sobre cada um deles os dons da serenidade espiritual e da esperança cristã, pois, nossa fé se fundamenta nas promessas e na vitória de Nosso Senhor Jesus Cristo”.

“Enquanto Diocese, todo o clero e fiéis leigos, unimo-nos em oração pelos atingidos neste brutal ataque à Escola Raul Brasil, nas preces pelos falecidos, inclusive pelos autores deste triste ocorrido, pedindo a Deus que os acolha na Sua misericórdia e pela recuperação dos que foram atingidos”, escreve Dom Pedro, que afirma repudiar “qualquer ato de violência”.

“Pedimos a Deus a graça de sermos promotores da paz em nosso país e no mundo. Com uma saudação fraterna e dolorosa, nós nos unimos a todos.”

Fonte: Site Vatican News

Na intenção de março, Francisco pede que fiéis rezem pelos cristãos perseguidos

Francisco-em-oração“Talvez seja difícil de acreditar, mas hoje há mais mártires do que nos primeiros séculos”. Este é um trecho do “Vídeo do Papa”, que neste mês de março convida os fiéis a rezarem pelas comunidades cristãs perseguidas.

Gestos cotidianos como o sinal da Cruz, ler a Bíblia, participar da Missa aos domingos e rezar o Terço são proibidos em determinadas regiões do planeta. Segundo o relatório sobre Liberdade Religiosa no Mundo, da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), os cristãos são o grupo mais perseguido. Este direito fundamental do ser humano se vê ameaçado gravemente em 38 países, 21 dos quais estão classificados como perseguição.

“Em muitos lugares do mundo, a liberdade religiosa não é algo abstrato: é uma questão de sobrevivência. Não se trata de discutir se um ou outro se sente mais ou menos cômodo com as bases ideológicas da liberdade religiosa; trata-se de evitar um banho de sangue!”, recorda Thomas Heine-Geldern, presidente executivo da AIS.

Sutil discriminação

Por sua vez, o diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa e do Movimento Eucarístico Jovem, Padre Frédéric Fornos, SJ, afirma que “a situação dos cristãos perseguidos no mundo nos parece cada dia menos distante e abstrata. São eles, mas poderia ser conosco. Como diz o Santo Padre, mesmo em países que em teoria e na legislação se tutelam a liberdade e os direitos humanos, pode estar presente uma sutil discriminação”.

“Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem e perseguirem, e disserem falsamente todo tipo de mal contra vós, por causa de mim” (Mateus 5, 11).

Confira o vídeo do mês de março:



Fonte: Site do Vatican News

Campanha da Fraternidade: Mensagem do Papa Francisco ao povo brasileiro

Papa-Francisco-com-a-imagem-de-Nossa-Senhora-AparecidaComo já é tradição, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abriu oficialmente nesta quarta-feira de Cinzas, (06), a Campanha da Fraternidade (CF). Neste ano de 2019 o tema é “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1,27).

Nesta Campanha, que se desenvolve mais intensamente no período da Quaresma, a Igreja Católica busca chamar a atenção dos cristãos para o tema das políticas públicas, ações e programas desenvolvidos pelo Estado para garantir e colocar em prática direitos que são previstos na Constituição Federal e em outras leis.

Igreja quer estimular a participação em políticas públicas

Nesta CF 2019, a Igreja no Brasil pretende estimular a participação dos cristãos em políticas públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais da fraternidade. O texto-base da campanha descreve, entre outros tópicos, sobre o ciclo e etapas de uma política pública e faz a distinção entre as políticas de governo e as políticas de Estado, bem como apresenta os canais de participação social, como os conselhos previstos na Constituição Federal de 1988.

Todos os anos, a CNBB apresenta a CF como caminho de conversão quaresmal. É uma atividade ampla de evangelização que pretende ajudar os cristãos e pessoas de boa vontade a vivenciarem a fraternidade em compromissos concretos, provocando, ao mesmo tempo, a renovação da vida da Igreja e a transformação da sociedade, a partir de temas específicos. Em 2019, a Conferência convida todos a percorrer o caminho da participação na formulação, avaliação e controle social das políticas públicas em todos os níveis como forma de melhorar a qualidade dos serviços prestados ao povo brasileiro.

Mensagem do Papa Francisco

O Papa Francisco também este ano enviou uma mensagem por ocasião da abertura da Campanha da Fraternidade. Eis a íntegra da mensagem do Santo Padre:

Queridos irmãos e irmãs do Brasil!

Com o início da Quaresma, somos convidados a preparar-nos, através das práticas penitenciais do jejum, da esmola e da oração, para a celebração da vitória do Senhor Jesus sobre o pecado e a morte. Para inspirar, iluminar e integrar tais práticas como componentes de um caminho pessoal e comunitário em direção à Páscoa de Cristo, a Campanha da Fraternidade propõe aos cristãos brasileiros o horizonte das “políticas públicas”.

Muito embora aquilo que se entende por política pública seja primordialmente uma responsabilidade do Estado cuja finalidade é garantir o bem comum dos cidadãos, todas as pessoas e instituições devem se sentir protagonistas das iniciativas e ações que promovam «o conjunto das condições de vida social que permitem aos indivíduos, famílias e associações alcançar mais plena e facilmente a própria perfeição» (Gaudium et spes, 74).

Cientes disso, os cristãos – inspirados pelo lema desta Campanha da Fraternidade «Serás libertado pelo direito e pela justiça» (Is 1,28) e seguindo o exemplo do divino Mestre que “não veio para ser servido, mas para servir” (Mt 20,28) – devem buscar uma participação mais ativa na sociedade como forma concreta de amor ao próximo, que permita a construção de uma cultura fraterna baseada no direito e na justiça. De fato, como lembra o Documento de Aparecida, «são os leigos de nosso continente, conscientes de sua chamada à santidade em virtude de sua vocação batismal, os que têm de atuar à maneira de um fermento na massa para construir uma cidade temporal que esteja de acordo com o projeto de Deus» (n. 505).

De modo especial, àqueles que se dedicam formalmente à política – à que os Pontífices, a partir de Pio XII, se referiram como uma «nobre forma de caridade» (cf. Papa Francisco, Mensagem ao Congresso organizado pela CAL-CELAM, 1/XII/2017) – requer-se que vivam «com paixão o seu serviço aos povos, vibrando com as fibras íntimas do seu etos e da sua cultura, solidários com os seus sofrimentos e esperanças; políticos que anteponham o bem comum aos seus interesses privados, que não se deixem intimidar pelos grandes poderes financeiros e mediáticos, sendo competentes e pacientes face a problemas complexos, sendo abertos a ouvir e a aprender no diálogo democrático, conjugando a busca da justiça com a misericórdia e a reconciliação» (ibid.).

Refletindo e rezando as políticas públicas com a graça do Espírito Santo, faço votos, queridos irmãos e irmãs, que o caminho quaresmal deste ano, à luz das propostas da Campanha da Fraternidade, ajude todos os cristãos a terem os olhos e o coração abertos para que possam ver nos irmãos mais necessitados a “carne de Cristo” que espera «ser reconhecido, tocado e assistido cuidadosamente por nós» (Bula Misericórdia vultus, 15). Assim a força renovadora e transformadora da Ressurreição poderá alcançar a todos fazendo do Brasil uma nação mais fraterna e justa. E para lhes confirmar nesses propósitos, confiados na intercessão de Nossa Senhora Aparecida, de coração envio a todos e cada um a Bênção Apostólica, pedindo que nunca deixem de rezar por mim.


Vaticano, 11 de fevereiro de 2019.
[Franciscus PP.]


Fonte: Site Vatican News

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