Papa: “os pecados não desfiguram nossa identidade aos olhos de Deus”

prisao-corredor-celas- -foto-Carles-Rabada-via-UnsplashA pena de morte alimenta um sentimento de vingança que se transforma num veneno perigoso para o corpo das nossas sociedades civis. É o que escreve o Papa Francisco no prefácio do livro “Um cristão no corredor da morte: Meu compromisso ao lado dos condenados”, escrito por Dale Recinella.

O autor é um ex-advogado de 72 anos que acompanha espiritualmente os condenados à morte em algumas penitenciárias da Flórida, nos Estados Unidos, desde 1998. Em seu livro, Recinella narra a experiência que nasceu do encontro com Jesus.

Francisco destaca que a experiência com Cristo leva à mudança de vida. “Jesus é capaz de revolucionar nossos projetos, aspirações e perspectivas. Conhecê-lo significa encher nossa existência de significado, porque o Senhor nos oferece a alegria que não passa. Porque é a própria alegria de Deus”, expressa.

Voltando-se para a missão de Recinella, o Papa a descreve como “muito difícil, arriscada e árdua de realizar”, uma vez que lida diretamente com o mal em diversas dimensões: o mal causado às vítimas, que não pode ser reparado; o mal que vive o condenado, sabendo que está destinado à morte; o mal que, com a prática da pena de morte, é instaurado na sociedade.


Contra a pena de morte

Neste contexto, o Pontífice reafirma a posição da Igreja, contrária à execução de condenados. “Como já reiterei várias vezes, a pena de morte não é de forma alguma a solução para a violência que pode afetar pessoas inocentes”, escreve.

O Santo Padre salienta que os Estados deveriam se preocupar em permitir aos prisioneiros a oportunidade de mudarem realmente de vida. Ao invés disso, observa, têm investido dinheiro e recursos na sua execução, “como se fossem seres humanos que já não são dignos de viver e que devem ser eliminados”.

O próprio Jubileu que se aproxima, indica Francisco, deveria comprometer todos os fiéis a pedir, em uma só voz, a abolição da pena de morte. Ele recorda ainda o Catecismo da Igreja Católica, que aponta que esta prática “é inadmissível porque atenta contra a inviolabilidade e a dignidade da pessoa” (CIC 2267).

Testemunho da misericórdia de Deus

Diante disso, o Papa reconhece a ação de Recinella, junto à contribuição de sua esposa Susan, como “um grande presente para a Igreja e para a sociedade dos Estados Unidos, onde Dale vive e trabalha” e “um testemunho vivo e apaixonado da escola da misericórdia infinita de Deus”.

O Pontífice reflete que a misericórdia de Deus, inclusive, pode escandalizar. O próprio irmão Dale, registra, tem que enfrentar críticas, reclamações e rejeição por causa de seu compromisso espiritual ao lado dos condenados. Contudo, “mesmo o mais repugnante dos nossos pecados não desfigura a nossa identidade aos olhos de Deus: permanecemos seus filhos, amados por Ele, guardados por Ele e considerados preciosos”, manifesta o Santo Padre.

Fonte: Site da Canção Nova

Igreja se solidariza com mais de 10 mil famílias penalizadas pela falta de água e energia em Pernambuco e Bahia

Fala-de-agua-BA-e-PEAs dioceses de Floresta (PE), Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) manifestaram solidariedade a mais de 10 mil famílias no perímetro irrigado de Itaparica, área que fica entre os estados de Pernambuco e da Bahia. Em carta conjunta assinada pelos bispos dom Gabriel Marchesi, dom Antônio Carlos Cruz Santos, e pelo administrador diocesano padre Josemar Motta da Silva, a Igreja denuncia o desabastecimento de energia elétrica e água na região, e cobra respostas aos governos estaduais e federal, e ao Congresso Nacional.

“Queremos nos solidarizar com as famílias que estão vivendo uma inconcebível situação de incerteza a respeito da sua vida e do seu futuro. Isso é devido ao corte de energia que faz funcionar as bombas de irrigação, provocando uma forçada paralisação do seu trabalho, e à falta de diálogo com as diferentes autoridades que deveriam garantir as condições indispensáveis para que essas famílias fossem protagonistas do desenvolvimento seu e da inteira região”, diz um trecho da mensagem.

O desabastecimento de insumos básicos para a sobrevivência é um dos inúmeros problemas enfrentados pelas famílias desde 1986, quando uma área de 83.400 hectares foi inundada para a construção da hidrelétrica Luiz Gonzaga. Para realocar as populações urbanas atingidas pelos alagamentos, foram construídas as cidades de Petrolândia e Itacuruba, em Pernambuco, e Rodelas, Barra do Tarrachil e Glória, na Bahia, onde vivem os reassentados.

Na terça-feira (13), dom Gabriel Marchesi presidiu missa campal em Petrolândia. A celebração contou com a presença de agricultores e agricultoras, e de padres das três dioceses do território.

“Queremos exortar o Governo Federal, o Congresso Nacional, e os governos dos estados de Pernambuco e da Bahia a retomar as negociações na mesa de diálogo, a fim de resolver a grave situação emergencial vivenciada pelas famílias de agricultores, garantir a continuação do seu trabalho”, afirmam os pastores.

Carta na íntegra:
carta-itaparica

Fonte: Site da CNBB

Subsídio Preparatório para a Jornada Eucarística da Juventude é divulgado

Subsidio-1Abrindo o mês de agosto, foi lançado o subsídio preparatório para a Jornada Eucarística da Juventude, intitulado “A Caminho de Emaús”. O documento, inspirado no evangelho de Emaús, visa gerar reflexões a partir do trecho: “Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles” (Lc 24,15).

Segundo o Assessor da Pastoral Arquidiocesana da Juventude, Padre Robert Teixeira, a ideia do subsídio se assemelha ao material produzido por ocasião do tríduo preparatório para o centenário. “Favorecer para que os jovens vivam essa experiência, um aquecimento que vai começando nas paróquias para o dia da jornada”, disse em entrevista.

O documento a partir da experiência dos discípulos de Emaús já está disponível no site da Jornada Eucarística da Juventude para todas as expressões juvenis da arquidiocese. “Não é um roteiro todo pronto, ele é uma sugestão de encontro para os jovens adaptarem conforme as suas realidades e também o carisma de cada um”, destacou o padre.

O subsídio está dividido em três encontros preparatórios que são essenciais para as expressões juvenis de nossa arquidiocese. A seguir, uma breve descrição de cada encontro:

Primeiro Encontro – A Escuta

Este encontro nos ensina que, para conhecer o Senhor, é necessário caminhar com Ele, ouvir atentamente Sua Palavra, deixar-se cativar por Ele, sentar-se à mesa com Ele e permitir que Ele parta e reparta o pão da vida. A escuta atenta e profunda é o primeiro passo para um verdadeiro relacionamento com Jesus.

Segundo Encontro – O Reconhecimento

Durante o segundo encontro, somos convidados a refletir sobre os diversos caminhos que levam ao encontro com Jesus. Embora esses caminhos possam ser variados e de diferentes extensões, a experiência do encontro pessoal com Ele é essencial para conhecê-Lo verdadeiramente. Reconhecer Jesus é um marco importante na jornada de fé de cada um.

Terceiro Encontro – O Testemunho

Após reconhecer a presença de Jesus, o terceiro encontro destaca a importância de retornar à comunidade para compartilhar a experiência do encontro com o Senhor. É um chamado para testemunhar juntos a fé comum e realizar as obras do Reino. A partilha e o testemunho são essenciais para fortalecer a comunidade e espalhar o amor de Cristo.

Clique aqui, acesse o site e baixe seu subsídio.

Fonte: site da Arquidiocese de Juiz de Fora, com informações de Alan Daniel/ Portal JEJ

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