Papa emérito Bento XVI morre aos 95 anos

Papa-Bento-XVIA Sala de Imprensa da Santa Sé comunicou neste sábado (31), o falecimento do Papa Emérito Bento XVI, às 9h34, no Vaticano. Bento XVI tinha 95 anos e vivia no Mosteiro Mater Ecclesiae desde sua renúncia ao ministério petrino, em 2013.

Desde quarta-feira passada, quando o Papa Francisco afirmou que seu predecessor estava muito doente, fiéis do mundo inteiro se uniram em oração pela saúde do Papa emérito.

O Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, afirmou unidade com o coração condoído do amado Papa Francisco. “A nossa Arquidiocese de Juiz de Fora se irmana com toda a Igreja, nesse momento de dor e eleva a Deus, Senhor de nossas vidas, do tempo e da eternidade, terna gratidão por aquilo que significou sua vida, sua inteligência privilegiada colocada a serviço da fé, seu pastoreio exercido, com sacrifícios e muito amor, a favor de coisas de Deus, pois sempre se apresentou como “Servidor da Verdade”. Descanse em paz, homem santo de Deus!”

O corpo do Papa Emérito estará na Basílica de São Pedro para a saudação dos fiéis a partir da segunda-feira, 2 de janeiro. O funeral será na quinta-feira, 5 de janeiro, às 9h30 locais (05h30 no horário de Brasília) na Praça São Pedro, presidido pelo Papa Francisco.

Trajetória

Joseph Ratzinger foi eleito bispo de Roma no dia 19 de abril de 2005, após a morte do então Papa João Paulo II, hoje santo da Igreja. “Sou um humilde operário da vinha do Senhor” foram suas primeiras palavras como Papa.

No mesmo ano de sua eleição, em agosto, presidiu a 20ª Jornada Mundial da Juventude em Colônia, na Alemanha. Foi a primeira viagem pontifícia a seu país natal.

Em 2007, foi a vez de visitar o Brasil. Bento veio por ocasião da 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe. Visitou as cidades de São Paulo, Aparecida e Guaratinguetá. Nesta viagem, presidiu a canonização de Frei Galvão, primeiro santo brasileiro.

Em seu pontificado, convocou cinco Sínodos de Bispos, um Ano Paulino, um Ano Sacerdotal e um Ano da Fé. Criou 90 cardeais e canonizou 44 santos.

Entre o legado que deixou, está sua contribuição teológica. Foram três encíclicas – “Deus caritas est”, “Spe salvi”, “Caritas in Veritate” – que mostram o perfeito conhecimento de todos os problemas da realidade mundial a partir do homem, procurando salvar os verdadeiros valores da humanidade.

Também terminou e lançou em seu pontificado a trilogia “Jesus de Nazaré”, que conta a vida pública de Cristo, os momentos que precederam sua morte e ressurreição e a infância de Jesus.

Fonte: Sites Vatican News e Canção Nova

“Não nos esqueçamos de quem bate à nossa porta”, conclama Papa Francisco na Bênção ‘Urbi et Orbi’

Bencao-Urbi-et-Orbi-2“Como os pastores de Belém, deixemo-nos envolver pela luz e saiamos para ver o sinal que Deus nos deu. Vençamos o torpor do sono espiritual e as falsas imagens da festa que fazem esquecer Quem é o Festejado. Saiamos do tumulto que anestesia o coração induzindo-nos mais a preparar ornamentações e prendas do que a contemplar o Evento: o Filho de Deus nascido para nós.” Essa foi a exortação do Papa na tradicional Mensagem de Natal e Bênção Urbi et Orbi, da Sacada Central da Basílica Vaticana, diante de milhares de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro, e acompanhada pelos meios de comunicação em mundovisão.

“Voltemo-nos para Belém, onde ressoa o primeiro choro do Príncipe da paz. Sim, porque Ele mesmo – Jesus – é a nossa paz: aquela paz que o mundo não se pode dar a si mesmo e Deus Pai concedeu-a à humanidade enviando o seu Filho ao mundo”, ressaltou o Santo Padre.

Bencao-Urbi-et-Orbi“Na realidade, é com tristeza que devemos constatar como, enquanto nos é dado o Príncipe da paz, ventos de guerra continuam a soprar, gelados, sobre a humanidade. Se queremos que seja Natal, o Natal de Jesus e da paz, voltemos o olhar para Belém e fixemo-lo no rosto do Menino que nasceu para nós! E, naquele rostinho inocente, reconheçamos o das crianças que, em todas as partes do mundo, anseiam pela paz”, continuou o Papa.

Ucrânia

“O nosso olhar se encha com os rostos dos irmãos e irmãs ucranianos que vivem este Natal na escuridão, ao frio ou longe das suas casas, devido à destruição causada por dez meses de guerra. O Senhor nos torne disponíveis e prontos para gestos concretos de solidariedade a fim de ajudar todos os que sofrem, e ilumine as mentes de quantos têm o poder de fazer calar as armas e pôr termo imediato a esta guerra insensata!”

O nosso tempo vive uma grave carestia de paz também noutras regiões, noutros teatros desta terceira guerra mundial.

Síria, Terra Santa, israelenses e palestinos

“Pensamos na Síria, ainda martirizada por um conflito que passou para segundo plano, mas não terminou; e pensamos na Terra Santa, onde nos últimos meses aumentaram as violências e os confrontos, com mortos e feridos. Supliquemos ao Senhor para que lá, na terra que O viu nascer, retomem o diálogo e a aposta na confiança mútua entre israelenses e palestinos.”

Oriente Médio

“Jesus Menino ampare as comunidades cristãs que vivem em todo o Oriente Médio, para que se possa viver, em cada um daqueles países, a beleza da convivência fraterna entre pessoas que pertencem a crenças diferentes. De modo particular ajude o Líbano para que possa, finalmente, erguer-se com o apoio da Comunidade Internacional e com a força da fraternidade e da solidariedade.”

Região do Sahel, Iêmen, Mianmar e Irã

A luz de Cristo ilumine a região do Sahel, onde a convivência pacífica entre povos e tradições é transtornada por confrontos e violências, continuou Francisco. “Encaminhe para uma trégua duradoura no Iêmen e para a reconciliação no Mianmar e no Irã, para que cesse completamente o derramamento de sangue”.

Continente Americano

E, no continente americano, frisou o Pontífice, “inspire as autoridades políticas e todas as pessoas de boa vontade a trabalharem para pacificar as tensões políticas e sociais que afetam vários países; penso de modo particular na população haitiana, que está a sofrer há tanto tempo”.

O Santo Padre lembrou que a guerra na Ucrânia agravou ainda mais a situação, deixando populações inteiras em risco de carestia, especialmente no Afeganistão e nos países do Chifre de África. “Toda a guerra – bem o sabemos – provoca fome e serve-se do próprio alimento como arma, ao impedir a sua distribuição às populações já atribuladas. Neste dia, aprendendo com o Príncipe da paz, empenhemo-nos todos – a começar pelos que têm responsabilidades políticas – para que o alimento seja só instrumento de paz”, exortou ainda Francisco, que concuiu em seguida:

“Queridos irmãos e irmãs, hoje, como há dois mil anos, Jesus, a luz verdadeira, vem a um mundo achacado de indiferença – uma doença feia -, indiferença que não O acolhe (cf. Jo 1, 11); antes, rejeita-O como acontece a muitos estrangeiros, ou ignora-O como fazemos nós muitas vezes com os pobres. Hoje não nos esqueçamos dos numerosos deslocados e refugiados que batem à nossa porta à procura de conforto, calor e alimento. Não nos esqueçamos dos marginalizados, das pessoas sós, dos órfãos e dos idosos que correm o risco de acabar descartados, dos presos que olhamos apenas sob o prisma dos seus erros e não como seres humanos.”




*Fonte: Site do Vatican News

Emaús JF celebra 50 anos de evangelização da juventude

DSCN9150O Movimento Emaús comemorou meio século de atividades em função do anúncio do Reino de Deus na cidade de Juiz de Fora. A celebração de ação de graças ocorreu no dia 16 de dezembro, na Igreja São Sebastião.

A Santa Missa foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, concelebrada pelo Presidente do Conselho Nacional de Emaús e Arcebispo Emérito de Sorocaba (SP), Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, pelo Diretor Espiritual do movimento na cidade, Padre Fernando Augusto M. da Silva e outros diversos membros do clero.

Na ocasião, estiveram presentes pessoas que fizeram parte de diferentes gerações do Emaús, entre jovens, adultos, idosos. Um dos membros do secretariado do movimento, Sebastião Luiz Alves, comentou sobre as muitas histórias escritas durante este tempo. “Nestes 50 anos mais de 10 mil pessoas passaram pelo movimento. Mais do que números, a semente do Emaús foi plantada no coração de muitas pessoas e essas sementes dão frutos. Nós vimos aqui, hoje, pessoas 60, 65 anos, que fizeram Emaús quando tinham 17, 18 anos e essa semente irradiou e, nessa bonita festa que tivemos aqui, pudemos ver um grande encontro de gerações.”

DSCN9165Durante a celebração muito foi falado a respeito das dificuldades atuais para difundir a fé. “Cinquenta anos tem muita alegria, mas tem muito desafio. Atualmente mesmo vivenciamos além do desafio da pandemia, o desafio de muitas pessoas afastadas. O retorno de muitas pessoas tem sido bem lento. Então, celebrar esses cinquenta anos hoje é motivo de alegria dobrada, porque a gente sabe que não tem sido fácil esse retorno para muitos movimentos e com a Movimento Emaús não é diferente”, afirmou Pe. Fernando.

Dom Eduardo também destacou a necessidade de mais operários para a messe, já que, segundo ele, a experiência religiosa tem perdido força na cultura e menos pessoas têm tido disponibilidade para se afastar de suas atividades (trabalho, estudos, família) mais de três dias, tempo do curso, visto como mínimo necessário para se afastar das agitações do mundo e fazer um bom encontro com Deus.

Dom Gil Antônio cumprimentou a todos que fizeram parte dessa trajetória, agradeceu a Deus e aos presentes, recordando a importância do trabalho com a juventude. “Peço que nunca desanimem com os problemas com as dificuldades do tempo. Deus está conosco e precisa de nós, para que a juventude conheça a palavra de Deus, a viva e a espalhe”, explicou o Arcebispo.

Foi possível observar os presentes unidos em Cristo e com o espírito alegre; espírito este manifestado pelos olhares, músicas e participação durante a Eucaristia. “A gente termina o ano de 2022, com olhar para a frente. Acreditando que ainda há muito, muita história, muito o que percorrer, muitos jovens a serem evangelizados. Que São João Batista, que é o padroeiro do movimento de Emaús, ele que preparou o caminho do senhor Jesus, possa inspirar a gente cada dia mais, para gente continuar preparando o caminho do Senhor na vida daqueles que ele permitir”, concluiu Padre Fernando.

Após muitos agradecimentos, membros do movimento se dirigiram em peso para a festa social, o tão aguardado coquetel de 50 anos.

Confira mais imagens desta celebração especial em nossa galeria.

Fonte: site da Arquidiocese de Juiz de Fora

Leia mais

NEWSLETTER
Cadastre-se e receba as novidades da Catedral.
  1. Facebook
  2. Twitter
  3. Instagram
  4. Video