Cardeal Sandri faz apelo por Coleta Pró Terra Santa

terra-santa-Imagem-de-Anna-Sulencka-por-Pixabay-O prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, fez um apelo em prol da Coleta Pró Terra Santa, na quinta-feira (11). A carta, também assinada pelo secretário Dom Gallaro, foi divulgada como instrumento para encorajar os fiéis a um gesto de solidariedade para preservar os Lugares Santos e manter as necessidades dos frades franciscanos na Terra Santa.

A iniciativa neste ano voltará a ser realizada na Sexta-feira Santa. Ano passado, por conta da pandemia, havia sido transferida para o mês de setembro. O destino da contribuição anual é ajudar a Igreja e os cristãos que vivem no Oriente Médio. A Custódia da Terra Santa cuida da preservação e revitalização dos lugares santos do cristianismo na Terra de Jesus. Além disso, os valores são voltados ao apoio e desenvolvimento da minoria cristã e assistência aos peregrinos na região.

Cardeal Sandri iniciou sua carta comentando sobre a Semana Maior: “Cada Semana Santa, tornamo-nos idealmente peregrinos de Jerusalém e contemplamos o mistério de Nosso Senhor Jesus Cristo Morto e Ressuscitado”.

A coleta

Sobre a coleta, a carta afirma que esse modelo de fraternidade acontece com ofertas recolhidas em todo o mundo para ajudar os cristãos do Oriente Médio. A ação deriva da obra de reconciliação e de pacificação de Jesus. Isso foi recordado pelo Papa na Encíclica Fratelli Tutti e a partir do testemunho profético proposto por São Francisco de Assis.

“O fundamento do nosso ser todos irmãos e irmãs, é precisamente no Calvário, o lugar no qual, através da máxima doação de amor, o Senhor Jesus interrompeu a espiral de inimizade, destruiu o círculo vicioso do ódio e abriu para cada homem e cada mulher o caminho da reconciliação com o Pai, entre cada pessoa, com a própria realidade da criação.”, disse.

Pandemia

Cardeal Sandri recordou o ano difícil que o mundo viveu pela pandemia de coronavírus. “Foi, portanto, um ano de prova e assim também para a Cidade Santa de Jerusalém, pela Terra Santa e para a pequena comunidade cristã que habita no Médio Oriente que quer ser luz, sal e fermento do Evangelho.”

Em 2020, os cristãos da região sofreram um isolamento que os fez sentir ainda mais distantes. Precisaram ser separados do contato vital com os irmãos provenientes de vários países do mundo.

“Sofreram a perda do trabalho, devida à ausência de peregrinos, e a consequente dificuldade de viver dignamente e prover às próprias famílias e aos próprios filhos. Em muitos países o persistir da guerra e das sanções agravaram os efeitos da pandemia. Além disso diminuiu a ajuda econômica que a coleta pro Terra Santa, garantia cada ano, por causa das dificuldades vividas em outros países.”

Solidariedade

O documento pede que a indiferença seja superada. Cita o exemplo dado pelo Papa Francisco, através da figura do Bom Samaritano como modelo de caridade ativa, de amor empreendedor e solidário.

“A coleta pro Terra Santa 2021 seja para todos a ocasião para não voltar o olhar, para não passar adiante, para não ignorar as situações de necessidade e de dificuldade dos nossos irmãos e das nossas irmãs, que vivem nos Lugares Santos. Se diminuir este pequeno gesto de solidariedade e de partilha (São Paulo e São Francisco o chamariam de “restituição”) será ainda mais difícil para tantos cristãos daquelas terras de resistir à tentação de deixar o próprio país, será difícil manter as paróquias na sua missão pastoral, e continuar a obra educativa através das escolas cristãs e o empenho social a favor dos pobres e dos que sofrem.”

E reforça o pedido de solidariedade por todos os que estão sofrendo na região: “Os sofrimentos de tantos deslocados e refugiados que tiveram que deixar as suas casas por causa da guerra necessitam de uma mão estendida e amiga para deitar sobre as suas feridas o bálsamo da consolação. Não se pode enfim, renunciar do cuidar os Lugares Santos que são o testemunho concreto do mistério da Encarnação do Filho de Deus e da oferta da sua vida feita por nosso amor e para a nossa salvação.”

Fonte: Site Notícias Canção Nova e Vatican News

“É hora de estancar a escalada da morte!” cobram, em nota, entidades signatárias do Pacto pela Vida e pelo Brasil

Nota-Pacto-pela-VidaAs instituições signatárias do Pacto pela Vida e pelo Brasil (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Ordem dos Advogados do Brasil, Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns, Academia Brasileira de Ciências, Associação Brasileira de Imprensa e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) lançaram, na tarde da quinta-feira, 11 de março, uma nota frente ao quadro de agravamento da pandemia do novo Coronavírus e das suas trágicas consequências na vida do povo brasileiro, do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Brasil.

Segundo o documento, intitulado “O povo não pode pagar com a própria vida!”, “o vírus circula de norte a sul do Brasil, replicando cepas, afetando diferentes grupos etários, castigando os mais vulneráveis”. No documento, as entidades se solidarizam com as famílias que perderam seus entes queridos e apontam a urgente necessidade de maior empenho e integração dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) do Brasil, e entre estados e municípios, na busca por encontrar soluções para enfrentar a pandemia.

As organizações signatárias do Pacto pelo Brasil fazem um apelo especial à juventude. “O vírus está infectando e matando os mais jovens e saudáveis, valendo-se deles como vetores de transmissão. Que a juventude brasileira assuma o seu protagonismo histórico na defesa da vida e do país, desconstruindo o negacionismo que agencia a morte”, afirma o documento. Veja, abaixo, a íntegra do documento cuja versões em PDF, com as logos de todas organizações, pode ser encontrada aqui.


O povo não pode pagar com a própria vida!


Nós, entidades signatárias do Pacto pela Vida e pelo Brasil, sob o peso da dor e com sentido de máxima urgência, voltamos a nos dirigir à sociedade brasileira, diante do agravamento da pandemia e das suas consequências. Nossa primeira palavra é de solidariedade às famílias que perderam seus entes queridos.

Não há tempo a perder, negacionismo mata. O vírus circula de norte a sul do Brasil, replicando cepas, afetando diferentes grupos etários, castigando os mais vulneráveis. Doentes morrem agonizando por falta de recursos hospitalares. O Sistema Único de Saúde – SUS continua salvando vidas. No entanto, os profissionais da saúde, após um ano na linha de frente, estão à beira da exaustão. A eles, nosso reconhecimento.

É hora de estancar a escalada da morte! A população brasileira necessita de vacina agora. O vírus não será dissipado com obscurantismos, discursos raivosos ou frases ofensivas. Basta de insensatez e irresponsabilidade. Além de vacina já e para todos, o Brasil precisa urgentemente que o Ministério da Saúde cumpra o seu papel, sendo indutor eficaz das políticas de saúde em nível nacional, garantindo acesso rápido aos medicamentos e testes validados pela ciência, a rastreabilidade permanente do vírus e um mínimo de serenidade ao povo.

A ineficiência do Governo Federal, primeiro responsável pela tragédia que vivemos, é notória. Governadores e prefeitos não podem assumir o papel de cúmplices no desprezo pela vida. Assim, apoiamos seus esforços para garantir o cumprimento do rol de medidas sanitárias de proteção, paralelamente à imunização rápida e consistente da população. Que governadores e prefeitos ajam com olhos não só voltados para os seus estados e municípios, mas para o país, através de um grande pacto. Somos um só Brasil.

Ao Congresso Nacional, instamos que dê máxima prioridade a matérias relacionadas ao enfrentamento da COVID-19, uma vez que preservar vidas é o que há de mais urgente. Nesse sentido, o auxílio emergencial digno, e pelo tempo que for necessário, será imprescindível para salvar vidas e dinamizar a economia. Ao Poder Judiciário, sob a liderança do Supremo Tribunal Federal, pedimos que zele pelos direitos da cidadania e pela harmonia entre os entes federativos. Que a imprensa atue livre e vigorosamente, de forma ética, cumprindo sua missão de transmitir informações confiáveis e com base científica, sobre o que se passa. Enfim, que a voz das instituições soe muito firme na defesa do povo brasileiro!

Fazemos ainda um apelo particular à juventude. O vírus está infectando e matando os mais jovens e saudáveis, valendo-se deles como vetores de transmissão. Que a juventude brasileira assuma o seu protagonismo histórico na defesa da vida e do país, desconstruindo o negacionismo que agencia a morte.

Sabemos que a travessia é desafiadora, a oportunidade de reconstrução da sociedade brasileira é única e a esperança é a luz que nos guiará rumo a um novo tempo.

Quarta-feira, 10 de março de 2021


Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB

Felipe Santa Cruz
Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB

José Carlos Dias
Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns – Comissão Arns

Luiz Davidovich
Presidente da Academia Brasileira de Ciências – ABC

Paulo Jeronimo de Sousa
Presidente da Associação Brasileira de Imprensa – ABI

Ildeu de Castro Moreira
Presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC


Origem do Pacto pela Vida e pelo Brasil

O Pacto pela Vida e Pelo Brasil foi lançado no Dia Mundial da Saúde, em 7 de abril de 2020, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), juntamente com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Comissão Arns, a Academia Brasileira de Ciências, a Associação Brasileira de Imprensa e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

Já na primeira nota, as entidades apontavam que o Brasil vivia uma grave crise – sanitária, econômica, social e política – “que exige de todos, especialmente de governantes e representantes do povo, o exercício de uma cidadania guiada pelos princípios da solidariedade e da dignidade humana, assentada no diálogo maduro, corresponsável, na busca de soluções conjuntas para o bem comum, particularmente dos mais pobres e vulneráveis”.

*Fonte: Site da CNBB

24 horas para o Senhor começa nesta sexta, e Igreja disponibiliza subsídio

159889913 4011598622232807 5232252993734546340 nÀs vésperas das “24 horas para o Senhor”, iniciativa que neste ano começa no final da tarde desta sexta-feira (12) e durante todo o dia de sábado (13), o Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização produziu um material que serve como sugestão para que as paróquias e as comunidades cristãs consigam se preparar. O subsídio pastoral já está disponível do site do dicastério, o www.pcpne.va, em 5 idiomas diferentes, entre eles, o português.

24 horas para o Senhor

Já é um encontro tradicional durante a Quaresma para que os cristãos possam se retirar em oração e se aproximar do Sacramento da Reconciliação. Para a ocasião em 2020, o Papa Francisco encorajou os fiéis “a se aproximarem de maneira sincera à misericórdia de Deus na confissão e a rezarem especialmente por aqueles que estão em provação por causa da pandemia”.

De fato, a celebração penitencial presidida pelo Pontífice na Basílica de São Pedro precisou ser anulada e a comunidade foi incentivada a conservar o caráter penitencial, meditando e rezando diante do Crucifixo. Devido à contínua propagação da Covid-19 também neste ano, a iniciativa pode sofrer alterações em algumas partes do mundo. Como próprio Pontífice havia aconselhado para a precedente iniciativa, onde não for possível celebrar as 24 horas para o Senhor, o momento penitencial poderá ser vivido “com a oração pessoal”. Ou ainda, como sugere o próprio subsídio pastoral, “a Adoração Eucarística poderia ser transmitida on-line”.

Subsídio pastoral

O tema escolhido para “24 horas para o Senhor” de 2021 é um versículo extraído do Salmo 103: “Ele perdoa todos os teus pecados”. Na primeira parte do material oferecido pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização para participar da iniciativa, são apresentados textos que encorajam a viver de uma forma consciente quem conseguirá encontrar o sacerdote para a confissão individual. Eles também podem ser utilizados para se preparar (sozinho ou sob a orientação de um ministro) à uma contrição perfeita, no caso de não poder temporariamente se aproximar do Sacramento da Reconciliação.

A segunda parte do subsídio pastoral pode ser usada quando as igrejas estiverem abertas, para aqueles que têm acesso à confissão, podendo ser ajudados na oração e na meditação através de um caminho baseado na Palavra de Deus. O material oferecido on-line também pode ser útil para preparar uma catequese sobre a necessidade da conversão e sobre o Sacramento da Reconciliação, sobretudo dirigido aos jovens, que muitas vezes se questionam o porquê e como se confessar: esse material pode constituir uma ajuda válida para encontrar respostas a essas questões.

Fonte: Site Vatican News

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