Edições CNBB fortalece presença digital em diferentes plataformas e com e-books

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Desde 2019, a Edições CNBB, editora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, vem investindo suas ações para ampliar a sua presença no mundo digital. Neste sentido, de acordo com o consultor de gestão de processos da Conferência, José Bezerra Luna, a atuação vem se dando em duas frentes: maior presença, intensificação da divulgação e conexão de todo o trabalho que desenvolve com as redes sociais e a ampliação da oferta de publicações em formato de e-books.

Segundo Luna, a Edições CNBB intensificou sua presença no Facebook, no canal do YouTube e no Instagram com divulgação de cards, obras e campanhas de evangelização e adotou, já há dois meses, a prática de publicar todo novo título em formato físico e também digital.

“Não podemos esquecer que a missão da Edições CNBB é evangelizar e ela o faz por meio de suas obras, então temos feito muita campanha, nos inserindo seja de forma espontânea ou patrocinada, nos perfis, de tal maneira que aumentamos bastante o nosso alcance no público cada vez mais digital”, disse.

Segundo ele, a Edições CNBB está usando as plataformas digitais para alcançar todas as pessoas, paróquias, dioceses e o fiel na ponta. O processo de publicação digital foi iniciado em 2019 mas intensificado agora com a pandemia. “Já estamos com mais de vinte títulos digitais disponíveis”, disse.

Compra fácil e simples

O consultor de processos da Edições da CNBB informa que a compra de algum título digital obedece a um ritual bem simples: o usuário vai ao site da editora, escolhe sua obra e é direcionado para uma das plataformas digitais para ebooks de acordo com o dispositivo que possui: o kindle da Amazon, na Apple Store ou na Play Store do Google onde também conseguirá fazer seu download.

“Isto é muito simples porque o próprio site da Edições CNBB, onde tem o campo “livros digitais”, já direciona o cliente de acordo com seu gosto e dispositivo para leitura indicado. Com isso, vamos aumentando o alcance da Edições CNBB nos meios digitais tornando mais uma opção que o usuário tem”, afirmou.

O mais importante, segundo Luna, é que a evangelização e a palavra, os textos, as publicações, as diretrizes, os diretórios e documentos e o conteúdo da Igreja possam ser mais facilmente acessados pelos fieis. “A meta é até o final do ano alcançar uma grande quantidade de obras digitais”, finalizou.

Algumas obras que o leitor que opta pelo formato digital pode ter acesso:

Oração: o respiro da vida nova

A presente obra contém as palavras mais significativas do Papa Francisco sobre oração, a fim de ajudar os cristãos a viverem sua relação pessoal com o Senhor. A introdução ao texto, redigida pelo patriarca de Moscou, Kirill, mostra a profunda sintonia entre os católicos e ortodoxos na vivência da dimensão cristã do encontro com o Senhor; pois, de fato, pela comunhão com o Espírito Santo, mesmo quando se reza no segredo do próprio quarto, na realidade se reza com toda a Igreja e o mundo inteiro. A obra termina com um belo texto em que o Papa Francisco apresenta o papel e o “lugar” da oração na vida cristã, que é a nova vida que o Espírito Santo nos deu no Batismo, que em Jesus nos tornou verdadeiros filhos do Pai.

Santa Dulce dos Pobres: um dom para a Igreja, um dom para o Brasil

Pode-se dizer que Santa Dulce dos Pobres continua atendendo aos pobres, por meio daqueles que assumiram suas obras sociais. Seu exemplo continua arrastando muitos que se sentem impulsionados a também se dedicarem aos mais necessitados. Essa constatação fica clara à medida em que o leitor percorre as páginas de Santa Dulce dos Pobres: um dom para a Igreja, um dom para o Brasil. Dom Murilo S. R. Krieger inspira com sua obra os que acompanham sua reflexão que vai desde a beatificação até a canonização de Santa Dulce.

Site da Edições CNBB: www.edicoescnbb.com.br

Fonte: site da CNBB

Vaticano divulga documento sobre missão e evangelização nas paróquias

Paróquias-transformar-se-para-evangelizarFoi publicada, nesta segunda-feira (20), a Instrução “A conversão pastoral da comunidade paroquial a serviço da missão evangelizadora da Igreja”, redigida pela Congregação para o Clero. No documento, são abordados os vários projetos de reforma das paróquias, a questão da falta de vocações e o compromisso renovado dos leigos no anúncio.

Na Igreja há lugar para todos e todos podem encontrar seu lugar, respeitando a vocação de cada um: este é o sentido da Instrução sobre a paróquia. O documento não contém novidades legislativas, mas propõe modalidades para aplicar melhor a normativa vigente, a fim de favorecer a corresponsabilidade dos batizados e promover uma pastoral de proximidade e cooperação entre as paróquias. O que emerge, sobretudo, é a urgência de uma renovação missionária, de uma conversão pastoral da paróquia, para que ela redescubra o dinamismo e a criatividade que a levam a ser sempre “em saída”, com a contribuição de todos os batizados.

Composta de onze capítulos, a Instrução pode ser dividida em duas grandes áreas: a primeira (capítulos de 1 a 6) oferece uma reflexão ampla sobre a conversão pastoral, o sentido missionário e o valor da paróquia no contexto contemporâneo; a segunda (capítulos de 7 a 11) se detém nas repartições das comunidades paroquiais, nas diferentes funções presentes nelas e nas modalidades de aplicação das relativas normas.

“A paróquia é uma casa em meio às casas”

Sinal permanente do Ressuscitado no meio do povo, “a paróquia é uma casa em meio às casas”, lê-se na primeira parte do documento, e o seu sentido missionário é fundamental para a evangelização. A globalização e o mundo digital mudaram o laço específico com o território, que não é somente um espaço geográfico, mas um espaço existencial. É justamente nesse contexto que surge a “plasticidade” da paróquia, capaz de entender as exigências dos tempos e adaptar seu serviço aos fiéis e à história. Por isso, a Instrução sublinha a importância de uma renovação missionária das estruturas paroquiais: longe de se tornar autorreferencial e de esclerosar-se, elas deverão investir no dinamismo espiritual e na conversão pastoral baseada no anúncio da Palavra de Deus, na vida sacramental e no testemunho da caridade.

A “cultura do encontro” é o contexto que promove o diálogo, a solidariedade e a abertura a todos: a comunidade paroquial é chamada a desenvolver uma verdadeira e própria “arte da proximidade”. A Instrução recomenda o testemunho da fé na caridade e a importância da atenção aos pobres que a paróquia evangeliza, mas pelos quais se deixa evangelizar. Todo batizado deve ser um “protagonista ativo da missão evangelizadora”, reitera a Congregação para o Clero, e isso exige “uma mudança de mentalidade e uma renovação interior” para que haja uma reforma missionária da pastoral. Naturalmente, estes processos de mudança deverão ser flexíveis e graduais, porque cada projeto deve estar situado na vida real de uma comunidade, sem ser imposto de cima e sem “clericalizar” o serviço pastoral.

Repartições paroquiais

A segunda parte da Instrução se abre com a análise das repartições paroquiais: elas deverão seguir o “fator chave” da proximidade, considerando a homogeneidade da população e as características comuns do território. O documento se detém nos procedimentos específicos relativos à incorporação, a fusão ou a divisão de uma comunidade paroquial em paróquias autônomas, e nos Vicariatos forâneos que reúnem várias unidades paroquiais, e as áreas pastorais que reagrupam mais Vicariatos forâneos.

O pároco, “pastor próprio” da comunidade

A seguir, se aborda o tema da atenção ao cuidado pastoral das comunidades paroquiais, tanto na forma ordinária quanto extraordinária: em primeiro lugar, é sublinhado o papel do pároco como “pastor próprio” da comunidade. Ele está a serviço da paróquia, e não o contrário, recorda a Instrução, e cuida plenamente das almas. Consequentemente, o pároco deve ter recebido a Ordem do presbiterado; qualquer outra possibilidade está excluída.

Administrador dos bens da paróquia e representante jurídico da mesma, o pároco deve ser nomeado por tempo indeterminado, pois o bem das almas exige estabilidade e requer o conhecimento da comunidade e sua proximidade. No entanto, a Instrução recorda que, quando uma Conferência Episcopal estabelece por decreto, o Bispo pode nomear um pároco por um período determinado, desde que não seja inferior a cinco anos. Além disso, uma vez atingida a idade de 75 anos, o pároco tem o “dever moral” de apresentar a sua renúncia, mas não deixará o cargo enquanto a renúncia não for aceita e comunicada pelo Bispo por escrito. Em todo caso, a aceitação será sempre por uma “causa justa e proporcional”, de modo a evitar uma concepção “funcionalista” do ministério.

Diáconos: ministros ordenados, não “meio padres e meio leigos”

Uma parte do oitavo capítulo é dedicada aos diáconos: colaboradores dos bispos e dos presbíteros na única missão evangelizadora. São ministros ordenados e participam, ainda que de forma diferente, do Sacramento da Ordem, especialmente no âmbito da evangelização e da caridade, incluindo a administração dos bens, a proclamação do Evangelho e o serviço à mesa eucarística. Não devem ser considerados “meio padres e meio leigos”, afirma a Instrução, citando o Papa Francisco, nem devem ser vistos na perspectiva do clericalismo e do funcionalismo.

O testemunho dos consagrados e o generoso compromisso dos leigos

A Congregação para o Clero reflete também sobre os consagrados e os leigos dentro das comunidades paroquiais: dos primeiros, se recorda não tanto “o fazer”, mas “o ser testemunhas de um seguimento radical de Cristo”, enquanto dos leigos, se enfatiza a participação na ação evangelizadora da Igreja e pede-lhes “um compromisso generoso” para um testemunho de vida conforme ao Evangelho e a serviço da comunidade paroquial.

Os fiéis leigos podem também ser instituídos leitores e acólitos (ou seja, para o serviço do altar) de forma estável, com um rito especial, desde que estejam em plena comunhão com a Igreja Católica, haja uma formação adequada e uma conduta pessoal e pastoral exemplar. Além disso, em circunstâncias excepcionais, podem receber outras funções do Bispo, “a seu prudente juízo”: celebrar a Liturgia da Palavra e o rito das exéquias, administrar o Batismo, auxiliar nos matrimônios, com a permissão prévia da Santa Sé, e pregar na igreja ou no oratório em caso de necessidade. Não poderão, em nenhuma circunstância, fazer a homilia durante a missa.

Organismos de corresponsabilidade eclesial

A Instrução reflete também sobre os órgãos paroquiais de corresponsabilidade eclesial, dentre os quais o Conselho para os Assuntos Econômicos: de carácter consultivo, presidido pelo pároco e composto por pelo menos três membros, ele é necessário porque a gestão dos bens de uma paróquia é “um âmbito importante de evangelização e testemunho evangélico para a Igreja e para a sociedade civil”. Os bens são da paróquia e não do pároco, reafirma a Congregação para o Clero.

A tarefa do Conselho para os Assuntos Econômicos será a de promover uma “cultura da corresponsabilidade, transparência administrativa e apoio às necessidades da Igreja”. O Conselho Pastoral Paroquial é também consultivo e sua instituição é “fortemente recomendada”: longe de ser um simples órgão burocrático, este Conselho deve gerar uma espiritualidade de comunhão, destacando a centralidade do Povo de Deus como sujeito ativo da evangelização. A sua função principal é a pesquisa e o estudo de propostas práticas de iniciativas pastorais e caritativas da paróquia, em sintonia com o caminho da diocese. Para se tornarem operacionais, tais propostas devem ser aceitas pelo pároco.

Não a um “preço a pagar” pelos Sacramentos, a oferta é gratuita

O último capítulo se detém nas ofertas para a celebração dos sacramentos: elas devem ser “um ato livre” por parte de quem oferta e não devem ser exigidas como se fossem um imposto ou uma taxa. A vida sacramental não deve ser “negociada”, recomenda a Instrução, e a celebração da Missa, como outras ações ministeriais, não pode estar sujeita a tarifas, barganhas ou comércio.

Os presbíteros são exortados a dar um exemplo virtuoso no uso do dinheiro, através de um estilo de vida sóbrio e uma administração transparente dos bens paroquiais. Deste modo, será possível sensibilizar os fiéis, para que eles contribuam voluntariamente para as necessidades da paróquia, que também são suas responsabilidades.

Textos precedentes

Recorda-se que a atual Instrução vem depois da Instrução interdicasterial de 1997, dedicada ao tema “Ecclesia de mysterio, sobre algumas questões relativas à colaboração dos fiéis leigos no ministério dos sacerdotes”, e a Instrução de 2002, publicada pela Congregação para o Clero e centrada no “O Presbítero pastor e guia da comunidade paroquial”.

Clique aqui e confira a íntegra do documento.

*Fonte: Site do Vatican News

Missa de Exéquias: bispos recordam exemplo de Dom Henrique Soares

dom-fernando-saburido“Dom Henrique sempre foi um bispo comprometido com a verdade do Evangelho. Se ele pregou a ressurreição e a vida, agora ele experimenta essa ressurreição e vida plena em Deus”. Palavras do arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, ao presidir neste domingo, 19, a Missa de Exéquias do bispo de Palmares (PE), Dom Henrique Soares, falecido neste sábado, 18.

Devido às restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus, a solenidade contou com a participação apenas de alguns sacerdotes, diáconos e familiares de dom Henrique e a celebração pôde ser acompanhada pelas redes sociais da diocese de Palmares.

sepultamento-dom-henriqueA encomendação do corpo foi feita pelo presidente do Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, bispo de Garanhuns (PE), de onde nasceu a diocese de Palmares. Ele levou uma palavra de conforto e esperança aos familiares de Dom Henrique, ao clero diocesano e a todo o povo de Deus da diocese. O corpo de Dom Henrique foi sepultado na Catedral Diocesana de Nossa Senhora da Conceição dos Montes, em Palmares (PE).

O bispo emérito de Caruaru (PE), Dom Bernandido Marchió, também estava presente na celebração e foi quem conduziu a homilia, abrindo a reflexão com palavras do próprio Dom Henrique: “A vida é um sonho lindo de Deus. A vida neste mundo é uma semente, nascemos para morrer, a morte não é o fim, é o desabrochar para a eternidade. Morrer é crescer para a vida de sempre, a vida que nunca se acabará. Não é a morte que vem me buscar, é Deus”.

Dom Dino, como é popularmente conhecido, destacou qualidades de Dom Henrique, como a de propagar o Evangelho através de blogs, redes sociais, pronunciamentos. Ele acrescentou que Dom Henrique foi um pastor que conhecia suas ovelhas, estava em meio ao povo, era um pastor catequista, um comunicador, que sabia aproveitar das tecnologias modernas para levar Cristo a todos.

Na sequência da notícia de seu falecimento, Dom Dino destacou que chegaram centenas de mensagens das dioceses, das novas comunidades, mensagens cheias de dor e sofrimento, mas ao mesmo tempo exaltando a pessoa de Dom Henrique. “Quando me chamaram para fazer a homilia, eu encontrei todas as respostas, tudo que eu devia dizer, nessas mensagens que eu recebi”.

O bispo emérito de Caruaru citou ainda as lembranças que ele tem de Dom Henrique: de quando chegou a Caruaru, quando Dom Henrique foi à ordenação em Maceió, quando ele foi auxiliar de Aracaju e quando foi bispo de Palmares. “Como bispo aqui em Palmares, eu sei que ele cuidou muito bem da catequese, da Liturgia, orientando não só os padres, mas a diocese toda, orientando os seus internautas. Eu o acompanhava”.

“Nós devemos continuar a viver, porque a vida é um dom de Deus. Nós devemos continuar a viver colocando em prática os exemplos que ele nos deixou”, exortou Dom Dino. “A morte repentina, rápida, do bispo deve nos tornar mais atentos e cuidadosos com as pessoas e conosco mesmos. Devemos ter cuidado com as pessoas, ser solidários, ser mais irmãos, ser confiantes no amor de Deus por todos nós”, acrescentou.

Dom Dino concluiu a homilia também com as palavras de Dom Henrique: “A morte não é uma tragédia” – palavras pronunciadas há poucas semanas pelo bispo falecido. O bispo emérito de Caruaru destacou que a morte faz parte da vida, e nesta vida é preciso pedir o Espírito Santo para saber discernir entre o bem e o mal, o joio e o trigo.

“Dom Henrique, meu irmão, que Nossa Senhora, a Mãe da Conceição, te acolha e você possa contemplar, lá do céu, nossas lutas e nossos trabalhos, mas a vida continua, porque a vida é um sonho lindo de Deus”, finalizou.

Ao final da celebração, o irmão de Dom Henrique, Adriano Soares da Costa, deixou uma breve mensagem aos presentes. Ele recordou que a missão de seu irmão sempre foi anunciar Jesus Cristo e a Igreja. “Dom Henrique é filho da santa mãe Igreja, portanto, a vida de Dom Henrique foi sempre ter o anúncio de Cristo, viver Cristo, não como um pensamento”.

Adriano recordou ainda uma das últimas mensagens de Dom Henrique, por ocasião de seu aniversário. “Dom Henrique, no meu aniversário de 50 anos, dizia: ‘Adriano, faça sua vida valer a pena para Ele, porque é Ele, Cristo, que é o centro e destino das nossas vidas” (…) Nós da família dizemos: Henrique viveu o que creu. Foi ele sempre uma seta que não apontava para si próprio, mas para Deus e para a Igreja”.

Fonte: site da Canção Nova

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