Morte e Ressurreição
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- Terça, 03 Novembro 2015 15:55
A morte é o termo da vida terrena. As nossas vidas são medidas pelo tempo no decurso do qual nós mudamos e envelhecemos.
No dia em que celebramos os mortos, tudo fala de vida, de modo que podemos afirmar, com toda a certeza e alegria, que morrer é viver. A razão disso tudo é a pessoa de Jesus Cristo, morto e ressuscitado, primeiro fruto dentre os que ressuscitam dos mortos, nosso irmão mais velho e vencedor da morte.
De algum modo, a ressurreição de Jesus foi sendo preparada na fé e na esperança do povo, em meio ao qual está o autor do livro da Sabedoria. Ele afirma que a luta do justo pela justiça é cheia de imortalidade.
O amor de Jesus para com Lázaro – representante de toda a humanidade que Deus ama sem limites – não é barrado pela morte. Pelo contrário, esse amor o leva a agir: chega ao túmulo, manda tirar a pedra, dá graças ao Pai por ouvi-lo sempre, ordena a Lázaro que saia e manda os presentes desamarrarem o ressuscitado e deixá-lo ir. Em poucas palavras, o Evangelho de São João se torna extremamente dinâmico, fazendo com que o túmulo se abra, o morto saia e caminhe. E a força que movimenta tudo isso se chama amor que não termina com a morte; chama-se também comunhão perfeita com o projeto do Pai, que é vida e liberdade.
O acontecimento da ressurreição de Lázaro compromete todos os que acreditam em Jesus e no Pai que o enviou. Jesus é, sem dúvida, o Pastor que conduz suas ovelhas para fora dos currais, E compromete também os que lhe dão sua adesão. De fato, os presentes têm que desamarrar Lázaro e deixar que ande. É nesse ponto que se pode fazer a passagem de ontem para hoje. Como atualizar o episódio da ressurreição de Lázaro? Em outras palavras, quais são as amarras que os cristãos têm de desfazer para que muitas pessoas comecem a caminhar?
A morte é o termo da vida terrena. As nossas vidas são medidas pelo tempo no decurso do qual nós mudamos e envelhecemos. E como acontece com todos os seres vivos da terra, a morte surge como o fim normal da vida. Este aspecto da morte confere uma urgência às nossas vidas: a lembrança da nossa condição de mortais também serve para nos lembrar de que temos um tempo limitado para realizar a nossa vida: «Lembra-te do teu Criador nos dias da mocidade [...], antes que o pó regresse à terra, donde veio, e o espírito volte para Deus que o concedeu» (Ecl 12, 1.7).
Ao morrer: cada homem recebe, na sua alma imortal, a sua retribuição eterna, num juízo particular feito por Cristo, Juiz dos vivos e dos mortos. «Nós cremos que as almas de todos os que morrem na graça de Cristo [...] constituem o povo de Deus no além da morte, a qual será definitivamente destinada no dia da ressurreição, quando estas almas forem reunidas aos seus corpos».
Cada católico é obrigado a crer na ressurreição de Cristo que é a prefiguração da sua própria Ressurreição. Rezemos, pois, por todos os fiéis defuntos. Este costume bonito, de nossa fé, nos leva a certeza de que a vida não é tirada, mais refeito nosso corpo mortal, nos é dado no céu a coroa imperecível da vida que não se extingue!
Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora
Papa Francisco canoniza pais de Santa Teresinha
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- Terça, 20 Outubro 2015 18:48
São Louis Martin e Santa Zélie Guérin Martin foram proclamados santos durante uma cerimônia na Praça de São Pedro
Neste domingo, 18, o Papa Francisco canonizou no Vaticano os pais de Santa Teresinha, primeiro casal a ser canonizado em conjunto, com exceção dos casos de martírio. São Louis Martin (1823-1894) e Santa Zélie Guérin Martin (1831-1877) foram proclamados santos durante uma cerimônia que reúne milhares de pessoas na Praça de São Pedro.
O Pontífice disse que os novos santos “viveram o serviço cristão na família, construindo dia após dia um ambiente cheio de fé e amor; e, neste clima, germinaram as vocações das filhas, nomeadamente a de Santa Teresinha do Menino Jesus”.
Durante a homilia, o Papa sustentou que há “incompatibilidade entre ambições e carreirismo e o seguimento de Cristo; incompatibilidade entre honras, sucesso, fama, triunfos terrenos e a lógica de Cristo crucificado”.
Simbolicamente, a canonização aconteceu durante o Sínodo dos Bispos sobre a família, que decorre até ao próximo dia 25, e no Dia Mundial das Missões, de que Santa Teresa do Menino Jesus é padroeira.
Os pais de Santa Teresinha foram declarados beatos pelo Papa emérito Bento XVI, a 19 de outubro de 2008, numa cerimônia presidida em Lisieux (França) pelo cardeal português, Dom José Saraiva Martins.
Louis, relojoeiro, e Zélie Martin, bordadeira, casaram-se em 1858 e tiveram nove filhos: quatro faleceram ainda na infância e cinco filhas seguiram a vida religiosa.
Para a canonização foram reconhecidas duas curas tidas como milagrosas: Pietro, criança italiana nascida em 2002, com uma malformação pulmonar, e Carmen, nascida em Espanha no ano de 2008, prematura e com uma grave hemorragia familiar.
As relíquias dos novos santos foram levadas pelas duas crianças durante a Missa. O Papa canonizou ainda o padre diocesano, Vincenzo Grossi (Itália, 1845-1917), fundador do Instituto das Filhas do Oratório, e Maria da Imaculada Conceição (Espanha, 1926-1998), religiosa da Congregação das Irmãs da Companhia da Cruz.
“São Vicente Grossi foi pároco zeloso, sempre atento às necessidades do seu povo, especialmente à fragilidade dos jovens. Com ardor, repartiu o pão da Palavra para todos e tornou-se bom samaritano para os mais necessitados”, recordou.
“Santa Maria da Imaculada Conceição serviu pessoalmente, com grande humildade, os últimos, com uma atenção especial aos filhos dos pobres e aos doentes”, acrescentou.
A canonização, ato reservado à Santa Sé desde o século XIII, é a confirmação, por parte da Igreja Católica, de que um fiel católico é digno de culto público universal e de ser apresentado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.
“O testemunho luminoso destes novos Santos impele-nos a perseverar no caminho de um serviço alegre aos irmãos, confiando na ajuda de Deus e na proteção materna de Maria. Que eles, do Céu, velem sobre nós e nos apoiem com a sua poderosa intercessão”, concluiu o Papa.
Da redação, com Agência Ecclesia
Fonte: Canção Nova
CNBB apoia campanha de resgate às crianças desaparecidas
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- Terça, 20 Outubro 2015 18:34
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil está apoiando, em conjunto com outras entidades, a campanha “Vamos resgatar nossas crianças!”, promovida pelos conselhos Federal (CFM) e Regionais de Medicina (CRMs). O objetivo é colaborar para a elucidação de casos de desaparecimento de crianças, por meio da atuação das autoridades competentes.
No site do CFM é possível cadastrar um desaparecimento e buscar por crianças desaparecidas. São oferecidos formulários online para os dois serviços. O endereço eletrônico também dispõe de dicas para médicos e familiares de como evitar e agir em casos suspeitos de desaparecimento.
De acordo com o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos, ligado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, atualmente há 371 casos de desaparecimentos de crianças e adolescentes entre 4 e 15 anos, sendo 204 meninos e 167 meninas. Apenas quatro pessoas foram localizadas. As informações ainda não refletem a realidade, uma vez que o serviço disponibilizado precisa “mapear iniciativas estaduais de registro e divulgação de casos de crianças e adolescentes desaparecidos e, com o apoio das redes de segurança pública e de direitos da criança e do adolescente, registrá-los na base nacional”. Essa ação é necessária para “consolidar uma matriz nacional” de dados a respeito do tema.
De acordo com o CFM, são mais de 250 mil casos de crianças desaparecidas no Brasil. As estatísticas apontam um desaparecimento a cada 15 minutos no país. O tráfico humano, tema da Campanha da Fraternidade de 2014, faz mais de 20 milhões de vítimas no mundo. O principal motivo de fugas e sumiço de menores são os maus-tratos.
Um folder confeccionado pelo CFM apresenta informações de como evitar um desaparecimento, explicando que os pais devem, por exemplo, ensinar à criança o nome completo e o telefone dos responsáveis e a “não aceitar alimento, falar ou sair com estranhos ou pessoas não autorizadas”. Também são indicadas ações de como proceder numa situação, além de abordar a norma da Lei 11259/2005, que prevê a busca imediata pela criança a partir da ocorrência policial.
Fonte: CNBB
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