Comunicação deve expressar misericórdia, pede Papa
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- Sexta, 22 Janeiro 2016 15:14
Em mensagem para o 50° Dia Mundial das Comunicações Sociais, Papa destaca que aquilo que dizemos e o modo como o dizemos deveria expressar a compaixão, a ternura e o perdão de Deus
O Vaticano divulgou nesta sexta-feira, 22, a mensagem do Papa Francisco para o 50° Dia Mundial das Comunicações Sociais, com o tema “Comunicação e Misericórdia: um encontro fecundo”.
Ao refletir sobre a relação entre comunicação e misericórdia, Francisco destaca o cuidado que é preciso ter com o que se diz e o modo como se diz. Ele explica que as palavras e gestos devem expressar a compaixão, a ternura e o perdão de Deus para todos.
“O amor, por sua natureza, é comunicação: leva a abrir-se, não se isolando. E, se o nosso coração e os nossos gestos forem animados pela caridade, pelo amor divino, a nossa comunicação será portadora da força de Deus.”
O Papa afirma que as palavras podem construir pontes entre as pessoas, as famílias, os grupos sociais e os povos, tanto no ambiente físico como no digital.
Na mensagem, Francisco convida todas as pessoas de boa vontade, a redescobrirem o poder que a misericórdia tem de curar as relações dilaceradas e restaurar a paz e a harmonia entre as famílias e comunidades.
O Santo Padre citou Shakespeare, ao dizer que a misericórdia é capaz de implementar um novo modo de falar e dialogar: “A misericórdia não é uma obrigação. Desce do céu como o refrigério da chuva sobre a terra. É uma dupla bênção: abençoa quem a dá e quem a recebe” (O mercador de Veneza, Acto IV, Cena I).
Linguagem da política e da diplomacia
A linguagem da política e da diplomacia também foi lembrada pelo Papa. Ele pede àqueles que têm responsabilidades institucionais, políticas e de formação da opinião pública, que estejam vigilantes sobre o modo como se exprimem a respeito de quem pensa ou age de forma diferente e ainda de quem possa ter errado.
Comunicar a verdade com amor
Francisco explica que é dever principal do cristão afirmar a verdade com amor e que palavras e gestos duros ou moralistas podem alienar ainda mais aqueles que queríamos levar à conversão.
“Podemos e devemos julgar situações de pecado – violência, corrupção, exploração, etc. –, mas não podemos julgar as pessoas, porque só Deus pode ler profundamente no coração delas. É nosso dever admoestar quem erra, denunciando a maldade e a injustiça de certos comportamentos, a fim de libertar as vítimas e levantar quem caiu.”
Saber escutar
Para comunicar com misericórdia, o Papa afirma que é fundamental escutar. Ele reconhece que não é uma atitude fácil e que as vezes é mais cômodo fingir-se de surdo, mas destaca que saber escutar é uma graça, um dom que é preciso implorar e depois exercitar-se a praticá-lo.
Redes Sociais
Ao falar sobre as redes sociais o Pontífice deixou claro que elas também podem ser formas de comunicação plenamente humanas. “Não é a tecnologia que determina se a comunicação é autêntica ou não, mas o coração do homem e a sua capacidade de fazer bom uso dos meios ao seu dispor.”
Ele chamou atenção para o uso das redes que tanto são capazes de favorecer as relações e promover o bem da sociedade, como podem também levar a uma maior polarização e divisão entre as pessoas e os grupos.
Por fim o Papa destaca que o encontro entre a comunicação e a misericórdia é fecundo na medida em que gerar uma proximidade que cuida, conforta, cura, acompanha e faz festa.
“Num mundo dividido, fragmentado, polarizado, comunicar com misericórdia significa contribuir para a boa, livre e solidária proximidade entre os filhos de Deus e irmãos em humanidade.”
Fonte: Canção Nova
Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 oferece subsídios para crianças, jovens e adultos
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- Sexta, 22 Janeiro 2016 15:04
Diferentes subsídios foram produzidos pela comissão organizadora da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016. O manual da CFE 2016 está organizado por temáticas. Além da oração, hino, apresentação e texto-base, são oferecidos 11 encontros, com abordagens específicas de acordo com cada público.
As Edições CNBB publicaram os subsídios da Campanha da Fraternidade, sendo roteiros para Círculos Bíblicos, Encontros Catequéticos para crianças e adolescentes, Encontros para jovens do Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio, Encontros para Famílias e Via-Sacra Ecumênicas, além de Vigílias e celebração da misericórdia.
Para adquirir acesse o site: www.edicoescnbb.com.br ou pelo televendas: (61) 2193.3019.
Reflexão
A Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 terá início na Quarta-feira de Cinzas, 10 de fevereiro, e prosseguirá até o Domingo de Ramos, 20 de março. A reflexão central da CEF traz como tema “Casa comum, nossa responsabilidade” e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5.24).
Este ano, a Campanha da Fraternidade é realizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em parceria com o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic). A proposta está em sintonia com a Encíclica do papa Francisco, “Laudato Si, visando debater com a sociedade questões do saneamento básico a fim de garantir desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida aos cidadãos.
Lançamento
A CFE 2016 será oficialmente lançada no dia 10 de fevereiro, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília. Haverá transmissão, ao vivo, pelas emissoras de inspiração católica e pela Rede Católica de Rádio (RCR).
A Comissão Executiva da CF 2015, também, disponibiliza materiais para serem baixados, com objetivo de auxiliar na formação sobre a Campanha nas dioceses e paróquias. Confira aqui.
Fonte: CNBB
Processo de beatificação de Irmã Lúcia ainda está na primeira fase
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- Quinta, 14 Janeiro 2016 17:07
Embora essa primeira fase deva terminar até o final do ano, o processo de beatificação de Irmã Lúcia não será concluído até a festa do centenário das aparições de Fátima em 2017
A instrução do processo de beatificação da irmã Lúcia de Jesus, uma das três videntes de Fátima, que está ainda na fase diocesana, deverá terminar até ao final deste ano, afirmou a vice-postuladora da causa dos Pastorinhos, Ir. Ângela Coelho, em recente entrevista ao Santuário de Fátima.
Diante disso, não estará resolvido até ao centenário das aparições em 2017, explicou Irmã Ângela.
“Não tenho certezas, mas estamos trabalhando nesse sentido, embora reconheça a complexidade que envolve a história de vida de Lúcia”, afirmou a vice-postuladora, destacando que, além da análise das correspondências da vidente de Fátima, testemunhas estão sendo interrogadas – pessoas que a conheceram e conviveram com ela.
Segundo a responsável, são mais de 70 mil cartas recebidas e respondidas pela Irmã Lúcia a partir da década de 80, provenientes de todas as zonas do mundo e das mais variadas origens, desde cidadãos anônimos até Papas, passando por cardeais, embaixadores e outros.
“É um processo complexo até pelo tempo em que viveu- duas guerras mundiais; a guerra civil espanhola; a ascensão e queda da ex URSS – e pelas preocupações que transportava” sublinha Irmã Ângela Coelho.
“Acredito que, na sua cela, esta religiosa transportava as dores do mundo do século XX, para além das suas próprias dores pessoais”, por isso, “toda a atenção que lhe dispensarmos e a seriedade e ponderação com que fizermos este trabalho são fundamentais”, destaca ainda a religiosa.
“O tempo que estamos a aplicar ao processo beneficia a Lúcia, mas beneficia, também, a Mensagem de Fátima”, conclui a vice-postuladora.
Rigor no processo
Neste processo, para além de outros elementos, estão a colaborar 15 teólogos, de várias nacionalidades, que se têm dedicado de corpo e alma a este trabalho de estudo da sua correspondência e têm procurado “ultrapassar alguns obstáculos de forma a facilitar o trabalho a Roma”.
“Este cuidado que sempre tivemos prende-se com a necessidade de uma afirmação inequívoca: ela é uma santa e a Igreja tem de perceber isso e tem de ter essa certeza ao beatificá-la”, conclui.
Recorde-se que há, igualmente, uma expectativa do processo de canonização dos beatos Jacinta e Francisco ficar concluído por Roma até ao Centenário das Aparições que se comemora em 2017, com a presença do Papa Francisco já anunciada.
Da redação, com Santuário de Fátima
Fonte: Canção Nova
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