Escritório Episcopal Eparquial da Igreja Greco-Melquita é instalado em Juiz de Fora
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- Segunda, 26 Abril 2021 12:23
Juiz de Fora sedia, desde a última sexta-feira (23), um Gabinete Episcopal da Eparquia Nossa Senhora do Paraíso dos Greco-Melquitas. O anúncio oficial foi feito durante Santa Missa em honra a São Jorge, padroeiro da Igreja Melquita localizada no município. A Eucaristia foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, e concelebrada pelo Eparca Dom George Khoury.
Com a instalação do escritório, o Eparca Melquita se dividirá entre Juiz de Fora e São Paulo, onde fica a sede da Eparquia, na Paróquia Nossa Senhora do Paraíso. A decisão, tomada com o consentimento de Dom Gil, foi necessária devido à ausência, na cidade, de um padre greco-melquita. No início deste ano, Monsenhor João Carlos Teodoro foi afastado por problemas de saúde e, desde então, a paróquia é conduzida pelo Padre Geraldo Luiz Alves Silva, Vigário Judicial do Tribunal Eclesiástico Interdiocesano e Pároco da Paróquia São Benedito.
“A Eparquia Greco-Melquita Nossa Senhora do Paraíso está passando por alguns problemas que o Eparca, com muita devoção, dedicação e sacrifício está tentando resolver. E aqui pediu a nossa colaboração para cuidar dessa paróquia de São Jorge, com um padre da Arquidiocese de Juiz de Fora, e nós atendemos o seu pedido nomeando o Padre Geraldo”, explicou Dom Gil.
Dom George agradeceu a amizade e a disponibilidade do Arcebispo. “Essa parceria foi realmente uma grande obra do Espírito Santo. Depois que o Padre João ficou doente, se afastou para tratar da saúde, entrei em contato com Dom Gil para explicar a situação, porque estamos desprovidos de padres. Então ele concedeu para nós Padre Geraldo para tocar a obra de nossa paróquia neste tempo, enquanto não temos ainda um padre que cuide da igreja”, comentou o Eparca.
Padre Geraldo, que foi empossado Administrador Paroquial na sexta-feira (23), revelou sua satisfação em poder servir à Igreja. “Nossa expectativa é muito grande, mas sobretudo de muita confiança, de muita esperança. Como o Papa Francisco, eu também me coloquei nas mãos dos meus paroquianos – como agora posso chamar -, pedindo que rezem por mim para que a gente possa encaminhar da melhor maneira o trabalho na Eparquia”.
O sacerdote ainda recordou a relação de fraternidade entre as Igrejas latina e oriental. “Papa João Paulo II foi aquele quem promulgou o Código de Direito Canônico para a Igreja Latina, em 1983, e o Código para as Igrejas Orientais, em 1990. Quando promulgou o código em 1990, ele disse uma frase que eu digo sempre para os meus alunos e trago muito no coração, reconhecendo que a Igreja de Cristo, a Igreja Católica, tem esses dois grandes ramos, ou duas grandes vertentes, mas que é uma única Igreja: ‘agora sim a Igreja de Cristo respira com seus dois pulmões’. Então é essa relação que nós queremos estabelecer, uma relação de fraternidade, de muita amizade, das quais todos puderam ser testemunhas nesta celebração”.
A Paróquia São Jorge de Juiz de Fora é, desde a década de 1950, uma das sete comunidades melquitas do Brasil, pelas quais Dom George Khoury é o responsável desde junho de 2019. Com o bispo, há, no país, nove padres greco-melquitas, e a intenção do Eparca é criar um seminário para formação de novos vocacionados.
Fonte: site da Arquidiocese de Juiz de Fora
Papa ordena 9 novos sacerdotes para a Diocese de Roma, entre eles um brasileiro
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- Segunda, 19 Abril 2021 18:05
O Papa Francisco, como bispo de Roma, volta a ordenar sacerdotes para sua diocese. A celebração com o rito da ordenação terá lugar no próximo domingo, Domingo do Bom Pastor, às 9 horas, horário de Roma, com transmissão em português da Rádio Vaticano/Vatican News.
Os nove jovens (e menos jovens) que serão ordenados – entre os quais um brasileiro – preparam-se para este grande momento com um retiro em um Mosteiro. Sua formação foi realizada em seminários da Diocese de Roma.
Seis deles estudaram no Pontifício Seminário Maior Romano: Georg Marius Bogdan, Salvatore Marco Montone, Manuel Secci, Diego Armando Barrera Parra, Salvatore Lucchesi e Giorgio De Iuri.
Dois deles foram formados no Colégio diocesano Redemptoris Mater – Riccardo Cendamo e Samuel Piermarini – e um no Seminário Nossa Senhora do Divino Amor, precisamente o brasileiro Mateus Henrique Ataíde da Cruz.
Mateus nasceu em Afogados da Ingazeira (PE) e mudou-se para Roma há sete anos, para frequentar o Seminário de Nossa Senhora do Divino Amor. “Quando eu tinha 15 anos – contou ele – comecei a trabalhar para um homem idoso, ajudava-o com o computador. No contrato de trabalho estava escrito que todos os dias eu também teria que rezar junto com ele e recitar o Rosário. O que a princípio vi como uma imposição, depois se tornou uma necessidade para mim”.
Originário da Romênia Georg Marius Bogdan, frequentou inicialmente o Pontifício Seminário Menor e depois o Maior. “O meu desejo de ser padre – contou – nasceu ainda criança, quando tinha 9 anos e lia um livro intitulado “Vida de São João Bosco”. Sonhava ser como ele”.
O exemplo de Dom Bosco também foi importante para Salvatore Marco Montone, 32 anos, natural da Calábria, que se mudou para a Cidade Eterna para seus estudos universitários. “Eu nasci no dia da Sexta-feira Santa de 1989, e para o dia do meu batismo, alguns meses mais tarde, haviam acabado as vestes brancas para as crianças. Então, o sacerdote me cobriu com a estola. Eu não me recordo, naturalmente, mas meus pais sempre me contam isso”.
Salvatore passou a infância no Oratório dos salesianos de Spezzano Albanese, e quando chegou a Roma encontrou alojamento na residência universitária salesiana da Paróquia de São João Bosco. “Aqui, uma noite – recorda ele -, durante a Adoração Eucarística na Igreja, manifestou-se o chamado do Senhor”.
Para o futuro sacerdote, foram particularmente importantes, durante os anos passados no instituto de formação de Piazza San Giovanni, as experiências de serviço junto à Caritas diocesana: “Eu realmente experimentei aquela “igreja de hospital de campanha” de que nos fala o Papa Francisco, e de alguma forma fui as mãos da Igreja de Roma que se estenderam para os mais pobres. Eu nunca vivi isso como um sacrifício, mas como parte integrante do meu ser sacerdote”.
Palavras semelhantes vem de Diego Armando Barrera Parra, colombiano de 27 anos: “Assim que terminei o ensino médio, na Colômbia, fui voluntário em uma prisão juvenil e em uma fundação para viciados em drogas. Ali nasceu meu desejo de poder ajudar e servir aos outros para sempre”.
O mais jovem dos nove diáconos é Manuel Secci, 26 anos, romano, criado em Torre Ângela, na Paróquia dos Santos Simão e Judas Tadeu, “onde o sentido de comunidade e as belas experiências – recorda ele – alimentaram a minha vocação”.
Salvatore Lucchesi, siciliano de 43 anos, também estudou no Seminário Maior. A sua, é uma vocação tardia: “Dou graças a Deus com a minha vida por toda a misericórdia que teve por mim”.
Saindo de Bríndisi, sul da Itália, e vindo para Roma aos 29 anos para estudar Medicina, Giorgio De Iuri conta: “O desejo da vocação nasceu em mim quando eu tinha cerca de 15 anos, mas eu tinha deixado isso um pouco de lado. Então despertou novamente nos primeiros anos em que vivi aqui em Roma como estudante de fora, graças ao acolhimento que recebi na Paróquia de Santa Galla. Na oração – acrescenta – eu fiz experiência direta do fato de que o Senhor estava ali e não me pedia nada. Esta é a graça, o amor gratuito do Senhor”.
Riccardo Cendamo, do Redemptoris Mater, na casa dos quarenta anos, sonhava em ser diretor, e o foi por alguns anos. Mas então percebeu que esse não era o seu caminho. “Se eu olhar para trás agora, percebo que sempre existiu o chamado para a vocação sacerdotal, e esse amor teve que amadurecer”.
Já Samuel Piermarini, apaixonado por futebol, tem 28 anos, é o último de quatro irmãos e filho de um jornalista da redação italiana do Vatican News. “Tinha um bom nível de jogo, e o time do Roma chamou-me para um teste – recorda com um sorriso -. No final do treino Stramaccioni me chamou e disse: “Então Piermarini, você pode assinar com a gente!”. Mas eu respondi que não sentia isso”. Assim, acabou ingressando no Redemptoris Mater. Por fim, neste domingo, a ordenação presbiteral: “Mal posso esperar!”
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Fonte: Site Vatican News
CNBB divulga mensagem ao povo brasileiro aprovada pelos bispos reunidos em assembleia
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- Segunda, 19 Abril 2021 17:56
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nesta sexta-feira, 16 de abril, a mensagem do episcopado brasileiro que reunido, de modo online, na 58ª Assembleia Geral da CNBB, se dirigiu ao povo neste grave momento.
No texto, os bispos afirmam que diante da atual situação pela qual passa o Brasil, sobretudo em tempos de pandemia, não podem se calar quando a vida é “ameaçada, os direitos desrespeitados, a justiça corrompida e a violência instaurada”. Os bispos asseguram que são pastores e que têm a missão de cuidar. “Nosso coração sofre com a restrita participação do Povo de Deus nos templos. Contudo, a sacralidade da vida humana exige de nós sensatez e responsabilidade”, dizem.
Na mensagem, os bispos reiteram que no atual momento precisam continuar a observar as medidas sanitárias que dizem respeito às celebrações presenciais. Reconhecem agradecidos que as famílias têm sido espaço privilegiado da vivência da fé e da solidariedade. “Elas têm encontrado nas iniciativas de nossas comunidades, através de subsídios e celebrações online, a possibilidade de vivenciarem intensamente a Igreja doméstica. Unidos na oração e no cuidado pela vida, superaremos esse momento”.
Os bispos afirmam que os três poderes da República têm, cada um na sua especificidade, a missão de conduzir o Brasil nos ditames da Constituição Federal, que preconiza a saúde como “direito de todos e dever do Estado” e que o momento exige competência e lucidez. “São inaceitáveis discursos e atitudes que negam a realidade da pandemia, desprezam as medidas sanitárias e ameaçam o Estado Democrático de Direito”, afirmam.
Fazem, ainda, um forte apelo à unidade das Igrejas, entidades, movimentos sociais e todas as pessoas de boa vontade, em torno do Pacto pela Vida e pelo Brasil: “Assumamos, com renovado compromisso, iniciativas concretas para a promoção da solidariedade e da partilha. A travessia rumo a um novo tempo é desafiadora, contudo, temos a oportunidade privilegiada de reconstrução da sociedade brasileira sobre os alicerces da justiça e da paz, trilhando o caminho da fraternidade e do diálogo. Como nos animou o Papa Francisco: “o anúncio Pascal é um anúncio que renova a esperança nos nossos corações: não podemos dar-nos por vencidos!”.
Clique aqui e confira o texto na íntegra.
Fonte: Site da CNBB
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