Comissão para a Liturgia oferece Orientações para a Semana Santa 2021
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- Segunda, 22 Março 2021 12:13
A Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou orientações e sugestões para a Semana Santa deste ano de 2021. O documento oferece indicações frente às exigências sanitárias no contexto da pandemia da Covid-19, as quais interferem “de maneira extraordinária no modo de bem celebrarmos esses sagrados dias”.
“Novamente esta Semana Maior, a Semana Santa, será celebrada no contexto da pandemia da Covid – 19, que desde o ano passado nos obrigou a elaborar e adotar normas e práticas de segurança sanitárias que buscassem garantir a defesa e a conservação da vida de nossos fiéis, pelo cuidado com a não disseminação do vírus em nossas celebrações litúrgicas”, afirma o bispo de Paranaguá (PR) e presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB, Dom Edmar Peron.
A decisão em dar as orientações surgiu na reunião virtual da Comissão no último dia 10 de março. Na ocasião, os membros consideraram importante oferecer aos bispos, “primeiros responsáveis pela vida litúrgica de suas Igrejas Particulares”, as indicações que levam em consideração as orientações litúrgicas divulgadas em maio do ano passado pela própria comissão, bem como pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, em fevereiro de 2020.
Orientações
Para o Domingo de Ramos, as principais orientações indicam que sejam evitadas procissões; que a celebração seja feita com a segunda fórmula prevista pelo Missal Romano, dentro das igrejas; e que os fiéis sejam exortados a levar para a missa os seus próprios ramos.
A Missa do Crisma poderá ser celebrada, a juízo do bispo diocesano, na medida do possível, com uma representação de “pastores, ministros e fiéis”, na quinta-feira santa pela manhã ou em outro dia, preferencialmente ainda dentro do Tempo Pascal.
Para a Missa da Ceia do Senhor, a Comissão para a Liturgia orienta que seja omitido o Rito do Lava-pés, bem como a transladação do Santíssimo Sacramento, que deve ser conservado no tabernáculo.
O documento também oferece a mesma oração do ano passado para a intenção particular que pode ser inserida na Oração Universal durante a Celebração da Sexta-feira Santa. Para a Adoração da Santa Cruz, “seja utilizada a genuflexão simples ou outro gesto apropriado, evitando a utilização do beijo ou qualquer outro contato físico”.
No documento, Dom Edmar recorda afirmação da Nota da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. “Concebidas para tempos normais, as normas e diretrizes contidas nos livros litúrgicos não são inteiramente aplicáveis em tempos excepcionais de crise como estes. Portanto, o Bispo, como moderador da vida litúrgica na sua Igreja, é chamado a tomar decisões prudentes para que as celebrações litúrgicas se desenvolvam frutuosamente para o Povo de Deus e para o bem das almas que lhe são confiadas, no respeito da salvaguarda da saúde e das prescrições das autoridades responsáveis pelo bem comum”.
A Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB recorda a encíclica Fratelli Tutti e deseja que a celebração do Mistério da Páscoa “reafirme aquela esperança ousada que sabe olhar para além das comodidades pessoais, das pequenas seguranças e compensações que reduzem o horizonte, para se abrir aos grandes ideais que tornam a vida mais bela e digna’. Caminhemos na esperança!” (Fratelli Tutti, n. 55).
As indicações completas podem ser conferidas no documento divulgado pela Comissão para a Liturgia. Baixe aqui.
Fonte: Site da CNBB
Cardeal Sandri faz apelo por Coleta Pró Terra Santa
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- Segunda, 15 Março 2021 10:55
O prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, fez um apelo em prol da Coleta Pró Terra Santa, na quinta-feira (11). A carta, também assinada pelo secretário Dom Gallaro, foi divulgada como instrumento para encorajar os fiéis a um gesto de solidariedade para preservar os Lugares Santos e manter as necessidades dos frades franciscanos na Terra Santa.
A iniciativa neste ano voltará a ser realizada na Sexta-feira Santa. Ano passado, por conta da pandemia, havia sido transferida para o mês de setembro. O destino da contribuição anual é ajudar a Igreja e os cristãos que vivem no Oriente Médio. A Custódia da Terra Santa cuida da preservação e revitalização dos lugares santos do cristianismo na Terra de Jesus. Além disso, os valores são voltados ao apoio e desenvolvimento da minoria cristã e assistência aos peregrinos na região.
Cardeal Sandri iniciou sua carta comentando sobre a Semana Maior: “Cada Semana Santa, tornamo-nos idealmente peregrinos de Jerusalém e contemplamos o mistério de Nosso Senhor Jesus Cristo Morto e Ressuscitado”.
A coleta
Sobre a coleta, a carta afirma que esse modelo de fraternidade acontece com ofertas recolhidas em todo o mundo para ajudar os cristãos do Oriente Médio. A ação deriva da obra de reconciliação e de pacificação de Jesus. Isso foi recordado pelo Papa na Encíclica Fratelli Tutti e a partir do testemunho profético proposto por São Francisco de Assis.
“O fundamento do nosso ser todos irmãos e irmãs, é precisamente no Calvário, o lugar no qual, através da máxima doação de amor, o Senhor Jesus interrompeu a espiral de inimizade, destruiu o círculo vicioso do ódio e abriu para cada homem e cada mulher o caminho da reconciliação com o Pai, entre cada pessoa, com a própria realidade da criação.”, disse.
Pandemia
Cardeal Sandri recordou o ano difícil que o mundo viveu pela pandemia de coronavírus. “Foi, portanto, um ano de prova e assim também para a Cidade Santa de Jerusalém, pela Terra Santa e para a pequena comunidade cristã que habita no Médio Oriente que quer ser luz, sal e fermento do Evangelho.”
Em 2020, os cristãos da região sofreram um isolamento que os fez sentir ainda mais distantes. Precisaram ser separados do contato vital com os irmãos provenientes de vários países do mundo.
“Sofreram a perda do trabalho, devida à ausência de peregrinos, e a consequente dificuldade de viver dignamente e prover às próprias famílias e aos próprios filhos. Em muitos países o persistir da guerra e das sanções agravaram os efeitos da pandemia. Além disso diminuiu a ajuda econômica que a coleta pro Terra Santa, garantia cada ano, por causa das dificuldades vividas em outros países.”
Solidariedade
O documento pede que a indiferença seja superada. Cita o exemplo dado pelo Papa Francisco, através da figura do Bom Samaritano como modelo de caridade ativa, de amor empreendedor e solidário.
“A coleta pro Terra Santa 2021 seja para todos a ocasião para não voltar o olhar, para não passar adiante, para não ignorar as situações de necessidade e de dificuldade dos nossos irmãos e das nossas irmãs, que vivem nos Lugares Santos. Se diminuir este pequeno gesto de solidariedade e de partilha (São Paulo e São Francisco o chamariam de “restituição”) será ainda mais difícil para tantos cristãos daquelas terras de resistir à tentação de deixar o próprio país, será difícil manter as paróquias na sua missão pastoral, e continuar a obra educativa através das escolas cristãs e o empenho social a favor dos pobres e dos que sofrem.”
E reforça o pedido de solidariedade por todos os que estão sofrendo na região: “Os sofrimentos de tantos deslocados e refugiados que tiveram que deixar as suas casas por causa da guerra necessitam de uma mão estendida e amiga para deitar sobre as suas feridas o bálsamo da consolação. Não se pode enfim, renunciar do cuidar os Lugares Santos que são o testemunho concreto do mistério da Encarnação do Filho de Deus e da oferta da sua vida feita por nosso amor e para a nossa salvação.”
Fonte: Site Notícias Canção Nova e Vatican News
“É hora de estancar a escalada da morte!” cobram, em nota, entidades signatárias do Pacto pela Vida e pelo Brasil
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- Segunda, 15 Março 2021 08:59
As instituições signatárias do Pacto pela Vida e pelo Brasil (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Ordem dos Advogados do Brasil, Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns, Academia Brasileira de Ciências, Associação Brasileira de Imprensa e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) lançaram, na tarde da quinta-feira, 11 de março, uma nota frente ao quadro de agravamento da pandemia do novo Coronavírus e das suas trágicas consequências na vida do povo brasileiro, do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Brasil.
Segundo o documento, intitulado “O povo não pode pagar com a própria vida!”, “o vírus circula de norte a sul do Brasil, replicando cepas, afetando diferentes grupos etários, castigando os mais vulneráveis”. No documento, as entidades se solidarizam com as famílias que perderam seus entes queridos e apontam a urgente necessidade de maior empenho e integração dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) do Brasil, e entre estados e municípios, na busca por encontrar soluções para enfrentar a pandemia.
As organizações signatárias do Pacto pelo Brasil fazem um apelo especial à juventude. “O vírus está infectando e matando os mais jovens e saudáveis, valendo-se deles como vetores de transmissão. Que a juventude brasileira assuma o seu protagonismo histórico na defesa da vida e do país, desconstruindo o negacionismo que agencia a morte”, afirma o documento. Veja, abaixo, a íntegra do documento cuja versões em PDF, com as logos de todas organizações, pode ser encontrada aqui.
O povo não pode pagar com a própria vida!
Nós, entidades signatárias do Pacto pela Vida e pelo Brasil, sob o peso da dor e com sentido de máxima urgência, voltamos a nos dirigir à sociedade brasileira, diante do agravamento da pandemia e das suas consequências. Nossa primeira palavra é de solidariedade às famílias que perderam seus entes queridos.
Não há tempo a perder, negacionismo mata. O vírus circula de norte a sul do Brasil, replicando cepas, afetando diferentes grupos etários, castigando os mais vulneráveis. Doentes morrem agonizando por falta de recursos hospitalares. O Sistema Único de Saúde – SUS continua salvando vidas. No entanto, os profissionais da saúde, após um ano na linha de frente, estão à beira da exaustão. A eles, nosso reconhecimento.
É hora de estancar a escalada da morte! A população brasileira necessita de vacina agora. O vírus não será dissipado com obscurantismos, discursos raivosos ou frases ofensivas. Basta de insensatez e irresponsabilidade. Além de vacina já e para todos, o Brasil precisa urgentemente que o Ministério da Saúde cumpra o seu papel, sendo indutor eficaz das políticas de saúde em nível nacional, garantindo acesso rápido aos medicamentos e testes validados pela ciência, a rastreabilidade permanente do vírus e um mínimo de serenidade ao povo.
A ineficiência do Governo Federal, primeiro responsável pela tragédia que vivemos, é notória. Governadores e prefeitos não podem assumir o papel de cúmplices no desprezo pela vida. Assim, apoiamos seus esforços para garantir o cumprimento do rol de medidas sanitárias de proteção, paralelamente à imunização rápida e consistente da população. Que governadores e prefeitos ajam com olhos não só voltados para os seus estados e municípios, mas para o país, através de um grande pacto. Somos um só Brasil.
Ao Congresso Nacional, instamos que dê máxima prioridade a matérias relacionadas ao enfrentamento da COVID-19, uma vez que preservar vidas é o que há de mais urgente. Nesse sentido, o auxílio emergencial digno, e pelo tempo que for necessário, será imprescindível para salvar vidas e dinamizar a economia. Ao Poder Judiciário, sob a liderança do Supremo Tribunal Federal, pedimos que zele pelos direitos da cidadania e pela harmonia entre os entes federativos. Que a imprensa atue livre e vigorosamente, de forma ética, cumprindo sua missão de transmitir informações confiáveis e com base científica, sobre o que se passa. Enfim, que a voz das instituições soe muito firme na defesa do povo brasileiro!
Fazemos ainda um apelo particular à juventude. O vírus está infectando e matando os mais jovens e saudáveis, valendo-se deles como vetores de transmissão. Que a juventude brasileira assuma o seu protagonismo histórico na defesa da vida e do país, desconstruindo o negacionismo que agencia a morte.
Sabemos que a travessia é desafiadora, a oportunidade de reconstrução da sociedade brasileira é única e a esperança é a luz que nos guiará rumo a um novo tempo.
Quarta-feira, 10 de março de 2021
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB
Felipe Santa Cruz
Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB
José Carlos Dias
Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns – Comissão Arns
Luiz Davidovich
Presidente da Academia Brasileira de Ciências – ABC
Paulo Jeronimo de Sousa
Presidente da Associação Brasileira de Imprensa – ABI
Ildeu de Castro Moreira
Presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC
Origem do Pacto pela Vida e pelo Brasil
O Pacto pela Vida e Pelo Brasil foi lançado no Dia Mundial da Saúde, em 7 de abril de 2020, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), juntamente com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Comissão Arns, a Academia Brasileira de Ciências, a Associação Brasileira de Imprensa e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.
Já na primeira nota, as entidades apontavam que o Brasil vivia uma grave crise – sanitária, econômica, social e política – “que exige de todos, especialmente de governantes e representantes do povo, o exercício de uma cidadania guiada pelos princípios da solidariedade e da dignidade humana, assentada no diálogo maduro, corresponsável, na busca de soluções conjuntas para o bem comum, particularmente dos mais pobres e vulneráveis”.
*Fonte: Site da CNBB
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