Em setembro, Papa pede estilo de vida que respeite o meio ambiente

Video-do-papa-SetUm estilo de vida sóbrio e ecossustentável é o que pede o Papa Francisco na videomensagem com a intenção de oração para setembro, mês do Tempo da Criação, divulgada pela Rede Mundial de Oração do Papa.

A edição de setembro do Vídeo do Papa faz parte da celebração anual, global e ecumênica do Tempo da Criação que tem início nesta quarta-feira, 1º de setembro, Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, e prossegue até 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis, padroeiro da ecologia.

Na mensagem em vídeo, divulgada nesta quarta-feira (01), o Papa Francisco volta a falar da crise ambiental que a humanidade atravessa, com destaque para os jovens, pois considera que eles estão na vanguarda das questões ecológicas.

Fico muito feliz em ver que os jovens têm a grandeza de empreender projetos de melhoria ambiental e social, já que as duas coisas caminham juntas. Nós, adultos, podemos aprender muito com os jovens, porque, em tudo o que diz respeito ao cuidado do planeta, os jovens estão na vanguarda. Aproveitemos o seu exemplo, reflitamos, especialmente nestes momentos de crise, crise sanitária, crise social, crise ambiental, reflitamos sobre o nosso estilo de vida.

“Não nos servirá descrever os sintomas, se não reconhecermos as raízes humanas da crise ecológica”, recorda o Papa na Encíclica Laudato si’. O Pontífice nos convida a questionar a forma como vivemos e utilizamos os bens materiais, “sobre a forma como nos alimentamos, consumimos, deslocamo-nos, ou o uso que fazemos da água, da energia e do plástico, e de tantos bens materiais que muitas vezes são prejudiciais à Terra. Vamos escolher mudar! Vamos avançar com os jovens para estilos de vida mais simples e que respeitam o meio ambiente”, diz Francisco na videomensagem.

E rezemos para que todos nós tomemos as decisões corajosas, as decisões necessárias para uma vida mais sóbria e ecossustentável, sendo inspirados pelos jovens que estão comprometidos com esta mudança. E eles não são tolos, porque estão comprometidos com seu futuro. É por isso que eles querem mudar o que vão herdar num tempo em que nós já não estaremos lá.

A raiz humana da crise ecológica

A necessidade de ações urgentes para combater a crise ambiental e social não é nova. Há cada vez mais alertas globais para tentar conscientizar a humanidade de que algo precisa mudar. Em junho passado, a ONU advertiu que “a Terra está alcançando rapidamente ‘extremos irreversíveis’ e que enfrentamos uma ameaça tripla: a perda de biodiversidade, a mudança climática e o aumento da poluição”. Isso impacta a vida de todos: “A degradação do mundo natural já está prejudicando o bem-estar de 3,2 bilhões de pessoas, ou seja, 40% da humanidade”. O secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, acrescentou que “a humanidade há muito vem destruindo as florestas do planeta, poluindo seus rios e oceanos e arando desordenadamente a terra. Estamos devastando os ecossistemas que sustentam nossas sociedades”.

Confira o vídeo:



Fonte: Site Vatican News

Dia da Amazônia: Repam e CNBB promovem celebração e plantio de ipês

Repam-Dia-da-Amazonia-2A Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam-Brasil) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizarão na próxima sexta-feira, 3 de setembro, um plantio de ipês em alusão ao Dia da Amazônia, celebrado no dia 5 de setembro. O plantio acontecerá no Centro Cultural Missionário (CCM), onde está sediada a Secretaria Executiva da Repam-Brasil, e na sede da CNBB, ambos em Brasília (DF).

As ações de celebração começam com uma missa, às 10, presidida pelo bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, na sede da CNBB, no Setor de Embaixadas Sul de Brasília, com a presença dos colaboradores da Repam-Brasil e da CNBB.

Para o plantio dos ipês, foram selecionadas mudas do gênero Handroanthus, da família Bignoniaceae. Segundo a Repam, o ipê foi escolhido devido sua beleza e rusticidade, já que a espécie é de fácil cultivo e resiste bem ao período de seca.

Dia da Amazônia

Celebrado no próximo domingo, 5 de setembro, o Dia da Amazônia foi criado com objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância de preservar a maior floresta tropical do planeta.

Uma das iniciativas incentivadas pela Rede no contexto do Dia da Amazônia é a campanha de engajamento #JuventudesPelaAmazônia. Iniciada em meados deste mês de agosto, a ação se estende até o dia 5 com o objetivo de articular adolescentes e jovens da região amazônica pela promoção e defesa do bioma e seus povos, além de chamar atenção para o desmatamento, o garimpo ilegal e as ameaças que ocorrem na região.

Fonte: Site da CNBB

Afeganistão: Jejum e oração solicitados pelo Papa

Afeganistao-2“Dirijo um apelo a todos para que intensifiquem a oração e pratiquem o jejum. Oração e jejum, oração e penitência, este é o momento de fazê-lo. Estou falando sério, intensificar a oração e praticar o jejum, pedindo ao Senhor misericórdia e perdão”.

Olhando para o drama do Afeganistão, ferido pelos recentes atentados e pela fuga desesperada de centenas de pessoas, Francisco, do Palácio Apostólico durante o Angelus, e da janela virtual e ainda mais ampla de sua conta no Twitter @Pontifex, mais uma vez pediu aos fiéis do mundo inteiro para se reunirem em oração e se absterem das refeições. Mais uma vez porque já em outras ocasiões durante seu pontificado, diante de tragédias humanitárias, o Papa apelou para este tipo de “ação” por parte dos fiéis.

Oração e jejum diante de tragédias humanitárias

Francisco o havia feito em 7 de setembro de 2013, quando na Praça São Pedro reuniu milhares de pessoas, católicos e não católicos, para rezar, com tochas e bandeiras, por uma Síria à beira de uma possível guerra feroz, após o ataque a civis com gás. Com igual vigor, o Santo Padre havia pedido em 2017 para rezar e jejuar pelo Sudão do Sul e pela República Democrática do Congo, atingidos pela fome, exploração, emigração e violência. Uma grande vigília havia sido realizada na Basílica do Vaticano, acompanhada de marchas e manifestações. Naquela ocasião, o Papa convidou os cristãos de outras Igrejas e seguidores de outras religiões a participarem do evento, “da maneira que julgarem mais apropriada, mas todos juntos”. A mesma fórmula foi usada para convidar os irmãos e irmãs de outras confissões para o grande dia do Líbano, convocado para 4 de setembro de 2020, quando o mundo estava lutando para se recuperar da devastadora primeira onda da pandemia de Covid e, exatamente um mês antes, havia assistido com espanto à explosão devastadora ocorrida no porto de Beirute.

Riccardi: devemos rezar o Terço todos os dias pelos países em guerra

Também nessa ocasião, o Papa pediu oração e jejum. Duas práticas que podem parecer – mesmo aos olhos de alguns crentes – obsoletas ou anacrônicas diante do mar de necessidades provenientes desses territórios dilacerados em seus fundamentos sociais e políticos. “Mas rezar e jejuar não são práticas anacrônicas, muito menos espiritualistas”, diz Andrea Riccardi, fundador da Comunidade de Sant’Egidio, comentando a iniciativa do Pontífice ao Vatican News. “Pelo contrário, creio que rezamos muito pouco pela paz em nossas igrejas. Aos domingos quase nunca ouvimos orações pelo Afeganistão ou, por exemplo, pelo norte de Moçambique com 800.000 refugiados, ou por tantas guerras esquecidas. Rezamos pouco pela paz, enquanto deveríamos ter em nossas mãos todos os dias um Terço com os nomes de todos os países em guerra para rezar por eles. A oração é uma força. Giorgio La Pira costumava dizer: “Acredito no poder histórico da oração. Aqui, a oração, em certa medida, torna-se o caminho para cuidar daqueles que não podem ser cuidados confiando-os à mão paterna de Deus”.

Fonte: Site Vatican News

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