Eleições para presidência da CNBB começam nesta segunda-feira (24)

urnas-60a-ag-cnbbO sexto dia da 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) será marcado pelo início do processo de votação daqueles que desempenharão funções e serviços na Conferência pelos próximos quatros anos. Nesta segunda-feira, 24 de abril, a partir de 12h, os bispos vão às urnas eletrônicas para começar a definir quem serão os próximos membros da presidência da entidade.

A votação começará, por ordem, para o cargo de presidente, primeiro vice-presidente, segundo vice-presidente e secretário-geral, com votos secretos e até três turnos para cada função. Será considerado eleito aquele que atingir a maioria de dois terços dos votos no primeiro ou no segundo turno de votações.

Ao longo da semana de trabalhos, além dos membros da presidência, também serão escolhidos os 12 presidentes das Comissões Episcopais permanentes, 2 representantes da CNBB no Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), um titular e suplente e os bispos que participarão do processo do Sínodo sobre a Sinodalidade, no Vaticano.

A sessão da manhã contará também com um balanço sobre a Campanha da Fraternidade 2023, que tem como temática a questão da fome no país; o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS); e informes das Comissões para a Amazônia e a de Mineração e Ecologia Integral.

Eleicoes-CNBB-votacao-3-500x442-1Quem pode votar

O voto deliberativo compete apenas aos bispos diocesanos, aos equiparados a eles no direito e aos bispos coadjutores (cf. cân. 454, § 2). Assim, os administradores diocesanos têm direito a voto, mas não podem ser votados.

Segundo o artigo 27 do Estatuto da CNBB, a Assembleia Geral só pode deliberar ou eleger se estiverem presentes 2/3 dos membros com voto deliberativo, salvo quórum diferente exigido pelo direito. O parágrafo primeiro reza que “as deliberações decisórias e as eleições serão feitas de acordo com este Estatuto e o Regimento Interno”.

Quem pode ser votado

Segundo o Estatuto da CNBB, apenas bispo diocesano, com idade inferior a 71 anos, pode ser eleito presidente, 1º vice-presidente e 2º vice-presidente da CNBB (cf. Congregação para os Bispos. Carta aos Bispos, de 3 de março de 2022, Prot. N. 42/2022). Para o cargo de secretário-geral, somente bispo pode ser eleito.

Aqueles que já estiveram na Presidência da CNBB por dois mandatos consecutivos não podem ser votados para um terceiro mandato imediatamente subsequente em qualquer um dos cargos. Assim, os membros da atual Presidência da CNBB estão elegíveis para um segundo mandato no mesmo cargo ou para outra função no mesmo órgão constitutivo.

Como será a votação

Os escrutínios da 60ª Assembleia Geral serão realizados com votações secretas em urnas eletrônicas cujo sistema foi desenvolvido pelo Departamento de Tecnologia de Informação da CNBB. Serão 17 urnas instaladas no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, cada uma com dois bispos responsáveis, um presidente e um secretário. Eles vão garantir o sigilo e a privacidade dos eleitores no processo de votação.

Só será liberado o registro do voto após apresentação da carteira eclesial e a assinatura na lista de presença. Após a aproximação da carteira do bispo no leitor, o sistema será aberto para que seja registrado o voto.

Após cada escrutínio, o sistema de gerenciamento das urnas fará a apuração dos votos e emitirá um relatório com o nome dos candidatos votados, por ordem decrescente. Este relatório indicará se o candidato mais votado alcançou o percentual de votos exigido para aquele escrutínio, segundo as normas do estatuto.

Fonte: site da Arquidiocese de Juiz de Fora, com informações do site da CNBB e A12.com
**Fotos: Site da CNBB

Papa reforça necessidade de políticas de ecologia integral

ecologia-fotoFoto-Maksym-Diachenko-na-Unsplash“Precisamos reconhecer que a crise ambiental e a crise social de nosso tempo não são duas crises separadas, mas uma única crise”. A afirmação foi do Papa Francisco, nesta quinta-feira (20), ao receber em audiência no Vaticano uma delegação de Líderes inter-religiosos e políticos da Grande Manchester, Inglaterra.

Em seu discurso, o Santo Padre afirmou que se tornou cada vez mais evidente que o compromisso atual com a salvaguarda da criação deve ser parte de um esforço mais amplo para promover a ecologia integral. Esta respeita a dignidade e o valor de cada pessoa humana e reconhece os efeitos trágicos da degradação ambiental sobre a vida dos pobres.

Trágicos efeitos da degradação

Ao dar as boas-vindas aos presentes e agradecer ao bispo John Arnold por suas palavras, Francisco manifestou seu apreço pelo compromisso e esforço deles, como líderes religiosos e políticos, para aumentar a consciência da necessidade urgente de proteger o meio ambiente e de trabalhar concretamente para enfrentar os efeitos da mudança climática.

“Vosso testemunho comum é particularmente significativo, pois a história de vossa cidade está intimamente ligada à revolução industrial, com seu legado de enorme progresso técnico e econômico, unidamente a um indubitável impacto negativo sobre o meio ambiente humano e natural”, observou Francisco.

A cidade de Manchester teve um papel histórico preponderante na revolução industrial do século XVIII na Inglaterra, com os aspectos positivos e negativos que a mesma comportou.

Superar a cultura do descartável

Ao reiterar a crise vivida nestes tempos, o Papa destacou a necessidade de superar a cultura do descarte. “É claro que isto [a crise atual] requer a criação de novos modelos econômicos voltados para o futuro. Mas também requer determinação para superar a cultura do descartável, a cultura do desperdício, gerada pelo consumismo e pela indiferença globalizada, que inibe os esforços para enfrentar estes problemas humanos e sociais da perspectiva do bem comum”.

Francisco ressaltou à delegação que eles se distinguem por testemunhar a dimensão intrinsecamente moral e religiosa do dever de proteger o meio ambiente.

“Em vossas respectivas comunidades, guiados pela sabedoria de vossas diversas tradições, desempenhais um papel importante ao contribuir para uma tão necessária conversão ecológica baseada nos valores de respeito à natureza, sobriedade, solidariedade humana e preocupação com o futuro da sociedade”, apontou o Papa.

O Pontífice destacou que um aspecto essencial desta contribuição é o compromisso, como homens e mulheres de fé, de formar as mentes e os corações dos jovens. Além de buscar atender as necessidades da juventude de uma mudança de rumo e de políticas voltadas para o futuro, que tenham como objetivo o desenvolvimento humano sustentável e integral.

Francisco finalizou a audiência despedindo-se dos presentes, agradeceu a visita e desejou o melhor para o trabalho deles, invocando a bênção divina, fonte de sabedoria, de fortaleza e de paz.

Fonte: Site Vatican News

Com a proximidade da 60ª Assembleia Geral, CNBB divulga dados atualizados do Episcopado no Brasil

Bispos-Site-da-CNBBNo próximo dia 19 de abril, às 8h30, acontece a sessão solene de abertura da 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (AG CNBB), no Centro de Convenções Padre Vítor Coelho de Almeida, do Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida (SP). O encontro do Episcopado Brasileiro se estende até o dia 28, com 22 sessões ao longo das duas semanas.

Dada a proximidade do evento, o portal da CNBB divulgou os dados atualizados do Episcopado no Brasil, com informações estratégicas para que os jornalistas conheçam tudo sobre as circunscrições eclesiásticas, as dioceses vacantes, o número de bispos ativos e os eméritos.

Atualmente, a Igreja no Brasil conta com um total de 326 bispos ativos e o número de 157 bispos eméritos, aqueles que, de acordo com o Código de Direito Canônico, perdem “o ofício por limite de idade ou por renúncia aceite”.

Circunscrições eclesiásticas

A Igreja no Brasil possui 279 circunscrições eclesiásticas, ou seja, territórios ou “Igrejas Particulares” confiadas aos cuidados de um bispo. A circunscrição eclesiástica pode ser uma prelazia, uma diocese, arquidiocese, eparquia ou exarcado para fiéis de ritos específicos, e também circunscrições que não têm uma limitação territorial, como a administração apostólica pessoal.

De acordo com as informações sistematizadas pela Secretaria Técnica da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), as circunscrições eclesiásticas estão divididas assim: 219 são dioceses, 45 arquidioceses, 7 prelazias, 3 eparquias, 1 exarcado, 1 rito próprio, 1 ordinariado militar, 1 administração apostólica pessoal e 1 arquieparquia. Cada uma delas conta com um bispo eleito pelo Papa para administrar o governo pastoral.

Dioceses vacantes

O levantamento mostra também que, até esta quarta-feira, 12 de abril, 10 dioceses brasileiras estão vacantes, ou seja, sem o bispo titular à frente do governo. Renúncia, transferência, falecimento ou perda de ofício são alguns dos motivos que podem tornar uma sede vacante, expressão oriunda do latim que significa trono vazio e que é usada pela Igreja para dizer que uma Sede Episcopal está sem o seu ocupante no governo pastoral.

Neste período, a Igreja Particular fica aos cuidados de um administrador diocesano, eleito pelo Colégio de Consultores, que pode desempenhar algumas funções limitadas pelo Código de Direito Canônico; ou por um administrador apostólico, um bispo nomeado pelo Papa.

Confira, abaixo, as 10 dioceses vacantes:

Diocese de Almenara (MG)
*O Padre José Hamilton de Castro, do clero de Guaxupé (MG), foi nomeado bispo para esta diocese nesta quarta-feira (12).

Diocese de Amargosa (BA)

Diocese de Cametá (PA)
*O Padre Ivanildo Oliveira Almeida, do clero de Imperatriz (MA), foi nomeado bispo para esta diocese nesta quarta-feira (12).

Diocese de Divinópolis (MG)

Diocese de Januária (SE)

Diocese de Jataí (GO)

Diocese de Marajó (PA)

Diocese de Parnaíba (PI)

Diocese de Quixadá (CE)

Diocese de Tubarão (SC)

*Fonte: Site da CNBB

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