Incêndio na Catedral de Notre Dame: choque e tristeza da Santa Sé

incendio-catedral-de-notre-dame“A Santa Sé acolheu com choque e tristeza a notícia do terrível incêndio que devastou a Catedral de Notre Dame, símbolo da cristandade na França e no mundo”, assim se expressou o Diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti.

“Expressamos proximidade aos católicos franceses e à população de Paris e garantimos as nossas orações aos bombeiros e aos que estão fazendo o possível para fazer frente a esta dramática situação”, prossegue o comunicado, divulgado no início da noite desta segunda-feira (15) após as chamas tomarem a Catedral.

Paris

O Arcebispo de Paris, Dom Michel Aupetit, convidou à oração e pediu aos párocos da capital francesa que toquem os sinos de suas igrejas. O incêndio não deixou indiferente o Reitor da Mesquita de Paris, Dr. Dalil Boubakeur, que falou de “terrível espetáculo”, pedindo a proteção divina para este “monumento precioso aos nossos corações”.

Cardeal brasileiro

O arcebispo emérito de São Paulo, Card. Cláudio Hummes, afirmou ao Vatican News que acompanha com tristeza esta “cena trágica”, recordando que em 2010 foi convidado pelo então arcebispo Dom Vingtrois para celebrar na Catedral no feriado de 15 de agosto. “Fui e levo uma lembrança linda, sagrada e monumental desta Basílica que agora o incêndio está destruindo”.

Desolação

Um incêndio de grandes proporções está devastando a Catedral de Notre Dame em Paris. Imagens divulgadas nas redes sociais, especialmente no Twitter, mostram chamas e uma densa coluna de fumaça saindo do teto da catedral e da torre. 400 bombeiros trabalham no combate às chamas.

O incêndio teve início no local onde se realizavam trabalhos de restauração, em particular no teto. Cerca de 650 turistas estavam dentro da Catedral quando as chamas tiveram início. Os bombeiros receberam o aviso do incêndio às 18h50.

“Um terrível incêndio está em curso na Catedral de Notre Dame de Paris”, escreveu no Twitter a prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo. Os bombeiros “estão tentando controlar as chamas. Eles trabalham em conjunto” com a Diocese de Paris. “Eu convido todos a respeitar o perímetro de segurança!”

André Finot, porta-voz da catedral, informou que toda a estrutura do teto está em chamas e “não restará nada”. Pouco antes das 20 horas, uma das torres desabou. Logo depois, o teto de madeira.

O clima é de desolação entre os parisienses e os milhares de turistas que visitam a capital francesa. Agora à noite, grupos de fiéis aproximaram-se o máximo que puderam da Catedral, rezando e entoando cânticos, mesmo em meio às lágrimas.

A Catedral passava por reformas, especialmente no teto. Curiosamente, diversas imagens de Santos foram retiradas recentemente do alto da Catedral com gruas, para serem restauradas em uma localidade nos arredores de Paris.

A Catedral Metropolitana de Nossa Senhora (em francês: Cathédrale métropolitaine Notre-Dame; em latim: Ecclesia Cathedralis Nostrae Dominae), também conhecida como a Catedral de Notre Dame ou simplesmente Notre Dame, é o principal local de culto católico em Paris, Catedral da Arquidiocese de Paris, cujo arcebispo metropolitano é também primaz da França. Iniciada sua construção no ano de 1163, é dedicada a Maria, Mãe de Jesus Cristo. Levou 180 anos para ser construída. Em dezembro deste ano completaria 857 anos.

A Catedral, localizada na parte oriental da Île de la Cité, no coração da capital francesa, na praça de mesmo nome, representa uma das construções góticas mais famosos do mundo e é um dos monumentos mais visitados de Paris. Anualmente recebe cerca de 13 milhões de turistas e fiéis, de todas as partes do mundo.

De acordo com a lei francesa sobre a separação de Estado e Igreja de 1905, o edifício é de propriedade do Estado francês, como todas as outras catedrais construídas pelo Reino da França, e seu uso é atribuído à Igreja Católica.

A catedral – basílica menor desde 27 de fevereiro de 1805 – é um monumento histórico da França desde 1862 e Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1991.

Fonte: Site Vatican News

CNBB lança livro com orientações sobre o cuidado pastoral das vítimas de abuso sexual

livro-cuidado-pastoral-com-vitimas-de-abusosReafirmando sua adesão incondicional à postura de tolerância zero em relação aos casos de abuso sexual contra menores, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou o texto “O cuidado Pastoral das Vítimas de Abuso Sexual”, aprovado pela Congregação para a Doutrina da Fé. “Ele pretende servir de apoio e orientação aos bispos e às comunidades para melhor compreenderem a realidade dos abusos de menores e se empenharam para superá-los”, diz um trecho da apresentação que é assinada pelo presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha e pelo secretário-geral, dom Leonardo Steiner.

Mantendo-se fiel à missão realizada pela Igreja Católica no Brasil em defesa dos pobres e vulneráveis, a CNBB não fica indiferente ou inerte diante de lamentáveis casos de abuso sexual cometidos por sacerdotes, diáconos ou outras pessoas da Igreja, sejam elas funcionários, voluntários ou agentes de pastoral. Conforme consta no Código de Direito Canônico, o episcopado brasileiro coloca-se ao lado das vítimas, rejeita a violência e abraça a justiça, sobretudo, quando se trata de menores de 18 anos e pessoas que habitualmente têm um “uso imperfeito da razão”.

Respeitando o direito à boa fama e à intimidade de cada pessoa, ainda segundo o Código de Direito Canônico, a Igreja colabora integralmente com todos os que buscam a reparação contra qualquer forma de abuso ou violência sexual, cometidos por quem quer que seja, clérigos ou leigos, nas dioceses, paróquias comunidades e obras. Como pastores do povo de Deus, os bispos do Brasil por meio do texto “O Cuidado Pastoral das Vítimas de Abuso Sexual” reafirmam o seu compromisso com o bem espiritual e com a saúde do corpo e da alma dos que foram vítimas de abuso, de suas famílias e de suas comunidades.

Neste contexto, a primeira parte do texto traz orientações sobre aspectos psicológicos, principalmente do pedófilo. Do ponto de vista moral e espiritual, para todo cristão, especialmente para o sacerdote ou religioso que comete o crime, o texto aponta que deve ficar bem clara a consciência da gravidade do pecado cometido. “A única maneira para combater radicalmente o pecado é a santidade, e o fundamento da santidade é uma autêntica vida espiritual. Sacerdotes verdadeiramente santos nunca chegariam a abusar de menores e nem permitiriam que outros fizessem”, diz um trecho.

Orientações sobre aspectos jurídicos tanto canônicos como civis compõem a segunda parte do livro. Nela, é possível constatar os procedimentos vigentes para tratar de tais delitos e exigir maior celeridade e firmeza nas investigações e punições. Procura-se, assim, conseguir uma atuação convergente dos pastores, harmonizando do melhor modo os esforços de cada um para salvaguardar os menores. Normas para a investigação prévia, quem atua nos processos de investigação, assim como o modo de proceder são evidenciados neste capítulo.

A Igreja sabendo de sua responsabilidade com o uso dos meios de comunicação para promover a justiça, a verdade e a solidariedade, trouxe na terceira parte do livro orientações sobre aspectos da comunicação. A ideia apresentada é a de que os Ordinários chamados a se relacionar com a mídia exercem sua autonomia de maneira competente, transparente, colaborativa e crítica.

A quarta parte oferece orientações sobre aspectos pastorais. Essa em específico oferece ajuda psicológica, espiritual e pastoral ao clérigo que cometeu abuso sexual de menor, bem como o que o Ordinário pode fazer para dar apoio à vítima de abuso sexual e a seus familiares.

A quinta e última parte diz respeito à seleção e formação presbiteral e é destinada aos Ordinários – bispos e Superiores Maiores – para a responsabilidade específica deles e dos encarregados pelos futuros sacerdotes e religiosos, quanto ao correto discernimento vocacional e quanto à formação humana e espiritual dos candidatos.

O Documento já está disponível para venda no site da Editora da CNBB: https://www.edicoescnbb.com.br/ocuidado-pastoral-das-vitimas-de-abuso-sexual.

Fonte: Site da CNBB

Papa Francisco: Rito de lava-pés em casa de detenção

lava-pésPapa Francisco, dia 18 de abril, celebrará a Missa da Ceia do Senhor com o rito do lava-pés, na casa de detenção “Casa Circondariale di Velletri” em Roma.

A visita do Santo Padre prevê um encontro com os detentos, com alguns convidados e com os agentes da polícia penitenciária. Para o momento do lava-pés, foram escolhidos doze detentos.

A casa de detenção foi inaugurada em 1991. Além de um departamento de semiliberdade, a prisão é composta por dois pavilhões de quatro andares, um dos quais foi construído mais tarde e inaugurado em 2012. O antigo pavilhão abriga no máximo dois prisioneiros por sela, enquanto o novo acomoda no máximo quatro prisioneiros.

Segue a programação do Papa Francisco no dia 18 de abril:

15h30 – Saída de Santa Marta de carro

16h30 – Chegada à Casa Circondariale de Velletri.

O Santo Padre será recebido por pelas seguintes pessoas:

Dra. Maria Donata Iannantuono – Diretora;
Dra. Pia Palmeri – Diretora Adjunta;
Dra. Maria Luisa Abbossida – Comandante da Polícia na Prisão;
Padre Franco Diamante – Capelão.

O Santo Padre saudará as Representações do Pessoal Civil, da Polícia e dos Detentos, depois seguirá para uma capela onde se paramentará e iniciará a Santa Missa as 17h com o rito de lava-pés.

No final da celebração o papa receberá a saudação da diretora, com uma troca de presentes.

Às 19h o Santo Padre deixará a “Casa Circondariale di Villetri” e regressará ao Vaticano.

Fonte: Site Vatican News

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