(Arce)Bispos e Padres realizam visita a Brumadinho

Fotos-Padre-Nereu-Pacífico-dos-ReisA comunidade de Parque das Cachoeiras, em Brumadinho (MG), uma das atingidas pelo rompimento da barragem com rejeitos de mineração da Vale, no início deste ano, recebeu a visita de 35 (Arce)Bispos e dezenas de Padres que integram o Regional Leste 2 (Minas Gerais e do Espírito Santo) da CNBB. A visita foi feita na tarde de ontem (5) para promover um repensar e um reviver da memória para que não se apague os erros passados da caminhada diária.

Os (Arce)Bispos realizaram uma partilha e momento de oração com a comunidade e em seguida, se reuniram na Igreja São Judas, para um momento de celebração com os voluntários.

Homenagens

Pensando em agradecer as instituições e pessoas que prestaram valiosos serviços às vítimas do rompimento da Barragem Córrego do Feijão e a toda comunidade, o Regional Leste 2 homenageou e fez a entrega de placas de honra ao mérito.

Foram homenageados: O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais, representado pelo Comandante Tenente Pedro Aihara; A Paróquia de São Sebastião, representada pelo Padre Renê Lopes e a voluntária e leiga Raquel Andrade. Além disso, houve um minuto de silêncio em memória às vítimas.

A Missa celebrada pelo Arcebispo Dom Walmor, presidente da CNBB, na Igreja Matriz São Sebastião, no Centro de Brumadinho, concluiu a visita.

Veja as fotos clicando aqui.

Fonte: Site do Regional Leste 2

Igrejas celebram Semana de Oração pela Unidade Cristã

arte souc 2019Nos dias que antecedem a festa de Pentecostes, é celebrada no hemisfério Sul a Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC). De 2 a 9 de junho, é proposto para reflexão o tema inspirado no livro de Deuteronômio: “Procurarás a justiça, nada além da justiça” (Dt 16.11-20).

Promovida mundialmente pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e pelo Conselho Mundial de Igrejas, a iniciativa convida à celebração da Justiça fundamentada na graça de Deus, de acordo com carta divulgada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic).

“Esta justiça nos desafia a olharmos para a complexidade dos problemas da humanidade, a revermos as relações de poder e a compreendermos que os interesses individuais ou de grupos econômicos não podem ser colocados acima dos seres humanos, da integridade da Criação e do bem-estar da humanidade”, lê-se no texto assinado pelos representantes das Igrejas-membro.

Neste ano, o SOUC foi preparada por cristãos da Indonésia. O país de 265 milhões de pessoas tem 10% de cristãos. No Brasil, a preparação ficou por conta do Conic de Minas Gerais. Na carta divulgada pelo Conic, são lembrados os rompimentos das barragens de rejeitos de mineração provocados “pelos interesses econômicos de grupos financeiros que têm na mineração a sua geração de riquezas”. Os representantes das Igrejas afirmam ser impossível não pensar nas pessoas de diferentes tradições de fé e também nas pessoas que não se vinculam a tradições religiosas que perderam amigos, amigas e familiares no rompimento da Barragem do Córrego do Feijão.

“Queremos orar para que a Justiça da graça de Deus subverta a justiça humana que nem sempre assegura a reparação às pessoas afetadas pela ação de grandes corporações. Que das vidas interrompidas, pela destruição ambiental provocada pelo rompimento desta barragem sejam colocados acima das perdas financeiras das empresas mineradoras”, afirmam.

Nas intenções desta semana, estão as famílias afetadas pela mineração, as pessoas que dependem do Rio Doce, do Rio Paraopeba e do Rio São Francisco para sobreviverem. “Estes rios sofrem os impactos da exploração mineradora. Que possamos atuar para a recuperação dos rios. Em nossas orações, lembremos dos povos indígenas que também sofrem com esta a destruição e pelas inúmeras famílias camponesas que perderam suas roças”.

Assinaram a carta do Conic: dom Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar de Brasília (DF) e ex-secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); pastora Sílvia Beatrice Genz, Pastor Presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil; bispo Naudal Gomes, bispo Primaz da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil; presbítera Anita Sue Wright Torres, moderadora da igreja Presbiteriana Unida do Brasil; dom Paulo Titus, arcebispo da Igreja Sirian Ortodoxa de Antoquia; e pastor Paulo César Pereira, presidente da Aliança de Batistas do Brasil.

*Fonte: Site da CNBB

Papa na Romênia: uma sociedade é civil quando cuida dos mais pobres

Papa-na-RomêniaO Papa Francisco deixou o Vaticano, na manhã desta sexta-feira (31), para a 30ª Viagem Apostólica do seu Pontificado. Desta vez, o país visitado é a Romênia.

Depois da acolhida no aeroporto de Bucareste, o Papa fez uma visita de cortesia ao Presidente romeno Klaus Werner Iohannis no Palácio presidencial, local do encontro com as Autoridades, a Sociedade civil, os Representantes de várias confissões religiosas e o Corpo Diplomático.

Após as palavras de boas-vindas do Presidente, o Papa Francisco pronunciou seu discurso expressando sua alegria: “Estou feliz por me encontrar nesta terra formosa, vinte anos depois da visita de São João Paulo II e no semestre em que a Romênia – pela primeira vez desde que começou a fazer parte da União Europeia – preside ao Conselho Europeu”.

Depois de lembrar dos 30 anos passados desde que a Romênia se libertou do regime que oprimia a liberdade civil e religiosa, o Papa elogiou a reconstrução e o trabalho feito através “do pluralismo das forças políticas e sociais e do seu diálogo mútuo através do reconhecimento fundamental da liberdade religiosa e da plena integração do país no mais amplo cenário internacional”.

Fenômeno da emigração

Porém continuou Francisco, “é preciso reconhecer que as transformações, tornadas necessárias pela abertura de uma nova era, acarretaram consigo – juntamente com as conquistas positivas – o aparecimento de inevitáveis obstáculos que se devem superar e de consequências para a estabilidade social e a própria administração do território nem sempre fáceis de gerir”.

Neste ponto recordou o fenômeno da emigração da população à procura de novas oportunidades de trabalho, levando ao “despovoamento de muitas localidades” que pesa inevitavelmente “na qualidade de vida em tais terras e enfraquecimento das raízes culturais e espirituais que sustentam nas adversidades”.

Caminhar juntos

Para enfrentar estes problemas, afirma o Papa, “é preciso aumentar a colaboração positiva das forças políticas, econômicas, sociais e espirituais”. “É necessário caminhar juntos e que todos se comprometam, convictamente, a não renunciar à vocação mais nobre a que deve aspirar um Estado: ocupar-se do bem comum do seu povo”.

“Assim – continuou o Pontífice – pode-se construir uma sociedade inclusiva, na qual cada um, disponibilizando os seus próprios talentos e competências (…) se torne protagonista do bem comum”. De fato, conclui, “quanto mais uma sociedade se dedica aos mais desfavorecidos, tanto mais se pode dizer verdadeiramente civil”.

E para alcançar estes objetivos, “é preciso que tudo isto tenha uma alma, um coração e uma direção clara de marcha, imposta, (…) pela consciência da centralidade da pessoa humana e dos seus direitos inalienáveis”. E o Papa continuou: “Para um desenvolvimento sustentável harmonioso (…) não é suficiente atualizar as teorias econômicas, nem bastam – apesar de necessárias – as técnicas e capacidades profissionais. Com efeito, trata-se de desenvolver, juntamente com as condições materiais, a alma de todo o povo”.

A Igreja Católica quer dar a sua contribuição

“Neste sentido, as Igrejas cristãs podem ajudar a reencontrar e alentar o coração pulsante de onde fazer fluir uma ação política e social que parta da dignidade da pessoa e leve a empenhar-se, leal e generosamente, pelo bem comum da coletividade”.

Por fim, falando do trabalho das Igrejas cristãs esclarece que “a Igreja Católica quer colocar-se neste sulco, quer dar a sua contribuição para a construção da sociedade, deseja ser sinal de harmonia, esperança de unidade e colocar-se ao serviço da dignidade humana e do bem comum”.

O Papa concluiu o seu discurso desejando à Romênia “paz e prosperidade” e invocando sobre “toda a população abundância de bênçãos divinas”.

*Fonte: Site do Vatican News

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