CNBB lança campanha de sensibilização e informação sobre o Sínodo para a Amazônia

CardA partir deste domingo, 1º de setembro, “Dia Mundial de oração pelo Cuidado da Criação” até o dia 5, “Dia da Amazônia”, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vai desenvolver, em parceria com a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil), um conjunto de iniciativas de comunicação cujo objetivo é sensibilizar a Igreja e a sociedade sobre a importância do Sínodo para a Amazônia. As ações se desdobrarão no período que antecede e durante a realização da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a região Pan-amazônica.

Integram a campanha, um conjunto de ações – vídeo depoimento de bispos e lideranças da Igreja, vídeos Voz da Amazônia, entre outros. O material produzido em parceria com a Comissão Episcopal Especial para a Amazônia e a Rede Eclesial Pan-Amazônica, a REPAM-Brasil, vai estar disponível nos sites e nas redes sociais da CNBB e da REPAM-Brasil. As TVs de inspiração católicas também foram convidadas a produzir conteúdo próprio e a disseminar os conteúdos produzidos sobre o Sínodo pela Repam, especialmente a série Voz da Amazônia.

O arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo explica que Conferência decidiu apoiar iniciativas de comunicação que sensibilizem a Igreja e a sociedade para a proposta do sínodo. “A Conferência deve acompanhar a partir de agora o caminho sinodal com uma programação e um planejamento de comunicação para abrir mais o coração da nossa própria Igreja e também repercutir estas informações no coração da sociedade”.

Dom Walmor ressalta ainda que a intenção da Igreja não é apenas realizar um evento, mas dar passos novos, o que incentiva a entidade a se envolver nas ações que superem ou tratam de forma adequada os vários ruídos que se têm apresentado em relação ao Sínodo, bem como as suas incompreensões.

Segundo presidente da CNBB desejo é que haja “uma repercussão muito boa e importante de tudo aquilo que se trata e se tratará durante o Sínodo e daquilo que virá na exortação pós-sinodal.

No primeiro vídeo da série, o bispo de Rio Grande e presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, dom Ricardo Hoepers, fala da Amazônia como um dom de Deus.

“Que todos nós possamos participar. Vamos nos envolver com essa grande reflexão e também com o nosso modo de ser. Pensar a Amazônia e pensar no homem de maneira integral. É pensar o dom que Deus nos deu. É pensar no quanto que somos gratos por este dom que recebemos que é a Amazônia”, destaca.

A Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica vai ser realizada de 6 a 27 de outubro de 2019, no Vaticano, em Roma. Para encontrar o nosso material basta procurar na ferramenta de buscas da rede social por: CNBB Nacional ou pelas hastags #euapoioosínodo #euapoioopapa #sinodoamazonico

Fonte: Site da CNBB

“Levante a voz pela Amazônia”, pede CNBB em nota

Nota-da-Presidência-1200x762 cA Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu nota sobre a situação em que classifica de “absurdos incêndios” e outras criminosas depredações em curso na Amazônia. Estas atitudes, segundo o documento, requerem posicionamentos adequados. “É urgente que os governos dos países amazônicos, especialmente o Brasil, adotem medidas sérias para salvar uma região determinante no equilíbrio ecológico do planeta – a Amazônia. Não é hora de desvarios e descalabros em juízos e falas”, diz a nota.

No documento, a CNBB ressalta que Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia, convocado pelo papa Francisco para outubro próximo, no cumprimento de sua tarefa missionária e da evangelização, é sinal de esperança e fonte de indicações importantes no dever de preservar a vida, a partir do respeito ao meio ambiente.

Confira, abaixo, a íntegra o documento:


Nota da CNBB


O povo brasileiro, seus representantes e servidores têm a maior responsabilidade na defesa e preservação de toda a região amazônica. O Brasil possui significativa extensão desse precioso território, com o rico tesouro de sua fauna, flora e recursos hidrominerais. Os absurdos incêndios e outras criminosas depredações requerem, agora, posicionamentos adequados e providências urgentes. O meio ambiente precisa ser tratado nos parâmetros da ecologia integral, em sintonia com o ensinamento do Papa Francisco, na sua Carta Encíclica Laudato Si’, sobre o cuidado com a casa comum.

“Levante a voz pela Amazônia” é um movimento, agora, indispensável, em contraposição aos entendimentos e escolhas equivocados. A gravidade da tragédia das queimadas, e outras situações irracionais e gananciosas, com impactos de grandes proporções, local e planetária, requerem que, construtivamente, sensibilizando e corrigindo rumos, se levante a voz.

É hora de falar, escolher e agir com equilíbrio e responsabilidade, para que todos assumam a nobre missão de proteger a Amazônia, respeitando o meio ambiente, os povos tradicionais, os indígenas, de quem somos irmãos. Sem assumir esse compromisso, todos sofrerão com perdas irreparáveis.

O Sínodo dos bispos sobre a Amazônia, outubro próximo, em sintonia amorosa e profética com a convocação do Papa Francisco, no cumprimento da tarefa missionária e da evangelização, é sinal de esperança e fonte de indicações importantes no dever de preservar a vida, a partir do respeito ao meio ambiente.

“Levante a voz” para esclarecer, indicar e agir diferente, superar os descompassos vindos de uma prolongada e equivocada intervenção humana, em que predomina a “cultura do descarte” e a mentalidade extrativista. A Amazônia é uma região de rica biodiversidade, multiétnica, multicultural e multirreligiosa, espelho de toda a humanidade que, em defesa da vida, exige mudanças estruturais e pessoais de todos os seres humanos, Estados e da Igreja.

É urgente que os governos dos países amazônicos, especialmente o Brasil, adotem medidas sérias para salvar uma região determinante no equilíbrio ecológico do planeta – a Amazônia. Não é hora de desvarios e descalabros em juízos e falas. “Levante a voz” na voz profética do Papa Francisco ao pedir, a todos os que ocupam posições de responsabilidade no campo econômico, político e social: “Sejamos guardiões da criação”.

Vamos construir juntos uma nova ordem social e política, à luz dos valores do Evangelho de Jesus, para o bem da humanidade, da Panamazônia, da sociedade brasileira, particularmente dos pobres desta terra. É indispensável para promovermos e preservarmos a vida na Amazônia e em todos os outros lugares do Brasil. Em diálogos e entendimentos lúcidos, que se “levante a voz”!


Brasília-DF, 23 de agosto de 2019


Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte – MG
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler, OFM
Arcebispo de Porto Alegre – RS
1º Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima – RR
2º Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo Auxiliar de S. Sebastião do Rio de Janeiro – RJ
Secretário-Geral da CNBB

Fonte: Site da CNBB

Canta e caminha: as músicas que acompanham a caminhada de Francisco

O-coral-da-Capela-SistinaLírica e milonga: dois gêneros musicais completamente diferentes, mas igualmente apreciados pelo Papa Francisco.

De fato, o gosto musical do Pontífice pode ser definido como eclético, desenvolvido a partir de duas influências marcantes: a da mãe e a de seu país natal.

“Não sei cantar, mas gosto de ouvir”

Em entrevistas e encontros no decorrer desses anos de pontificado, Francisco mais de uma vez falou de seus gostos musicais. Com a sua mãe, aprendeu a estimar a lírica.

“Não sei cantar, mas gosto de ouvir”, disse o Papa falando aos participantes do 40° Congresso Internacional dos “Pueri Cantores”, em dezembro de 2015.

“Quando eu era criança — nós somos cinco irmãos — quando éramos pequenos, a mãe, ao sábado, às duas da tarde, fazia-nos sentar diante do rádio para ouvir. E que ouvíamos? Todos os sábados era transmitida uma obra [lírica]. E a mãe ensinava-nos como era aquela obra, explicava: «Ouçam como canta…». E quando eu era criança sentia o prazer de ouvir cantar.

O canto educa a alma

Para Francisco, o canto educa a alma. “Santo Agostinho diz uma frase muito bonita. (…) Diz assim: «Canta e caminha». A vida cristã é um caminho, mas não é um caminho triste, é um caminho jubiloso.”

“Et Incarnatus est” da Missa em Dó menor de Mozart é a preferida do Papa. “É insuperável: leva-o a Deus! Mozart preenche-me: não posso pensá-lo, devo ouvi-lo”, disse em entrevista ao jornalista Antonio Spadaro no início do seu pontificado.

As Paixões de Bach também foram citadas por Francisco. A ária de que mais gosta é “Erbarme dich, mein Gott”. E definiu como “sublime” o pranto de Pedro da Paixão segundo São Mateus.

O ritmo que fazia o jovem Bergoglio dançar

Se de sua mãe aprendeu a apreciar a admirar a música clássica, suas raízes natais lhe deram o gosto pelo tango e pela milonga, como revelou no livro-entrevista “O Jesuíta”.

Ada Falcon é citada como uma de suas cantoras preferidas. Parente do tango é o estilo conhecido como milonga, que representa a contribuição dos afrodescendentes. O ritmo é menos nostálgico, deixando de lado a tristeza e acrescentando alegria e diversão. Era a milonga que fazia o jovem Bergoglio dançar.

Fonte: Site Vatican News

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