JMJ 2023: Comitê Organizador Local se reúne em Braga

672ab21dabfd3a8a85b3867c307cf7f5O Comitê Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude de 2023, que vai acontecer em Lisboa, reuniu-se na segunda-feira, 13, em Braga, para recalendarizar as atividades que ficaram suspensas em virtude da pandemia. As informações são do site da Comissão Episcopal de Educação Cristã e Doutrina da Fé (EDUCRIS).

Estiveram presentes 38 representantes diocesanos em um encontro presidido pelos dois coordenadores-gerais da JMJ 2023, D. Américo Aguiar (setor logístico-operativo) e D. Joaquim Mendes (área pastoral), bispos auxiliares de Lisboa.

Inicialmente marcada para 2022, a edição da Jornada Mundial da Juventude foi adiada para 2023, devido à pandemia.

“Esta reunião dá sequência aos trabalhos que estão a ser desenvolvidos no âmbito de cada uma das Dioceses”, disse D. Américo Aguiar ao jornal ‘Diário do Minho’.

O responsável disse que as novas datas são relativas à “apresentação do hino, do logotipo e ao acolhimento dos símbolos das Jornadas em Roma”, a cruz e o ícone, que deveria ter acontecido no último Domingo de Ramos.

Américo Aguiar estima para o “final do verão europeu” o anúncio do hino e do logotipo preparados e que o acolhimento dos símbolos das Jornadas se realize por ocasião do Domingo de Cristo Rei (22 de novembro).

“Depois, temos trabalhos diversos no que diz respeito à área pastoral, seja dos subsídios de reflexão pastoral, seja na área da comunicação. Há muitos temas, nos quais vamos trabalhando, apesar de faltarem 3 anos e mais uns meses”, acrescentou.

Em época de pandemia, a organização da JMJ Lisboa 2023 pediu uma reorganização aos voluntários para estarem a serviço dos mais necessitados.

“O que nós pedimos quer ao COL quer aos diocesanos, quer nas paróquias, arciprestados e ouvidorias, é que o coração e a atenção passasse para os irmãos e irmãs que vivem a situação da pandemia”, revela o prelado.

Américo Aguiar deu o exemplo de “muitos jovens que desviaram o seu ponto de interesse da preparação das Jornadas para muitos trabalhos de voluntariado,” e lembrou uma ação do COL que passou pela “oferta de computadores portáteis à Cáritas”, meios que estavam afetos à preparação da Jornada e que permitiu que “35 jovens, crianças e adolescentes pudessem ter equipamento para darem seguimento ao teletrabalho nas suas escolas”.

Fonte: Site da Canção Nova Notícias

Ecônomo da CNBB partilha experiência da gestão eclesial em tempo de pandemia

GestãoA pandemia da Covid-19 desafiou o mundo inteiro com novas rotinas para o enfrentamento ao novo coronavírus. Restrições na operação de empresas e na circulação de pessoas forçaram a adoção de medidas para dar continuidade à missão de organizações dos vários setores econômicos e sociais. Com a Igreja não foi diferente. Para além do atendimento pastoral, que teve de se adequar a novas possibilidades, também a gestão dessas entidades precisou ser repensada.

O ecônomo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), monsenhor Nereudo Freire Henrique, partilhou a experiência da entidade diante do novo cenário apresentado pela pandemia, apontando desafios e aprendizados trazidos no novo contexto mundial.

“A primeira grande pergunta: como enfrentar uma experiência que mexe com a vida? E aí você tem que lidar com a mudança de conceitos, depois a questão da mudança de hábitos, a necessidade de envolver pessoas, mudar comportamentos”, situa monsenhor Nereudo.

A CNBB tem sido provocada pela nova gestão por uma tônica resumida na indicação do arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência, dom Walmor Oliveira de Azevedo: “Temos de ser exemplares em matéria de gestão”, o que inclui não só a questão administrativa, mas em vista da atuação pastoral também.

Desafios

Para o ecônomo da CNBB, o primeiro desafio é “tentar assegurar o que for melhor para a vida, não medir esforços para garantir algo que é essencial, o dom da vida”. Aqui também se encontra a necessidade de equilibrar esforços para a proteção da vida humana e também da vida da instituição.

“Temos como prioridade a vida. A vida dos colaboradores, das pessoas que são beneficiadas pela instituição, contempladas pela instituição, como também a garantia da vida da instituição”, ressalta, recordando o processo de planejamento realizado na entidade já no início de março.

Medidas tomadas na CNBB

Monsenhor Nereudo recordou os passos da equipe gestão do Secretariado Geral da CNBB para enfrentamento da pandemia. Primeiro, foi criado um gabinete de crise, que levantou dados para a construção de um planejamento e as adaptações necessárias. Em seguida, novas ações modificaram a rotina de funcionários e assessores presentes na instituição. O grupo também motivou a participação mais ativa de alguns conselhos, como o Conselho Econômico, para o acompanhamento da nova realidade.

“Foi dada prioridade a um novo orçamento, porque nós tínhamos um orçamento para o exercício 2020, elaborado em 2019, com um cenário de expectativas de receitas, de despesas, de investimentos, de ações, tudo direcionado para assegurar a evangelização. Com a pandemia, tivemos a diminuição de receitas, obviamente teria que ter uma redução de despesas”, conta monsenhor Nereudo.

Elaborado um novo orçamento, o grupo revisou receitas que poderiam ser asseguradas ou o que era duvidoso e também reavaliou as despesas e contratos passíveis de renegociação.

Neste sentido, a CNBB também se adequou para a aplicação da Medidas Provisória 936, que permitiu às empresas redução da jornada de trabalho e no salário de modo a garantir os empregos. Além disso, a entidade também implantou regime de banco de horas para alguns colaboradores, antecipação de férias e o trabalho na modalidade home office.

Mudar mentalidades

Vários paradigmas têm sido quebrados durante a pandemia. Aí que entra o desafio de mudar mentalidades. Monsenhor Nereudo afirma que o mundo será outro e que a pandemia mostrou novas experiências no trabalho, como o home office.

“Algumas áreas tiveram que trabalhar bem mais e ajudar na montagem do novo modelo de operação, como, por exemplo, a área de Tecnologia da Informação, com o suporte fundamental para todas as ações, de forma que a novidade exigiu da direção, dos coordenadores um novo pensar, uma nova metodologia e assim, a cada dia, a cada semana, a gente revisa, e vamos traçando uma nova caminhada de modo que possa assegurar os nossos propósitos, os nossos objetivos”, conta.

Neste cenário, as instituições religiosas, tanto dioceses com suas realidades específicas, as paróquias e a própria CNBB , com sua natureza específica de organismo colegiado dos bispos, tem ainda o desafio de ajudar os fiéis nesta mudança na forma de pensar.

“O papel da Igreja é de mudar a mentalidade das pessoas, mostrando que a vida está em primeiro lugar. Diante da insensatez, o desafio é grande da instituição religiosa de recuperar os valores, a fraternidade, o amor, a solidariedade, recuperar o sentido da vida”, ressalta monsenhor Nereudo.

No tão falado “novo normal” há a expectativa de compreensão, entendimento e mudança de atitude: “Temos que, daqui para frente, construir um mundo solidário, que não haja barreiras de separação, ricos e pobres, chegou o tempo de mudarmos. E o desafio da instituição religiosa é a conscientização das pessoas que vivemos num mundo rico, onde temos tudo, porém falta a partilha, a solidariedade, o ser responsável pelo outro e pela criação. Tempo da pandemia desafiar as instituições religiosas a sensibilizarem as pessoas a serem pessoas humanas”.

Aprendizados

Para quem enfrenta a situação com ações tão novas, são vários os aprendizados. Monsenhor Nereudo explica que a Conferência tem aprendido a buscar uma reflexão que leve à aproximação, mesmo com o distanciamento. “Aproximação no sentido de que é possível usar novas ferramentas, aí vem a tecnologia da informação, ferramentas modernas onde se pode apresentar, participar de reuniões e conferências, cada um do seu lugar, cada um do seu ambiente, mas próximos, usando ferramentas modernas”, explica.

Nesse processo, a instituição terá o desafio de economizar, ser mais precisa, o que já é experimentado na CNBB. A instituição já realizou reuniões do Conselho Episcopal Pastoral e do Conselho Permanente de forma virtual, mas ciente de que haverá um modelo híbrido, com reuniões presenciais e por videoconferência. “Foi possível realizar reflexões sérias economizando tempo e recursos”, garantiu monsenhor Nereudo.

Família e planeta

Nesse novo modo, há a esperança de que os colaboradores serão “levados” a um ambiente familiar. “Ali, com o acompanhamento da instituição, quem sabe teremos a recuperação da nossa humanidade?”.

Com parte dos colaboradores trabalhando em suas casas, “também estaremos recuperando o planeta”, frisou o ecônomo. “Antes estávamos na loucura do mundo, realizando eventos. Agora, vamos produzir mais, com muita eficiência e estaremos, quem sabe, economizando muitos recursos naturais, preservando a vida, o planeta e queremos deixar para trás o desejo do consumo”.

Mais humanos

“Superando a pandeia, seremos mais próximos, mais solidários, mais responsáveis e mais humanos. A CNBB será ainda mais um ambiente humano. Já fazia a experiência anterior, agora com certeza estaremos dando um passo para que a vontade de Deus se concretize. Um mundo fraterno, solidário e justo, é o Reino de Deus”.

Fonte: Site da CNBB

Laudato si’: bispos japoneses renovam seu apelo para abolir a energia nuclear

Papa-Francisco-encontra-bispos-japoneses-durante-sua-visita-ao-Japão

“Abolição da energia nuclear: um apelo da Igreja Católica no Japão” é o título do livro editado pela Conferência Episcopal Japonesa (Cbcj) no qual os bispos ilustram os motivos teológicos e éticos de sua oposição convicta ao uso da energia nuclear como fonte de energia.

Publicado pela primeira vez, em 2016, o livro está agora disponível on-line em inglês e pode ser baixado gratuitamente do site da Conferência Episcopal Japonesa. O objetivo da tradução, explica a premissa da nova edição, é divulgar para a Igreja universal e o mundo a posição dos bispos japoneses sobre a questão nuclear, tema que a Igreja do único país do mundo que experimentou os efeitos das bombas atômicas durante a II Guerra Mundial sempre prestou uma atenção particular.

Escrito em colaboração com estudiosos e especialistas em vários campos, o volume é dividido em três seções que apresentam uma análise detalhada dos limites tecnológicos do uso da energia nuclear e suas pesadas consequências ambientais e sociais, à luz do que aconteceu na usina nuclear de Fukushima em 2011, seguido por uma série de considerações éticas e teológicas baseadas no Magistério da Igreja e em particular na Encíclica Laudato si’ do Papa Francisco.

Em novembro de 2011, oito meses após o acidente, explica a introdução do livro, a Conferência Episcopal Japonesa divulgou uma declaração pastoral que evidenciava os perigos das usinas nucleares e pedia seu fechamento, expressando uma posição mais clara do que a expressa dez anos antes na mensagem pastoral “O respeito reverencial pela vida”.

Nesse documento, publicado após o desastre de Chernobyl em 1986 e os dois graves acidentes ocorridos em 1997 e 1999 nas usinas de Tokaimura, os prelados, embora reconhecendo os benefícios da energia nuclear para a humanidade, destacaram os perigos imediatos e os problemas deixados para as novas gerações. Por este motivo, pediram a promoção de fontes de energias alternativas mais seguras, mas não chegaram ao ponto de pedir a abolição completa da energia nuclear no Japão.

O desastre de Fukushima, cujas dramáticas consequências ambientais e sociais perduram até hoje, levou os bispos japoneses a aprofundar a sua reflexão sobre o assunto com a ajuda de especialistas no setor. Um estímulo importante para esta reflexão veio do Laudato si’. “O livro da Igreja Católica japonesa sobre a abolição da energia nuclear é amplamente inspirado nas reflexões do Papa Francisco sobre a ecologia integral”, explica a introdução do volume.

À luz dos ensinamentos do Evangelho recordados na Encíclica, segundo os bispos japoneses, toda avaliação dos prós e contras da energia nuclear devem partir do princípio cristão do respeito pela vida e da dignidade de todos, inclusive das gerações futuras, e daquilo que, como parte da criação de Deus, a humanidade tem a responsabilidade de proteger o meio ambiente que partilha com o resto da Criação.

Fonte: Site Vatican News

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