As duas orações do Papa para invocar o “fim da pandemia”

Papa-ícone-de-Nossa-Senhora-Salus-populi-RomaniNa tarde desse domingo (15), pouco antes das 16h locais, o Papa Francisco saiu do Vaticano e foi até a Basílica de Santa Maria Maior para rezar diante do ícone de Nossa Senhora Salus populi Romani (protetora do povo romano). Depois, percorrendo a pé um trecho da “Via del Corso” – no centro de Roma – foi até a Igreja de São Marcelo, onde se encontra o Crucifixo milagroso que, em 1522, foi levado em procissão pelos bairros da cidade para que acabasse a “Grande Peste”.

Com a sua oração, afirma o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, o “Santo Padre invocou o fim da pandemia que atinge a Itália e o mundo, implorou a cura para os muitos doentes, recordou as inúmeras vítimas desses dias e pediu que seus familiares e amigos encontrem consolação e conforto. A sua intenção se dirigiu também aos agentes de saúde, aos médicos, aos enfermeiros e àqueles que, com o seu trabalho, garantem o funcionamento da sociedade”.

Devoção

A devoção especial do Pontífice pela Salus populi Romani é conhecida: Francisco reza diante do ícone não somente por ocasião das grandes festas marianas, mas também antes e depois de uma viagem internacional. Em 593, o Papa Gregório I a levou em procissão para pedir o fim da peste e, em 1837, Gregório XVI a invocou para cessar uma epidemia de cólera.

Levando em consideração a pandemia atual, é muito significativa a segunda etapa desse domingo do Papa Francisco. Segundo estudiosos, a Igreja de São Marcelo preserva um crucifixo em madeira que remonta ao século XV, considerado o mais realístico de Roma, que sobreviveu a um incêndio e salvou a cidade da peste. Este mesmo crucifixo, abraçado por São João Paulo II, marcou a Jornada do Perdão durante o Grande Jubileu do Ano 2000.

*Fonte: Site do Vatican News

CNBB emite mensagem na qual pede observação irrestrita às orientações médico-sanitárias

NotaOficial Coronavirus Destaque-1-1200x762 cEm decorrência do complexo quadro de pandemia da CONAVID-19 (coronavírus) no mundo e em território brasileiro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu, no dia 14 de março, a mensagem “Tempos de Esperança e Solidariedade”. No documento, organizado em sete parágrafos, a presidência da CNBB informa que as indicações práticas de cuidado estão sendo emitidas em cada diocese, considerado e respeitando a realidade.

A mensagem ainda recomenda atenção e consideração irrestrita às orientações dos especialistas de saúde e autoridades competentes. “Os cuidados com higienização pessoal e do ambiente, bem como evitar aglomerações são regras que precisam ser seguidas por todos, com irrestrita atenção e cuidados, a partir da própria consciência, regida pelo bom sendo e pela fraternidade”, diz o texto.

A presidência da entidade reconhece que algumas restrições mexem com o jeito dos católicos de conviver e celebrar, contudo pede que as orientações sanitárias e de saúde sejam acolhidas como uma contribuição, tendo em vista o bem de todos. O tempo, segundo o documento, é de intensificar a oração, elevando os corações ao Deus da vida, no acolhimento de sua Palavra e por uma vivência de renúncias neste tempo Quaresmal.

Em tempos de celebração da Campanha da Fraternidade 2020, cujo lema fala do cuidado, a presidência da CNBB pede disciplina e obediência às orientações e decisões para o “nosso bem”. Confira, abaixo, a íntegra do documento.


Tempos de esperança e solidariedade


Tudo posso naquele me fortalece! (Fp 4,13)


1. Diante do complexo quadro gerado pela pandemia do coronavírus, a CNBB manifesta sua palavra de esperança e de solidariedade. As indicações práticas estão sendo emitidas em cada diocese, considerando e respeitando a realidade. Recomendamos atenção e consideração irrestrita dos especialistas de saúde e autoridades competentes. As indicações sobre o modo como celebrar a fé cabem aos bispos em cada diocese. Todas as normas visam à proteção das pessoas, buscando evitar a contaminação e preservar a vida.

2. Os cuidados com higienização pessoal e do ambiente, bem como o evitar aglomerações são regras que precisam ser seguidas por todos, com irrestrita atenção e cuidados, a partir da própria consciência, regida pelo bom senso e pela fraternidade.

3. Por isso, é importante que essas orientações sejam acolhidas como uma contribuição em vista do bem de todos. Elas requerem ser acompanhadas de muita oração elevando nossos corações ao Deus da Vida, no acolhimento de sua Palavra e por uma vivência de renúncias neste tempo quaresmal. Em momentos difíceis e delicados como este, mais fortes devem ser nossa fé, esperança e união.

4. Algumas restrições mexem com o nosso jeito de conviver e celebrar, pois somos um povo que traz em si o desejo de sempre estar juntos, tanto nos momentos alegres quanto tristes. Conscientes de que as restrições ao convívio não durarão para sempre, aprendamos, a valorizar a fraternidade. Aproveitemos para pensar nos inúmeros outros modos em que a vida de pessoas, povos e do planeta vem sendo agredida. Tornemo-nos ainda mais desejosos de, passada a pandemia, podermos estar juntos, celebrando a vida, a saúde, a concórdia e a paz.

5. Não temamos manifestar a solidariedade e a esperança. Superemos a indiferença. Façamos isso, porém, de modo prudente e em consonância com as orientações sanitárias. São muitos os recursos tecnológicos ao nosso dispor atualmente. Eles podem ajudar a suprir a distância física nesse período de cautela.

6. Tenhamos igual firmeza para discernir informações, desconsiderando notícias falsas, que se alastram com facilidade. Seu desejo é o de nos enfraquecer e abater. Não hesitemos, portanto, em buscar sempre a verdade das informações. Evitemos que o medo nos torne mais vulneráveis. Deus nunca nos abandona e, nos momentos mais difíceis, nós o podemos sentir ainda mais próximo em seu amor e sua paz.

7. Por fim, fazendo cada um a sua parte nessa grande empreitada, que é de todos, não deixemos de rezar pelo mundo inteiro, em especial pelas vítimas e pelos profissionais que incansavelmente trabalham por uma solução. Sejamos disciplinados, obedeçamos às orientações e decisões para nosso bem, e não nos falte o discernimento sábio para cancelamentos e orientações que preservem a vida como compromisso com nosso dom mais precioso.

Brasília-DF, 14 de março de 2020

 

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte-MG
Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima-RR
2º Vice-Presidente

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre-RS
1º Vice-Presidente

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar do Rio de Janeiro- RJ
Secretário-Geral da CNBB

Em março, Papa pede orações pela Igreja na China e exorta à unidade dos cristãos

Papa-Msg-ChinaAs intenções de oração para este mês de março, divulgadas pelo projeto da Rede Mundial de Oração do Papa, são dirigidas à comunidade cristã na China, onde “a Igreja olha para o futuro com esperança”, afirma Francisco na mensagem em vídeo divulgada nesta quinta-feira (5). A intenção do Papa é que os católicos do país “perseverem na fidelidade ao Evangelho e cresçam em unidade”.

“Hoje em dia na China a Igreja olha para frente com esperança. A Igreja quer que os cristãos chineses sejam cristãos de verdade e que sejam bons cidadãos. Eles devem promover o Evangelho, mas sem fazer proselitismo, e alcançar a unidade da comunidade católica que está dividida. Rezemos juntos para que a Igreja na China persevere na fidelidade ao Evangelho e cresça na unidade.”



A unidade da Igreja na China

Desde a década de 70, a China tem registrado um crescimento significativo do cristianismo. Em 2010, o Pew Research Center estimou que havia 67 milhões de cristãos no país, aproximadamente 5% da população total. Dados atualizados de 2018, indicam que já pode estar se aproximando dos 100 milhões de cristãos. Esse crescimento mostra como a China continua sendo uma terra fértil para muitas famílias que acreditam em Jesus Cristo.

A Carta de Bento XVI aos católicos chineses, de maio de 2007, e a mensagem do Papa Francisco aos “Católicos chineses e à Igreja Universal”, de setembro de 2018, na qual ele próprio apresentou o Acordo Provisório assinado entre a Santa Sé e representantes da República Popular da China, foram medidas já tomadas nesse caminho de recuperação da unidade da Igreja na China.

O caminho da oração e reconciliação

O Pe. Frédéric Fornos, diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, destaca que a intenção da oração de Francisco tem um propósito espiritual e pastoral, porque favorecer a unidade da comunidade católica na China, em sua diversidade, é promover a proclamação do Evangelho. E o sacerdote acrescenta: “É normal que esse caminho seja longo, difícil e cheio de incompreensões, o Evangelho sofre de muitas incompreensões, é por isso que devemos rezar, pois o Senhor, Criador do Céu e da Terra, transforma o coração através da oração e ajuda na reconciliação.”

Desafios propostos para este mês

A Rede Mundial de Oração do Papa também propõe alguns desafios para este mês de março, seguindo a intenção de oração de Francisco:

– procurar conhecer melhor a realidade da Igreja na China, a sua história, a situação política e religiosa;

– organizar, na própria comunidade, um momento de oração onde se possa pedir pelos cristãos chineses e também por todos os cristãos que, em todo o mundo, sofrem perseguição e sentem limites à sua liberdade religiosa;

– promover, na medida do possível, algum encontro com a comunidade chinesa nos locais onde habito, procurando conhecer os seus costumes, tradições e a sua riqueza cultural, favorecendo um clima de fraternidade e acolhimento.

Oração

Senhor Jesus Cristo, que enviaste os teus discípulos a levar a todo o mundo a Boa-Nova, inspira os nossos irmãos e irmãs que Te seguem neste grande país, a China. Que o teu Espírito leve os seus responsáveis a ter no seu coração o desejo de diálogo, abertura, paz e reconciliação. Neste mês, comprometemo-nos a estar mais unidos aos nossos irmãos e irmãs na China que, através de muitas dificuldades, acreditam em Ti e professam o teu nome. Que o teu amor seja para cada um deles a sua força e a sua alegria.

*Fonte: Site do Vatican News

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