“Não nos esqueçamos de quem bate à nossa porta”, conclama Papa Francisco na Bênção ‘Urbi et Orbi’

Bencao-Urbi-et-Orbi-2“Como os pastores de Belém, deixemo-nos envolver pela luz e saiamos para ver o sinal que Deus nos deu. Vençamos o torpor do sono espiritual e as falsas imagens da festa que fazem esquecer Quem é o Festejado. Saiamos do tumulto que anestesia o coração induzindo-nos mais a preparar ornamentações e prendas do que a contemplar o Evento: o Filho de Deus nascido para nós.” Essa foi a exortação do Papa na tradicional Mensagem de Natal e Bênção Urbi et Orbi, da Sacada Central da Basílica Vaticana, diante de milhares de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro, e acompanhada pelos meios de comunicação em mundovisão.

“Voltemo-nos para Belém, onde ressoa o primeiro choro do Príncipe da paz. Sim, porque Ele mesmo – Jesus – é a nossa paz: aquela paz que o mundo não se pode dar a si mesmo e Deus Pai concedeu-a à humanidade enviando o seu Filho ao mundo”, ressaltou o Santo Padre.

Bencao-Urbi-et-Orbi“Na realidade, é com tristeza que devemos constatar como, enquanto nos é dado o Príncipe da paz, ventos de guerra continuam a soprar, gelados, sobre a humanidade. Se queremos que seja Natal, o Natal de Jesus e da paz, voltemos o olhar para Belém e fixemo-lo no rosto do Menino que nasceu para nós! E, naquele rostinho inocente, reconheçamos o das crianças que, em todas as partes do mundo, anseiam pela paz”, continuou o Papa.

Ucrânia

“O nosso olhar se encha com os rostos dos irmãos e irmãs ucranianos que vivem este Natal na escuridão, ao frio ou longe das suas casas, devido à destruição causada por dez meses de guerra. O Senhor nos torne disponíveis e prontos para gestos concretos de solidariedade a fim de ajudar todos os que sofrem, e ilumine as mentes de quantos têm o poder de fazer calar as armas e pôr termo imediato a esta guerra insensata!”

O nosso tempo vive uma grave carestia de paz também noutras regiões, noutros teatros desta terceira guerra mundial.

Síria, Terra Santa, israelenses e palestinos

“Pensamos na Síria, ainda martirizada por um conflito que passou para segundo plano, mas não terminou; e pensamos na Terra Santa, onde nos últimos meses aumentaram as violências e os confrontos, com mortos e feridos. Supliquemos ao Senhor para que lá, na terra que O viu nascer, retomem o diálogo e a aposta na confiança mútua entre israelenses e palestinos.”

Oriente Médio

“Jesus Menino ampare as comunidades cristãs que vivem em todo o Oriente Médio, para que se possa viver, em cada um daqueles países, a beleza da convivência fraterna entre pessoas que pertencem a crenças diferentes. De modo particular ajude o Líbano para que possa, finalmente, erguer-se com o apoio da Comunidade Internacional e com a força da fraternidade e da solidariedade.”

Região do Sahel, Iêmen, Mianmar e Irã

A luz de Cristo ilumine a região do Sahel, onde a convivência pacífica entre povos e tradições é transtornada por confrontos e violências, continuou Francisco. “Encaminhe para uma trégua duradoura no Iêmen e para a reconciliação no Mianmar e no Irã, para que cesse completamente o derramamento de sangue”.

Continente Americano

E, no continente americano, frisou o Pontífice, “inspire as autoridades políticas e todas as pessoas de boa vontade a trabalharem para pacificar as tensões políticas e sociais que afetam vários países; penso de modo particular na população haitiana, que está a sofrer há tanto tempo”.

O Santo Padre lembrou que a guerra na Ucrânia agravou ainda mais a situação, deixando populações inteiras em risco de carestia, especialmente no Afeganistão e nos países do Chifre de África. “Toda a guerra – bem o sabemos – provoca fome e serve-se do próprio alimento como arma, ao impedir a sua distribuição às populações já atribuladas. Neste dia, aprendendo com o Príncipe da paz, empenhemo-nos todos – a começar pelos que têm responsabilidades políticas – para que o alimento seja só instrumento de paz”, exortou ainda Francisco, que concuiu em seguida:

“Queridos irmãos e irmãs, hoje, como há dois mil anos, Jesus, a luz verdadeira, vem a um mundo achacado de indiferença – uma doença feia -, indiferença que não O acolhe (cf. Jo 1, 11); antes, rejeita-O como acontece a muitos estrangeiros, ou ignora-O como fazemos nós muitas vezes com os pobres. Hoje não nos esqueçamos dos numerosos deslocados e refugiados que batem à nossa porta à procura de conforto, calor e alimento. Não nos esqueçamos dos marginalizados, das pessoas sós, dos órfãos e dos idosos que correm o risco de acabar descartados, dos presos que olhamos apenas sob o prisma dos seus erros e não como seres humanos.”




*Fonte: Site do Vatican News

Emaús JF celebra 50 anos de evangelização da juventude

DSCN9150O Movimento Emaús comemorou meio século de atividades em função do anúncio do Reino de Deus na cidade de Juiz de Fora. A celebração de ação de graças ocorreu no dia 16 de dezembro, na Igreja São Sebastião.

A Santa Missa foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, concelebrada pelo Presidente do Conselho Nacional de Emaús e Arcebispo Emérito de Sorocaba (SP), Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, pelo Diretor Espiritual do movimento na cidade, Padre Fernando Augusto M. da Silva e outros diversos membros do clero.

Na ocasião, estiveram presentes pessoas que fizeram parte de diferentes gerações do Emaús, entre jovens, adultos, idosos. Um dos membros do secretariado do movimento, Sebastião Luiz Alves, comentou sobre as muitas histórias escritas durante este tempo. “Nestes 50 anos mais de 10 mil pessoas passaram pelo movimento. Mais do que números, a semente do Emaús foi plantada no coração de muitas pessoas e essas sementes dão frutos. Nós vimos aqui, hoje, pessoas 60, 65 anos, que fizeram Emaús quando tinham 17, 18 anos e essa semente irradiou e, nessa bonita festa que tivemos aqui, pudemos ver um grande encontro de gerações.”

DSCN9165Durante a celebração muito foi falado a respeito das dificuldades atuais para difundir a fé. “Cinquenta anos tem muita alegria, mas tem muito desafio. Atualmente mesmo vivenciamos além do desafio da pandemia, o desafio de muitas pessoas afastadas. O retorno de muitas pessoas tem sido bem lento. Então, celebrar esses cinquenta anos hoje é motivo de alegria dobrada, porque a gente sabe que não tem sido fácil esse retorno para muitos movimentos e com a Movimento Emaús não é diferente”, afirmou Pe. Fernando.

Dom Eduardo também destacou a necessidade de mais operários para a messe, já que, segundo ele, a experiência religiosa tem perdido força na cultura e menos pessoas têm tido disponibilidade para se afastar de suas atividades (trabalho, estudos, família) mais de três dias, tempo do curso, visto como mínimo necessário para se afastar das agitações do mundo e fazer um bom encontro com Deus.

Dom Gil Antônio cumprimentou a todos que fizeram parte dessa trajetória, agradeceu a Deus e aos presentes, recordando a importância do trabalho com a juventude. “Peço que nunca desanimem com os problemas com as dificuldades do tempo. Deus está conosco e precisa de nós, para que a juventude conheça a palavra de Deus, a viva e a espalhe”, explicou o Arcebispo.

Foi possível observar os presentes unidos em Cristo e com o espírito alegre; espírito este manifestado pelos olhares, músicas e participação durante a Eucaristia. “A gente termina o ano de 2022, com olhar para a frente. Acreditando que ainda há muito, muita história, muito o que percorrer, muitos jovens a serem evangelizados. Que São João Batista, que é o padroeiro do movimento de Emaús, ele que preparou o caminho do senhor Jesus, possa inspirar a gente cada dia mais, para gente continuar preparando o caminho do Senhor na vida daqueles que ele permitir”, concluiu Padre Fernando.

Após muitos agradecimentos, membros do movimento se dirigiram em peso para a festa social, o tão aguardado coquetel de 50 anos.

Confira mais imagens desta celebração especial em nossa galeria.

Fonte: site da Arquidiocese de Juiz de Fora

Rodoviária de Juiz de Fora sediará missas a partir de janeiro de 2023

Rodoviaria-de-JFO Padre Erélis Camilo Resende de Paiva, Administrador da Paróquia Nossa Senhora da Cabeça, do Bairro São Dimas, em Juiz de Fora, presidirá Santa Missa no Terminal Rodoviário Miguel Mansur na tarde deste sábado, 24 de dezembro. A celebração está prevista para as 16h, durante ação promovida pelas associações de moradores dos bairros São Dimas, Fábrica e Cerâmica junto às crianças da região.

Segundo o sacerdote, a ideia surgiu após um convite para que ele ajudasse na distribuição dos brinquedos aos pequenos e reafirmou um desejo que já vinha tendo, de celebrar naquele espaço. “Eu fiz o Cerco de Jericó após a Festa de Nossa Senhora da Cabeça e no último dia fiz uma procissão com o Santíssimo saindo da Matriz, passando pelas igrejas Nossa Senhora Aparecida e São Geraldo, e voltando pela passarela que sai atrás da rodoviária. Dei a bênção com o Santíssimo em frente à rodoviária e vi muitos taxistas que pararam para pedir a bênção, abriram seus carros”, relatou Padre Erélis.

A intenção dele é que, a partir de janeiro de 2023, o terminal rodoviário receba missas semanais, às quartas-feiras, às 19h30. “Eu escolhi celebrar na rodoviária porque é um lugar onde passa gente de todos os lugares, e as pessoas precisam de oração e da palavra de Deus.” O local sediará as celebrações em honra a São Judas Tadeu, padroeiro das causas impossíveis, promovidas por Padre Erélis há vários anos.

Além da Eucaristia, o sacerdote fará atendimentos na capela da rodoviária. A data da primeira Missa ainda será confirmada.

Fonte: site da Arquidiocese de Juiz de Fora
Foto: Prefeitura de Juiz de Fora

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