Entre Bispos, Assessores e Colaboradores, mais de mil pessoas participaram do desenvolvimento da Assembleia Geral
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- Segunda, 22 Abril 2024 17:00
Desde o último dia 10, até a manhã do dia 19, o episcopado brasileiro esteve em Aparecida (SP) para a realização da 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
“O Caminho Sinodal” foi o tema do retiro espiritual que iniciou a 61ª edição da AG e contou com a assessoria do secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin.
Ao todo, ao longo das duas semanas, o encontro de comunhão eclesial teve 27 sessões que trataram assuntos variados em prol da ação evangelizadora nos quatro cantos do país.
Em clima de comunhão, os bispos emitiram quatro textos: uma mensagem ao povo brasileiro e outra aos cristãos católicos; e duas cartas, uma ao Papa Francisco; e a outra ao prefeito do Dicastério para os Bispos.
Escuta de Deus e dos irmãos
Divididos em 19 regionais, mais de 400 bispos participaram do evento eclesial que, com silêncio orante e reflexão comum, o episcopado contribuiu para a atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) com o uso do método de discernimento comunitário intitulado de “Conversa no Espírito”. Em 45 pequenas comunidades, em diversos momentos, os bispos partilharam momentos de escuta de Deus e dos irmãos.
“O método de conversação no Espírito vai favorecer uma maior participação de todos nos processos de evangelização”, indicou o subsecretário pastoral da CNBB, padre Jânison de Sá Santos, ao afirmar que o método adotado exige a interação de todos.
Ministério do Catequista
Em rito inédito no país, o arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente da Comissão Episcopal Bíblico-Catequética da CNBB, dom Leomar Brustolin, em nome de todos os bispos, presidiu a Celebração de Instituição do Ministério do Catequista.
Ao todo, 19 catequistas, um de cada regional, receberam o ministério instituído pelo Papa Francisco através do Motu Próprio Antiquum Ministerium.
Marca do amor
Sobre os trabalhos da AG, o subsecretário adjunto geral da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, que ajudou na logística do evento eclesial, sublinhou que foi um momento de graça. “Trabalhar na Assembleia, favorecendo estrutura e meios para que os bispos possam rezar e refletir, é contribuir com o anúncio do Evangelho na Igreja no Brasil”, comentou.
Ao trazer a frase de Santo Ambrósio, “Aquilo que o amor faz o medo jamais poderá realizá-lo”, o padre Patriky destacou que os serviços prestados pelas 637 pessoas envolvidas na concretização da Assembleia Geral, entre assessores e colaboradores da CNBB, e do Santuário Nacional, “tiveram a marca do amor: na preparação, na realização e nos encaminhamentos finais”, finalizou.
Hino em língua portuguesa
No dia 16, durante a realização da AG, em Missa no Santuário Nacional, o Hino Oficial brasileiro do Ano Jubilar foi entoado pela primeira vez.
Com o tema “Peregrinos da Esperança”, escolhido pelo Papa Francisco, o Jubileu terá início no Natal deste ano e se estenderá durante 2025. A apresentação em língua portuguesa contou com a presença dos diretores musicais do hino, o maestro Delphim Porto e padre José Weber, da São Paulo Schola Cantorum, assessores e colaborados da Conferência Episcopal. A execução do hino também se repetiu na 16ª sessão da Assembleia quando os bispos aprofundaram o tema do Jubileu 2025.
Engajamento na comunicação
Em um trabalho de comunicação integrada, 9 coletivas de imprensa informaram os principais temas refletidos nos dias da Assembleia. Com transmissões, programas, podcasts e publicações, as redes sociais da Conferência Episcopal tiveram um aumento de 80% no engajamento. Programas de rádio também foram produzidos pela Assessoria de Comunicação da CNBB durante os trabalhos da Assembleia.
Para proporcionar a integração dos fiéis com a entidade em todo o país por meio de notícias, formação e espiritualidade, ontem, dia 18, a presidência da CNBB e a assessoria de comunicação laçaram o aplicativo da Conferência Episcopal.
Fonte: Site da CNBB
61ª Assembleia Geral da CNBB retoma sessões com tema da inteligência artificial e os impactos na ação pastoral
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- Segunda, 15 Abril 2024 16:12
Após um dia de descanso das sessões de trabalho, a 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), retoma as reflexões com o tema da Inteligência Artificial na segunda-feira, 15 de abril. O evento segue até o dia 19 deste mês. A apresentação foi feita pelo e presidente da Sociedade Brasileira de Cientistas Católicos (SBCC), doutor Everthon de Souza Oliveira, e pelo secretário do Instituto Nacional de Pastoral Pe. Alberto Antoniazzi (Inapaz) da CNBB e sócio-fundador da SBCC, Pe. Danilo Pinto dos Santos.
A temática adquire relevância para o atual contexto, uma vez que as inteligências artificiais (IAs) configuram-se como um paradigma tecnológico em desenvolvimento, com potencial para gerar mudanças socioculturais significativas.
Desenvolvimento com ética
O professor Everthon explicou brevemente o desenvolvimento da IA e a sua capacidade de gerar conteúdos sem a intervenção humana. “A Inteligência artificial é capaz de executar múltiplas tarefas de forma autônoma e coordenada, adaptando-se a diferentes cenários e contextos em tempo real”, destacou.
Conforme abordou o especialista, o algoritmo vai construindo algo com sentido e contexto, resultando em uma pseudosemântica da máquina, com a construção de conceitos próprios, interpretando autonomamente a realidade de modo oculto aos operadores da ferramenta.
Everthon alertou que há possibilidades de cognição equivalente ou maior que a humana e questiona se a IA será capaz de nos desumanizar. “O risco que a gente corre agora é de não haver a formação moral, a base ética, num potencial tão grande que está distribuído”
Alguns dos pontos de atenção destacados pelo presidente dos cientistas católicos é a necessidade de uma regulação orientadora que não limite o desenvolvimento, mas que coloque os limites éticos em todas as etapas, desde o desenvolvimento até a comercialização. Outra necessidade no processo de evolução das Ias é a transparência na coleta de dados, na informação e na computação.
Perspectiva pastoral
Padre Danilo Pinto contribuiu na reflexão abordando as questões pastorais. Evocando a mitologia grega, o sacerdote questionou os limites da técnica recorrendo à tragédia do Prometeu Acorrentado. “É permitido para nós fazer o fogo?”
O texto de apoio apresentado aos bispos, aborda, a partir da categoria do regime da informação apresentada pelo filósofo Byung-Chul Han, o impacto das inteligências artificiais em âmbitos pastorais específicos, a partir de alterações no ethos religioso católico.
A personalização da experiência social foi um dos destaques feitos pelo secretário do Inapaz. “Quanto mais geramos dados, mais são consolidadas as informações acerca dos gostos e experiências pessoais sobre nós. A lógica algorítmica exclui o outro, fragmenta a percepção da realidade, determinando decisivamente processos pastorais.”
Realidades como as bolhas de informação, radicalização das ideias, polarização e desinformação também foram apresentadas como alertas para a realidade cada vez mais avançada da IA.
Na conclusão, o professor Everthon afirmou que a IA vai permear nossos âmbitos cada vez mais, inclusive o pastoral. “É a possibilidade termos uma pastoral mais inteligente, mas não corrermos o risco de ter uma evangelização artificial.”
Comunhão e partilha
Ao fim da sessão, um tempo foi reservado para os informes da Comissão Episcopal para a Comunhão e Partilha, projeto que contribui com a formação de seminaristas nas dioceses mais pobres do país.
A apresentação do relato foi feita pelo bispo de Primavera do Leste – Paranatinga (MT) e presidente da Comissão, dom João Aparecido Bergamasco (no meio na foto), pelo bispo de Formosa (GO), dom Adair José Guimarães e pelo bispo de São José dos Campos (SP), dom José Walmor Cesar Teixeira (à direita, na foto).
Em 2023, foram atendidos 323 seminaristas de 42 dioceses em 2023, com total mensal de R$ 381.096,25 por mês. O valor é obtido por meio da oferta de 1% da renda ordinária fixa por parte de todas as arquidioceses, dioceses e prelazias do Brasil. O projeto assumido pelo episcopado em Assembleia prevê reajuste de 20% no percentual de arrecadação em 2024.
Ao final da exposição, o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers agradeceu a Dom Cesar que desde o início participa da comissão, seja como presidente ou membro, e está deixando a função nesta assembleia. O prelado classificou sua participação como trabalho evangélico e de testemunho.
*Fonte: Site da CNBB
*Com colaboração Marcus Tullius (Pascom-Brasil) – Comunicação da 61ª AG CNBB
Em ritual inédito no país, Dom Leomar Brustolin confere o Ministério de Catequista a grupo de 19 catequistas
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- Segunda, 15 Abril 2024 15:58
Neste sábado, 13 de abril de 2024, o arcebispo de Santa Maria, presidente da Comissão Episcopal Bíblico-Catequética da CNBB, dom Leomar Brustolin, presidiu a Celebração de Instituição do Ministério do Catequista, durante a 61ª Assembleia Geral da CNBB. A celebração foi a primeira missa no Brasil na qual foram instituídos no ministério 19 catequistas representando todos os regionais da CNBB.
Dom Leomar em sua homilia apresentou a importância do ministério do Catequista na atualidade e seu papel fundamental para a propagação da Palavra de Deus. Durante a reflexão, ele destacou a necessidade de fortalecer o anúncio do Evangelho e o acompanhamento das pessoas na comunidade cristã, citando a exortação apostólica Evangelii Gaudium do Papa Francisco. Ele ressaltou a importância de reconhecer a presença de Jesus em meio às adversidades da vida, fazendo referência ao relato bíblico da travessia do Mar da Galileia.
Ainda na homilia, também, enfatizou o papel fundamental dos catequistas na evangelização, mencionando a instituição desse ministério pelo Papa Francisco através do Motu próprio Antiquum Ministerium. Dom Leomar expressou sua gratidão aos 19 catequistas presentes na celebração, representantes dos 19 regionais da CNBB e reconheceu a diversidade de contextos em que atuam, desde comunidades indígenas até o trabalho com pessoas com deficiência.
Por fim, o bispo convidou os novos catequistas a rezar pelos que os convidaram para esse ministério, suas famílias e suas comunidades de origem. Ele os encorajou a seguir firmes em sua vocação, confiando na presença constante do Senhor em suas vidas. Durante a Celebração os catequistas escolhidos receberam símbolos que expressam a caminhada para a vida de Ministros da Catequese.
Símbolos entregues durante o ritual
A Cruz
Para o catequista, a cruz representa não apenas um símbolo de fé, mas também um profundo compromisso com a missão de transmitir os ensinamentos de Cristo. A cruz é um lembrete constante do sacrifício supremo de Jesus e do amor redentor que ele demonstrou por toda a humanidade.
Para o catequista, carregar a cruz significa seguir o exemplo de Cristo, dedicando-se ao serviço aos outros, à educação na fé e ao testemunho do Evangelho. Assim, a cruz na vida do catequista é um símbolo de renúncia pessoal, de entrega total a Deus e de uma jornada de fé e serviço ao próximo.
A Bíblia
A Bíblia é mais do que um livro sagrado; é uma fonte inesgotável de sabedoria, inspiração e orientação. Ela não apenas instrui sobre a fé e os ensinamentos cristãos, mas também nutre e fortalece a sua própria jornada espiritual. A Bíblia é o mapa que guia o catequista em sua missão de transmitir os ensinamentos de Cristo aos outros, servindo como um manual vivo de amor, compaixão e justiça. Ao mergulhar nas palavras sagradas, o catequista encontra respostas para as perguntas mais profundas da vida e descobre uma fonte de esperança e consolo em tempos de desafio. Assim, a Bíblia se torna não apenas um livro, mas um companheiro essencial em sua caminhada de fé e serviço.
A celebração foi um momento fecundo para os novos ministros da catequese. Todos sentiram-se abençoados sabendo do significado que é receber este Ministério como um serviço e de grande responsabilidade, que se traduz em amor a igreja e missão.
Testemunhos:
Para Maria Lúcia Pagliari Maciel, da diocese de Umuarama (PR), representando a CNBB Sul 2: “a catequese é permanente e tudo que o que eu rezo, falo e prego é aquilo que eu vivo. Vivo a catequese com a vida. Cristo vive e permanece em nós! As pessoas precisam sentir Jesus no seu olhar, na sua fala e no seu viver de cada dia.”
Flávio Souza dos Santos, da diocese de Eunápolis (BA) representante da CNBB Nordeste 3 diz que “a instituição recebida representa o coroamento dessa caminhada de evangelização que realizamos através do serviço à Catequese, levando as pessoas ao mergulho no grande mistério do encontro e do conhecimento de Jesus Cristo.”
A representante do Leste 2, da arquidiocese de Mariana (MG), Sueli de Fátima da Silva expressa que esse momento “foi o reavivamento e fortalecimento da vocação. Catequese é vocação, é dom Deus! O compromisso com o Reino de Deus e fazer com que Jesus Cristo se torne cada dia mais conhecido.”
“Como Ministra da Catequese estou sentindo a graça de viver este dom. E receber a Cruz, me parece muito pesada, mas seu propósito foi por amor, amor por mim, amor a Deus… Receber a Palavra de Deus, também tem um grande peso, pois traz consigo experiências de uma verdadeira Fé e um verdadeiro Testemunho. Mas o Senhor me chamou e eu respondi: Eis me aqui… Toma-me Senhor segundo Teu propósito”, são as palavras de Anamar Ferreira Arrais Silva, da diocese de Goiás, representante da CNBB Centro-Oeste.
*Com colaboração de Jaison Alves (Sul 4) | Comunicação 61ª AG CNBB
**Fonte: Site da CNBB
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