Católicos e evangélicos se unem para projeto de alto valor social
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- Quinta, 14 Agosto 2014 11:37
Marcha: vida sim, droga não, Cristo é libertação
Como sua primeira ação concreta, o Grupo Inter-confessional Cristão (GIC) está promovendo a MARCHA: VIDA SIM DROGA NÃO, CRISTO É LIBERTAÇÃO que será realizada dia 30 de agosto, com show do Padre Fábio de Melo e do cantor evangélico, Irmão Lázaro. Tudo começará às 14 horas, no Largo Riachuelo, de onde partirá para a Praça Antônio Carlos, onde acontecerá o show inter-confessional cristão. Para realizar tal ato de grande significação social, o GIC contará com a participação e apoio da Prefeitura Municipal, da Câmara dos vereadores e de outros patrocínios.
Como tudo começou?
Há mais de um ano, temos nos reunido na Cúria Arquidiocesana, com vários Pastores evangélicos, de diferentes denominações e com alguns padres, para tentar um diálogo espiritual e humanitário. Embora haja muitas questões doutrinais históricas que acabam dividindo os cristãos em várias correntes e credos, estamos convencidos de que mesmo assim podemos sentar juntos para a oração e para ações em comum de beneficio social, certos de que o que nos une é bem mais forte do que o que nos separa. Não temos o propósito de discutir doutrina, nem de procurar solucionar questões teológicas ou práticas que sejam causa das separações. Decidimos que isto deve ser discernido em outra instância. Aqui em nosso grupo, preocupamo-nos com a fraternidade, a paz, a oração, o amor ao próximo, a defesa da vida como um dom sagrado, o direito dos brasileiros praticarem sua fé livre e pacificamente, afinal, com os princípios que nos irmanam em Jesus Cristo, a quem amamos por igual. Também não nos interessa disputar sobre número de fiéis. Sentimos que isto seria uma contradição ofensiva ao próprio Cristo, pois outra vez estaríamos caindo em discussões intermináveis sem chegar a lugar nenhum.
A participação do poder público
Por ser nosso ideal, a partir de nossas convicções de fé, colaborar com o bem comum, propomos ao Poder Público, parceria para nossos projetos, certos de que estamos fazendo a nossa parte como cidadãos conscientes da responsabilidade de todos na busca de solução para os graves problemas que afetam o povo.
Porém, não temos compromissos com a política partidária, mantendo-nos numa relação amistosa com todos os partidos e todos os candidatos. A vida política é algo útil para toda a sociedade, e louvamos quem se dispõe a trabalhar honestamente para o bem comum. Contudo, em nosso caso, o interesse não é partidarista. A ação de Cristo não foi partidária. Jesus nunca foi candidato político e quando os Apóstolos confundiam as coisas nesta área, ele lhes mostrava outro caminho e sempre se recusava a ser chamado rei. Meu reino não é deste mundo (Jo 18,36), afirmou diante do governador Pôncio Pilatos. Porém, isto não significa oposição de Jesus à ação política de pessoas vocacionadas para tal.
Os princípios do GIC
Unem-nos, no GIC, sobretudo duas palavras de Jesus que estão sempre diante de nossos corações: Pai, que todos sejam um, como eu e Tu, Pai, somos um, para que o mundo creia! (Jo 17,21) e Amai-vos uns aos outros, como eu vos tenho amado (Jo. 13,34). Tais palavras foram ditas por Cristo em situações muito densas. A primeira, Ele a pronunciou na grande oração que fez, antes de abraçar a paixão e morte. Tal oração foi registrada pelo evangelista João longamente em seu capítulo 17. Jesus, neste trecho, repete a prece três vezes. A segunda frase, que trata do Mandamento Novo, está contida no mesmo contexto vivencial de Jesus, às vésperas da paixão, porém em um ato litúrgico, a última ceia, quando celebra com os discípulos a santa Páscoa. Após pronunciá-la, Jesus conclui: Nisto conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros (Jo 13, 35).
Agradecimento
Unidos em nome de Cristo, em favor da vida de todos, o GIC agradece ao Sr. Prefeito e aos Senhores Vereadores que estão colaborando com o projeto, bem como a todos os demais patrocinadores.
Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora
Quem venceu a Copa?
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- Quinta, 17 Julho 2014 10:55
Venceu a Copa o Japão, quando os japoneses, após seus jogos, saíam sem nenhuma pretensão de serem vistos, a limpar as arquibancadas, catando latinas, papeis, restos de comida e muito lixo, para deixar o ambiente limpo e preparado para outras pessoas. Vencer não é só receber louvores, mas saber ser civilizado e educado em todas as circunstâncias.
Venceu a Copa o David Luiz por gestos nobres, sinceros e humanitários quando, por exemplo, abraçou com autenticidade o James, jogador da Colômbia derrotada, como se fosse seu irmão e trocando as camisas, vestiu a camiseta suada do seu adversário sem, nem de longe, considerá-lo inimigo. Vencer não é só vibrar com gols bonitos que fazemos, mas saber distinguir entre competir e derrotar.
Venceu a Copa o mesmo David Luiz que, vindo a Juiz de Fora onde mora sua família, não deixa de repartir parte de seus bens com os pobres, levando a certas Paróquias, ofertas em roupa e alimentos para serem repartidas aos menos favorecidos. Não conheço sua família, mas gostaria muito de conhecê-la e abençoá-la. Vencer é ser solidário e comprometido com os que não têm o necessário para viver.
Venceu a Copa o goleiro Julio César que, após salvar o Brasil no jogo com o Chile, defendendo difíceis pênaltis, chorou de emoção e deu uma lição pacífica e leal aos que o crucificaram no passado. Vencer não é só defender penalidades que a vida, às vezes, nos apresenta, mas perdoar os ataques que, às vezes, ela nos traz.
Venceu a Copa o goleiro reserva, Vitor, que foi a Júlio Cesar após as defesas fantásticas dos mencionados pênaltis, apresentou-lhe o sinal de sua fé e entregou-lhe um tercinho de Nossa Senhora que o goleiro titular depositou ao pé da trave, como sinal de agradecimento a Deus e a sua Mãe Santíssima. Vencer é saber dar lugar principal a Deus em nossos corações.
Venceu a Copa o Felipão que convocava os jogadores para a oração, vivendo autenticamente sua fé católica sem ferir os que professam outros credos, sabendo que a oração é importante em qualquer profissão e em qualquer situação, seja nos momentos de alegria, seja nas derrotas, não para exigir de Deus vitórias, mas para dar a Deus agradecimentos por todos os benefícios recebidos sem nossos merecimentos. Vencer não é só acumular sucessos esportivos, passageiros, mas também pensar no que é eterno. É saber que a vida não pode ser reduzida a competições deste mundo, pois há um Deus diante do qual, queiramos ou não, um dia vamos comparecer, para prestar conta de nossos atos, quando receberemos o quinhão do bem que praticamos e da fé que vivenciamos.
Venceu a Copa o Neymar que mesmo contundido por incompreensível agressão, não disse uma palavra contra o agressor, mas deu notas de que o perdoava e demonstrou que continua animado para vencer e representar o Brasil em outros campeonatos. Vencer não é só chegar vitorioso ao fim de uma corrida, mas saber acolher, com paz, os imprevistos da estrada e recomeçar.
Venceu a Copa, a mãe do Willian que, aos cinco meses de gravidez quase o perdera, mas não pensou em abortar, e, pelo contrário, pediu a proteção de Deus através de Maria Santíssima e, obtendo a graça, o consagrou a Nossa Senhora Aparecida, escolhendo-a para sua madrinha de Batismo. Por este gesto, Deus a agraciou, fazendo de seu filho um dos melhores jogadores do mundo.
Venceu a Copa quem termina este período de torcidas, emoções, vitórias e derrotas, reiniciando a vida sem se esquecer de lutar contra todos os desafios sociais e políticos que ameacem a ética, a dignidade humana, o direito à religião, e a vida como dom sagrado.
Venceu a Copa quem não se desesperou com derrotas clamorosas como a de 7 a 1, totalmente inesperada por todos, e ergueu a cabeça para continuar a vida com disposição confiante em Deus e disposto a construir um mundo melhor para todas as raças e nações.
Venceu a Copa a Alemanha, não só pelo suficiente gol final de 1 a 0 com o qual conquistou, com muito mérito, o tetra, mas também porque soube dar sentido humanitário a sua participação, deixando numerário suficiente para compra de uma ambulância e oferecendo o hotel de sua propriedade para a carente cidade de Cabrália, além de outras iniciativas beneméritas.
Se você venceu, erga a taça da vitória, celebre com abraços ao seu próximo e cante a Deus louvores! Nascemos para vencer... unidos como irmãos! Para quem crê, as derrotas podem se transformar em grandes vitórias!
Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora
Canção Nova recebe Reconhecimento Definitivo do Vaticano
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- Quarta, 02 Julho 2014 11:57
“Nós estamos num momento muito importante: fomos aprovados definitivamente pela Santa Sé. E isso é motivo de regozijo!”, afirma o fundador da Comunidade Canção Nova, monsenhor Jonas Abib.
O dia da Solenidade de São Pedro e São Paulo, celebrado neste domingo, 29, tornou-se uma data histórica para a Canção Nova. O decreto da Santa Sé que concede o Reconhecimento Pontifício Definitivo à Canção Nova foi assinado pelo Pontifício Conselho para os Leigos, órgão do Vaticano responsável pelos Movimentos e Novas Comunidades.
Em 2008, a comunidade foi reconhecida pela Santa Sé com um decreto em caráter ad experimentum, procedimento comum nesse tipo de processo. O documento foi assinado, no dia 12 de outubro de 2008, e entregue ao monsenhor Jonas Abib, no Vaticano, no dia 3 de novembro do mesmo ano. Desde então, a Canção Nova aguardava pela aprovação definitiva.
Monsenhor Jonas afirma que recebeu a notícia do reconhecimento definitivo com muita alegria e gratidão. “Gratidão a Deus e também a tanta gente que trabalhou para que isso acontecesse. Agora já é um fato, e nós só podemos dizer: ‘Graças a Deus!’”.
Neste ano em que monsenhor Jonas completará 50 anos de sacerdócio, receber o reconhecimento dessa obra fundada por ele é um presente. “Para mim é um coroamento. Eu dediquei a minha vida afunilando-a na Canção Nova. Não imaginava que seria assim. E ela sendo aprovada, agora, definitivamente pela Santa Sé, é um presente maravilhoso”, destaca.
A cofundadora da Comunidade Canção Nova, Luzia Santiago, lembra que, na semana passada, monsenhor Jonas recebeu um documento que dizia da proximidade do reconhecimento. Desde esse momento, a alegria tomou conta do seu coração. “É a confirmação de que estamos no caminho (…) A Canção Nova, nesses anos todos, evangelizou com esse ardor missionário do encontro pessoal com Cristo, na sua maneira simples de fazer, na força e na graça do Espírito Santo. Isso dá entusiasmo e precisamos nos alegrar”.
De acordo com o cofundador da comunidade e diretor Executivo da Fundação João Paulo II, Wellington Silva Jardim, o Reconhecimento Pontifício Definitivo é uma satisfação muito grande e, a partir dessa decisão, a responsabilidade da Canção Nova aumenta. “O que é bonito, neste dia, para mim é a confirmação de que somos Igreja. No dia 12 de outubro de 2008, fomos reconhecidos pela Igreja; agora, veio a confirmação”.
Segundo o formador-geral da Canção Nova, padre Wagner Ferreira, a mudança efetiva desse reconhecimento definitivo é a aprovação do novo estatuto da Comunidade. “É natural, em qualquer obra da Igreja, que haja, com o passar do tempo, a necessidade de atualizar os estatutos, os regimentos internos da comunidade por questão da evolução dos tempos ou das mudanças que acontecem na vida da Igreja. Foi exatamente isso que vivemos nesses últimos anos, e, por graça de Deus, o Pontifício Conselho nos concedeu essa aprovação”.
Monsenhor Jonas explica que a aprovação definitiva do estatuto é importante, porque é a Igreja dizendo: “Vocês são aquilo que Deus quer, o carisma de vocês é real, é verdadeiro. (…) É a aprovação do nosso carisma. Então, louvado seja Deus por isso! Vivamos, agora, o carisma, porque ele é querido pela igreja”.
“É a expectativa, a alegria e o compromisso de assumir para sempre a missão até quando Jesus voltar”, complementa Luzia.
A Comunidade Canção Nova foi fundada, em 1978, por monsenhor Jonas Abib e tem como finalidade formar homens novos para um mundo novo. Ela possui a missão de evangelizar, comunicando Jesus e a vida nova que Ele veio trazer, por meio de encontros e, de maneira preferencial, mas não exclusiva, pelos meios de comunicação social.
Fonte: Site da Cançao Nova
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