Papa: Domingo é dia de fazer as pazes com a vida
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- Segunda, 10 Setembro 2018 13:19
O verdadeiro sentido do repouso. Dando continuidade à sua série de catequeses sobre o Decálogo, o Papa falou na quarta-feira (5) aos mais de 13 mil fiéis presentes na Praça São Pedro sobre o repouso como “momento de contemplação e louvor”, “é a bênção da realidade”. Francisco recordou ainda a necessidade de nos reconciliarmos com nossa própria história, pois a verdadeira paz, não é mudá-la, mas dar as boas-vindas e valorizá-la”.
“O dia do repouso” de que fala o Livro do Êxodo “parece um mandamento fácil de ser cumprido – observa – mas é uma impressão errada”, pois “existe o repouso falso e o repouso verdadeiro. Como reconhecê-los?”, pergunta o Papa.
“A sociedade de hoje está sedenta por entretenimento e férias. A indústria da distração – escutem bem, a indústria da distração – é muito florescente e a publicidade desenha o mundo ideal como um grande parque de diversões onde todos se divertem. O conceito de vida dominante hoje não tem o centro de gravidade em atividade e compromisso, mas na evasão. Ganhar dinheiro para divertir-se, satisfazer-se. A imagem-modelo é a de uma pessoa de sucesso que pode permitir-se amplos e diversos espaços de prazer”.
Divertimento que não é repouso
“Mas essa mentalidade – chama a atenção o Santo Padre – desliza para a insatisfação de uma existência anestesiada pelo divertimento que não é repouso, mas alienação e fuga da realidade. O homem nunca repousou tanto quanto hoje, e ao mesmo tempo o homem nunca experimentou tanto vazio como hoje! As possibilidades de divertir-se, sair, cruzeiros, viagens. Tanta coisa… não te dão a plenitude do coração, mais ainda, não te dão repouso”.
Neste sentido, as palavras dos Decálogo lançam uma luz sobre o que é o repouso. “O mandamento – explica o Papa – tem um elemento peculiar: fornece uma motivação. O repouso no nome do Senhor tem um motivo preciso”. Depois de ter trabalhado por seis dias, no sétimo repousou, “por isso o Senhor abençoou o dia de sábado e o consagrou”.
Dia da contemplação e da bênção
Ou seja, no sétimo dia, “inicia o dia do repouso, que é a alegria de Deus por aquilo que criou. É o dia da contemplação e da bênção”. Assim, o repouso segundo este mandamento é “o momento da contemplação, do louvor, não da evasão. É o tempo para olhar a realidade e dizer: como é bela a vida!”. Assim, “ao repouso como fuga da realidade, o Decálogo opõe o repouso como bênção da realidade”:
“Para nós, cristãos, o centro do Dia do Senhor, o domingo, é a Eucaristia, que significa ‘ação de graças’. É o dia para dizer a Deus: obrigado, obrigado Senhor, obrigado pela vida, pela sua misericórdia, por todos os seus dons. O domingo não é o dia para esquecer os outros dias, mas para recordá-los, abençoá-los e fazer as pazes com a vida, fazer as pazes com a vida. Tantas pessoas, tantas, que têm a possibilidade de divertir-se, e não vivem em paz com a vida. Domingo é dia de fazer as pazes com a vida dizendo: a vida é preciosa! Não é fácil, às vezes é doloroso, mas é preciosa”.
Reconciliar-se com a própria história
Ser introduzido no repouso autêntico é uma obra de Deus em nós, afirma o Papa, mas exige que nos afastemos da maldição e do seu encanto. Inclinando o coração para a infelicidade, de fato, enfatizar as razões do descontentamento é muito fácil. Bênção e alegria implicam uma abertura para o bem que é um movimento adulto do coração. O bem é afável e nunca se impõe. Deve ser escolhido:
“A paz se escolhe, não pode ser imposta e não pode ser encontrada por acaso. Afastando-se das dobras amargas de seu coração, o homem tem necessidade de fazer as pazes com aquilo de que ele foge. É necessário reconciliar-se com a própria história, com fatos que não se aceitam, com as partes difíceis da existência. A verdadeira paz, de fato, não é mudar a própria história, mas dar as boas-vindas e valorizá-la, assim como aconteceu”.
O Pontífice recorda que muitas vezes encontramos cristãos doentes e que nos consolam “com uma serenidade que não é encontrada nos alegres e hedonistas”. Da mesma forma, “vimos pessoas humildes e pobres alegrarem-se por pequenas graças, com uma felicidade que sabia de eternidade”.
A vida torna-se bela quando começamos a pensar bem dela
Maria fez a escolha pela vida, que tornou-se o seu “fiat”, “uma abertura ao Espírito Santo que nos coloca nas pegadas de Cristo, Aquele que se entrega ao Pai no momento mais dramático e assim segue o caminho que leva à ressurreição”.
A vida se torna bela – disse o Papa ao concluir – “quando se começa a pensar bem dela, seja qual for a nossa história (…) quando o coração está aberto à Providência e o que o Salmo diz é verdade: “Somente em Deus repousa a minha alma”.
Fonte: Site do Vatican News
CNBB promove Debate Presidencial em Aparecida
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- Segunda, 10 Setembro 2018 13:14
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) confirmou para o dia 20 de setembro, às 21h30, o “Debate Aparecida”, que reunirá candidatos à Presidência da República para as eleições de 2018. O projeto, organizado e gerado pela TV Aparecida, acontece no Santuário Nacional, na arena do Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida.
A Rede Aparecida de Comunicação (Rádio, TV e Portal A12.com) fará transmissão simultânea pelas emissoras de rádio e televisão católicas, além de portais de internet. É a segunda vez que a emissora católica, a pedido da CNBB, organiza e transmite um debate de presidenciáveis. A primeira ocorreu no pleito eleitoral de 2014, quando os políticos tiveram a possibilidade de apresentarem suas ideias aos eleitores.
O debate eleitoral será mediado por um jornalista e tem previsão de duração de duas horas. Algumas perguntas apresentadas aos políticos serão sorteadas, outras feitas por bispos da CNBB e jornalistas previamente inscritos. Também estão previstas perguntas entre os próprios candidatos. Réplicas e tréplicas serão permitidas em alguns momentos.
Formato
O debate da TV Aparecida terá cinco blocos. No primeiro, o mediador fará a abertura, discorrendo sobre as emissoras que estão transmitindo. Em seguida, vai citar os nomes dos candidatos que estão presentes e os que não compareceram ao encontro. A primeira pergunta – destinada a todos os candidatos, que terão dois minutos – será feita por um (arce)bispo designado pela presidência da CNBB.
No segundo bloco será aberta a possibilidade de confronto direto entre os candidatos, com tema livre. O mediador vai sortear o candidato que irá perguntar e o outro que responderá. A pergunta deverá ser feita em até 30 segundos, com resposta em dois minutos, réplica em um minuto e meio e tréplica em um minuto.
No terceiro bloco, as perguntas serão feitas por jornalistas indicados pela direção da Rede Aparecida de Comunicação. Os temas serão definidos previamente e as perguntas pré-definidas pela organização do debate. Será feito um sorteio na hora para definir qual candidato irá responder, no tempo máximo de dois minutos. No quarto bloco, será aberta novamente a possibilidade de confronto direto entre os candidatos, com tema livre.
No quinto e último bloco, as perguntas, com tema livre, serão feitas por bispos indicados pela CNBB, sendo um bispo para cada candidato. O mediador vai sortear na hora o candidato que irá responder. A pergunta será feita em até 30 segundos e as respostas em dois minutos. Neste bloco também serão feitas as considerações finais de cada candidato, sendo que cada um terá um minuto.
Fonte: Site da CNBB
Papa: em setembro, rezar pelos jovens africanos
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- Quinta, 06 Setembro 2018 12:35
Que os jovens do continente africano tenham acesso à educação e ao trabalho em seu próprio país: esta é a intenção de oração indicada pelo Papa Francisco neste mês de setembro. Na tarde desta terça-feira (4), foi divulgado mais um vídeo produzido pela Rede Mundial de Oração do Papa.
Migração
Rezando nesta intenção, o Pontífice fala da migração, uma das consequências da falta de oportunidades para os jovens africanos. “A África é um continente rico, e a maior riqueza, a mais valiosa da África, são os jovens”, afirma o Papa no vídeo. “Eles devem poder escolher entre deixar-se vencer pela dificuldade ou transformar a dificuldade em oportunidade”.
Para fazer esta escolha, é preciso investir em educação. “Se um jovem não tem oportunidade de educar-se, o que poderá fazer no futuro?”, questiona Francisco, pedindo orações “para que os jovens do continente africano tenham acesso à educação e ao trabalho em seu próprio país”.
Desemprego
Segundo estatísticas da Organização Internacional do Trabalho do ano de 2017, 12,9% dos jovens africanos que têm entre 15 e 24 anos na África Subsaariana estão desempregados. Enquanto o número sobe para 28,8% para a mesma população nos países do Norte da África.
Por sua vez, a UNESCO estima que em 2017 quase 60% dos jovens africanos entre 15 e 17 anos de idade não frequentam a escola.
Sínodo
Ainda sobre a juventude, o Papa Francisco convocou para o próximo mês um Sínodo dos Bispos com o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. O evento se realizará em Roma de 3 a 28 de outubro.
*Fonte: Site do Vatican News
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