JMJ de 2022 será em Lisboa

LisboaO Presidente do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, Cardeal Kevin Farrell, anunciou a próxima cidade que irá receber a Jornada Mundial da Juventude ao final da missa conclusiva do evento do Panamá neste domingo (27), no Campo São João Paulo II. A cidade de Lisboa, em Portugal, vai sediar a JMJ de 2022.

A preparação para a próxima festa mundial dos jovens começa já nesta semana, segundo afirma o Pe. José Manuel Pereira de Almeida, teólogo e vice-reitor da Universidade Católica de Portugal: “será uma ocasião extraordinária ter os jovens do mundo inteiro e o Papa aqui. Começamos a trabalhar já nesta semana!”.

Além da alegria de receber a JMJ em Lisboa, seja pela realidade da Igreja que pela situação da juventude local e também dos africanos de expressão portuguesa que podem chegar facilmente ao país, Pe. José acredita que “devem trabalhar para que o evento possa ser aquilo para o que é chamado ser: o encontro entre nós, com o Papa e com o Senhor Jesus, que nos chama para estar presentes com coragem, com fé e como serviço à vida e à esperança de todos”.

O vice-reitor também disse que o Papa vai encontrar em Portugal uma Igreja “de um lado tradicional, ligada à fé simples das pessoas que, por exemplo, vê a mensagem de Fátima como um gancho de segurança; mas vai encontrar a possibilidade de renovar uma Igreja que gostaria de estar mais próxima do Evangelho, mais simples, mais em sintonia com os apelos que o Papa nos faz. É uma Igreja dos pobres, em saída, uma Igreja que espera ser, de fato, mais evangélica no dia a dia. Comunidades pequenas, mas cheias de vida e sentido missionário”, finalizou o Pe. José.

Fonte: Site Vatican News

CNBB é solidária com as vítimas em Brumadinho (MG) e afirma que o “Desastre de Mariana” ensinou muito pouco

brumadinho8-1200x762 cA presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu Nota de Solidariedade na tarde deste sábado, 26 de janeiro, a respeito do fato ocorrido ontem, sexta-feira, quando houve o rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho(MG).

Na nota, os bispos destacam que aquela tragédia recente e semelhante quando houve rompimento de outra barragem em Mariana (MG) ensinou muito pouco.

Em nome do episcopado brasileiro, os bispos da presidência se unem aos familiares das vítimas e às comunidades para pedir: “As famílias e as comunidades esperam da parte do Executivo rigor na fiscalização, do Legislativo, responsabilidade ética de rever o projeto do Código de Mineração, e do Judiciário, agilidade e justiça“.

A presidência manifesta estar unida também com toda a família arquidiocesana de Belo Horizonte e reforça o pedido do arcebispo, dom Walmor Oliveira: “É urgência minimizar a dor dos atingidos por mais esse desastre ambiental, sem se esquecer de acompanhar, de perto, a atuação das autoridades, na apuração dos responsáveis por mais um triste e lamentável episódio, chaga aberta no coração de Minas Gerais”.

No final da Nota de Solidariedade, a Presidência da CNBB “oferece orações ao Senhor da Vida em favor das famílias, das comunidades da Arquidiocese de Belo Horizonte, atingidas pelo rompimento da barragem da mineradora Vale. Convidamos cada pessoa cristã a se associar aos irmãos e irmãs que sofrem com a perda de seus entes queridos e de seus bens“.

Leia a Nota, na íntegra:


NOTA DE SOLIDARIEDADE

“Toda a criação, até o presente, está gemendo como que em dores de parto”
(Rm 8,22)

A tragédia em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, vem confirmar a profecia de São Paulo VI: “Por motivo de uma exploração que não leva em consideração a natureza, o ser humano começa a correr o risco de a destruir e de vir a ser, também ele, vítima dessa degradação (Discurso à FAO, (16/11/1970).

Por ocasião do “Desastre de Mariana”, também em Minas Gerais, o Conselho Episcopal de Pastoral da CNBB afirmava que “é preciso colocar um limite ao lucro a todo custo que, muitas vezes, faz negligenciar medidas de segurança e proteção à vida das pessoas e do planeta” (25/12/2015). “O princípio da maximização do lucro, que tende a isolar-se de todas as outras considerações, é uma distorção conceitual da economia” (Laudato Sì, 195). Esse princípio destrói a natureza e a pessoa humana.

É muito triste constatar que o “desastre de Mariana” tenha ensinado tão pouco. É urgente que a atividade mineradora no Brasil tenha um marco regulatório que retire do centro o lucro exorbitante das mineradoras ao preço do sacrifício humano e da depredação do meio ambiente, com a consequente destruição da biodiversidade. “O meio ambiente é um bem coletivo, patrimônio de toda a humanidade e responsabilidade de todos” (Laudato Sì, 95).

As famílias e as comunidades esperam da parte do Executivo rigor na fiscalização, do Legislativo, responsabilidade ética de rever o projeto do Código de Mineração, e do Judiciário, agilidade e justiça.

Unidos à família arquidiocesana de Belo Horizonte, assumimos como nossas as palavras do seu Arcebispo Dom Walmor Oliveira de Azevedo: “É urgência minimizar a dor dos atingidos por mais esse desastre ambiental, sem se esquecer de acompanhar, de perto, a atuação das autoridades, na apuração dos responsáveis por mais um triste e lamentável episódio, chaga aberta no coração de Minas Gerais. A justiça seja feita, com lucidez e sem mediocridades que geram passivos, com sentido humanístico e priorizando o bem comum, com incondicional respeito e compromisso com os mais pobres” (25/01/2019).

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) expressa solidariedade e oferece orações ao Senhor da Vida em favor das famílias, das comunidades da Arquidiocese de Belo Horizonte, atingidas pelo rompimento da barragem da mineradora Vale. Convidamos cada pessoa cristã a se associar aos irmãos e irmãs que sofrem com a perda de seus entes queridos e de seus bens.

A esperança de viver na “Casa Comum” anime os nossos passos, e a fé na ressurreição ilumine a nossa dor!


Brasília-DF, 26 de janeiro de 2019

Cardeal Sérgio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB

Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ
Arcebispo de Salvador
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB

(Foto/home: Isac Nóbrega/PR/site público)

Fonte: Site da CNBB

Nasce Athletica Vaticana: primeira associação esportiva do Vaticano

cq5dam.thumbnail.cropped.750.422-1“O autêntico esporte faz parte de um dos componentes radicais do ser humano, ou seja, o jogo, algo que se faz por liberdade, gratuidade, não condicionado por vínculos imediatos. É algo que dá valor à beleza.” Eis o motivo porque “na histórica a cultura sempre teve uma ligação estreita e forte com o esporte.”

Foi o que disse o presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, cardeal Gianfranco Ravasi, na apresentação esta quinta-feira (10), na Sala de Imprensa da Santa Sé, de Athletica Vaticana, a primeira associação esportiva constituída no Vaticano, e do acordo bilateral com o Comitê Olímpico Nacional Italiano (CONI). Foi também a primeira coletiva de imprensa de 2019, moderada pelo novo diretor interino da Sala de Imprensa vaticana, Alessandro Gisotti.

Apóstolo Paulo, patrono ideal dos desportistas

“Mas o esporte tem uma ligação também com a religião; também esta tem subjacente o gratuito”, observou ainda o purpurado evocando o apóstolo Paulo como “patrono ideal dos desportistas” pelo suo frequente de metáforas e linguagens esportivas em seus escritos.

Partindo do binômio esporte e ética o cardeal convidou a refletir sobre o termo “atlética”. É significativo, explicou, que na raiz do termo se encontre o conceito de corrida para se alcançar uma meta. Atlética, por conseguinte, também “como tarefa a ser cumprida”, e acrescentou:

Corrigir os desvios presentes hoje no esporte

“É triste verificar que no esporte se veem espetáculos desprezíveis como os atuais: violência e racismo nos estádios, corrupção, doping, que denotam que o pecado e a degeneração encontram numa linguagem que é o verdadeiro esperanto da humanidade sua representação mais mesquinha, que queremos combater”.

Esporte e música: para o cardeal Ravasi duas “linguagens dominantes universais” para os jovens que “refletem, ao mesmo tempo, a grandeza a miséria da humanidade”. Atletas, cantores e músicos são figuras de referência para eles. Daí uma advertência: “É preciso estar atento a não conceder pretextos para certas degenerações. É necessário reagir com firmeza e corrigir as distorções”.

Fonte: Site Vatican News

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